“Eu sempre pensei que o casamento fosse apenas mais umas das obrigações que eu teria quando me tornasse duque, encontrar uma moça de família, casar e ter filhos, esse era o plano da minha vida. Mas tudo mudou quando conheci Rin, ela foi como uma luz que entrou na minha vida, e agora aqui estou eu, casado e não por conveniência, mas por amor e não consigo mais imaginar minha vida sem ela.

19 de junho de 1891”.

–arranje algo para fazerem juntos. –aconselhou Sango, ela havia ligado para saber como andava as coisas entre Kagome e Inuyasha. Kagome lhe contaria como sentia que quando ela e Inuyasha estavam se aproximando ele de repente se afastava. –você sempre soube que seria difícil, não desanime agora.

–mas o que poderia ser, Inuyasha é sempre tão serio e... –de repente foi como se tudo se iluminasse. –acabei de ter uma idéia. –disse dando risada.

–me conta tudo. –disse Sango curiosa.

–Eu acabei tendo que ficar mais um pouco Kouga. –disse Inuyasha falando no celular enquanto descia as escadas. –vou ficar mais umas semanas, até o resultado do exame.

–você comentou que até o advogado do seu tio não confia nesse cara, você vai mesmo deixar tudo pra ele?

–eu só quero me livrar disso tudo e voltar pra minha vida. –ele notou que não parecia tão decidido como antes.

–tem certeza disso? –e pelo visto Kouga também percebeu. –sabe, tenho notado você diferentes, nem pergunta mais pelo escritório ou sobre os clientes. –isso porque seus pensamentos estavam sempre ocupados por Kagome. –aconteceu alguma coisa que não estou sabendo? –Inuyasha não iria falar sobre Kagome de maneira nenhuma, seu sócio estava muito sentimental depois que conheceu Ayame, se falasse sobre Kagome com certeza iria imaginar coisas tipo ele estar apaixonado e tudo mais. –então? –mas antes que ele pudesse responder Kagome surgiu do nada correndo em sua direção.

–finalmente te encontre. –ela parou na sua frente para tomar fôlego. –estava te procurando por toda a parte.

–te ligo mais tarde Kouga. –disse com um sorriso surgindo nos seus lábios.

–isso foi a voz de uma... –Inuyasha desligou antes que Kouga pudesse terminar.

–isso é um avanço já que geralmente sou eu que procuro por você em todos os lugares. –disse Inuyasha cruzando os braços e sorrindo.

–muito engraçado. –disse ignorando o sarcasmo dele. –está ocupado?

–isso depende... –Kagome revirou os olhos quando ele sorriu sedutor. –o que tem em mente.

–pelo visto não esta, vem comigo. –ela pegou em sua mão e o puxou.

Kagome o levou até os fundos da casa, preferiu dar a volta pelo jardim para não passar pela cozinha e encontrar sua avó. Depois que passaram pelo jardim chegaram aos estábulos.

–você tá brincando né? –disse Inuyasha quando viu dos cavalos prontos para montar.

–surpresa! –gritou Kagome animada. –eu estava pensando e seria divertido te ensinar a cavalgar.

–prefiro passar o tempo fazendo outra coisa. –sugeriu passando a mão pela cintura de Kagome.

–boa tentativa. –disse dando um tapa na mão dele e se afastando. –mas você não vai me enganar. Sou uma ótima professora e garanto que antes de você ir embora estará montando como se tivesse nascido em cima de um cavalo.

–ok. –ele não gostou da menção dela sobre sua partida, ele não queria pensar nisso e parecia que ela não era afetada pelo fato de que ele iria embora. –tem certeza de que quer fazer isso?

–claro. Respondeu confiante.

–certo... mas tem que ser agora?

–nesse instante. –Inuyasha deu um suspiro e se deu por vencido, qualquer coisa pra ver aquele lindo sorriso dela.

Depois de se trocarem Kagome o levou para uma pequena volta em torno da mansão para que ele se acostumasse em ficar em cima do cavalo, quando ele parecia mais confiante decidiu ir um pouco mais longe, até o logo onde eles fizeram o piquenique a uns dias atrás.

–viu não é tão ruim assim. –disse Kagome vendo que Inuyasha parecia se divertir.

–onde você conseguiu esse cavalo? –disse Inuyasha divertido. –em um museu?

–ei! –exclamou Kagome ofendida. –mais respeito com o Sr.Chips ele é o pai do Thor. –disse acariciando a cabeça do velho cavalo. –ele é ótimo para se aprender a montar, ele é doce gentil e muito, muito carinhoso. –e olhou de canto para Inuyasha. –tudo que você não é... olha só vocês foram feitos um para o outro.

–está dizendo que eu não sou gentil e carinhoso. –ele se fez de ofendido. –quem foi te fez um... segundo suas próprias palavras... piquenique incrível? –ele então sorriu confiante. –sou o carinho em pessoa.

–ok. –Kagome não conseguiu conter o riso. –você é muito carinhoso quando quer. –eles cavalgaram um tempo em silencio só aproveitando a presença um do outro.

Quando chegaram ao lago desmontaram e ficaram sentados juntos recostados em uma arvore, Kagome queria que o tempo não passasse.

–o exame já esta marcado. –disse Inuyasha.

–hum. –disse Kagome tentando parecer calma. –e quando vai ser?

–daqui uns dias. –ele a puxou para mais perto.

–Naraku vai ficar feliz. –disse Kagome tentando disfarçar a angustia que estava sentindo. –ele gostou muito daqui.

–você prometeu ficar longe dele. –disse Inuyasha serio.

–eu sei... mas isso vai ser meio difícil se ele decidir vim morar na mansão. –Inuyasha não tinha pensado nisso.

–não gosto dele. –disse tenso. –Myouga também disse que não confia nele e me disse pra não confiar.

–então porque insiste em deixar tudo pra ele...

–porque ele é o único pra quem eu posso deixar tudo isso.

–você podia deixar a casa pra mim. –disse sem interesse. –eu estava brincando. –disse quando Inuyasha a encarou surpreso. –olha eu não quero que você pense que estou com você por interesse eu... –Inuyasha explodiu em gargalhada.

–não se preocupe Kagome, eu nunca pensaria isso de você. –ele disse lhe acariciando o rosto. –essa sua cabecinha infantil nunca seria capaz de pensar nisso.

–não sei se fico aborrecida ou agradecida. –disse Kagome emburrada. Inuyasha voltou a rir.

–se eu pudesse eu deixaria tudo pra você, sei que você cuidaria disso melhor que meu tio cuidou e com certeza melhor do que eu cuidaria. –Kagome não gostava daquela conversa parecia uma despedida. –mas infelizmente estou com pressa e Naraku é minha única opção. –no mesmo instante Kagome se afastou e levantou.

–você poderia parar com isso? –disse Kagome de costas pra ele.

–o que? –perguntou confuso.

–eu sei que você quer ir embora, mas não precisa ficar jogando isso na minha cara. –foi então que Inuyasha percebeu o que tinha feito, ele levantou e abraçou Kagome por trás.

–me desculpa. –disse dando beijos em seu pescoço fazendo um caminho ate sua boca, ele a virou de frente para ele. –eu não quis dizer isso Kagome, eu estou adorando cada segundo com você, me desculpa. –ela mordeu os lábios.

–eu gosto de você Inuyasha. –ela revirou os olhos quando sentiu Inuyasha ficar tenso. –não faça essa cara, não estou me declarando. –suspirou. –eu quero dizer que gosto de estar com você, gosto da sua companhia se eu não gostasse de você não teria aceitado esse relacionamento louco.

–eu sei Kagome. –ele a abraçou. –não vamos mais falar sobre isso, certo? –ela fez que sim com a cabeça.

Já estava quase anoitecendo quando eles finalmente voltaram, Kaede estava na porta para e parecia aflita.

–vovó o que aconteceu? –perguntou Kagome saindo de cima de Thor.

–Kagome graças a Deus você voltou, onde esteve? –Kagome hesitou um pouco em responder, mas quando Kaede viu Inuyasha se aproximar entendeu tudo. –isso não importa, estou indo para Cambridge, meu irmão sofreu um acidente e Sofia esta em nervos sem saber o que fazer.

–o tio Ralphe?

–ele insiste em agir como se ainda fosse uma criança. –ela sinalizou para o motorista do taxi que já a esperava levar as malas para o carro.

–quer que eu vá com a senhora? –Inuyasha que tinha se aproximado ficou tenso.

–não precisa queria, quero você aqui tomando conta de tudo na minha ausência. –disse indo até o carro. –estarei de volta em alguns dias. Kagome ficou parada enquanto o carro se afastava em direção a saída da propriedade.

–em fim sois. –disse Inuyasha passando o braço pelos ombros de Kagome.

–nem pense nisso Inuyasha. –disse ela sem encara-lo.

–não sei do que está falando. –disse se fazendo de inocente.

–eu sei muito bem que você está planejando algo. –Inuyasha a encarou surpreso se fazendo de ofendido, mas acabou se rendendo.

–está bem eu tinha planejado algo. –Kagome sorriu vitoriosa.

–então... o que você estava planejando? –o sorriso voltou aos lábios dele.

–curiosa... quero que você jante comigo. –Kagome se surpreendeu.

–o que?

–isso que você ouviu, me sinto um idiota comendo naquela mesa enorme sozinho e eu sempre me imagino ali com você, então o que acha?

–mas Inuyasha não dá nós...

–você sempre fica preocupada com que sua avó descubra sobre a gente e agora ela não está, vamos aproveitar.

–mas e os outros empregados?

–eu não me importo e você não devia se importar também. –disse Inuyasha a puxando para um abraço. –o que importa é você e eu e que você vai jantar comigo hoje.

–eu ainda não disse sim. –disse Kagome sem conseguir resistir ao charme dele.

–mas vai dizer. –ela o encarou sem acreditar.

–odeio quando você esta certo.

–aposto que sim. –disse dando um beijo em seu rosto e depois se afastou.

–onde você vai? –perguntou Kagome.

–levar esses dois para o estábulo. –disse se referindo aos cavalos. –com certeza devem estar cansados e famintos.

–e você sabe fazer isso? –perguntou Kagome divertida, Inuyasha ficou calado por um tempo e ela começou a rir. –deixa que eu faço isso.

As seis em ponto Inuyasha estava à porta do quarto de Kagome.

–você sabe que não precisava fazer isso. –disse Kagome um pouco sem jeito. Não sabia o que vestir, por isso optou por um vestido rendado rosa, deixou os cabelos soltos e passou uma maquiagem leve.

–você está maravilhosa. –disse Inuyasha admirado. –e o que eu não devia ter feito?

–ter vindo me buscar aqui. –disse sorrindo com o jeito como ele a encarava. –é só um jantar em casa Inuyasha.

–não é “só” um jantar. –disse a corrigindo. –é o nosso jantar. –disse estendendo o braço para ela. Ela aceitou e foram juntos para a sala de jantar, Kagome se sentiu um pouco constrangida quando começaram a servir o jantar e sorria nervosa para os empregados, Daniele lhe sorriu abertamente antes de voltar a cozinha.

–não quero nem imaginar o que estão falando na cozinha.

–com certeza que sou um cara muito sortudo. –quando a sobremesa foi servida Kagome já estava mais relaxada, Inuyasha a levou até a varanda onde uma brisa gelada soprava. –eu nunca gostei desse tipo de coisa. –disse a abraçando pela cintura apoiando seu queixo em seu ombro.

–que tipo de coisa? –perguntou Kagome distraída, estava tudo tão incrível e maravilhoso que ela pensou que era um sonho.

–essas coisas “românticas”. –disse com um sorriso nos lábios. –jantares a dois, passeios, e ficar assim olhando as estrelas, juntinhos. –disse a abraçando mais forte. – meus relacionamentos eram baseados em outra coisa.

–imagino ao que você se refere.

–mas com você é diferente, por mais que eu te deseje apenas o fato de ficar assim com você... é incrível. –Kagome não conseguiu conter o sorriso de alegria que surgiu em seus lábios.

–eu me sinto da mesma forma. –disse se aninhando a ele. –claro tirando a parte sobre os outros relacionamentos. Eles ficaram mais um tempo ali, até Inuyasha levar Kagome de volta ao quarto.

–entregue sã e salva. –disse depositando um beijo em sua mão. –te vejo amanhã?

–Inuyasha... –disse sem conseguir deixar de rir.

–boa noite Kagome. –e deu um leve beijo em seus lábios e saiu deixando Kagome com um sorriso bobo nos lábios.

Ela se mexia de um para o outro na cama, parecia estar tendo um pesadelo.

–não! –gritou acordando de repente, sentou-se, sua respiração estava acelerada. –ou estro sonho estranho. –disse Kagome tentando controlar a respiração, diferente das outras vezes ela não se lembrava do sonho, só da angustia e medo que ele causou nela. –preciso de um copo d’água. –afastou os lençóis e colocou o robe, foi direto para a cozinha, mas quando estava voltando percebeu que a luz do escritório estava acesa. Se aproximou cautelosa e respirou aliviada ao ver que se tratava de Inuyasha. –o que esta fazendo aqui? –perguntou já entrando.

Assim que ouviu sua voz Inuyasha levantou a cabeça e sorriu.

–o que é isso uma surpresa... se for saiba que estou gostando muito, um encontro extra no mesmo dia.

–você sempre engraçadinho, não é? –disse se aproximando.

–faz parte do meu charme.

–sobre o que é esse livro, já faz tempo que reparei que você anda pra cima e pra baixo com isso. –disse ignorando o jeito galanteador dele.

–então quer dizer que andou reparando em mim? Kagome o encarou com a sobrancelha levantada e ele sorriu. –é um diário. –disse voltando a olhar as folhas que viam prendendo sua atenção a dias.

–não sabia que você gostava de escrever em diários.

–não é meu. –disse sem conseguir deixar de rir. –eu achei naquele dia que fizemos uma excursão na ala perdida da mansão. –Kagome sorriu com a lembrança daquele dia. –parece que pertencia a um parente meu, Sesshomaru Taisho.

–o segundo duque.

–pelo visto vocês se conhecem.

Claro que conheço, eu estudo historia na faculdade e fiz questão de pesquisar sobre a sua família.

–hum...

–posso ler? –perguntou Kagome com os olhos brilhando e Inuyasha gostou disso.

–só se for comigo, afinal é uma lembrança de família...

–fala logo o seu preço. –disse Kagome já imaginado onde ele queria chegar.

–por enquanto isso. –ele a puxou fazendo com que ela caísse sentada em seu colo. –pode ler agora.

Eles ficaram em silencio, mas conforme Kagome lia aquelas linhas voltava a pensar nos sonhos que vinha tendo desde criança, Inuyasha sentiu que tinha algo incomodando a jovem.

–o que foi?

–sabe... desde criança eu sempre vinha tendo o mesmo sonho.

–sonho? –isso o lembrava do sonho que ele mesmo sempre tinha, mas não era uma lembrança agradável.

–eu via um homem vim em minha direção, ele sorria pra mim e de alguma maneira era como se eu o conhecesse. –ela sorriu. –minha avó dizia que era meu príncipe encantado.

–você deve ter ficado decepcionada quando fui eu que apareci.

–você esta longe de ser um príncipe. –os dois riram. –mas não tenho do que reclamar. –ela esperou um pouco antes de continuar. -nos últimos dias eles mudaram, são como lembranças. –ela recostou em Inuyasha. –um baile, o jardim, eu em um vestido de noiva e aquele mesmo homem que sorria pra mim, você não acha estranho?

–Inuyasha não respondeu, mas ficou pensativo, Kagome realmente sonhava com isso, ela era boa demais para ele.

–Inuyasha? Ela estranhou o silencio repentino.

–eu não posso te dar o que você quer. –disse ele de repente. –eu não sei amar Kagome.

–na verdade eu acho que você tem medo de amar. –ela não sabia de onde tinha vindo coragem para falar aquilo. –mas... –se apressou em continuar. –eu não vou te cobrar nada e não espero nada que você não possa me dar. –ela se virou para ele e tomou seu rosto entre as mãos. –eu já sabia disso quando aceitei esse relacionamento, eu quero estar com você mesmo que seja por... –Inuyasha não a deixou terminar, a puxou para si e a beijou.

–Kagome... minha doce Kagome. –disse Inuyasha enquanto depositava beijos pelo seu rosto. –ela o amava e já sabia disso a um tempo, mesmo tentando negar para si mesma, não queria mais perder tempo.

–eu quero passar essa noite com você Inuyasha. –disse Kagome entre os beijos. Ele interrompeu o beijo e a afastou para encara-la.

–você não precisa fazer isso Kagome. –disse ofegante, tanto pelo beijo qaunto pelo que ela acabará de dizer.

–eu quero... na verdade venho pensando nisso a dias e eu quero você Inuyasha. –ele viu o brilho nos olhos dela e aquilo mexeu com ele de uma maneira que ele não esperava. –eu quero você Inuyasha, por favor, não me faça implorar. –sem dizer mais nada ele a tomou nos braços e a carregou para fora do escritório, subiu as escadas se interromper o beijo.

–você me deixa louco Kagome. –eles só se separaram quando ele a colocou no chão ao lado da cama. –você tem certeza de que quer isso? –ele não se reconhecia, se fosse com qualquer outra mulher ele não hesitaria, mas não era qualquer mulher... era Kagome. –se você quiser... –Kagome colocou o dedo em sua boca para cala-lo.

–eu estou aqui não estou? –ela deu um pequeno sorriso. –eu não vou me arrepender não se for com você. –tinha tanta doçura e sinceridade em sua voz que tudo que ele pode fazer foi abraça-la e a beijou. Ele soltou o laço do robe fazendo com que El caísse no chão. Ele a pegou no colo deitando-a na cama, acariciou seu rosto e sorriu. –está nervosa?

–um pouco.

–confie em mim Kagome.

–eu confio... eu sempre confiei em você. –então ele a beijou, um beijo que começou doce mais vou ganhando força e se tornou um beijo cheio de paixão.