Era mais um dia comum em South Park, Cartman estava conversando com Stan sobre um assunto que só eles mesmo entenderiam, em frente a uma loja de jogos que os quatro garotos frequentavam.

– Então o Kyle ele HAHAHA - Cartman falava quase se engasgando entre as pausas e risos, Kyle que estava passando ouviu o maior citar seu nome então pensou em dar uma olhada no por que desse fato não muito comum pois ele sempre usará o termo "judeu" para se referir ao ruivo.

Kyle chegou por trás de Cartman que por ser maior tanto em altura como em largura, escondia o menor.

– O que tem eu Cartman? - Cartman ao ouvir a voz do menor deu um pulo se virando para trás com uma expressão de raiva.

– ISSO NÃO TE INTERESSA - Cartman gritou enquanto olhava os olhos esmeraldas do menor ficarem franzidos.

– o que... ME INTERESSA SIM ORA VOCÊ CITOU MEU NOME AGORA A POUCO E EU TENHO O DIREITO DE SABER POR QUE.

– EU USO SEU NOME PARA O QUE EU QUISER E ISSO NÃO LHE DIZ RESPEITO NÃO É MESMO?

Kyle teve um pequeno choque interno, aquelas palavras haviam magoado o pobre ruivo que guardará sentimentos pelo maior.

– hunf - Kyle se virou e foi em direção a sua casa com passos fortes e visivelmente irritado.

– Kyle... a que se foda judeuzinho de merda.

Cartman voltou a falar com Stan sobre a conversa que estavam tendo antes de um certo judeu aparecer e atrapalhar.

Depois de um tempo foi possível ver Kyle saindo se sua casa com um pote pesado de vidro... mas aquele não parecia ser o Kyle de sempre... ele... estava diferente, Kyle arremessou o pote bem na cabeça de Eric Cartman.

– VOCÊ MERECIA BEM PIOR SEU PEDAÇO DE MERDA - Kyle logo em seguida foi para dentro de sua casa pouco ligando se Cartman estava machucado ou não.

– CARTMAN - Stan que estava lá o tempo todo, gritou ao ver o maior ser atingido na cabeça e depois desmaiar no chão. Stan tentou socorre-lo mas não fazia a menor ideia do que fazer em caso de primeiros socorros, Stan começou a entrar em estado de panico. - O QUE EU FAÇO O QUE EU FAÇO?

Uma garotinha de cabelos laranjas presos por duas maria-chiquinhas na altura de seus ombros e olhos negros como a noite, apareceu do lado de Stan como se tivesse simplesmente surgido lá, ela estava vestindo um vestido verde e estava segurando um pirulito bem grande.

– ahn? Ainda esta vivo? eu não consigo acreditar nisso - a garota olhou para Stan que a estava a encarando com cara de quem n estava entendendo nada. - Se você continuar a olhar para mim levarei sua alma também.

Stan levou um susto por palavras como aquelas serem ditas por uma criança tão pequena e fofa. - C...como?

– Foi o que você ouviu "levarei sua alma" ou você quer que eu soletre para você? - Stan recuou pois ficou com medo daquela criança tão estranha.

Cartman estava começando a acordar, começou a se levantar com calma, com a mão atrás da cabeça.

– Cartman... - Stan deu um pequeno sorriso ao ver que seu amigo ainda estava consciente e vivo.

– han? o que? o que acontece...u? - Cartman notou que a garota o encarava com um olhar assassino que quem iria matar uma pessoa e usar seus ossos como palito de dentes.

– WAAAAAAAAAA VOCÊ! POR QUE ESTÁ AQUI? O QUE DIABOS ESTA ACONTECENDO AQUI?

– Cartman se acalme você foi atingido na cabeça, depois você desmaio, ai apareceu essa garota... - Stan estava tentando explicar uma situação que nem mesmo ele estava entendendo o que acontecia.

– ATINGIDO? ATINGIDO? POR QUEM? - Cartman começou a gritar com Stan, ate que a garotinha aparecer e se meter entre os dois amigos e começar a encarar o maior com o mesmo olhar assassino de antes.

– Fui eu - Stan fez uma cara confusa, pois tinha certeza de que havia visto Kyle acertar Cartman com o pote.

– Bom... - Continuou a garotinha ainda desconhecida - Pode se dizer que a culpa também foi do Kyle mas... como eu estava controlando o seu corpo para jogar o pote então acho que a culpa foi minha... mas mesmo assim eu tive uma grande dificuldade de arremessar aquela peseta de pote por que ele não parava de resistir para não jogar, por isso você ainda está vivo... - A garotinha começará a falar consigo mesma em voz alta, era difícil dizer se estava se explicando para Cartman ou para si mesma.

– O KYLE FEZ O QUE? EU VOU ACABAR COM AQUELE JUDEUZINHO DE MERDA.

A garota parou sua explicação para o nada e abaixou sua cabeça, enquanto foi possível ver seu vestido verde escurecer para um preto mais negro e sombrio que seus olhos, seus olhos que eram negros como a noite ficaram de um vermelho escarlate, a ponta de seu vestido começou a virar uma nevoa negras que ficava apenas em seus pés.

– Não toque no meu Kyle - a garota sussurrou - NEM PENSE EM CHEGAR PERTO DO KYLE VIU? SEU MERDA GORDA! - Cartman parecia n ão ter notado nada de diferente na garota e começou a retrucar com ela.

– HAN? EU NEM TE CONHEÇO GURIA.

– MAS EU TE CONHEÇO MUITO BEM SEU BALOFO, FILHO DE UMA PUTA - Cartman segurou a gola da roupa negra da garota e a levantou no ar... mas ela não tinha peso... era ... era como se não estivesse ali.

– Mas o que diabos... - Falou Cartman com uma cara confusa e uma voz baixa. A garota deu um tapa na cara do maior que logo a soltou no chão para colocar sua mão por cima de onde ela havia o batido.

– Por sua culpa... - a garota se levantou depois de cair e começou a murmurar. - Se não fosse por você...SE NÃO FOSSE POR SUA EXISTÊNCIA. - ela começou a encher seus olhos com lagrimas mas as segurou.

– Calma ai garotinha o que diabos eu fiz pra você ficar tão brava comigo?

– Você... VOCÊ TIROU O KYLE DE MIM SEU MERDA GORDA.

Cartman e Stan que ainda estava presente se entre olharam, Cartman começou a rir seguido por Stan, os dois estavam rindo como se não houvesse amanhã.

– Não me diga que você se apaixonou por aquele judeuzinho filho da puta?!

A menina ficou um pouco corada mas continuou com sua expressão de quem iria esquartejar uma pessoa, Ela abriu a boca e começou:

– O único filho da puta aqui é você. VOCÊ QUE MESMO O IRRITANDO TODO SANTO DIA ROUBOU O CORAÇÃO DAQUELA DOCE ALMA.

Cartman sessou um pouco a risada e corou um pouco com a confissão da pequena ~Kyle... apaixonado... por mim?~

a garota só observou a expressão do maior, depois começou a fuzilar Stan com o olhar dizendo que se não saiísse de lá levaria sua alma. Stan recebeu o recado e saio de lá correndo deixando Cartman sozinho em seus pensamentos junto da garota de cabelos laranjas e roupas negras que voltará a encarar o maior após a saída do moreno.

Cartman voltou a realidade e começou a balançar a cabeça em negação então abriu a boca para responder. - Iss. . .Isso é impossível. . . eu. . . eu amo o Ken. . .ny - Sua voz quase não saia pois ele sentia que tinha algo de errado com as palavras que saiam de sua boca.

– Tsc - A garota de cabelos laranjas fez uma expressão ainda mais forte de raiva e ódio pois sentia que as palavras dele estavam erradas mas não iria permitir que ele descobrisse o por que.

– Eric Cartman - a menina cobriu seus olhos com sua franja, seu cabelo que estava preso se soltou sozinho, como se as ligas que prendiam seus cabelos houvessem se rompido, e começaram a voar como se não houvesse gravidade.

Cartman havia se perdido em seus pensamentos novamente tentando entender por que aquelas palavras estavam erradas, ele amava Kenny... então por que? por que quando finalmente colocou aquilo para fora lhe parecia tão... errado?

– ERIC CARTMAN - Cartman sessou seus pensamentos e olhou para a garota, ele finalmente havia notado que sua roupa já não era a mesma de quando se encontraram pela primeira vez e seus olhos também haviam mudado.

Foi vista uma única lagrima correndo o rosto da menina, mas a lagrima que corria em seu rosto evaporou. Seu rosto estava sombrio, ela levantou suas mãos, e uma nevoa negra começou a se juntar perto de suas mãos, a nevoa começou a se materializar em uma foice.

– Você sabe por que estou aqui Cartman? - ela segurou a foice que assim que a seu toque despachou toda a nevoa em volta da arma. - Estou aqui para levar sua alma.