Boneca De Pano 2 escrita por Daniella Rocha


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Demoreeei, eu sei! Perdoem-me!
Espero que esteja tudo bem com vocês ;D
BOA LEITURA xD



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Ela já havia ido a Torre Stark e tomado banho e trocado de roupa, ela havia trajado algo mais quente, pois de uma hora para outra o tempo em Nova York mudou para uma brisa gélida e com um show de relâmpagos e trovões no céu.

— Eu não esperava por isso, pelo menos não tão cedo. — A voz de Tony chamou a atenção de Nicole, que estava sentada na sala de espera do hospital brincando com seu colar, com o pingente “J”. — Não precisa. Qualquer coisa eu te ligo. — Tony se aproximou de Nicole e sentou ao lado dela. — Sim, mas nós ainda não sabemos, quando eu tiver notícias te aviso. Eu também, tchau. — O moreno desligou o aparelho e colocou a mão sobre a perna de Nicole.

— Pepper? — Nicole perguntou e Tony assentiu. — O que você não esperava?

— Não achou estranha essa mudança de tempo? — Respondeu com outra pergunta.

— Um pouco, não sei. — Ela passou as mãos pelo rosto. — Minha cabeça está cheia demais para eu pensar no clima, mas o que tem haver?

— Imagino, mas não há com o que se preocupar. O estado do Cho já está estabilizado, você ouviu o médico.

— Eu sei, mas não é só com isso que eu estou preocupada. O John sumiu e o Nick ainda não ligou dizendo quais foram os resultados dos exames. — Ela suspirou e afrouxou o cachecol azul em volta de seu pescoço.

— Não sei por que se preocupa com John, ele já é bem grandinho. — Resmungou.

— Você não entende. — Resmungou de volta.

— Não entendo o que? Que você está apaixonada por ele? — Nicole olhou para Tony com uma sobrancelha arqueada. — Não nasci ontem, querida.

— Uau, pai! Até uma mosca sabe disso. — Respondeu rindo sem humor.

— Ah! Mas acho que as moscas não sabem que você também gosta do Capicolé e que você não sabe o que fazer. — Apontou com os olhos semicerrados e com o tom de voz em deboche.

— Não é engraçado.

— E você vem dizer isso para mim? De tantos homens na face dessa Terra você tinha que gostar logo dos que eu mais detesto? — Revirou os olhos.

— Eu estou com o John. — Revelou. — Steve é totalmente passado.

— Com certeza, passado de um ano atrás. — Sorriu e passou a mão pelos fios de cabelo. Nicole respirou fundo e balançou a cabeça negativamente.

— Exatamente.

— Escuta, não quero que você fique mal por causa de homem. — Tony disse sério, segurando no queixo dela.

— Eu não estou. Só estou preocupada com o John, ele ainda não apareceu. Eu gostaria de ir atrás dele.

— Não acho que seja uma boa ideia.

— Ah! Por favor, pai, não vai acontecer nada de ruim, só vou dá uma volta pelo hospital. — Ela se levantou e Tony apertou a mão dela antes de a mesma lhe presentear com um sorriso e depois sair da sala de espera em direção ao corredor que levava ao elevador.

Quando se cansou de procurar por John dentro do hospital Nicole saiu do mesmo sem que seu pai a visse e caminhou até o Central Park, ela tinha a sensação de que o encontraria lá, mas ficou decepcionada ao não vê-lo em lugar algum.

— Onde é que você está? — Perguntou e olhou de um lado para o outro, de repente um relâmpago dançou no céu nublado e um trovão ensurdecedor tocou no ar, ela se abraçou e gotas de água começaram a cair sobre ela.

Nicole andou, sem se preocupar com a chuva, até um banco próximo e sentou-se lá. Ela queria estar com John nesse momento de dor para ele, pois Cho foi alguém muito importante para ela, mas ela sentia que para John ele era muito mais importante.

— Você não deveria ficar na chuva. — Uma voz atrás dela disse.

— Por quê?

— Porque você pode ficar doente. — A pessoa se colocou a frente dela e semicerrou os olhos.

— Digo o mesmo a você. — Respondeu fixando seus olhos em cada detalhe da roupa daquele ser.

— Diferente de você eu sou forte. — Seu comentário soou superior e Nicole revirou os olhos.

— Você está mesmo dizendo isso para mim? — Riu sem humor. — O que você quer asgardiano?

— Estou procurando por uma pessoa.

— Bem vindo ao clube. — Sorriu sem humor e levantou-se. — Boa sorte. — Dito isso ela caminhou de volta pelo caminho que havia percorrido, mas uma mão a impediu, puxando a pelo braço. Nicole olhou dentro daqueles olhos azuis e arqueou uma sobrancelha. — Sei quem você é.

— Claro que sabe. Olha! — Ele lhe mostrou um jornal, a manchete principal era uma foto dela e do Tony. — É você. Onde está esse homem?

— O que você quer com meu pai?

— Não diz respeita a você, apenas a ele. Estava procurando por ele, mas já que encontrei você antes acho que pode me dizer onde ele está.

— Me solta. — Pediu e depois de alguns segundos fitando um ao outro Thor a soltou. Nicole pegou seu celular e discou alguns dígitos e depois colocou o aparelho próximo ao ouvido.

— Oi, pai!

Oi, pai? Onde você está Nicole Faith Stark? — Tony não parecia nenhum pouco contente.

— Fui dá uma volta e...

Nessa chuva? Cadê você?

— No Central Park, é melhor você vir aqui. — Avisou enquanto olhava novamente para Thor.

O que aconteceu?

— É melhor você ver por si só.

Já estou indo.

Eles desligaram os celulares e Nicole voltou a se sentar onde estava anteriormente.

— Obrigado. — Thor agradeceu enquanto sentava-se ao lado dela.

— Ta. — Suspirou e olhou para cima, com os olhos fechados ela aproveitou a água lavar sua face.

— Não sabia que Tony tinha uma filha. — Comentou e Nicole olhou para ele.

— Tudo bem, nem ele sabia. — Sorriu de canto.

— Nicole! — Tony chamou pela filha, agora ela estava de baixo de uma arvore ao lado de Thor. — O que você está fazendo aqui? — Perguntou ao louro.

— Preciso falar com você.

— Fala.

Thor olhou para Nicole.

— Em particular.

Tony sabia que Thor não se arriscaria vindo a Terra se não fosse algo extremamente importante, por isso ele entregou a chave do carro para Nicole.

— Me espera no carro.

— Mas pai...

— Por favor. — Pediu e Nicole pegou a chave e caminhou em direção ao carro a contragosto.

Ela ia saber de qualquer maneira depois, ela não entendia por que não poderia ficar ali de uma vez por todas. Admitia que estava curiosa para descobrir o que acontecera de tão importante em Asgard que Thor viera a Terra pedir ajuda ao Tony.

No exato momento em que Nicole estava prestes a entrar no carro, a alguns metros de onde se encontrava Tony e Thor, ela ouviu um barulho vindo de sua esquerda, entre as arvores e vagarosamente ela caminhou até lá.

— Tem alguém ai? — Ela perguntou, mas não obteve resposta. Jogando de ombros ela concluiu que fora apenas o vento e voltou na direção do carro, mas ao virar-se ela se deparou com alguém que fez seu coração acelerar. — Que susto que você me deu! Quer me matar do coração?

— Você está ensopada.

— Sério Capitão Óbvio? Me diz alguma coisa que eu já não saiba. — Ela passou por Steve e voltou ao carro, mas não o adentrou.

— Você deveria tomar cuidado com esse tal de John. — Respondeu caminhando até ela, a deixando entre ele e o carro.

— Afasta. — Mandou impaciente.

— Por que você fica nervosa quando eu estou perto.

— Não é nervosismo, é por que eu não gosto de ficar perto de pessoas que me fazem mal. — Ela o empurrou.

— Eu já pedi desculpas. — A lembrou e Nicole assentiu.

— Você tem razão. — Ela passou a ponta da língua pelos lábios molhados pela chuva e engoliu a água. — Eu te perdôo.

— Fácil assim? — Ele perguntou desconfiado.

— Não foi fácil. Mas eu não estou fazendo isso por você, estou fazendo por mim. Quanto mais rápido eu te perdoar mais rápido não teremos nenhum laço de absolutamente nada e aí cada um pode seguir sua vida e pronto. — Ela ficou de costas para ele e abriu a porta do carro, mas ele voltou a fechar, ficando ao lado dela.

— Então é isso? Você quer que sigamos cada um o seu caminho?

— Você já havia começado a fazer isso quando foi para Nashville. — Disse com um sorriso fraco nos lábios. — Está tudo bem Steve, já te perdoei, afinal, não tínhamos nada. — Ela lhe deu uma piscadela e se preparou para entrar no carro novamente.

— Então aquele beijo não significou nada para você?

— Claro que significou, naquela época sim, mas agora não. Sinto muito Capitão. Eu te desejo tudo de bom. — Ela colocou a mão no ombro dele e depois entrou no carro, o trancando novamente.

Enquanto ela ligava o ar condicionado do carro ela viu Steve passar em frente ao mesmo com sua moto. Ela pôde ter sido dura com ele ou não, mas enfim, ela estava bem consigo mesma, até porque ela só conseguiria seguir em frente se colocasse um ponto final em sua história do passado. Ela havia encontrado John e ele era maravilhoso, ele a ajudou a se aproximar de Deus e graças a isso, graças ao amor de Deus para com ela, ela pôde ver as coisas de uma maneira diferente, pois ela percebeu que o perdão é libertador, perdoar e pedir por ele. Seu relacionamento com Tony havia melhorado bastante e ela sentia que não devia se prender as coisas do passado, ela tinha apenas que focalizar no futuro que Deus estava preparando para ela, mas Ele não iria conseguir agir na vida dela se ela estivesse seguindo o seu próprio roteiro e não o dEle.

Ela pegou seu celular e ligou mais uma vez para John, mas ele não a atendia. Isso estava a deixando angustiada, ela queria estar tanto com ele nesse momento. Já estava escurecendo e nenhuma noticia dele, ela abaixou a cabeça e respirou fundo. Depois de longos minutos Tony entrou no carro e olhou para Nicole.

— O que aconteceu? — Ela perguntou com as sobrancelhas arqueadas.

— Problemas com o Tesseract. — Ele colocou o sinto de segurança e pegou a chave do carro sobre o painel e ligou o mesmo.

— Com o que?

— Tesseract. Eu vou pra oficina ver o que posso fazer. Não se preocupe, não é nada que seu pai não possa resolver. — Disse sorrindo.

— Ele parecia meio desesperado. — Nicole apontou.

— Bem, não é nada que você não se preocupe, mas já ele. É complicado de eu te explicar, mas o quanto mais rápido eu ir para a oficina mais rápido ele vai embora e fica tudo bem para todos.

— Ah, espero que tudo dê certo.

— Vai dá. — Disse confiante.

— Você pode me deixar no hospital?

— Nicole se eles tiverem noticias do Cho eles vão nos avisar e quando o John estiver melhor ele vai te ligar, então não tem por que você ficar lá. Quero você comigo e pronto.

— Pai, o senhor vai ficar naquela oficina pelo o que parece um bom tempo, eu não quero ficar lá sem fazer nada.

— Nada é o que você vai fazer no hospital também, então fica quieta, coloca o sinto e conforme-se.

Nicole travou o maxilar e deitou o rosto na janela.

— Não é justo.

— Coloca o sinto logo.

— Não quero.

— Nossa, estou criando uma criança.

— Você que me fez, agora agüenta.

Tony revirou os olhos, ele não ia admitir que aquele pedacinho de gente estivesse certo. Não mesmo.

Nicole estava com o controle da televisão na mão direita e ela trocava de canal de cinco em cinco segundos. Tony estava na oficina desde o crepúsculo do dia anterior e, no entanto não havia saído de lá para nada, nem para comer e já era horário de almoço. Ela teve que levar algo para ele se alimentar, mas ela duvidava de que ele havia comido. O elevador de repente abriu e Nicole se levantou do sofá ao notar quem era.

— Veja só se não é a mãezinha mais linda de toda a Nova York. — Nicole deu um abraço em Pepper e depois se abaixou um pouco até ficar na altura da barriga da ruiva e ali mesmo depositou um beijo. — Como está meu irmãozinho?

— Ele está ótimo. — Pepper disse rindo. — Acabei de voltar da consulta com o ginecologista.

— Que ótimo Pepper. Fico feliz em saber que está tudo bem. — Sorriu.

— Está sim. E onde ‘ta o Tony? — Perguntou olhando de um lado para o outro.

— Enfurnado naquela oficina.

— Era de se esperar. — Disse enquanto caminhava até lá.

— Ei, Pepper! — Nicole a chamou e a ruiva se virou para ela.

— Sim?

— Você viu o John no hospital? — Arriscou perguntar.

— Na verdade vi sim, ele estava mais o T. — Dito isso ela se retirou para a oficina e Nicole fechou os punhos com força. Ela não entendia o porquê dele não ter retornado suas ligações, aquilo a chateou muito, mas não o bastante ao ponto de fazê-la não querer tirar satisfações com ele, então ela desligou a televisão e foi em direção ao elevador.

Diferente das outras vezes Nicole levou um pouco mais de tempo para achar John no hospital, mas ao vê-lo ela logo foi até ele, mesmo ele tentando disfarçar, mas ela agarrou na blusa do jaleco dele e o olhou com uma sobrancelha arqueada.

— Até quando você vai ficar me evitando? Já não está bem grandinho para ficar brincando de pic-esconde? — Perguntou irritada.

— Não estou te ignorando. — Ele virou o rosto, mas Nicole tocou o queixo dele e o obrigou a olhá-la.

— Mas o que aconteceu com seu rosto? — Perguntou ao notar que no canto do seu olho estava um hematoma como se alguém tivesse lhe dado um soco.

— Não é nada. Eu machuquei, apenas. Mas como eu estava dizendo eu não estou te ignorando, eu só pensei que você não iria querer me ver depois de ontem. Eu agi como um idiota.

— Não é a primeira vez que você age como um idiota e nem a última, a propósito, não há porque achar isso, se eu não fosse querer te ver sempre que você age assim seria mais fácil rompermos.

— É. — Jogou de ombros.

— Você está estranho. O que aconteceu? Você não vai mesmo me dizer como se machucou?

— Não é nada Nicole. Relaxa! Eu tenho que ir agora. — Ele tirou a mão dela de seu rosto e caminhou na direção contrária. Nicole franziu o cenho e cruzou os braços sobre os seios. Tinha alguma coisa que John estava escondendo dela e ela ia descobrir o que era.


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Notas finais do capítulo

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#SegundoRoupa:
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Espero que tenham gostado!
Bom final de semana!
Fiquem com Deus ;**



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