Boneca De Pano 2 escrita por Daniella Rocha


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Finalmente um capítulo que contenha os quatro personagens que vocês tanto ansiavam spakposka' : Pepperony e Nicole e Steve.
Recomendo vocês ouvirem esta música durante todo o capítulo, mas se vocês não quiserem, podem escutá-la apenas durante o começo até mais ou menos... hmm... o final spoakopsa' É, vocês tem a opção de ouvi-la ou ouvi-la *u* spakoop'
LIFEHOUSE - BROKEN: http://www.youtube.com/watch?v=I6cdPeYJh0s
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AVISO DA LEITORA LEETICIA: "Antes uma dica para as leitoras: se vc tem celular e ta em um lugar publico -tipo um dentista,qe ? aonde eu estou agr- naum,repito, NAUM leia a fic da tia dani pq chorar no dentista e todo mundo olhar pra vc tipo WTF ? mt vergonha kk."
PESSOAAAAL! EU RIR DEMAIS COM OS COMENTÁRIOS DE VOCÊS spoakopsa' prova disso é vocês irem nos reviews do capítulo anterior e verem as minhas respostas, é só risada kkkkk' affs' vocês são uns amorzinhos ♥ Amo-vos, ok? :3
BOA LEITURA!



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“Por favor, Senhor, tenha misericórdia de mim e me perdoe por eu ter desobedecido ao meu pai, me perdoa, eu sei que isso não Te agradou e eu não quero ser o motivo de suas tristezas, assim como também não quero ser o motivo de tristeza ao meu pai, Deus.” — Nicole estava de costas para a porta e de frente para sua cama, ajoelhada e de mãos dadas sobre o colchão. As lágrimas eram vivas e quentes que desciam de seus olhos. — “Eu vi a magoa nos olhos dele e me sinto o ser mais desprezível e miserável da face dessa Terra, pois é verdade que eu já cheguei a odiá-lo muito, mas o Senhor conhece meu coração e sabe que antes mesmo de eu o conhecê-lo eu já o amava e que esse ódio se dissipou dando lugar a um amor maior do que eu sentia antes. Pai Celestial eu não tinha intimidade para conversar com o Senhor, mas agora eu estou prostrada diante de Ti para desabafar Contigo e Lhe pedir perdão, é certo que eu ainda não O amo como deveria, mas sei que com o decorrer do tempo eu irei Te conhecer mais e assim Te amarei como nunca e Te obedecerei como nunca, me dê ouvidos sensíveis para que eu possa ouvir a Tua voz e fazer as Tuas vontades para que assim eu nunca mais seja motivo de suas lágrimas, mas dos Teus sorrisos Pai, assim como eu me esforçarei para ser motivo dos sorrisos do meu pai terrestre.” — Ela soluçava pelo constante choro. Era como se seu coração estivesse aberto deixando a mostra suas feridas mais profundas. — “Senhor Jesus eu não sei orar como convém, mas me convém orar. O Senhor curou cegos, paralíticos, mudos, surdos, o Senhor ressuscitou mortos, então cure meu coração e dê-o paz. Oh, Jesus! Jesus!” — Ela espalmou as mãos sobre o edredom que cobria o colchão e deitou o rosto nas mesmas, olhando em direção à janela em que ela havia fugido e o choro aumentou a fazendo levantar a cabeça para cima. — “Me perdoe Deus e faça com que meu pai também me perdoe, por favor!” — Implorou do fundo do seu coração, proferindo cada palavra com a mais pura sinceridade.
— Nicole. — Ela se virou para trás assustada e se deparou com Tony chorando.
Nicole não pensou duas vezes e se colocou de pé e correu até ele e o abraçou fortemente, colocando os braços ao redor de sua cintura e o rosto um pouco abaixo de seu tórax esquerdo, ela conseguia ouvir o coração dele bater rápido.
— Pai me perdoa, me perdoa por ter te respondido, por ter te odiado quando te conheci, por ter brigado com você, por ter te feito sofrer tanto enquanto eu estava em coma, por eu ter quebrado a porta da oficina, por eu ter te desobedecido, me perdoa por todas as coisas ruins que eu te fiz. — Ela dizia com a voz em tom desesperador enquanto as lágrimas lavavam seu rosto e as palavras ao seu coração, pois depois de proferida cada silaba, Deus naquele momento, encheu seu coração de paz.
— Ah, Nicole. — Tony passou as mãos nas costas dela e a abraçou de volta. — É claro que eu te perdoe meu anjo. — Ele suspirou e fechou os olhos, deixando mais algumas lágrimas rolarem.
Ela havia dito a ele da conversa que tivera no hospital com Cho e ele não havia dito nada e Nicole bem sabia o porquê, pois ele era ateu, mas ao chegar à porta do quarto dela e a ver orando daquela maneira tão sincera e entregue, o tocou de uma forma que o fez chorar e havia alguma coisa naquele quarto sobrenatural que o fazia entrar em prantos mais e mais e ele sabia que não eram apenas as palavras de Nicole que o fazia derramar as lágrimas.
— Você também me perdoa filha? — Tony perguntou se separando um pouco dela e a olhando nos olho, naqueles olhos tão lindos que moldavam o rostinho de seu anjo, de seu eterno bebê.
— Claro pai! — Ela voltou a abraçá-lo e ficou na ponta dos pés e circulou o pescoço dele com os braços, Tony passou os dele ao redor da cintura dela e a ergueu do chão facilmente. — Eu te amo! — Disse com os olhos fechados e deitando a cabeça sobre o seu ombro. — Muito!
— Eu também te amo, Nicole. — Ele inalou o aroma do cabelo molhado dela e sorriu. — Muito, você não faz ideia do quanto.
Tony achara mais prudente não contar que ela era uma mutante — só de pensar nesse nome ele sentia os pelos de seu corpo se eriçar — naquele momento, pois já estava tarde e ambos estavam em um momento muito especial para ser estragado. Naquela noite eles dormiram juntos na cama de Nicole, os dois sentiam uma paz gostosa dominar seus corações e por incrível que pareça, mesmo com as visitas do dia, ambos, ambos tiveram o melhor sono de suas vidas ali, abraçados e com a certeza de que nada iria estragar o relacionamento pai e filha que em meio a grande turbulência de momentos de sofrimento e medo eles construíram.

Ao abrir os olhos Nicole encontrou a copia de seus olhos a fitando. Tony havia acordado minutos atrás e não ousara acordá-la, ele havia conferido o horário e havia acabado de dá nove horas da manha — o que o fez lembrar que ele tinha que resolver alguma coisa em relação às Indústrias Stark, pois mesmo Pepper sendo a presidente ele precisava participar de reuniões e às vezes, de fechamentos de contratos. No último ano ele não fora em nenhuma dessas ocasiões de trabalho, mas as pessoas “entendiam” pelo o que ele estava passando — claro que os jornais e revistas não tinham compaixão e o difamavam mesmo na situação em que ele se encontrava, mas ele tão pouco se importava —, mas antes de sua última conversa com Pepper — ainda na casa de campo — ela havia deixado claro para ele que na reunião que haveria hoje nas Indústrias Stark, seria de grande importância que ele fosse, mas ele estava disposto a não ir, pois precisava conversar seriamente com Nicole.
— Bu! — Ela disse como se o estivesse assustando, mas ela não fez expressão de alguém, de fato, assustador, apenas sorrira. — Diz bu de volta. — Pediu ao notar que Tony não havia feito nada, apenas sorrira também.
— É uma nova saudação? Que interessante.
— É a saudação que eu usava com minha mãe e minha avó antes de elas morrerem, eu ficava dizendo bu até elas repetirem. — Por trás de sua explicação havia a advertência de que aconteceria o mesmo se ele não a respondesse de volta.
— Você vai repetir então se eu não te saudar também?
— Vou. — Sorriu marota. — Bu!
— Bu! — Respondeu de volta se sentindo um idiota, porém sorriu para ela mais uma vez.
— Eu estou feliz. — Falou se espreguiçando e bocejando.
Aquela frase acertara em cheio ao Tony, pois ele se sentiu horrível por cogitar a ideia de ser a pessoa que acabaria com a felicidade dela.
— Nicole lembra que eu disse que precisava conversar com você ontem? — Ele se sentou na cama e a encarou.
— Lembro.
Ela se lembrava de ter visto Nick e Steve também. Um sentimento ruim tomou posse do coração dela e ela sabia que teria que dizer tchau para a felicidade, pois falar de Nick Fury não era nada agradável.
— Falar sobre isso logo de manha, hein? — Disse sorrindo de canto e jogando de ombros. — É pra acabar com o humor de qualquer um.
— Falar sobre isso? Você já sabe sobre o que eu vou falar? — Perguntou nervoso.
— Não, mas eu sei que tem haver com o Nick e tudo que tem haver com o senhor Nick Fury não é nada bom. — De repente ela ficou séria. — Pai o que o Steve estava fazendo aqui? Por que desde que acordei eu não o tinha visto e você não falava sobre ele em momento algum e do nada ele aparece? — Ela finalmente resolvera acabar com aquelas duvidas que a corroíam por dentro.
— Nicole me diz uma coisa. — Ele semicerrou os olhos. — E eu quero que você seja sincera. — Ela assentiu. — O que aconteceu entre vocês antes de você entrar em coma?
Opa. Nicole não tinha noção de que Tony seria tão direto. As bochechas dela coraram e ela olhou para um ponto invisível atrás dele e depois para baixo, para suas mãos sobre o edredom em seu colo.
— Uau, foi ruim assim? — Tony perguntou meio impaciente e Nicole olhou rapidamente para ele.
— Não é nada disso que você está pensando. — Fez uma careta e resolveu se explicar de uma vez por todas. — Nós nos beijamos quando ele me encontrou machucada em Las Vegas, foi só isso.
— Como ele ousou encostar a mão em você, aquele...
— Epa, olha a boca senhor Stark. — Nicole o repreendeu e ele arqueou uma sobrancelha.
— Não queira dá uma de pai aqui não.
— Ah, desculpe. Pelo o que eu vejo você exerce essa função muitíssimo bem, não é mesmo? — Sorriu de canto.
— Com a filha que eu tenho eu preciso. — Entoou com a voz séria, mas Nicole sabia que ele estava sorrindo por dentro.
— E ai, você ainda não me falou o porquê de eu não ter visto o Steve. — Voltou ao assunto e Tony expirou lentamente.
— Eu não sei ao certo o que aconteceu Nicole, há cinco meses ele foi para Nashville e nunca mais recebi noticias, assim como desde que você entrou em coma eu também não havia mais recebido noticias da S.H.I.E.L.D.
Nicole achara muito estranho aquilo, pois ela não conseguia entender porque Steve havia ido para tão longe e nunca mais ter nem mesmo perguntado ao Tony se ela estava bem ou não, se ela havia acordado ou não, mas parece que a S.H.I.E.L.D. o avisara, pois ele e Nick Fury estavam ali na noite passada.
— E o que deu neles para que voltassem? — Ela fez a pergunta que Tony tanto temia em responder, pois a resposta iria mudar a vida de Nicole para sempre.
— Era isso que eu queria falar com você ontem e... — a voz de J.A.R.V.I.S. o interrompera.
— Senhor a senhorita Potts está no telefone e deseja falar com o senhor a respeito da reunião.
Nicole olhou para Tony com um semblante confuso.
— Que reunião?
— Não importa. — Fez pouco caso.
— Como assim não importa? — Ele a ignorou.
— Diga a Pepper que eu estou ocupado e...
— Diga a Pepper que ele vai está lá daqui quinze minutos. — Ela se intrometeu.
— Como assim? Eu não vou à reunião nenhum Nicole. Nós precisamos conversar.
— Vamos fazer assim, ainda está muito cedo para más noticias e olha que eu nem escovei os dentes. — Ela levantou da cama. — Então vai pro seu quarto, toma um banho, fique um gato para minha madrasta, vá para a reunião, faça o que você tem que fazer e quando você voltar à gente conversa. — Nicole olhou para ele e sorriu como se aquela fosse a melhor opção que ele tinha e pensando bem era mesmo, pois ele ainda não sabia ao certo com quais palavras dizer a Nicole que ela não era normal.
— Tudo bem, mas tire a parte da madrasta. — Ele levantou da cama.
— E eu vou chamar ela de que? Mãe não é uma opção. — Cruzou os braços se fazendo de séria.
— Há, há. Não sabia que você acordava com seu lado piadista a todo vapor.
— Convivendo e aprendendo. — Sorriu jogando de ombros.

Será que ela estava tão deslumbrante — mais do que o normal — propositalmente? Apenas para provocá-lo? Havia necessidade do uso de um vestido tão colocado em seu corpo? Seu corpo precisava ficar tão bem delineado assim? Bem, aquela era uma cogitação — a provocação — um tanto que válida.
— Pensei que não viria mais. — Pepper se aproximou. Era difícil para ela estar o encarando mais uma vez, era difícil estar no mesmo ambiente que ele e não saudá-lo como de costume, era difícil agir como se eles nunca tivessem começado uma história juntos.
— Nicole meio que me forçou. — Admitiu virando a cabeça de um lado para o outro, como se estivesse em aquecimento, era possível ouvir os estalos.
— Parece que alguém dormiu de mau jeito hoje. — Comentou tentando não pensar nele em uma cama, ou pior, pensar nele numa cama com alguma mulher.
Ela não acreditava que ele fosse ser tão rápido assim, pois ainda estava recente o término do namoro deles. Ele não ousaria faltar com tanto respeito assim com ela
Sim, ela havia sofrido, mas ela havia colocado para ela mesma uma quantidade de dias que ficaria de luto e bem, esses dias já passaram e ela havia decidido que não correria maia atrás e ai dela se quebrasse sua própria promessa.
— Aquela garota se mexe mais do que tudo e... — ele falou e ela travou o maxilar. Não, ela não iria quebrar sua promessa, por isso se afastou de Tony e entrou na sala de reunião onde os acionistas os aguardavam, pois se ela permanecesse ali daria um showzinho e ela não estava a fim de se intrometer mais na vida dele.
Tony se calou ao notar que Pepper virou as costas para ele e desapareceu por entre as portas da sala.
 — Não Pepper, eu me referia a Nicole. — Mas ela já havia entrado. Tony revirou os olhos e por fim entrou na sala, onde a ruiva havia acabado de começar a reunião com um pedido de desculpas pela demora. Ele suspirou e sentou-se ao lado dela, porém esta não o olhou em nenhum momento. “E lá vamos nós” pensou o moreno com tédio.

Os pés calçados com o tênis vermelho de cadarço branco, balançavam sobre o braço do sofá na sala de estar. Havia uma mochila branca no chão, próximo do sofá onde Nicole estava deitada. Ela estava refletindo sobre o que ela compraria no mercado, na verdade ela temia que as pessoas a reconhecessem, então ela pegou uma daquelas tocas — ela amava aquelas tocas, elas eram tão meigas e lhe caiam tão bem — que Tony lhe dera e um par de óculos — que ela havia posto dentro da mochila — do mesmo, ela esperava que ele não se importasse, assim como não se importasse do fato de ter pegado algumas notas de dinheiro em seu criado mudo para ir ao mercado e comprar algo decente para eles almoçarem — algo que não fosse congelado. O dinheiro estava na mochila, assim como uma blusa de frio, pois apesar do Sol fresco que estava fazendo em Nova York nunca se sabe quando o clima resolve ter um transtorno bipolar e mudar drasticamente de um Sol gostoso para uma ventania de eriçar os pelos sobre a pele.
O macacão que ela usava deveria ser mais curto, porém como ela era pequena o short lhe caia parecendo uma bermuda — fora aquela a razão pela qual Tony a deixara comprá-la —, ela sorriu com essa lembrança.
Ela aguardava o taxi chegar — onde estava Happy? — quando as portas do elevador se abriram. Ela se perguntava se qualquer um podia ir entrando assim na Torre Stark. Talvez Tony precisasse arrumar alguma coisa no sistema, ela iria falar com ele assim que ele chegasse das Indústrias Stark.
Nicole se sentou no sofá e olhou para a figura que se aproximava. Ela sentiu as borboletas em seu estomago levantarem voo e o seu coração bater mais rápido.
— O que você está fazendo aqui? — Perguntou se levantando e com o semblante sério.
— Queria ver como você está. — Respondeu e depois sorriu sem humor. — Não sei por que me preocupo, afinal John está cuidando de você, esse é o nome dele, certo? Tony disse que ele se chamava assim depois que eu o descrevi para ele.
Nicole arregalou os olhos e fechou as mãos em punho. Sua respiração estava pesada.
— Foi você quem falou pro meu pai que eu estava com o John? — Perguntou em um bradar irritado. — Realmente, eu também não sei por que você se preocupa, foi só eu ficar em coma que você foi embora, né? Agora não está em tempo de preocupações, o tempo disso passou e se caso você estivesse aqui, no momento em que eu precisei, você é quem poderia estar “cuidando” de mim. — Fez aspas com as mãos e Steve suspirou.
— Desculpe, eu não vim aqui para discutir, é que eu não suportei não tocar nesse assunto. — Ele se aproximou mais. — Me perdoa se eu não estive com você quando você precisou Nicole. — Disse com o semblante arrasado.
— Eu não entendo por que você foi embora. — Respondeu chateada e com um nó na garganta.
— Você estava em coma. — Ele respondeu como se aquela fosse à resposta perfeita, como se fosse à resposta mais ideal para aquela situação.
— E daí? Quer dizer que se naquela explosão eu tivesse ficado cega você também me abandonaria? Ou paralitica?
— Não. É diferente e afinal eu ainda gosto de você mesmo você sendo uma mutante. — Sorriu tocando as costas da mão direita no rosto dela. — Eu também não sou normal mesmo, então está tudo bem. — Acrescentou.
Nicole sentiu, ela de fato sentiu seu coração perder uma batida e suas pernas tremerem, pois o chão havia sumido e ela temia pisar no desconhecido.
— Do que você está falando? — Falou empurrando a mão dele.
Steve franziu o cenho e de repente o choque atravessou seu semblante, pois Tony ainda não havia dito a ela que ela nascera com modificações fisiológicas.
— Nicole eu... — ele fechou os olhos com força e depois voltou a abri-los. — Escuta, está tudo bem...
— O que? O que está tudo bem? Que papo é esse de mutante e de não ser normal? Do que você ‘ta falando Steve? — Travou o maxilar e engoliu em seco.

Flashback On

—... sem falar que foi perigoso demais o que você fez e eu espero que você tenha ciência de que é impossível para um humano fazer o que você fez hoje.
— Eu faço parkour.
— Parkour, balé, karatê, capoeira, não importa, só digo que aquilo não foi humano.


Flashback Off

As palavras de John apareceram em letra berrantes na cabeça de Nicole: aquilo não foi humano! Aquilo não foi humano! Não foi humano! Humano!
— Nicole? — Steve a chamou, pois ela havia abaixado à cabeça, mas ela não o respondeu, apenas levantou o olhar para ele — as lágrimas presentes — e o empurrou, depois correu em direção ao elevador. Mas Steve foi atrás dela. — Nicole!
— Me deixa em paz! — Gritou e assim que as portas do elevador se abriram ela entrou sem dar chances para que Steve também o fizesse.
Ela não sabia o que pensar. Por que Steve lhe dissera aquelas coisas horríveis? Era claro que ela era normal, ela era sim normal! E John estava enganado, qualquer humano podia fazer o que ela fez; qualquer humano que tivesse tido o treinamento que ela tivera ao aprender parkour. Sim, ela era humana e ela era normal! Mas se ela tinha tanta certeza assim, porque ela não conseguia parar de chorar?
As portas do elevador se abriram e ela correu em direção à porta da garagem e a abriu, saindo da Torre e correndo sem rumo pelas calçadas de Nova York.
Quando criança ela tinha dificuldades para conseguir aprender as disciplinas dadas na escola, mas era normal isso, pois ela tinha problemas para dormir devido à frequência de seus pesadelos e assim ela não podia se concentrar por causa ao sono que sentia, mas isso era normal! Era sim! E daí se no grupo de parkour ela conseguia dar saltos mais altos e se equilibrar com mais destreza? E daí se ela conseguia correr durante mais tempo do que outros sem se cansar? E daí se quando seus músculos doíam e pediam por socorro ela ainda conseguia saltar e correr mesmo com suas forças esgotadas? E daí? E daí se às vezes ela tinha transtornos e acabava ferindo a si mesma ou detonando qualquer coisa que ela via a sua frente? Qualquer adolescente irritado faz isso, não é mesmo? É normal! Normal!
Não, não, Steve dissera aquilo apenas para feri-la, ela não sabia dizer por qual razão ele inventaria aquilo, mas tinha que ser mentira! Sem perceber ela já soluçava de tanto chorar e ela compreendia o porquê de não conseguir parar, pois ontem Nick Fury estava em sua casa e Tony queria falar com ela, mas ela forçava a sua mente a inventar outra desculpa pela visita de Nick em sua casa, não podia ser por aquilo. Ela acelerou seus passos e foi em direção as Indústrias Stark, pois havia somente uma pessoa que podia acalmá-la e lhe dizer a verdade. A verdade que ela ansiava que fosse falsa.

 — Senhor Stark se você não parar com as interrupções terá que se retirar da sala. — Pepper avisou impaciente, assim como os acionistas se encontravam, pois Tony estava impossível aquela manha.
— Eu só quero deixar claro que a garota da qual eu me referia era a Nicole, minha filha.
— E eu já lhe disse que não me importa.
— Então eu vou te interromper até você acreditar em mim.
— Então você terá que se retirar da reunião.
— Com todo o prazer, mas só depois que você se convencer de que eu estou falando a verdade.
— Por que você está fazendo isso? — Perguntou com um suspiro, em derrota.
— Porque eu não quero que você pense que...
— Podemos voltar. — Um dos acionistas chamou a atenção deles.
— Ò filhinho, da licença que estamos conversando. — Pediu sem vergonha alguma.
— Viemos aqui para tratar de negócios. — Tony assentiu.
— Sei, sei, mas eu também estou tratando de negócios.
— Vocês podem conversar sobre isso outra hora. — Replicou outro.
— Os senhores tem toda a razão, nos perdoe. — Pepper foi gentil como sempre. — Então, como eu estava dizendo...
Gritos do lado de fora da sala chamou a atenção deles e todos viraram para a porta, na qual foi aberta brutalmente por Nicole que estava com a mão direita sobre o braço esquerdo, que sangrava e seu rosto estava vermelho e molhado. Uma mulher e homens apareceram ao lado dela.
— Tentamos impedi-la senhora Potts, mas... — a mulher se desculpou envergonhada.
Tony logo se colocou de pé — assim como Pepper — e caminhou até a Faith.
— Nicole, o que aconteceu? — Ele colocou as mãos nos ombros dela.
— Pai — ela fechou os olhos e mais lágrimas escorregaram por seu rosto.
Ver sua filha chorando daquele jeito era comparável a alguém que tivesse pegado o coração de Tony e o estivesse esmagando com as mãos, sem dó e sem piedade. Nicole voltou a abrir os olhos e deixou Tony desolado com as próximas palavras que foram proferidas de sua boca: — Eu sou uma aberração?

 


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Notas finais do capítulo

Roupa da Pepper: http://www.polyvore.com/cap%C3%ADtulo_10_boneca_de_pano/set?id=88986898
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Roupa da Nicole: http://www.polyvore.com/cap%C3%ADtulo_10_boneca_de_pano/set?id=89097980
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E ai, gostaram? No próximo vai ser mais esclarecido quais são os dons da Nicole, mas como eu disse para algumas leitoras::: Na primeira temporada eu deixei meio explícito entrelinhas (em alguns capítulos, nos primeiros eu acho) qual é um dos dons dela. ;D Mas como eu sei que vocês não vou voltar lá e conferir (ou vao? sapkopsa) aguardem pelo próximo capítulo que sairá em breve. Beijoos e fiquem com Deus! ;***



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