Daytime Nightmares escrita por Twisted Little Brat


Capítulo 5
Cute Brat


Notas iniciais do capítulo

Aqui está a esperada (Ou não xD) aparição de Echo!!



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– Hm? Sebastian, onde está Elizabeth? - Ciel perguntou.

Voltamos do jardim e Sebastian estava parado, pensativo.

– Ah. Elizabeth-sama foi embora há alguns minutos... Falou algo sobre sua mãe ficar furiosa.

– Entendo. Você tinha preparado um quarto, não é? - ele se virou para mim - Tsuna, quer passar a noite aqui?

Assenti.

– Acompanhe Sebastian até o quarto. Boa noite. - ele sorriu.

Sebastian mostrou o caminho pelo corredor e indicou a penúltima porta, à direita. Entramos e ele me falou o caminho até o banheiro, dizendo para chamá-lo se precisasse de algo.

– Amanhã o café da manhã será servido no jardim. - seus olhos me provocavam - Mas você já sabe onde é, não?

Dito isso, ele foi embora. Fiz uma camisola confortável aparecer, com meus poderes e me deitei.

A noite foi terrível. Sonhei com minha irmã. O pior pesadelo que já tive. Depois de morta, Rosalya levantou, sangue pingando de seu peito. "Eu disse... Monstro" ela se aproximou, cuspindo sangue, juntamente com as palavras. " Você nunca será amada. Monstros não recebem amor " Ela levantou a cabeça, cavidades vazias no lugar dos olhos " Monstros só recebem ódio ".

Acordei ofegante. O sol invadia o quarto através de brechas na cortina. Me levantei e coloquei o vestido que Sebastian guardara ali, depois da farra de Lizzy. Como ele sabia que eu dormiria aqui?

Fui até a porta branca ornamentada que levava até o jardim, ainda perturbada por causa do sonho e das palavras de minha irmã. Respirei fundo e abri a porta.

No canto do jardim, sentado ao lado do coreto, estava Ciel, na frente de uma mesa cheia de doces, organizados de forma impecável. Não conseguia identificar metade deles, mas estavam com uma aparência e cheiro incrível.

Sentei na frente de Ciel, pegando todos os doces que via e os colocando no meu prato.

Ele riu.

– Pensei que você gostava de chocolate. Vai engordar assim, sabia? - tomou um gole de seu chá.

Fiquei vermelha e não disfarcei a irritação na minha voz:

– Doces vão para um estômago diferente.


~ Ciel's Pov ~


Tsuna tinha uma aparência abatida e estava mais pálida que o normal.

– Dormiu mal?

Ela arregalou um pouco os olhos.

– Como...? Sim. Tive um pesadelo.

Resolvi animá-la.

– Tsuna, pare de se lamentar. Vai tirar o gosto dos doces.

Ela sorriu.

– Tem razão. Obrigada. Você sempre sabe o que dizer pra me animar. Você sabe que palavras doces piorariam o meu humor. Como você consegue?

Pensei em como responde-la sem que ficasse estranho.

– Sabe, Tsuna. Você é complicada de decifrar, ao contrário do que parece. Realmente me deixou confuso algumas vezes, ontem. Mas é divertido tentar te entender. Você é como um quebra-cabeça. - olhei bem em seus olhos - E eu sempre gostei de jogos. Somos amigos, não somos?

Sua expressão pareceu mais animada.


~ Mizu's Pov ~


Um amigo... Eu nunca tive um amigo... Ele sempre sabe como me animar. Sempre, sempre, sabe o que dizer.

Mas... ao mesmo tempo, parece que ele não se entende... Queria ajudá-lo. Posso ver a tristeza em seus olhos mesmo quando suas atitudes demonstram o contrário.

Então tomei uma decisão. Continuarei obedecendo a rainha, mas farei de tudo para animar Ciel, assim como ele faz comigo.

– Ciel... Por que você sempre parece tão triste? E ... Aquele quadro, na entrada.... Você pareceu muito triste e distante ao olhar pra ele... São seus pais, não são? O que houve com eles?

Ele pareceu surpreso com a pergunta. Abaixou a cabeça e tomou um gole de seu chá.

– Eles.... Morreram em um incêndio há algum tempo.

Realmente não sou como ele. Não sei o que dizer para animá-lo... Apenas.... Apenas podia oferecer simples palavras de consolo.

– Sinto muito..

– Não sinta... Não foi sua culpa. E os seus?

Abaixei a cabeça. Ele foi sincero comigo, suponho que devo ser sincera com ele.

– Minha mãe... Morreu quando eu nasci.

Sua expressão não mudou.

– Meu pai e Rosalya, minha irmã diziam que era minha culpa, que eu era inútil.

Ele bateu a mão na mesa e seu olho, que não estava coberta pelo tapa-olho, estava brilhando de raiva.

– Perdoe-me. Prossiga.

– No meu aniversário de treze anos, Rosalya me bateu como todos os dias, mas quando estava indo embora... me chamou de.... Monstro - ri, irônica e minha voz saiu fraca e insegura - Acho que ela está certa, não é? Talvez eu seja um monstro. Talvez mamãe tenha morrido por minha culpa...

Meu sangue começou a ferver e tudo ficou escuro.


~ Ciel's Pov ~


Quando terminou a frase, Tsuna desmaiou e eu corri para pegá-la, antes que caísse no chão.

Então, algo estranho aconteceu. Tsuna ficou mais alta, suas feições mais maduras.

Ela se levantou, tirando a poeira do vestido, como se nada tivesse acontecido.

– Tsuna?

Ela olhou para mim, seus olhos mais selvagens e... cruéis.

– Tsuna? De quem está falando, pirralho?

Pirralho?!

– Quem é você?

Definitivamente não era Tsuna. Não existia um pingo de bondade em seus olhos. Não duvidaria do fato de ela ser um demônio. Ela sorriu, maliciosamente

– Eu sou algo que mora dentro de você. Dentro de todos. Eu sou o mal dentro de cada um. - ela riu - Falando sério, eu sou... Como o lado negro da Mizu. Uma segunda personalidade, se preferir. Sou a personificação do ódio dela. Pode me chamar de Echo.

Echo? Como assim? Quem é Mizu?

– Então, você é o Ciel, certo? Estava te procu-- - ela parou subitamente. - Cale-se, Mizu. O que foi? Não quer que eu fale para ele? Tudo bem, vou fazer do seu jeito, por enquanto.

– Interessante...

Echo se virou para Sebastian, que disse aquilo.

– Que foi, velhote?

– Velhote? - ele riu - Parece que eu estava certo. O poder que eu estava sentido era grande demais, e a aura era muito escura para Tsuna.

– Tsuna? Ah, o sobrenome de Mizu.


~ Echo's Pov ~



Qual o problema de falar para ele, Mizu? " Echo, por favor, não conte... Ele é meu único amigo " Tudo bem, não conto para ele... Por enquanto. Vou deixar você mesma cavar sua cova. Amizades são feitas à base de confiança. Silêncio. Mizu não respondeu. O que será que havia de tão especial naquele pirralho? Quem realmente me incomodava era aquele mordomo.


– Poder grande demais, você disse, não é velhote? Mizu também é forte. Mas, geralmente, ele me chama na hora das brigas. Vamos fazer assim: Eu termino a história de Mizu e conto aquilo que ela não queria, se...

– Se?

– Se você me ganhar numa luta. - meus olhos ficaram vermelhos.


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Notas finais do capítulo

Um aviso: O próximo capítulo não vai ser o da luta, vai ser narrado da perspectiva de Koi. O cap. da luta vai ser depois.



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