Back To Home escrita por Anny Taisho


Capítulo 2
Parte II


Notas iniciais do capítulo

Simmmmm, eu sei que demorei uma vida para atualizar, mas não me matem. Estou trabalhando em tantos projetos que acabo não terminando nenhum. Tentarei terminar capítulos das long fics o mais rápido possivel e também terminar alguns trabalhos únicos. Enfim, espero que gostem.
Boa leitura!



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Antes que desse conta algumas semanas se passaram e Cana não sabia o que faria da vida. Nunca mais tinha entrado em contato com a guilda com medo de ser descoberta, mas isso não estava lhe fazendo bem, não queria deixá-los preocupados sobre seu paradeiro, mas também não queria contar a Laxus ainda.

E a cada dia que passava parecia que contar ficava mais difícil, Cornelia estava crescendo rápido, era tudo o que podia esperar... As pessoas da cidadezinha apesar de serem muito prestativas a cada dia que passava faziam mais e mais perguntas. Dali a pouco seria enforcada por suas próprias mentiras sem dizer que bem... A filha merecia ter a atenção do pai.

Não queria para ela a mesma vida que teve ficando sempre olhando, sempre sentindo-se menosprezada, mas também não queria acabar com os sonhos dele. Era uma escolha tão difícil. Não podia ficar ali mais muito tempo, só que estava com medo de voltar. Laxus era cabeça dura e com certeza não tinha voltado a sua missão, chegar a guilda com a filha geraria um conflito desnecessário. Talvez não tivesse sido uma ideia tão boa assim deixar a Fairy Tail.

Ultimamente a morena havia notado um trafego incomum de pessoas pela vila, um lugar tão no interior do reino não estava nas rotas principais, se algum mago de uma inimiga das guildas oficiais a reconhece seria uma tragédia. Era uma maga poderosa, tinha melhorado após os jogos mágicos anos antes, mas estava sozinha e a muito tempo sem lutar.

Sem dizer que todos os cidadãos eram pessoas simples que sairiam machucados, sem dizer que poderiam tentar algo contra a filha. Não se perdoaria se algo acontecesse a ela. Reconheceu pelo menos dois rostos de magos procurados com recompensas acima de 2 milhões de joias. Por sorte não estava a vista, mas não era nada bom.

E aquela movimentação poderia significar alguma aglomeração de dark guilds... Estava muito perigoso. Ouviu o choro da filha e seguiu até o quarto para ver o que estava acontecendo... Cornelia estava inquieta e o choro não era nem de fome, nem de cólica. Já fazia alguns dias que estava enjoadinha e tinha até tido um pouco de febre. O médico do lugar, servia também outras cidades ao redor e por isso não se sabia quando voltaria. Já estava ficando preocupada.

Até mesmo Emiko que no inicio tentou tranquilizá-la agora já não conseguia fazê-lo. A filha ainda era muito pequena, não era preciso grande coisa para que algo ruim de acometesse. O mundo parecia estar conspirando para que fosse embora de sua cidade natal. Estava ninando a filha numa tentativa de acalmá-la.

***

Naquela tarde a Alberona decidiu começar a dar rumos em sua vida, iria embora, talvez não voltasse para Magnólia, pelo menos um lugar maior onde houvesse um hospital e não fosse tão isolado do resto do mundo. Mas antes tinha que confirmar uma coisa, aquela movimentação suspeita de ‘turistas’ não saia de sua cabeça, não dava para ir embora deixando aquelas pessoas que a ajudaram tanto em possível perigo. Pediu para Emiko ficar com a filha e entrou na floresta a procura do rastro das pessoas e não foi muito complicado achar, por estarem num lugar muito longe de qualquer guilda oficial e consequentemente dos olhos do Conselho, ninguém estava preocupado em não deixar rastros.

Depois de quase uma hora de caminhada encontrou uma Kekkai, muito bem feita usada para esconder o acampamento de todas aquelas pessoas que se disseram turistas. Confirmando as suspeitas da maga de que não eram turistas. Conseguiu invadir e se aproximou vendo muitos rostos caçados pelos Cavaleiros das Runas. Magos muito poderosos que provavelmente estavam armando algum golpe contra as guildas legais. Queria ficar mais para ouvir algo mais definitivo, mas seus instintos de vidente lhe alertaram para sair o mais rápido que fosse dali.

Não adianta o quanto tinha melhorado, não tinha chance de vencer todos aqueles inimigos sozinhas, quanto mais fora de forma. Sem dizer que a batalha poderia se estender até a cidade. Tratou de sair rapidamente e voltou para casa. Pegou a filha com Emiko e advertiu a amiga a não deixar a vila sob circunstancia alguma. A mulher ficou preocupada e Cana fez seu melhor para mantê-la calma e calada. Se alguma coisa estava acontecendo ali, com certeza havia gente na cidade vigiando qualquer mudança de comportamento da população, não podia correr o risco de estourar um massacre.

Entrou em casa e fez um feitiço com seu arcano de cartas para proteção, correu para o quarto onde pegou sua lácrima de comunicação. Avisaria a Fairy Tail para que entrassem em contato com o conselho... Agora não tinha mais jeito. Bem... Para começar com mais tranquilidade falaria com Erza, ela era boa resolvendo essas coisas.

Deixou a filha no quarto e foi para a sala.

- Cana-san??!! – oh kami estava ao seu lado, era Kinana –

- Olá, Kinana... Tudo bem?

- Bem, nem tudo está bem... o Mestre melhorou, mais ainda está bastante derrubado e o clima aqui está um pouco pesado. Gildarts saiu para resolver coisas no ERA e o Laxus ficou aqui cuidando da burocracia. Ele pergunta se deu notícias todos os dias...

O coração de Cana se apertou e a boca secou.

- Kinana, a Erza está ai? Por favor, me diz que sim!

- Oh a Erza-san? – ela aparentemente correu os olhos pelo salão – Sim, sim... Está comendo bolo!

- Por favor, o mais sigilosamente que conseguir, chame-a até a lácrima. Por favor, não diga meu nome, é muito sério...

- Er... Hum... Tudo bem... Mas não quer falar com o Laxus?

- Agora não, depois eu vou falar com ele, chame a Erza... Espera... cadê a Mira?

- Mira-san está na cozinha com Lisanna-san cozinhando as coisas para a festinha na hills para Levy!

- Ótimo... Parece mesmo ser meu dia!

Kinana saiu e voltou pouco depois com Erza e seu prato de bolo.

- O que foi, Kinana? O que quer comigo?? – disse ela antes de ver o lácrima – Cana??? Oh, por Mavis, Cana??!!

- Para de falar meu nome!!! – ralhou a Alberona –

- Cana, Gildarts e Laxus já fizeram de tudo para te achar, onde está mulher???

- Erza, concentra no que tenho para te dizer!

- Mas Cana...

- Erza, tem pelo menos dez, dos vinte magos mais procurados do reino aqui perto da vila onde estou. Não sei o que estão aprontando, mas sinto que não é um piquenique. Preciso que avise o conselho e que uma equipe venha para cá...

- O que??? Como assim??? Onde você está??

- Estou bem no interior do reino, na cidade onde vivi com minha mãe até ela morrer... Eh um lugar muito simples, estou com medo de acontecer alguma coisa com as pessoas daqui... Não está normal, gente assim não se aglomera se não for para fazer merda!

- Isso não parece bom, mas tem certeza de que dez dos vinte mais procurados? Isso é muito sério, eles são magos S...

- Eu vi um monte de gente quando fui ao acampamento deles, só reconheci dez rostos... Mas Erza, estou realmente preocupada.

- Oh droga... Isso é um problema... Falarei com Doranbolt-san e com o Laxus para organizarmos uma equipe.

- Oh Droga... ele vai querer me matar... Erza, precisar ser muito rápido!

- Tudo bem, vou tentar arrumar tudo para sairmos até amanhã, pelo amor de Mavis nem se atreva a cercar o acampamento antes de chegarmos.

Cana deu a localização exata, provavelmente os cavaleiros usariam algum tipo de magia de transporte, afinal, o lugar era muito longe e precisavam chegar rapidamente e sem serem vistos por possíveis magos pelo caminho. O coração da morena estava aos pulos quando desligou. Ficou de retornar mais tarde para acertar mais alguma coisa e sabia que Laxus estaria junto.

***

Como o esperado, o conselho de magia deu problemas para liberar a tropa de runas para a missão e não queria deixar a fairy Tail ajudar, mas obviamente que ponderando bem... Dez dos magos mais procurados mereciam ser tratados com cuidado, uma revanche de dark guilds era a última coisa das quais precisavam.

Laxus passou o comando da guilda a Mirajane que era mais que apta para lidar com os que ficaram e com as burocracias, claro que ele não deixaria de ir para onde Cana estava. A tribo do trovão foi junto. Infelizmente, Natsu, Lisanna, Lucy, Sting e Rogue estavam numa missão, desfalcando a equipe da Titânia. Em seus lugares foram Gray, Juvia, Gajeel, e Elfman...

Lahrs e Doranbolt foram os encarregados da missão segundo o ERA com seus melhores cavaleiros e como Cana supôs usaram magia para se locomover, mas como era muita gente, demoraram um dia todo e ficaram alguns quilômetros da cidade tendo que andar o trecho final.

Combinaram de encontrar a Alberona numa rota antiga da cidade e ela já os estava esperando sentada em uma pedra. Usava um short jeans, uma blusa listrada e tinha os cabelos amarrados, não podia mudar seu estilo de roupas com perigo de alertar algum possível vigia na cidade.

Primeiramente foi um momento de muita comoção, cheia de abraços e exclamações. Laxus lhe deu um abraço de urso, mas estava claramente irritado com sua pessoa. Pensaria nisso depois.

- Cana-san, poderia dar mais detalhes do que sabe? – indagou Doranbolt –

- Não muito, eu só reparei que de uns tempos para cá tem aparecido muitos turistas por essas bandas, sendo que essa cidade não é rota de viagem nenhuma. O pessoal daqui mesmo achou estranha a movimentação repentina... Foi então que eu vi dois rostos conhecidos do hall de procurados do ERA. No inicio achei que era só coincidência... Mas não podia ser... Ontem então eu decidi entrar na floresta... Eles estão despreocupados porque aqui é muito afastado de qualquer contato com magos... Achei o acampamento e consegui entrar... Não deu para ouvir nada, mas vi muita gente.

- Você entrou numa floresta possivelmente cheia de inimigos, Alberona? – o tom de Laxus era totalmente reprovatório –

- Eu precisava conformar minhas suspeitas antes de botar o Conselho no meio disso, eles ainda não gostam muito da guilda e alarme falso não ajudava nossa reputação!

- Não é hora para briga de casal! – intercedeu Erza – Então Cana, sem chance de entrarmos na cidade, vamos ter que acampar por aqui mesmo... Você pode aproveitar essa noite e nos falar mais da cidade, da floresta, tudo o que puder ajudar na invasão.

- Eu posso fazer isso sim, mas não dá para ficar aqui... A cidade é muito pequena, todo mundo me viu saindo, se eu não voltar vão acabar vindo me procurar!

- Hum... Não precisamos disso... Mas também não pode ficar sozinha, vai que acontece alguma coisa de madrugada... vamos demorar uns minutos para chegar até  você.

- Não se preocupe comigo...

- Eu vou com ela. – Laxus estava mal-humorado demais para dialogar –

- Não é... – foi interrompida de novo –

- Erza-san tem razão. – Lahrs falou – Se eles estão planejando alguma coisa é perigoso ficar sozinha, sem dizer que já pode ter sido reconhecida, o que piorar tudo... Não queremos envolver os cidadãos.

A possibilidade de terem reconhecido-a, queria dizer que podiam saber da filha, Cana sentiu-se desesperando.

- Não, na cidade não! Não magos não sobreviveriam a um ataque de um classe S!!

- Então é melhor termos mais gente dentro da cidade...

Aquilo com certeza estava fugindo do seu controle.

- A raijinshuu vai com Laxus! Nós quatro podemos segurar qualquer ataque!!

Fried se pronunciou com todo seu orgulho juntamente com os amigos.

- Juvia acha que deveriam trocar de roupas... Se essa é uma cidade simples, pessoas como nós chamaríamos atenção. Vocês podem chegar como amigos da Cana-san, o que justificaria ela ter saído da vila.

- Boa ideia, Juvia!! – os olhos da maga brilharam com o elogio de Gray –

- Antes de ir, eu posso fazer runas para ocultar as presenças aqui, o que serve para proteger e para evitar qualquer possível incidente antes da hora!

- Isso seria muito bom...

Cana estava sentada, quieta, com os cotovelos sobre os joelhos e as mãos cobrindo o rosto. Não tinha como levar o Dreyar para a cidade sem contar a ele da filha. E contar para ele no meio daquelas pessoas não parecia um bom negócio. Não queria que as coisas fossem assim. Laxus saiu do meio da confusão de preparativos e chegou perto da até o momento noiva, afinal, eles mantiveram o compromisso.

Notou que na mão direita dela já não havia a aliança com a qual lhe presenteara e que ainda usava na própria mão e ficou um pouco sentido.

- Oe... O que foi?

Cana levantou a cabeça e o fitou sentindo o peito apertar.

- A gente precisa conversar.

- Sim, depois que essa coisa toda se resolver a gente vai ter que sentar.

- Não, a gente precisa conversar agora, não posso te lavar para minha casa sem falar antes.

Nesse momento a respiração do Dreyar quase parou.

Primeiro ela ia embora, passava quase um ano sem dar qualquer tipo de satisfação, não queria voltar para guilda, não usava mais aliança... A única coisa com a qual conseguia pensar era que ela tinha se apaixonado por outra pessoa. Não podia ser isso. Iam ficar juntos, aquela droga de missão iria acabar e...

Droga!! Ela nunca tinha tentado falar com ele depois que saiu, foi por isso que também nunca entrou em contato. Maldito orgulho!! Não queria ter ficado tanto tempo sem contato, só que da mesma maneira que ela podia ter contatado, ele também podia ter feito.

- Cana, não é hora desse tipo de conversa... – sinceramente, estava postergando uma notícia que não queria ouvir –

Afinal de contas que tipo de homem que interessasse a morena podia ter num lugarejo minúsculo como aquele? Aquele lugar era no centro de lugar nenhum! Que tipo de vida ela levaria ali com quem quer que fosse!!!

- Laxus... – ela passou a mão pelos cabelos e levantou – É sério, não dá para irmos sem conversar... Droga... Eu não queria que fosse assim!

Engoliu saliva e ela parecia terrivelmente amarga.

Caminharam até um lugar mais afastado de todos  e ficaram num silêncio incômodo. A maga olhava para o chão e fazia desenhos aleatórios com os pés.

- Não vai falar nada? – amava tanto aquela mulher... Não queria perdê-la –

Ela olhou para cima e mordeu o lábio inferior.

- Em primeiro lugar, não entenda como retaliação, olha... Realmente não podia ficar e talvez se eu soubesse que seria assim não teria ido embora...

- Seja o que for, fale logo...

- Deus, que clima horrível... Não queria que fosse desse jeito, mas vamos lá... – Laxus já estava mentalmente se preparando para não matar ninguém – Meses atrás quando você veio falar da missão, eu também tinha uma coisa para falar.

Okay... ele não esperava que ela começasse de tanto tempo atrás.

- Como assim?

Ela olhou para os lados, abraçou o próprio corpo, respirou fundo, mordeu os lábios.

- Realmente não queria que fosse assim... – ela olhou-o no fundo dos olhos – Eu estava grávida.

O mundo parou de girar e o loiro teve uma vertigem momentânea.

Esperava tudo dela, qualquer outra coisa, menos aquilo. Lembrou daquela noite em que conversaram, realmente ela queria falar alguma coisa, os olhos dela e o sorriso forçado que abriu... Como foi que não notou? Por que diabos ela não falou?? Começou a respirar mais rápido e deu alguns passos para trás.

- Es-Estava grávida?

- Sim, eu estava... – ela sorriu pela primeira vez – A nossa filha tem quatro meses.

O chão se abriu debaixo dos pés do mago louro.

Passou as mãos bagunçando os cabelos e começou a andar em círculos pisando pesado, sem conseguir pensar em nada!!!

- Isso só pode ser brincadeira!! Você não fez isso?! Não acredito que fez isso! Estava grávida e veio para essa droga de fim de mundo!!

- Eu tinha que ir para algum lugar...

- NÃO, VOCÊ TINHA QUE TER FICADO!!! TINHA QUE TER ME FALADO!!! DEUS... ESTÁ CHEIO DE MAGOS NEGROS POR AQUI E VOCÊ SOZINHA COM UM BEBÊ!!

- Calma, não aconteceu nada... Esse grupo apareceu a menos de um mês, todo o resto do tempo nós tivemos em segurança.

- COMO ASSIM SEGURANÇA?

Laxus parou de gritar e voltou a caminhar de um lado para o outro tentando se acalmar. Não podia descarregar seu susto em magia, poderia denunciar a posição deles, estava frustrado e irritado! Tinha passado aquele tempo horrível pensando nela e onde estava... Precisava ter achado antes e voltado antes.

Não, não deveria nem ter ido.

Alcançou uma árvore e usando magia deu chute que a derrubou soltando um grito de frustração. Ficou parado alguns minutos e quando já estava parcialmente mais calmo se virou para a morena que estava parada o olhando.

- Mais calmo?

Passou a mão pelos cabelos.

- Não. – respirou profundamente – Por que Cana? Por quê? Por que não me falou que não queria que eu fosse? Por que não contou?

- Eu não podia...

- NÃ... – se segurou para não gritar – Não podia por qual motivo?

- Era seu sonho, não cabia a mim impor limites... Independente do que eu estivesse passando, nunca teria te pedido para ficar.

- Você deixou a guilda, veio pro meio do nada e achou que ia se esconder até quando?

- Eu pretendia voltar, nunca se quer supus  não te contar, só deixei isso para depois.

- Não é uma decisão que cabia só a você, assim como não cabia só a mim escolher se eu iria a missão ou não. Nós somos ou erámos um casal, sei lá... Sabe eu queria realmente sua opinião.

- Laxus, você não viu a sua empolgação, quem era eu para parar você? Não foi planejado, de qualquer maneira eu teria a Cornelia, mas não era sua obrigação.

Estava tentando conter as lágrimas.

- Você é a mulher que escolhi para viver comigo, sua opinião é totalmente relevante e sobre a gravidez... Pode ter sido algo não planejado, mas não era só sua obrigação, por acaso não lembra que precisam dois para ter um bebê? Você me considera alguém tão egoísta assim? Achou que eu te abandonaria?

- Exatamente o contrário, não conseguiria lidar com você ficando... Sem dizer que todo mundo ia achar que fiz de propósito para não te deixar ir.

- Que se danasse o resto do mundo! Eu ficaria com toda satisfação para cuidar de vocês! Sabe quanta coisa ruim podia ter te acontecido e ninguém ficaria sabendo? Já pensou se te acontece alguma coisa? Eu imagino que ninguém saiba da sua vida, então essa criança podia ter ficado desamparada... O que é que você tem na cabeça?

- Olha, eu sei que não foi a melhor decisão! Não precisa ficar gritando isso, mas isso não quer dizer que eu me arrependa, eu fiz o que achava correto. Entenda isso como retaliação ou qualquer outra coisa que bem entender, só que fiz isso por amor.

- Amor? – o loiro caminhou até ela e abaixou-se a sua altura – Tem certeza que foi por isso? Porque pra mim fez isso por medo!

- Não sei do que está falando!

- Você está sempre com medo, sempre se escondendo, não acredita que ninguém pode querer ficar com você. E tem certeza absoluta disso porque ninguém nunca ficou... Só que eu vou te contar uma coisa, Alberona, ninguém nunca fica, porque você não deixa! Se mandar embora não resolve, você foge! E foi exatamente o que fez um ano atrás!

- Você tem todo direito de ficar nervoso, mas isso não é verdade!

- Você tira suas próprias conclusões, prefere decidir a esperar para saber! Sua mãe tomou a decisão dela, baseada no que ela sabia, nunca saberemos se foi a melhor decisão, mas eu não sou o Gildarts, você não é a sua mãe e a nossa história não é uma nova versão da deles. Então pare de correr, se por acaso acontecer de sair exatamente como esperava, não foi por algum erro seu, foi uma coisa da vida. Eu realmente preciso de um tempo para digerir isso, mas antes de irmos me responde só uma coisa, por que não está usando aliança?

Okay, aquela era a última pergunta que esperava ouvir.

- Hum...? – olhou para a mão – Ah... minha mão inchou no final da gravidez, eu tirei porque me machucava e depois usar uma aliança fazia as pessoas falarem... E eu não queria chamar atenção.

- Dane-se essa droga então, ponha de volta assim que chegarmos a sua casa.

Cana ficou calada alguns segundos, aquela era a maneira dele dizer que apesar de tudo, eles ainda estavam juntos e isso deu-lhe um conforto. Levantaram e foram para junto dos outros que a essa altura já sabiam de tudo. Erza coagiu Gajeel a usar sua super audição para narrar os acontecimentos.

Todos ficaram olhando, com os olhos do tamanho de pratos, não sabiam como agir. Era pra fica na deles ou fazer bagunça? Os dois não estavam de mãos dadas, mas bem próximos, e Gajeel disse que Laxus falou para ela recolocar a aliança. Sinal verde então?

- Hum... Juvia pode comemorar o bebê de Cana ou isso ainda é um assunto proibido?

O loiro fez uma careta e Cana segurou o riso.

- Bem Juvia, pode me dar os parabéns se quiser!

E então todos da guilda circularam a morena e começaram a falar todos ao mesmo tempo. Erza claramente brigou com a Alberona, mas depois começou a fazer planos sobre o bebê e uma roupa de moranguinho! Juvia enlouqueceu e Gray começou a temer a paternidade próxima. A tribo do trovão estava aos prantos porque agora eles tinham uma sobrinha.

Okay que Ever não gostou muito da ideia de ser chamada de tia, mas como era um filho de Laxus, podia lidar com isso... Ou ensinar o bebê a chamá-la pelo nome. Esse era um bom plano. Fried estava fazendo um discurso sobre como sua lealdade se estendia também a criança e que ele a protegeria assim como faria com laxus.

- Bem, eu imagino que todos estejam muito felizes com a notícia, mas eu acho que Cana-san deveria ir logo, até porque não me parece muito seguro deixar a criança com uma não maga com a possibilidade de um ataque próximo.

Disse Doranbolt depois de parabenizar a morena com um aperto de mão.

- Com certeza e já deve estar na hora da Conny mamar, amanhã cedo nós voltamos.

- Você não vai voltar, vai ficar com o bebê junto com mais alguém na cidade.

Cana pretendia começar a discutir, mas contou até dez, realmente não entrava num combate a tempos e lutar com um Classe S que joga sujo poderia terminar mal, sem dizer que alguém precisava ficar na cidade para o caso de alguém fugir do ataque.

Não gostava de sentir-se uma inútil, mas o que fazer? Despediu-se dos amigos e começou a seguir a trilha de volta a pequena vila com Fried a seu lado com um bloquinho de anotações fazendo inúmeras perguntas. Chegava a ser engraçado.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Heyheyhey... O que acharam? Espero que tenham gostado, eu já tinha uma segunda parte pronta, mas a achei tão pobre que resolvi reescrever e não é que ficou melhor??? Um grande beijo para Re-chan e para Taiga nee que estão sempre lendo meus rascunhos e me ajudando com conselhos e ideias!!!
Um kisskiss para todas minhas leitoras lindas!!!
Anny
PS: Obrigada pela paciência!



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