Pov Jennet

Quando abrimos a porta do quarto de Blake, nos impressionamos com um homem alto de costas para nós. Ele não parecia ser jovem, seus cabelos já estavam grisalhos. E parecia ter bom gosto, estava usando um sobre-tudo preto.
Quando sentiu nossa presença se virou pra nós. Eu quase cai para trás! Ele...ele se parecia demais com o Blake! Seria algum truque do tal Strayder? Ou melhor...
- Quem é você?
- Ai meu Deus não pode ser! - Iryna estava tremendo, nunca a vi assim... - Mas é,mas é... - Por favor não desmaie antes de eu descobrir quem ele é!
- Eu sou Alfred Jones Wick! Mais conhecido como... Lil Wick.
- Oh meu Deus!
- Mas você não estava morto?
- Apenas meu corpo está morto, minha alma ainda vive e era pra eu já ter reencarnado como...
- Mas por que só apareceu agora? - Iryna o interrompeu.
- O medalhão foi acordado por meu tatataraneto. É por causa disso que estou aqui. Eu nunca pensei que Strayder voltaria a caçar o medalhão, mas pelo visto...ele não perde uma boa oportunidade. E como eu ia dizendo, era para eu reencarnar como o Blake.
- O quê?! - eu e Iryna perguntamos juntas.
- A alma de Blake não está completa! Sem a alma completa, ele não poderá fazer grandes feitiços! Sem a alma completa, ele é uma presa fácil para Strayder! Vocês precisam matar Strayder, assim, todos esses problemas... iram desaparecer.
- Essa missão já me foi dada, sabia? - ele riu,mas sua expressão voltou a ficar séria.
- Meninas, vão embora! Rápido! Vão! - e desapareceu no ar.
- Mas o quê? Senhor Wick? Pra onde ele foi?
- Eu não sei...

De repente, surge um estrondo e em seguida, ouvimos passos. Alguém estava subindo as escadas.
- Será que é alguém da familia dele?
- Se for, só pode ser a mãe dele, porque o Ken tá na escola e o Sr. Cartney no trabalho.

Eu estava rezando pra que fosse,mas não...não era a Sra. Cartney...era a pequena,loira e medonha garotinha. Seu ursinho estava sem cabeça e seus dentes...sujos de sangue.
- Entregue o medalhão!
- Vamos! - Iryna gritou e me puxou pelo braço, e em poucos segundos aparecemos correndo em um campo, estavamos em Relsyn.
Por incrivel que pareça, a pequenina conseguiu ir pra Relsyn também e estava a poucos metros de nós.
- Precisamos entrar no templo!

Iryna corria mais rápido do que eu...
- Ah,finalmente! A floresta de Kane! Vamos para a cachoeira dos elfos!
- Cachoeira dos elfos?
- Sim. Vamos, siga-me!

Estavamos correndo pela floresta, Iryna ainda estava mais a frente de mim, mas ai veio aquela sensação. Eu não conseguia mais correr. Estava ali,simplesmente de pé, parada no meio da árvores tentando me controlar. A menininha, já estava se aproximando de mim, eu podia ouvir seus passos.
- Jennet, venha. - Iryna gritou pra mim. mas não tinha como eu ir, por mais que eu me esforçasse, aquilo estava mais forte que eu.
A menininha, já estava se aproximando de mim, eu podia ouvir seus passos. Iryna, ao perceber que eu não saia dali, foi até mim e nos transportou para a aldeia.
- Vamos para dentro do templo.
- E-eu não posso.
- No templo tem um pouco de água da caichoeira dos elfos, é só você beber um pouco. A Lótus só não te deu antes, porque achou que...
- Achou que o quê?
- Que você poderia sofrer.
- Como assim sofrer?
- Aquela água provoca alguns sintomas em anjos das trevas.
- Que sintomas?
- Ah, vamos entrar.

E quando entramos, eu tive uma surpresa.
- Essa não. - aquelas palavras de Iryna me fizeram perceber que era um segredo.
Mas eu nunca imaginei que poderia ver aquela cena, jamais imaginei que iria acontecer assim. Meus semtimentos naquela hora, tristeza, felicidade, raiva , dor , tudo ao mesmo tempo, um mix de emoções. Não sabia se sorria ou chorava, eu não sabia o que fazer,era inacreditavel.
- Mãe?

Os sentimentos foram tão intensos que acabei desmaiando. E quando acordei, estava deitada na minha cama, olhei pro relógio que estava no criado-mudo e eram 14:00 horas.
Eu não entendo. Mas ela foi enterrada. Bem, eu não fui no enterro, meus parentes disseram que eu não aguentaria vê-la em um caixão, estavam certos, iria doer muito. Doeu muito vê-la morrer. Mas e o que acabou de acontecer? Ela estava lá,eles estavam falando com ela...
- Jennet, preciso te contar uma coisa. - era meu pai, estava na porta.
- Entra.

Ele entrou e se sentou em minha cama.
- Aconteceu alguma coisa? - perguntei.
- Não, quer dizer, sim, aconteceu. E já era para eu ter te contado. - ele estava sério.
- Então fala logo. O que houve?
- Jennet, desde que sua mãe morreu, você percebeu que eu não paro mais em casa,não é?
- Sim, o senhor não está bebendo, está?
- Não. - eu o fiz rir, mas ele voltou a ficar sério - Jennet, eu vou ser direto. Sua mãe não foi enterrada, o corpo dela sumiu do necrotério.
- O quê?

Tudo pra mim estava tão confuso. O corpo dela sumiu e eu acabei de vê-la no templo. Será que ela sobreviveu e fugiu do hospital? Mas e a profecia de Strayder? Como, como eu pude vê-la? Como ela foi parar em Relsyn? Será que, será que Relsyn é o céu? Não, mas não há anjos ruins no céu. Meu Deus, o que está acontecendo.

Pov Alana

...No Templo...

- Eu não consigo acreditar que ela me viu!
- Desculpe rainha. A culpa foi minha.
- Não, a culpa não foi sua. E eu sabia que isso iria acontecer, só não sabia quando.
- O que vai fazer agora?
- Eu não sei. Preciso pensar, pensar!

Eu iria contar a ela, mas parece que Daniel estava certo. Se eu não contasse, ela iria descobrir sozinha.
- Rainha, rainha! - um servo da aldeia entrou chamando por mim.
- O que foi?
- Desculpe lhe interromper, mas há uma tropa de cavaleiros atacando a aldeia!
- Essa não!
- Quer que a gente fique aqui com você, rainha?
- Não, podem ir.
- Vai ficar bem, mesmo?
- Sim. Agora vão!
- Está bem.

Iryna, Adam e Scarpana sairam pra lutar e eu fui até a torre. Mas havia alguém ali além de mim.
- Você?
- Há quanto tempo, não é mesmo?
- Strayder, o que faz aqui?
- Vim ver como está.
- Não minta!
- Eu não estou mentindo.
- Foi você que mandou atacarem a aldeia,não foi?
- Isso não importa.
- Como assim não importa?! Ali só tem pessoas inocentes!
- E quem se importa?
- Eu me importo. Não acha que isso poderia ter acabado a mais tempo?
- Eles começaram a atacar a poucos minutos.
- Não estou falando deles, estou falando de nós! Achei que já tivesse deixado bem claro que quero você como amigo.
- Não existe amizade entre um homem e uma mulher.
- Isso é o que você pensa.
- É a realidade, Alana. Eu nunca vou aceitar que tenha tido uma filha com aquele idiota.
- Não fale dele assim!
- Eu falo. Falo sim. Sabe por quê? Ele é um idiota e sempre foi.

Eu não pude me conter, chamar meu marido de idiota! Eu dê um tapa bem dado na cara dele.
- Hum, em pensar que ainda o defende. - ele segurou minhas mãos.
- Me solta. - mas ele nâo as soltou.
- Alana, ele é um mero humano. Já eu e você, temos mais poder do que tudo. Nós dois sozinhos podemos dominar não só Relsyn...podemos dominar os Estados Unidos e o resto do mundo.
- Mas eu não quero isso! E eu sei o que você quer fazer. Mas eu não vou deixar que aconteça. - finalmente consegui me soltar dele.
- Veremos.

Ele deu dois passos pra trás e se foi.

Pov Morgan

Amanda estava tão triste e calada, parecia realmente gostar do Adam, mas como já disse, é um amor proibido.
- Morgan, me ajude a fugir daqui. - ela disse sussurrou.
- Eu não posso.
- Por favor, você é uma bruxa,não é?
- Claro.
- Então use sua magia para me ajudar.
- Mas e quanto ao Jeremy?! Ele jamais iria me perdoar.
- Morgan, por favor. Se você já amou alguém, sabe o que estou sentindo. Por favor, me ajude.
- O que quer que eu faça?
- Vista minhas roupas,faça um pentiado igual ao meu e deite-se nessa cama. Assim, pensaram que você sou eu.
- Mas e se o Jeremy descobrir?
- É só não mostrar sua cara.
- Está bem, eu vou te ajudar...