– SE EU NÃO POSSO TER VOCÊ NINGUÉM PODE - Lucy pegou a sua foice que surgirá em sua mão e voou para dentro da casa de Cartman.

Kyle pois se a correr junto com a Lucy, mas se lembrou que se fosse no mesmo, caminho que ela provavelmente chegaria tarde demais, o pequeno começou a olhar ao seu redor procurando um jeito de chegar a Cartman antes que fosse tarde, então ele avistou uma árvore que crescia para dentro do quarto do maior, eventualmente ele se lembrará das vezes em que Cartman invadirá seu quarto usando esse mesmo método já que em sua casa também havia uma árvore que crescia em direção do seu quarto.

Kyle foi em direção a árvore e começou a subi-la o mais rápido que conseguirá, na metade do caminho quando ele conseguiu ver um pouco do interior do quarto de Cartman, viu Lucy erguendo sua foice, pronta para levar a alma do maior.

Kyle subiu mais um pouco o mais alto que conseguiu, se equilibrou em cima de um dos galhos da árvore, cruzou os braços e se jogou contra a janela, espalhando os cacos de vidro por todos os lados.

A menor se assustou com o barulho e deu um passo para trás protegendo o rosto, e quando se virou viu seu pequeno ruivo abraçando o maior, quase como se fosse um escudo humano.

Kyle sessou seu abraço com o de Cartman, e começou a acariciar o rosto do maior para ter certeza de que não se machucará, e se ainda estava vivo. O menor tirou algo de seu bolço e o colocou nas mãos do maior e depois as fechou e as segurou como se estivesse fazendo uma oração para que ele ficasse bem.

A pequena já não estava mais aguentando ver tal cena, seu ódio estava sendo descontado na sua foice, até ela não aguentar ver mais aquilo e decidiu abrir a boca, mas antes que pudesse falar algo o ruivo soltou as mãos do maior e se levantou, e encarou a Lucy.

– Eu não vou deixar você levar a alma de quem amo - Essas poucas palavras que saíram da boca do ruivinho fizeram com que a Lucy entrasse em um choque profundo, a pequena apertou sua foice com tanta força que o aço do cabo se amassou por completo, Lucy começou a tremer de raiva, sua franja estava cobrindo seus olhos, e uma lagrima escorreu em sua bochecha, ela ergueu sua foice com as mãos um pouco tremulas.

– Saia do meu meio Kyle. - A voz de Lucy estava tremula, quase que não saindo direito.

– Não saio - Kyle respondeu de imediato, sua voz era fria como a neve.

– Por quê?... - A pequena caio de joelhos, e suas lagrimas começaram a cair sem parecer que iriam parar em logo. Kyle continuou em silêncio, enquanto olhava para a pequena caída em suas lagrimas.

– Eu... Eu... EU TE AMO TANTO! ENTÃO POR QUE? POR QUE NÃO PODE SER EU? - Lucy cobriu seu rosto com as mãos, não queria que Kyle a visse chorando desse jeito tão patético. Kyle Não falava uma palavra deixando apenas o som do silêncio no ar.

– Lucy... que tal em vez de você levar a alma de Cartman você levar a minha?

A pequena parou de chorar quase que de imediato, o que aquilo significava, por que ele estava dizendo uma coisa dessas. Lucy levantou sua cabeça e começou a olhar para o ruivo, que estava com um olhar triste e longínquo. Kyle virou seu rosto em direção ao de Lucy e eles ficaram se encarando, Lucy estava com um rosto triste e preocupado, enquanto seu ruivo com um olhar triste e doloroso.

Quando a Lucy decidiu abrir a boca para falar algo, Kyle a interrompeu.

– Mesmo que você o levasse... nada garanti que eu iria esquece-lo e eventualmente me apaixonar por você Lucy. - Lucy provavelmente ficaria muito magoada com aquela resposta, mas sabia que ele queria a magoa-la de proposito então, sua reação foi apenas um tom um pouco mais bravo em seu rosto.

– Kyle...

– Se você levasse minha alma talvez você tivesse mais chances assim não é? - A pequena não estendia o por que, de Kyle falar essas coisas, mas sabia que não era aquilo que ele queria. . . então por que?

– Por que você está me dizendo essas coisas? você não o ama? - Lucy, se levantou e o olhou com um olhar um pouco irritado, sabia que o que ele dizia não era o que realmente queria falar, pois... ela sabia o quanto ele amava aquele pedaço de merda mau digerido, então por que?

Kyle olhou para Lucy com um olhar de dor, ele estava sofrendo. Sua expressão assustou a pequena pois seus olhos mostravam a dor de perder algo realmente muito importante.

– Por favor Lucy... eu não iria aguentar ficar nesse mundo sem ele... - A expressão do ruivo dava a intender de que ele iria chorar a qualquer momento.

Lucy não sabia mais o que responder, ela apertou o cabo de sua foice com força tentando fazer uma decisão, ela olhou novamente para Kyle, então levantou a foice preparando-a para acertar o pequeno ruivo, Kyle fechou seus olhos e deu um pequeno sorriso, os olhos da pequena estavam cheios de lagrimas, com uma expressão de raiva.

– MAS QUE DROGAAAA - A pequena foi em direção ao ruivo acertando-o, o seu corpo e sua alma começaram a virar uma pequena luz verde que brilhava em frente aos olhos da pequena.

Lucy caio de joelhos deixando sua foice cair e se transformar em nevoa, seu cabelo que antes era laranja, ficaram pretos e soltos, seus olhos voltaram a sua cor original de trevas, e seu manto de ceifadora voltou para o vestido de garotinha inocente.

Com seus olhos ainda cheios de lagrimas, Lucy se aproximou da pequena luz, envolvendo-a em seus braços.

– Sua alma é tão quente...Kyle... - Lucy ficou abraçada com a pequena luz ate o momento em que Cartman começou a acordar, depois ela sumiu junto com o pequeno brilho verde.

Quando acordou Cartman não conseguia se lembrar de nada... absolutamente nada, nem de Lucy, nem de Kyle, nada que envolvia os dois.

A única coisa que viu foi um medalhão que se coloca fotos dentro em suas mãos, o medalhão era redondo e na frente havia estampado o simbolo de Davi ou dos Judeus e do outro o simbolo do Nazismo. Cartman olhou dentro do medalhão, mas não havia nenhuma foto dentro.

Cartman se virou para o espelho onde tinha uma foto dele, pequena o bastante para caber dentro do medalhão, mas a foto estava estranha, era como se alguém tivesse cortado a silhueta de alguém que estava ao seu lado.

A silhueta parecia uma pessoa com cabelo encaracolado e usando um chapéu estranho, e aparentemente mais baixo que Cartman, mas... quem era?

– Cartmaaaaaan - Um voz familiar veio da sua janela, era Stan e Kenny, os dois também não conseguiam se lembrar de Kyle, muito menos Stan se lembrar de Lucy.

– (Cartman vamos jogar basquete) - Kenny estava com seu casaco cobrindo sua boca por isso era difícil entender direito o que ele dizia.

– Já estou indo esperem ai - Cartman gritou de volta para os dois que ficaram esperando o maior decidir descer para encontra-los.

Assim que Cartman saio de casa Stan e Kenny o olharam como se ele estivesse com o olho roxo.

– (Cartman) - Falou Kenny com a voz suprimida pelo casaco.

– O que?

– Por que esta chorando? - Cartman ficou chocado com a firmação de Stan e levou uma de suas mãos a sua bochecha, realmente.. estava chorando, mas ele não conseguia entender o por que. Ninguém conseguia sem lembrar da existência de Kyle Broflovski, nem seus pais, ou seu irmão, ninguém, era como... se ele nunca tivesse nascido.

– x -

Alguns anos se passaram desde daquele dia, Cartman ainda havia guardado o medalhão que havia encontrado naquele dia, ele ainda andará com Stan e Kenny, mas desde daquele dia sempre que os 3 saiam juntos Cartman se sentia um pouco solitário.

Hoje os 3 estavam saindo como antigamente só os 3... Todas as vezes que Cartman pensava sobre isso, mais lhe faltava informações. Kenny e Stan estavam conversando, e Cartman estava um pouco mais atrás olhando para o nada, não queria saber daquela realidade chata além por que não entendia o que lhe incomodava tanto.

Uma sombra passou pelos três amigos, uma sombra muito familiar, ruiva com cabelos cacheados, e de casaco laranja com gola verde. Enquanto a sombra ganhará distancia dos três amigos, Cartman parou de andar, o maior se virou com tanta presa que deixou seu medalhão cair e se abrir, revelando uma foto de Cartman implicando com um garoto de cabelos cacheados e vermelhos, o maior correu em direção ao ruivo, envolvendo-o em seus braços.

– ... eu posso ajuda-l-

– Eu me lembro Kyle - O menor deu um pequeno sorriso, e retribuo o abraço do maior, que começou a chorar.

– Eu senti sua falta Cartman... Cartman eu...eu... - Kyle foi interrompido pelo maior, que após desfazer o abraço beijou Kyle.

– Eu sei... eu também te amo Kyle - Cartman beijou seu ruivo novamente, não queria saber o que aconteceu naquele dia, nem o por que, mas queria aproveitar seu presente e futuro junto com seu ruivinho.

Pois a pessoa que mais lhe era importante havia voltado

e dessa vez faria de tudo para ficar ao seu lado para sempre.