You Belong With Me escrita por SeriesFanatic


Capítulo 9
Jason, Leo e Reyna




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/381503/chapter/9

O dia de Jason foi calmo. Na escola, ele conseguiu prestar atenção em todas as aulas e ainda recebeu um elogio da Senhorita Blanchard por ter sido o primeiro a terminar os exercícios da aula de latim. Jason estudava na Escola da Vida Selvagem, um lugar para crianças problemáticas ou com algum distúrbio de aprendizagem, seu melhor amigo entrou pro colégio por esse problema. Jason foi colocado lá por seu pai adotivo depois do menino sem querer ter eletrocutado a professora de matemática no último colégio. Antes de estudar lá e ser considerado um garoto problemático, Jason era o orgulho do pai e um exemplo de filho. Só as notas mais altas nos colégios, estudava na melhor escola particular de San Francisco depois de tirar a maior nota no exame de admissão e conseguir bolsa integral. Era o filho perfeito, nunca se meteu em problemas e todas as meninas queriam namorá-lo. Aí perdeu o controle e eletrocutou a professora, o que o fez ser mandado para a escola de delinquentes com mais matérias extras do estado.

A vida de Leo foi diferente, ele cresceu com a mãe e a amava muito, só que sem querer tocou fogo na oficina que ela trabalhava e foi morar com sua tia, quem ele não suportava. Ela mandou o garoto assim que pode para a Escola da Vida Selvagem, odiava o menino. Leo ficou excluído por muitos anos, sem amigo nenhum e tentando não causar muitos problemas, mas o TDAH não ajudou muito. Tudo mudou quando conheceu Jason por acidente. Leo estava matando aula e viu Jason pousar no chão, espantado foi falar com ele e desde então viraram amigos. Leo sabia que Jason podia voar e quando ficava nervoso, dava choque nas pessoas. Leo terminou contando para Jason sobre seu poder com fogo e seu jeito com ferramentas. E também o fato de sempre se apaixonar por meninas que nunca iam namorá-lo.

Reyna lembrava pouco do pai, após ele morrer ou sumir, (ela não tinha muita certeza) ela e sua irmã foram mandadas para um orfanato, então sua irmã foi adotava por uma família muito rica e poderosa, enquanto Reyna ficou no orfanato e sem sobrenome. O orfanato tinha um acordo com a Escola da Vida Selvagem, todos os órfãos estudavam lá de graça contanto que as notas fossem boas. Reyna era o orgulho do reitor do orfanato e dona das melhores notas da escola. Quando conheceu Jason, se apaixonou a primeira vista e não foi difícil virarem namorados. A única parte ruim em namorar Jason era ter que aturar Leo Valdez, mas por Jason, ela suportava o garoto hiperativo.

Aquele dia era pra ter sido normal, irem estudar na casa de Jason e do pai misterioso e adotivo dele já tinham prova de história na sexta-feira e o assunto era mitologia grega. Leo passou a tarde toda reclamando que não tinha como aprender tudo sobre 14 Olimpianos em dois dias, enquanto Reyna e Jason já tinham decorado tudo do livro. Quando a campainha tocou, Leo torceu para que o cara da pizza tivesse confundido o lugar e assim Leo poderia comer. Mas era a irmã que ninguém sabia que existia de Jason. E o amigo lesado dela, com a amiga esquentadinha e sabichona. Eles vieram com um papo de que mitologia era real e coisa e tal, que o pai de Jason era Zeus, rei dos céus e blá, blá, blá. Por um momento, Leo acreditou em Thalia, não por ela ser extremamente linda, mas porque fazia sentido, já que Jason conseguia voar.

Reyna, cética como sempre, não acreditou até que Leo se invocou e estralou os dedos, fazendo sua mão pegar fogo. O tal de Percy fez água aparecer em suas mãos e segundo Annabeth (a loira mais linda e sexy que Leo já vira), Reyna e Leo também eram meios-sangues. Reyna se recusou a acreditar até um bicho muito estranho aparecer na rua. Annabeth o chamou de leucrota. Eles lutaram com o que tinham: o machado do pai de Jason e uns utensílios de churrasco, mas o monstro não se amedrontou facilmente. O bicho era tão forte que empurrou Percy contra uma árvore, o fazendo desmaiar com o baque na cabeça. Quando tudo parecia perdido, uma garota super forte apareceu, mas o bicho conseguiu detê-la também, então uma menina magricela com traços indígenas tentou matar o monstro com uma faca de cozinha. A parte mais estranha foi o tal leucrota fugindo após ver a faca de Annabeth.

– Vem cá... aquela hiena tem medo de facas? – Leo disse, meio tonto. – Mas não tem medo da Thalia invocando raios?

A guerreira super forte que chegou para salvar o dia se chamava Clarisse, o menino que convocou os zumbis like Michael Jackson e depois deu uma de Bela Adormecida se chamava Nico e era primo de Jason. A Pocahontas se chamava Piper e o sátiro que Leo só veio ver depois, se chamava Peter Pan. Era impressão de Leo, ou a Disney tava ligada a mitologia grega também? O.o

– Néctar? – disse Annabeth para Clarisse.

Clarisse tirou uma garrafa da mochila e Annabeth apoiou a cabeça de Nico entre suas pernas, derramando um pouco na boca do menino, depois e com muita relutância, ela fez o mesmo com Percy. Jason e Leo conseguiram levar Nico para dentro da casa, enquanto Thalia, Annabeth e Clarisse levaram Percy. Reyna se apoiou em Piper e Peter, o sátiro, e conseguiu entrar mancando. Annabeth ficou meio relutante em dar o tal de néctar para Reyna, mesmo sem Leo saber por que, mas terminou dando e na hora, Reyna ficou a pessoa mais saudável do mundo, a ferida em sua perna sarou em minutos.

– Confirmado, três meios-sangues. – disse Thalia para Annabeth, que assentiu com medo.

– Beleza, temos quatro novatos, sem arma, sem o menor conhecimento de luta e para piorar a situação o leucrota sabe onde estamos, ou seja, ele irá voltar. – disse Clarisse. – Ei, se sobrevivemos, a gente pode ir no cinema ver Mar de Monstros? – zombou.

– Achei que Jason fosse um bebê. – disse Piper.

– Eu também. – disse Annabeth com preocupação na voz.

Jason apenas ficou encarando a irmã. A cabeça de Leo latejava, todos aqueles deuses que ele estava tentando decorar para a prova eram reais. E se numa questão tiver a pergunta: Cite um semideus importante e algum feito histórico que ele fez. O que Leo colocaria? Leo Valdez, feito importante para a história da humanidade: nasceu pra ser gostoso! Provavelmente ele perderia a questão, mas que estava certo estava.

– E então... algum plano? – perguntou Thalia se jogando no sofá, exausta.

– Podemos seguir o plano de Quíron. Colocar os meninos num avião e seguir atrás do leucrota. – disse Clarisse.

– Você falou com Quíron? – disse Annabeth num tom de censura.

– Ei, eu não sabia o que fazer, tá legal?! E ele não tá querendo nos matar ou nos mandar lavar a louça junto com Tyson e Chris. – disse Clarisse como se isso fosse alguma coisa boa. – O mesmo não posso dizer do Sr. D, ele sim tá pê da vida com a gente.

– Quem é Quíron e Sr. D? – perguntou Reyna.

– Quíron é diretor de atividades do acampamento e um centauro. Sr. D é o “apelido” de Dionísio, deus do vinho. Ele é o diretor do acampamento. – disse Annabeth.

– Por que o deus do vinho iria ser diretor de um acampamento de férias? – perguntou Leo.

– Longa história. – disse Annabeth.

– Annabeth... – murmurou Percy.

Todos olharam para ele, que babava e fala coisas sem sentido do tipo: “você é luz, é estrela e luar, manhã de sol, meu iaiá meu ioiô.” Leo achou que ele estivesse brincando, mas quando viu Annabeth corando, teve certeza de que Percy estava dormindo e babando e fazendo serenata ao mesmo tempo.

– Deixem o Romeu descansar... – zombou Clarisse. – Ideias?

– É melhor mesmo irmos pelo avião. Duvido que o leucrota irá pegar um voo e ir atrás deles. – disse Peter Pan, o sátiro de um metro e meio de altura.

– Faz sentido. – disse Annabeth. – E tem mais, se os mandarmos, talvez Dionísio dê um castigo mais leve.

– Tipo o que? Ajudar Grover a tomar coragem pra pedir Juníper em casamento? – riu Clarisse. – Qual é até o pedido fajudo do Chris foi romântico.

– Recolher os morangos não é tão ruim assim. É melhor que limpar o estábulo. – disse Thalia.

– Thalia, já recolhemos morango na quinta-feira e limpamos os estábulos na quarta-feira. – lembrou Annabeth.

– Ah que seja, vocês entenderam. – disse Thalia.

– Voar não é perigoso? Porque nós atraímos monstros e... se algum monstro tiver azas e atacar o avião? – perguntou Piper.

– Gostei dela. – disse Thalia. – Pensamento rápido e lógico... acho que é a primeira filha de Afrodite que eu vejo com benção de Atena.

– A questão do perigo é muito relativo. Cada Olimpiano tem suas fraquezas e suas áreas de domínio. Por Jason ser filho do senhor dos céus, o ar é seu território. Nenhum monstro ousaria a atacar um filho de Zeus no território de Zeus. – explicou Annabeth.

– UAU! – exclamou Leo. – Você é mesmo inteligente!

– Ah... obrigada. – disse Annabeth franzindo o cenho, aquilo era algo óbvio, não questão deinteligência.

– Tá legal, mandaremos eles para NYC pelo avião, só precisamos de dinheiro terrestre para comprar as passagens. – disse Thalia.

– Ou Névoa. – sorriu Clarisse.

– É. Ou Névoa. – acrescentou Peter.

– Ainda acho que é melhor chamar Apolo. – disse Nico acordando. – E esses três quem são? Cadê o bebê?

– Ah... Nico... esses são Leo Valdez e Reyna. E... er... esse aqui é Jason Grace, meu irmão. – disse Thalia.

– Ele não era um bebê? – disse Nico confuso.

– Contarei toda a história depois. – disse Thalia. – Peter, vá para o quarto de Jason e ligue o computador, cheque os horários de voos para Nova Iorque.

– Certo. – disse Peter subindo as escadas.

– Clarisse, mande uma mensagem de Íris para Chris. Diga a ele para ir com Grover e Argos até o aeroporto. Diga a Quíron que libere algum irmão seu para ir de escolta. – disse Annabeth.

– Tá legal. – respondeu Clarisse.

– Vão comer alguma coisa e arrumar a mochila para viagem. – disse Thalia para Jason, Leo e Reyna.

– E nossas roupas? Nossas coisas e tals? – perguntou Leo.

– Veremos isso depois. Tem roupa no acampamento e com toda certeza Connor e Travis conseguirão alguns itens pessoais enquanto estiverem no chalé onze. Depois que forem reconhecidos ficará mais fácil. – disse Thalia.

– Espera... e o meu pai? E a tia do Leo? A galera do orfanato onde Reyna mora? – disse Jason.

– Lamento Jason, mas teremos de cuidar disso depois que o monstro estiver morto ou capturado. – disse Annabeth. – Até lá é perigoso ficar fora de um lugar com barreiras mágicas e o Acampamento Meio-Sangue é o único que existe e o único lugar onde vocês estarão salvos.

– E por que não podemos ficar com vocês e ajudá-los a lutar? – perguntou Jason.

– Porque é imprudente! – disse Nico. – Vocês não sabem lutar, não tem armas que podem realmente ferir um monstro. Se ficarem conosco serão uma preocupação para nós.

– Eu posso ajudar! Dou descargas elétricas e voo! Leo pode fazer churrasco daquela hiena! – disse Jason.

– Pode crer! Tocha Humana entrando em ação, baby! – exclamou Leo.

– É imprudente. – disse Annabeth. – E se tem algo que eu não faço é cometer imprudências.

– Pois é, só que não é você que tá fazendo, sou eu! – exclamou Jason. – Vocês precisam de ajuda e nós podemos ajudar!

– Não podem não. – disse Percy acordando e meio zonzo. – Que dia é hoje hein?

– Quarta-feira. – disse Nico.

– Que ótimo, eu tenho uma festa de aniversário para ir amanhã. – disse Percy. – As nereidas irão me matar se eu não for!

– Ô Don Juan, menos tá! – disse Thalia.

– Tem um voo que parte em 45 min. – disse Peter.

– Ótimo. Vão com o motorista do pai de Piper até o aeroporto. Nico vá com eles e controle a Névoa para que passem. – disse Annabeth. – Boa sorte gente.

Jason tentou relutar, mas não conseguiu já que as ordens de Thalia e Annabeth eram bem específicas. Ele, Leo, Reyna, Piper, Nico e o sátiro Peter foram até o aeroporto seguir com o plano de Quíron. Na casa do pai adotivo de Jason, Clarisse explicou o plano para Quíron, Chris e Sr.D enquanto Thalia dormiu no sofá e Percy foi tomar banho. Annabeth ficou pensativa em relação a sua adaga.

“Que maravilha! O menino bode já tinha arrumado um berço, fraldas e mamadeira e agora você me diz que o bebê tem quatorze anos! Eu vou pedir demissão!” exclamou Sr. D na mensagem de Íris.

“Demissão? Isso aqui é uma punição e não um trabalho” Lembrou Chris.

“Se aparecerem videiras no lugar dos seus cabelos amanhã Cristóvão Rodrigo, não venha pedir perdão!” exclamou Sr. D.

Enquanto Quíron ficou tentando impedir que Sr. D transformasse Chris em uma andorinha, Annabeth foi conversar com Thalia sobre a adaga. Thalia lhe contou como chegaram à casa de Hal Green, guiados por Amalteia, sobre os leucrotas, sobre como saíram de lá e como chegaram a Annabeth. Thalia contou da adaga que Hal deu a Luke, dizendo que o objeto sempre protegeria quem fosse seu dono e do porque de Luke pediu segredo. Ele odiou o que Apolo fez com Hal e não queria que a pequena Annabeth soubesse que para ela fosse encontrada, um semideus teve que morrer. Também contou sobre Aegis.

– Então... o leucrota fugiu da briga quando viu a adaga por que... ele sobreviveu ao incêndio que você, Luke e esse tal de Hal causaram? – disse Annabeth.

– É a única teoria que eu formulei. NÃO HÁ outra explicação. – disse Thalia.

– Então... se ele sobreviveu... onde estão os outros dois?

– Honestamente eu não sei. Por isso que não boto fé nessa teoria de Lady Ártemis. Pode só ser os monstros se vingando.

– Mas seu pai disse que o semideus que está controlando o leucrota está aqui em San Francisco.

– Eu sei... Monte Diablo...

Annabeth fitou Thalia. Ela queria ir para casa de seu pai, ver como ele estava indo e tudo mais, porém achou melhor só ajudar a matar o monstro. No aeroporto, Nico já estava indo em direção ao chofer quando notou estar sendo seguindo, conseguiu caminhar até longe da vista dos mortais e sacou sua espada, um garoto descendente de chineses levantou os braços em redenção.

– Calma aí. – o menino disse assustado.

– Se for me roubar, eu não tenho grana, mas tenho uma espada e sei usá-la. – disse Nico.

– Não é isso. – disse o rapaz que tinha cara de bebê. – Meu nome é Frank. E... isso pode parecer estranho, mas... um amigo meu disse que era para que eu viesse falar com você.

– Um amigo seu? – estranhou Nico.

Um casal apareceu perto do chofer do pai de Piper. Uma menina de pele castanha e cabelos cor de café e um garoto magricela loiro com cara de chato, Frank fez sinal para que eles se aproximassem. Os três vestiam uniformes, só que surrados e sujos. Camisa social branca, calça social preta, suéter cinza com um emblema escolar e gravata vermelha, todos tinham mochilas nas costas. O garoto loiro segurava uma faca, a menina uma espada samurai e Frank segurava um arco.

– Esse são Hazel e Octavian. – disse Frank.

– Oi. – sorriu Hazel desconfiada.

– Oi. – respondeu Nico.

– Octavian teve... uma... “visão” sua. – disse Frank sem graça.

– Nico di Angelo, filho de Hades não é? – perguntou Octavian.

Nico engoliu em seco. Que ele soubesse, só Rachel tinha o dom da vidência.

– Como... sabe...? – perguntou Nico.

– Não sei, as entranhas dos bichos me contaram. – disse Octavian com um sorriso traquina.

Nico correu os olhos entre os três. Frank era corpulento, mas com cara de bebê e provavelmente não machucaria nem uma mosca. Hazel parecia legal, tinha um sorriso bonito e ela lhe era familiar. Octavian tinha cara de quem estava enjoado desde o dia em que nasceu.

– Somos meios-sangues. – disse Frank. – Segundo os ursinhos do Octavian, você pode nos ajudar!

Nico ficou sem reação. Havia acabado de se livrar de Jason, Piper, Leo e Reyna e do sátiro Peter Pan e já havia arrumado mais três meios-sangues? Ele pensou em colocar os três no próximo voo para Nova Iorque, mas as armas que seguravam... não eram armas comuns para humanos, eram armas de batalha mesmo. Eles tinham bronze celestial. Nico não viu as flechas de Frank, mas tinha certeza de que não eram flechas normais.

– Sim, eu posso. – disse ele tentando mostrar confiança.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!