A Filha da Sabedoria escrita por Annabel Lee


Capítulo 1
Sete anos trás quando minha vida virou um Inferno.


Notas iniciais do capítulo

Bom, essa é minha terceira fic de Percy Jackson (eu amo muito a saga) e espero que gostem.

Minhas outras fics:

— Chamas da Memória* . *Liper.

— A Filha da Magia.

Caso se interesse em ler, procure-as e cheque se o autor é Annabell Lee ;D



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Descobri que minha vida não passava de uma mentira suja e decadente há sete anos.

Eu vivia uma vida normal com meu pai, Jonathan Garcia,  minha madrasta e meu irmão caçula, Johnny. Estudava numa escola especial para crianças com diagnóstico de TDAH e dislexia, embora meu pai quisesse que eu fosse matriculada numa escola para gênios.

Se sou um gênio? Meu pai achava que sim. Eu resolvia contas grandes e complexas em segundos, memorizava grandes fatos históricos e meu raciocínio era rápido. Sempre achei que eu puxei ele. Ele era Químico e dava aula em algumas Universidades. Ele era o gênio!

 Porém, o que condenava minha "carreira brilhante e intelectual" era o fato de que as letras sempre voavam para fora da página dos livros que eu lia.

Fora isso, tudo ia bem. Minha madrasta, Andrea, tinha um filho de oito anos que tornou-se meu irmão caçula com facilidade. Todo fim de semana comíamos pizza e assistíamos TV como uma família normal, numa vida normal.

Mas tudo mudou no dia 23 de julho, de 1990.

Eu tinha 11 anos na época. Acordei numa segunda-feira super disposta para ir para a escola. Arrumei minha mochila, meu lanche e tomei café rapidamente por conta do atraso. Enfiei a torrada na boca beijei a bochecha de meu pai, peguei meu walkman e saí correndo rua afora.

Caminhei pelas ruas nova iorquinas enquanto escuta Cyndi Lauper, até que esbarrei no meu amigo.

- Olha por onde... - Thomas já ia começar a brigar comigo quando me reconheceu - Alexia!

Thomas é alto e afro-americano. Suas dreads são longas e sempre cobertas por uma daquelas boinas jamaicanas. Ele sempre andava com uma camisa do Che Guevara e com sua flauta de Pã favorita no bolso.

- Desculpe - eu digo.

Sorri e o ajudei a se levantar e a se recompor nas muletas. Tom tinha algum problema nas pernas que o incapacitava de andar corretamente. Mas não pense que ele não corria! Tem que ver quando tem dia do hambúrguer de carne na escola... Aquele menino saía atropelando todo mundo!

Ajeitei meu cabelo longo e ondulado, na época ainda loiro escuro, e voltamos a caminhar em direção à escola.

- Alex - chama Tom - seu pai falou alguma coisa com você hoje?

Franzi o cenho.

- Não. Que tipo de coisa?

- Sobre mitologia grega, não sei...

- Thomas, você está bem?

Estávamos a alguns metros da minha escola, quando uma explosão chamou nossa atenção. Gritei com o susto e meus olhos se arregalaram com a visão da escola em chamas.

- Merda! - grita Thomas.

- O que foi isso? - eu grito de volta.

- Quíron vai me matar!

- Quem?

De dentro da escola, uma multidão de crianças saem correndo aos berros. Atrás delas, uma multidão de adolescentes sai correndo e brandindo as armas brancas que carregavam em mãos. Todos eles tinham a mesma camisa em uso: uma camiseta roxa com escrituras em latim que não consegui traduzir.

Mas eu reconheci uma palavra. Uma única: Júpiter.

Thomas me puxa pelo pulso e sai correndo comigo, deixando as muletas de lado. Ele corria tão desesperadamente quanto sobrava só um hambúrguer de carne na cantina. Temi que ele caísse ou que se machucasse, mas ele não me ouvia quando eu gritava:

- Tom! Para! O que está acontecendo?

Corremos em direção ao meu apartamento. Thomas começou a gritar com o porteiro feito um louco para chamar meu pai. O porteiro cansou de discutir com ele, até que me viu.

- Senhorita Garcia?

- Sim, William, por favor chame meu pai!

O senhor William Wilson apertou o interfone e tirou o telefone do fio. Alguns momentos se passam e ele aperta o interfone novamente, enquanto Tom batia os pés com preocupação na calçada. E eu ficava cada vez mais preocupada e confusa.

- Alô? - chamou William quando meu pai finalmente atendeu - não, senhor Garcia não é a ambulância.

Eu e Thomas trocamos olhares nervosos. Ambulância? O que teria acontecido para meu pai ligar para a ambulância?

- É sua filha - o porteiro torna a dizer.

O porteiro olha para mim e assente, permitindo que eu e Thomas entrássemos. Subimos as escadas correndo desesperados até o quarto andar. Então, saímos correndo pelos corredores até chegar no número 117 (minha casa).

Thomas bate na porta com força e gritando coisas sem sentido.

- SR. GARCIA! OS ROMANOS ENCONTRARAM A ESCOLA, ALEX DEVE IR HOJE. ABRA A PORTA!

Me viro para ele com o cenho franzido e olhar assustado.

- Romanos? O que tem a escola haver com romanos? E para onde eu devo ir? Me responde, Thomas!

Thomas ruía as unhas freneticamente e não me olhava nos olhos. Tivemos que esperar mais para meu pai finalmente abrir a porta. Mas quando ele o faz, nos surpreendemos com uma visão horrenda.

Meu pai estava sujo de sangue. Olho para ele assustada e depois para dentro de casa, onde os corpos de Andrea e Johnny jaziam no chão da sala. Mortos e ensanguentados. Gritei com a visão. O olhar de meu pai me penetrava, era duro e frio.

- Tire ela daqui - ele diz. Mas falava com Thomas, o que significava...

- Pai? O que aconteceu?

- Você me ouviu Rider - ele se virou para Tom - a culpa é dela! Minha esposa morreu por culpa dela!

- Senhor... A culpa não é de Alexia, ela nem sabe...

- A culpa também é sua! Grande ideia matricula-la naquela escola! Você sabe que os mapas ficavam lá! Isso só fez eles descobrirem onde EU moro e matarem minha esposa!

- Eu sinto muito, mas Alexia ainda está viva!

- Se quiser mantê-la assim tire-a da minha frente.

Meu pai bate a porta na cara de nós dois. Eu fiquei tão aflita e triste que nem pensei nas coisas confusas que os dois disseram, eu simplesmente saí correndo até um canto qualquer e comecei a chorar e berrar, ignorando as reclamações dos vizinhos.

Thomas se ajoelha ao meu lado.

- Lexi - ele diz - tem um lugar que eu posso te levar. Lá em seguro. Não tem aqueles estranhos que incendiaram a escola...

- Eu quero ficar em casa!

- Lexi... você não pode agora. Vem. Eu te levo lá. E posso te contar sobre sua mãe.

Aquilo consegue minha atenção. Mas como poderia Thomas conhecer minha mãe?

- Ela morreu... - balbucio.

- Não. Não morreu. Seu pai mentiu. Eu não a conheço mas meu mestre, Quíron, conhece. Eu sei que conhece. Se você vir comigo, também conhecerá.

Aceitei. E naquele dia pegamos um taxi para um estranho Acampamento, onde vales se estendiam assim como campos de morangos. Onde crianças e adolescentes lutavam e treinavam. E onde um dragão, junto de vários guerreiros guardava a entrada como sua vida.

Naquele dia, eu conheci o Acampamento Meio-Sangue.


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Notas finais do capítulo

Foi só para introduzir mesmo, pessoal! Os próximos capítulos serão melhores e mais detalhados.



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