POV Ally

– Minha vez Austin. Meu pai sempre está em casa, um de meus desejos é beijar na chuvapor que sou uma daquelas pessoas bem clichês e eu não quero entrar na faculdade de música em Nova York.

- Sério que você quer entrar lá também?

- Você vai tirar toda a graça da minha vez.

- Tudo bem kakakakakakakaka. Você com certeza quer entrar na faculdade e fico feliz que seja na de música. Podemos morar juntos se quiser. – Ele piscou para mim sarcasticamente.

- Seu bobão. – O empurrei de leve e comecei a rir. - Continua.

- Duvido que você seja uma pessoa clichê deixando-me com a única opção de que seu pai sempre está em casa.

- A primeira está totalmente correta por que me formar e ir para lá é um sonho que eu tenho faz muito tempo. As outras estão erradas.

- Sério que você sonha em beijar na chuva?

- Ei, sou uma pessoa clichê tá? Eu sempre lia aqueles livros em que tinha a garota apaixonada e tudo mais onde ela encontrava o cara certo para ela e às vezes rolava um beijo na chuva e eu achava fofo.

- Eu posso fazer isto acontecer, é só esperarmos chover.

- Apesar de ter sido totalmente fofo da sua parte ter dito isto, não posso aceitar. Tem que ser uma coisa espontânea e do momento.

- Você sabe que pegaríamos um resfriado também não?

- Sim kakakakakakakaka.

- Agora o seu pai. Ele não fica em casa?

- Geralmente ele está viajando para convenções de música me deixando na maior parte do tempo sozinha e tendo que cuidar da loja que temos. – Apenas deu de ombros. - Mas eu já me acostumei com isto.

- E a sua mãe? O que houve?

- Ela mora na África.

- Você sente falta dela?

- Sim, mas meu pai sempre cuidou muito bem de mim, além do mais eu sei que foi o melhor a ter sido feito. Além do mais, temos meios de comunicação para nos falarmos. Agora você.

- Hum, vamos ver. Eu amo panquecas, quero ficar no banco de amigos em relação a você e não tive uma ex-namorada.

- É óbvio que você ama panquecas.

- Acertou.

- Ah propósito, a sua ex-namorada não é aquela cantora famosa que está turnê?

- Sim, mas ela não foi à turnê totalmente por que ela quis.

- Foi por causa do fim do relacionamento de vocês?

- Mais ou menos. É que tinha uma louca que ficava no meu pé e sempre queria algo comigo, fomos até fotografados juntos e tudo mais. No final acho que eu sai e bebi demais e fiquei com ela.

- Ficar no sentido de fazer vários movimentos consecutivos na cama até gozar?

- Isso ai. – Ele sorriu para mim, considerando meu comentário como uma total piada, o que eu também achei. – Só que eu não me lembro de nada.

- Como assim?

- Não consigo me lembrar de ter ficado com ela.

- No final a garota te pegou a traindo?

- No outro dia ela me falou que estava tudo acabado entre nós e que tinha decidido fazer a turnê que o gerente dela tinha proposto.

- E quem era essa louca?

- Conhece aquela atriz chamada Tilly que diz em todas as entrevistas ter um caso comigo?

- Conheço kakakakakakakaka. Por que você não deu uma chance para ela?

- Eu namorei com ela por um tempo, mas a doida me traiu, partiu meu coração e eu desisti.

- Aw que fofo! – Apertei suas bochechas o deixando um pouco constrangido e sem entender por que fiz aquilo. – Ela partiu seu coração foi?

- A próxima é você.

- Tudo bem. Meu sobrenome é Dawson, quero finar no banco de amigos com você e minha comida favorita não é picles.

- Você me deixou totalmente confuso. Primeiro: não sei seu sobrenome. Segundo: você me deu uma chance como amigo. Terceiro: picles não é comida.

- Claro que é. – Dei um tapa nele que parece ter doido pela careta que fez. – Pela minha percepção é comida sim.

- Descobri uma das mentiras que na verdade sua comida favorita é sim picles, agora o resto.

- O meu sobrenome é sim Dawson.

- O que nos deixa com a outra mentira. – Fiquei encarando fixamente o mar neste momento já que deveria estar vermelha, e podia imaginar o sorriso em seu rosto neste momento.

- Isso ai. Agora você.

- Eu não acho que estou apaixonado por você, meu nome do meio é Monica e eu não te acho linda.

- Uma vez eu vi uma matéria sua onde falava que seu nome do meio era Mônica e acho que nunca ri tanto quanto naquele dia.

- Você descobriu a verdade. – Ele sorriu e eu me senti meio confusa em relação ao primeiro fato que ele disse.

- Como assim você não acha que está apaixonado por mim?

- Eu não acho, eu tenho certeza que estou. – Meu coração acelerou de um modo que acredito que ele tenha ouvido.

- Então... É... Eu tenho que ir para casa.

- Achei que você não visse seu pai diariamente.

- Só por que não o vejo, não significa que eu tenha que estar indo tarde para casa. Tenho aula amanhã, hoje é Segunda ainda e além do mais não sou nenhuma celebridade que já se formou.

- Eu sei disso. – Ele se levantou e estendeu a mão para me ajudar. – Quer carona?

- O Dez disse que... – Meu celular começou a dar um bipe de quando recebo uma mensagem, e adivinha de quem era? Isso mesmo, do ruivo.

“Ally, vou levar a Trish para casa com seu carro, amanhã de manhã te busco em casa. Pega uma carona com o loiro :P”

Eu vou matar aquele veado...

- O que houve? – O Austin estava com uma expressão de total preocupação.

- Você poderia me levar para casa?

- Para sua casa ou para o meu apartamento? – Ele sorriu maliciosamente para mim e eu dei outro tapa nele.

- Bobão.

- É brincadeira kakakakakakakakaka. Agora vem que eu te levo. – O loiro segurou minha mão e eu as entrelacei indo ao seu lado até o carro.

Entramos e eu o direcionei até minha casa dando-o as coordenadas. Seguimos rindo e cantando as músicas que davam no rádio por que ele queria me escutar cantando e ver se eu era tão boa assim. Quando chegamos ele ficou parado um instante e eu fiquei meio triste pela noite ter chegado ao fim.

- Chegamos.

- Pois é. – Ficamos em silêncio e eu me arrumei para sair do carro quando ele me chamou. – Ally, você não quer sair comigo em um tipo de encontro? Para irmos testando este...

- Quero. – Ele sorriu. – Obrigada. E se quiser, podemos ir ao festival já que estará em Miami até Sexta.

- Pode ser.

- Tchau. – Fui dar um beijo em sua bochecha só que ele virou o rosto e eu acabei dando um beijo em seus lábios. Quando me separei, o olhei e o garoto estava me dando um sorrisinho malicioso o que me fez querer mais. – Eu vou quebrar este acordo por um momento. – Ele me olhou meio confuso e eu segurei seu pescoço o beijando em seguida.

O beijo começou calmo como se quiséssemos apenas sentir os lábios um do outro e eu fiquei feliz por estar sentindo aqueles lábios macios nos meus. Eu encostei minha língua em seu lábio inferior e ele sabia o que era para fazer em seguida. Comecei a aprofundar o beijo, sentindo o seu hálito de menta, mas depois me separei (meio que já sabendo o que iria dar se continuássemos) e dei uma mordidinha em seu lábio o deixando querendo mais.

- Bem que poderíamos quebrar o acordo mais vezes não acha Ally?

- Eu acho kakakakakakakaka. Agora vou indo. Até mais Austin.

- Até mais Ally. – Sai do carro, fui em direção a minha varanda e entrei em casa. Ele foi embora logo depois e eu subi para o meu quarto. Tomei um banho, troquei de roupa e deitei na minha cama, dormindo em seguida com um sorriso no rosto lembrando este meu dia maravilhoso.