Ravena acordou com um pensamento feliz, por incrível que pareça. Algo dizia para ela que o dia seria muito tranqüilo, sem nenhum ser do mal precisando entrar nos eixos. Levantou da cama e respirou fundo, hoje seria especial.

Ela foi para a cozinha preparar um chá, e quase comemorou por estar sozinha lá. Ate que escuta uma briga que para variar, era de Mutano e Cyborg.

Mutano: É mentira! Eu ganhei no Vídeo Game semana passada! Para de roubar! Eu não... Ah, oi Ravena. Vejo que parece de bom humor, o que aconteceu?

Ravena: Achava que hoje ia ser diferente. Um dia mais tranqüilo, vi vocês brigando e percebi que estava errada. –Ela diz com a sua voz rouca e assustadora.

Mutano: Já sei o que precisa para se sentir mais feliz! Vou preparar o tofu.

Ravena: Hoje o dia vai ser longo... –Falou para si e tomou outro gole do chá.

Ficaram longos minutos silenciosos ate que Cyborg e Mutano recomeçam a brigar. Estelar entra na sala e sem se importar com o barulho dos rapazes diz:

Estelar: Bom dia meus adoráveis amigos! Hoje precisamos celebrar um dia muito importante!

Cyborg: E qual seria o motivo dessa celebração especial? –Ele fala indiferente.

Estelar: Você não sabe? –Os olhos da jovem alienígena encheram de lagrimas. – Como não pode se lembrar?

Ravena: Desculpe Estelar, mas acho que ele não é o único que não sabe do que você esta tentando celebrar...

Robin entrou na sala e acabou vendo que a amiga estava prestes a jorrar um rio de lagrimas.

Robin: Estelar? O que esta acontecendo?

Estelar: Eles não sabem o porquê hoje é especial! Você sabe?

Robin: Claro que sei! –Ele tentou pensar em qualquer motivo que poderia ser um grandioso dia e o obvio veio em sua cabeça. –Todos nós sabemos que... Hoje é seu aniversário! Queríamos fazer uma surpresa, mas já que você se adiantou... Quer comer uma pizza? –Os outros Titãs concordaram com um sorriso disfarcadamente falso e sem graça.

Estelar: Obrigada meus amigos! Eu sabia que se lembrariam! –E então deu um abraço bem apertado neles.

Ravena: Tudo bem, já chega. Tenho muito o que viver, deixe-me respirar.

Estelar: Vamos celebrar o dia mais importante da minha vida, com os melhores amigos da minha vida!

Cyborg: Eu dirijo!

Todos entraram no carro de Cyborg. Estelar quis ir ao banco da frente. Sobraram Ravena, Mutano e Robin para sentarem atrás.

Robin: Não gosto de carros, vou pegar a minha moto, encontro vocês lá.

Mutano: Só sobramos nós dois. –Ele disse e se afastou um pouco dela. Mutano sendo folgado se esparramou no banco de trás, fazendo Ravena se encolher.

Ravena: Você não esta no sofá da nossa casa. Não pode sentar direito? –Ela não entendeu o porquê, mas se sentiu desconfortável quando disse a palavra ‘nossa’. Era a casa deles. Mas era estranho para Ravena pensar que compartilhava algo com Mutano, mas eles compartilhavam quase tudo. Isso não significava nada... Não é?

Cyborg: Chegamos.

Estelar: O Robin ainda não chegou. Vamos esperar. –A aniversariante sorriu e eles concordaram e esperaram no carro.

Passaram-se minutos.

Horas...

Ravena: Só eu acho que tem alguma coisa errada? –Ela alarmou os amigos e acordou o Mutano com um tapa nas costas.

Cyborg: Ligar para Robin. –Disse para o telefone que ficava no próprio braço.

Ligando Robin.- A voz feminina gravada sibilou.

Ligação Cancelada.

Cyborg: O comunicador dele deve estar com defeito.

Ravena: Parabéns pela sua dedução completamente útil para nós. –Ravena debochou levemente irritada.

Mutano: Não tem defeito algum, porque esta aqui. Ele deve ter deixado cair quando saiu do carro. –Mutano balançou o comunicador.

Estelar: Talvez ele esteja preso no transito. –Estelar diz com a sua ingenuidade aparente.

Ravena: Por TRÊS horas?! Temos que ir. Estelar, eu e o Mutano vamos voando para procurá-lo. Cyborg, fique aqui caso ele apareça.

Estelar concordou e foi em direção ao norte, o lado mais distante da torre T. Os olhos verdes dela vagavam entre ruas, casas, bairros. Procurava em todo o lugar que poderia achar o garoto de cabelos arrepiados que ela tanto gostava.

Com a persistência que uma jovem determinada que Estelar é, continuou a procura. Temendo que algo acontecesse com ele.

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Ravena não prestou atenção em que direção foi. Seguiu o que o seu coração e se deixou levar. Em toda a procura, não achou nada que poderia provar algo violento ou um suposto seqüestro do Líder dos Jovens Titãs

No meio da multidão, percebeu uma aparência familiar, mas este, com certeza não era Robin.

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Estelar: Robin! Onde você esta? Robin! –A alienígena já estava desesperada. Ela não queria mais comemorar, apenas queria todos juntos. Ela desejava que o grupo passasse um dia sem serem quase mortos, seqüestrados ou ameaçados. Por um momento ela desejou ser uma pessoa comum. Mas logo expulsou esse pensamento de sua cabeça e voltou a procurar o Robin. – Ligar para Cyborg. –Ela sussurra no comunicador.

Cyborg: Estelar? Achou o Robin? –Ele quase gritou.

Estelar: Não. Onde mais eu procuro? Acho que já rodei a cidade inteira! –Estelar faz um minuto de silencio. –Espera, acho que estou vendo algo. –Uma interferência surgiu e fez com que o sinal do comunicador caísse, mas logo voltou, a mensagem meio cortada. –Ele... é... Plasmos... –E então o sinal caiu completamente, deixando Cyborg sozinho na ligação.

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Ravena: O que você esta fazendo aqui?

Mutano: Procurando o Robin ué. –Falou indiferente.

Ravena: Mas eu vim aqui. Vocês viram para a direção que eu fui! –Ela estranhou o tanto que ficou com raiva porque o Mutano estava perto dela. O que estava acontecendo com ela?

Mutano: Calma, eu só estou procurando ele! Desculpa se fiz algo que te chateou, mas todos nós estamos procurando o nosso amigo. Da um tempo. –Ele conseguiu fazer Ravena se sentir mal. Estavam tão próximos um do outro que poderiam se tocar. –Ravena... Eu acho que... Quer dizer, eu...

Mutano foi interrompido pelo barulho do comunicador sendo ativado. Cyborg ligava para os dois. Ravena quebrou o ‘clima’ que estavam tendo e atendeu.

Cyborg: A Estelar achou o Robin, eles estão próximos ao museu antigo, precisamos de ajuda! O Plasmos atacou de novo, também estou a caminho. –Disse isso e em seguida, ele desligou.

Mutano: Como eu estava dizendo...

Ravena: Diga depois, precisamos ir!

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Quando Mutano e Ravena chegaram ao lugar que Cyborg falou, viram a destruição que o Plasmos fez. Carros quebrados, postes estilhaçados. As pessoas já não estavam mais gritando, pois todas elas tinham fugido de lá.

Ravena: Parece que cada vez que ele aparece, esta causando mais problemas do que antes. –Ela revirou os olhos e foi atacar. –Azarath Metrion Zinthos! –Ela levanta um carro com o seu poder e joga no monstro. Para a surpresa dela, Plasmos volta à forma humana na primeira pancada que ela provoca. Todos olham para ela surpresos, e a garota se encolhe. –Pronto, já acabamos por aqui... Vamos. –Ninguém saiu do lugar. –VAMOS! –gritou. Todos a seguiram até o carro de Cyborg e concordaram que Robin ia junto agora, ele querendo ou não.

Estelar: Não importa se não comemorei o meu aniversario hoje, mas fico feliz por todos nós estarmos bem!

Cyborg: Nada disso. Quando chegarmos a casa vamos fazer um bolo! E todos vão comer.

Ravena: Espero que eu não esteja incluída nesse ‘todos’. –Ela comentou, mas no fundo do seu coração, não ligava para a comida. Queria mesmo saber, o que o Mutano iria dizer se Cyborg não tivesse ligado naquele momento.