Herdeiras Do Trono escrita por Sabrina


Capítulo 8
Verena


Notas iniciais do capítulo

Oiii!
Sorry pela demora, sério :s enfim, queria agradecer a heart ghost :3 obrigada pelos elogios, fiquei realmente muito feliz :3 seja bem vinda.
Capítulo para deixar todos um pouco confusos? Sim ou Claro? kkkkkkkk' ta parei '-' e ei, leiam as notas finais beleza? Tá, tô enrolando '-' boa leitura ♥



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– INÚTIL! – gritou Rose, para a cobra a sua frente. – Como você consegue ser tão incompetente? Ficou com medo de uma garota ridícula? Eu deveria era voltar lá e te jogar daquele abismo.




– M-masss majessstade – disse Kevin, que tremia de medo. – A fada, essstá maisss poderosssa! A sssenhora não havia dito o quanto a menina tinha poder.




– Mais poderosa? – Rose gargalhou. – Ela não é nem uma fada de verdade!


– Masss...

– Cale-se! – Rose o encarou. – A nova geração da espécie de vocês é de dar vergonha a qualquer um. Vocês são os meus soldados! As pessoas tem que ter medo de vocês! Mas não, vocês só estão me deixando furiosa, e todos sabem como eu fico quando estou furiosa.

Kevin ficou imóvel.

– Por favor majessstade, pode me mandar de novo pra floresssta e eu juro que irei trazer a princesssa...

– Eu não costumo dar uma segunda chance as pessoas! – Rose gritou. – Estou cansada de vocês! Terei que usar os meus melhores monstros – ela sorriu. – Pena que você não está incluído nisso. Dylan!

O servo da feiticeira que antes observava tudo foi em direção a eles com uma espada na mão.

– Sim majestade.

– Não! – implorou Kevin. – Eu não... Rossse, eu juro que...

– Faça o que tem que fazer! – disse Rose para Dylan. – Vou para minha sala.

Rose se virou e foi para o outro corredor. Ela não gostava de ter que matar seus próprios soldados, mas um inútil a menos não iria fazer diferença. Porém agora ela teria que usar seus melhores monstros, e algumas cobras sim, as cobras mais antigas que jamais deixaram Rose furiosa.

Ela parou de frente para uma parede. Disse algumas palavras e a parede se abriu, revelando uma escada, que levaria a sua sala secreta. Apenas Dylan sabia aquela senha. Rose confiava muito no rapaz, talvez seja porque ele foi o único que ficou ao seu lado quando as coisas pareciam que não iriam dar certo. Mas Rose sempre soube que para conseguir o que queria, não importava seus sentimentos, no entanto ela odiava saber que Dylan era mais uma peça em seu jogo. Foi apenas por causa de Dylan que ela estava conseguindo aquelas valiosas informações. A pessoa realmente o amava.

Sua sala não era tão grande. Havia uma mesa no meio, com todas as suas poções, e alguns livros. Ao lado uma prateleira, com os restantes dos livros, uma janela que dava a vista de Hud inteira. A sala era igual o castelo todo, cinza, fria, triste.

Rose parou em frente a janela. Faltava tão pouco para ela conseguir o que queria. Pouco. Era só Emma que a impedia de fazer isso. Rose tinha visto uma foto da garota, e a odiava mais que Lauren. Por quê? Porque Emma era a cópia de Sarah. Aquele mesmo cabelo bonito, aqueles lindos olhos azuis que eram até capazes de hipnotizar alguém e aquela mesma bondade que Sarah tinha. Emma era perfeita, e como Rose a odiava. Rose também não se importava muito quem iria acabar com a vida de Lauren, mas de Emma, ela mesma queria fazer isso. Queria sentir de novo a sensação de acabar com a irmã.

[...]


Emma não fazia ideia de onde estava.




Ela estava sentada, com as mãos amarradas, vendas nos olhos e uma mordaça na boca. Podia ouvir Liz tentando se soltar, mas era em vão. Depois da ameaça de quem quer que seja ter falado que ia mata-los se não ficassem quietos, Austin reagiu, mas levou uma pancada na cabeça e desmaiou. Emma então ficou mais desesperada. Cody também tentava se soltar e deveriam ter visto que Mandy estava machucada e a deixaram deitada, amarrada pelos pés e na cintura. A única que não estava fazendo nada era a própria Emma, mas não porque ela queria ficar ali e esperar pelo pior, mas sim porque ela estava tentando armar um plano para sair dali.




Emma tentou imaginar quem havia pegado eles. Não eram as cobras, disso ela tinha certeza, porém, e se mesmo assim fossem soldados de Rose? E se naquele exato momento estivessem chamando a própria para ver e acabar com eles? Não, isso não poderia acontecer. Mas e se não fossem nada de Rose? Poderiam ser pessoas piores?


Enquanto Emma considerava essas possibilidades e desesperadamente arranjar um plano, ela ouviu passos se aproximaram. Imediatamente Liz e Cody pararam de tentar se soltar. Pessoas tinham entrado na sala que eles estavam e Emma sentia que os olhares eram para ela principalmente. Eles sabiam quem ela era? E se sabiam, era bom ou ruim? O Homem chegou perto deles e tirou a mordaça da boca de todos.

– Olá pessoas desconhecidas – disse a mesma voz que tinha ameaçado eles. – Eu me chamo Richard. E vocês?

Ninguém respondeu.

– Tudo bem se não querem falar, mas ia ser melhor pra vocês. Sabem, eu já estive em quase Hud inteira e eu nunca vi vocês e nem ouvi falar de vocês. – Richard se aproximou deles e falou num tom de voz mais sério. – São servos da Rose? São servos de algum dos amigos dela? O que vieram fazer aqui?

– Mate logo eles Richard. – disse uma voz feminina.

– Calma Catarina, antes preciso saber o que vieram fazer aqui.

– E se eles chamarem mais deles? – insistiu Catarina. – Não podemos arriscar...

– Não vou matar ninguém, por enquanto.

– Mas...

– Minha casa, minhas regras! – aquilo fez Catarina se calar. – Então, vão me falar quem são vocês?

– Não somos nada de Rose – murmurou Liz. – Não viemos fazer mal nenhum á vocês. Viemos aqui falar com Helena, apenas.

– Falar com Helena? Me desculpe moça, mas Helena foi capturada a dois dias. – disse Richard

Emma sentiu como se tivesse levado um soco no estômago. Helena capturada? A única pessoa que poderia ajudar eles a passar pela parte escura de Hud, chegar ao mestre dos elementos, fora levada. Só podia ser Rose, óbvio. Mas como ela ficará sabendo que eles estavam justamente atrás de Helena?

– Como? – disse Emma. – As cobras a levaram?

– Exatamente. Há dois dias fomos atacados, levaram comida, dinheiro, pessoas...

– Não, não, não e não. – disse Mandy. – Não acredito que aquelas cobras estúpidas levaram Helena. Como a louca da Rose sabia que estávamos atrás dela?

– Ela é feiticeira não é? Ela pode ter uma bola de cristal, ou alguma poção, e podia estar nos espionando. Como vocês mesmos falaram, Rose é louca. – falou Cody.

– Talvez, mas... E agora? – murmurou Emma.

– O que queriam com Helena para Rose ficar tão brava? – perguntou Catarina.

Antes que Emma pudesse responder, falando a verdade, Mandy a interrompeu.

– Coisas nossas. Nada que se eu te falasse mudaria na sua vida.

Emma ouviu Catarina tirar uma faca de seu sinto, mas Richard se colocou na frente.

– A garota tem razão Catarina, isso não é assunto nosso.

– Richard...

– Catarina, por favor.

A sala ficou uns instantes em silêncio até Emma ouvir a mulher guardar a faca.

– Então – disse Richard. – Como conheceram Helena?

– Mau pai disse para procurarmos ela. – respondeu Liz.

– Quem é seu pai?

– Ele é um caçador... Joseph, seu nome é Joseph.

– Joseph? – perguntou Catarina. – Se seu pai é Joseph, então... Você é Liz? E aquela outra é Maria?

– Mandy. – corrigiu a mesma.

– Que seja.

– Sim, sim, somos nós. – disse Liz. – Conhecem nosso pai?

– Se conhecemos o seu pai? – Richard riu. – Claro que conhecemos, Joseph é um dos meus melhores amigos. Eu sabia que ele tinha duas filhas, só não sabia que elas já eram duas moças.

Emma ficou aliviada. Pelo menos isso, eles tiveram sorte. Ao seu lado, Austin começou a se mexer. Ele tinha acordado, e se lembrado do que tinha acontecido, então começou a “lutar” com as cordas para sair dali.

– Ei, calma – disse Emma. – Está tudo bem.

– Mas ainda estamos presos e...

– Sim, mas eles não vão nos machucar. Eles são amigos de Joseph.

Aquilo deveria ter acalmado ele, pois Emma o ouviu ficar quieto na cadeira.

– E esse é o filho de Nicole. – deduziu Richard. – Mas... E essa moça e o garoto loiro? Quem são?

E agora? Emma falava a verdade ou...

– Ela, ela é... – Liz fez uma pausa, e então suspirou. – Filha de Sarah e Thomas, irmã de Lauren, princesa de Hud.

– Mentira! – gritou Catarina. – Impossível! Ela está mentindo Richard! Sim, Sarah e Thomas tiveram duas filhas, mas uma desapareceu e a única que ficou foi Lauren.

– Sim, você está certa, palmas pra você – bufou Mandy. – Uma das princesas tinha desaparecido sim, mas ela estava no mundo mortal vivendo longe desse lugar, só que daí Lauren foi capturada pela louca da Rose, e então precisamos trazer Emma de volta.

– Mentira! Isso não... – começou Catarina.

– Cale-se Catarina. – mandou Richard. Então Emma sentiu ele se aproximar dela, e tirar a venda de seus olhos, e ela o olhou. Richard deveria ter a mesma idade de Joseph, tinha cabelos grisalhos, era magro, olhos castanhos e tinha uma cicatriz no lado esquerdo do rosto. Ele observou Emma e sorriu. – Os mesmos olhos da rainha. Olhando bem, você é a cópia dela... Catarina venha ver.

Catarina era mais nova que Richard, mas era mais velha que Emma. Tinha o cabelo curto, até queixo, tinha um olhar sério, seus olhos pareciam ser verdes, e quando viu Emma fez um O perfeito com a boca.

– Ela é... Idêntica a Sarah. – disse ela.

– Eu disse idiota. – murmurou Mandy, mas Catarina não ouviu.

– Ande, solte todos. – mandou Richard, e minutos depois, todos estavam em pé.

– Richard – disse Liz. – Minha irmã está com o braço machucado, o senhor poderia, por favor...

– Catarina, leve Mandy para o nosso curandeiro. – disse Richard. Catarina revirou os olhos e Mandy bufou ambas não gostaram da ideia de ir uma na companhia da outra.

– Tudo bem Mandy, eu vou com você. – sorriu Liz.

– Não Liz, eu vou – disse Cody, sarcástico. – Você precisa ficar aqui, junto com Aus...

– Certo, o garoto loiro vai com ela... e aliás, quem é você mesmo?

– Sou o irmão de Emma. Quer dizer, não de sangue mas...

– Ele está com a gente – sorriu Emma. – Não vai fazer mal a ninguém.

Richard deu de ombros.

– Ok, Catarina, leve-os.

Assim que Catarina, Mandy e Cody saíram da sala, Liz se sentou de novo.

– Richard... Realmente precisávamos falar com Helena, ela...

– Olhe Liz, não sei se pode ajudar, mas Helena tem uma filha e a mesma não foi levada.

– Uma filha?

– Sim – assentiu Richard. – O nome dela é Verena. E ela era bem chegada a Helena, talvez as respostas que vocês querem ela saiba responder.

Liz, Emma e Austin se olharam. O que eles tinham a perder, afinal? Talvez a filha de Helena soubesse mesmo algumas coisas. Talvez a viagem não tivesse sido à toa.

– Pode nos levar a ela? – perguntou Austin.

– Claro.

– Hã, Richard? – chamou Emma.

– Sim, alteza.

Certo, ser chamada de Alteza era muito estranho para Emma.

– Ainda não entendi muito bem o porquê vocês terem nos pego...

– Como disse Alteza, fomos atacados há dois dias. Os camponeses ainda estão preocupados. Quando vocês chegaram pensamos que fossem as cobras, mas era... vocês. Tínhamos que saber o que vieram fazer aqui. Mas nos desculpe Alteza.

– Tudo bem. – sorriu Emma.


Quando saíram da sala, e subiram uma escada até sair de novo do lado de fora da Vila, as pessoas já tinham voltado a fazer seus trabalhos. O bar que eles tinham visto, já tinha homens lá dentro, as pessoas voltaram para suas barracas. Mulheres caminhavam, com suas crianças, pessoas simples, mas que eram felizes. Emma sorriu vendo aquilo.




Do nada, todos olharam assustados para eles. As mulheres pegaram suas crianças no colo, e se afastaram. Todos pararam o que estavam fazendo. Richard riu.




– Fiquem tranquilos. Eles são amigos e não vão fazer mal algum. – Richard olhou para Emma e a mesma negou com a cabeça. Ela não queria, pelo menos ainda, que aqueles camponeses ficassem sabendo quem ela era, já achava muito arriscado Richard e Catarina sabendo, seria melhor que ela fosse uma desconhecida amiga para eles, do que a princesa. – É, são, amigos.


Houve múrmuros, mas ninguém foi contra Richard.

Eles chegaram a uma casa feita de madeira, do lado de fora tinha alguns vasos cheios de flores. Emma achou linda. Richard bateu na porta, e minutos depois uma moça abriu a porta. Era loira, cabelos grandes, magra, vestia um avental, não parecia ser mais nova que Emma, porém seus olhos estavam inchados, mas quando viu Richard tentou sorrir.

– Olá Richard.

– Olá Verena. Como, como você está?

– Indo – ela respondeu triste, então reparou em Emma, Liz e Austin. – Ah, olá.

– Olá – sorriu Emma.

– Então Verena, sei que não é o momento certo, mas essas pessoas precisam da sua ajuda.

– Claro, entrem, por favor.

Eles entraram. O primeiro cômodo era a sala, havia duas poltronas, uma mesinha no centro com um vaso de rosas em cima, e uma prateleira ao lado, com livros. Do lado esquerdo tinha um pequeno corredor que levava a cozinha, onde tinha uma pia, um forno a lenha igual na casa de Joseph, e uma mesa com tigelas, colheres e algumas receitas de comidas que Emma nunca ouvira falar. E no mesmo lado do corredor tinha uma escada, que deveria levar aos quartos.

Eles ficaram na cozinha, enquanto Verena limpava a bagunça em cima da mesa, todos iam se sentando.

– Então – ela disse, depois de guardar tudo. – No que posso ajudar?

Emma olhou para Liz, e a garota assentiu. Tinham que contar o plano para Verena, por mais que Richard estivesse ao lado deles. Liz contou tudo. Desde que ela e Austin pegaram Emma, até todo o plano de Joseph. Liz disse que Joseph havia mandado eles para a Vila, para falar com Helena, porque ela iria dar as dicas de como entrar na parte escura de Hud. Quando Liz terminou, Verena deu um suspiro.

– Eu me lembro de Joseph, claro, lembro muito bem quando ele veio aqui. Falou com minha mãe. Eu estava presente, mas depois de um tempo tive que sair para comprar comida. E agora entendo a preocupação dele, quando esteve aqui.

– Mas Verena - disse Austin. – Por que sua mãe? Como que ela sabe isso? Entrar na parte escura de Hud?

– Austin, é Austin certo? – ele assentiu. – Bom, primeiro, entrar na parte de Hud é praticamente fácil, agora se virar lá é difícil, e sair pior ainda. – Emma estremeceu. – Como Liz disse, Joseph falou com feiticeiras, e assim ele sabe como destruir Morgan, e foi as próprias feiticeiras que mandaram Joseph falar com minha mãe. Sabem aquela história de João e Maria? Essa história aconteceu com a minha mãe. Quando ela era pequena, ela e seu irmão foram praticamente jogados lá dentro pela madrasta deles. Imaginem duas crianças perdidas naquela imensa floresta escura, cheia de perigos, monstros. Enfim, minha mãe descobriu que não bastava você ser bom lutador, cheio de truques, ou qualquer coisa assim, você tinha que ser esperto, corajoso e se você entra com um foco, tem que ser esse foco o momento todo. Minha mãe viveu na floresta, acredito eu um ano. E quando ela e o irmão estavam para sair, o irmão dela deixou ser levado pela tentação e foi pego por um monstro.

– Por isso Helena saberia nos ajudar – murmurou Liz. – Ela viveu lá.

– Minha mãe me contou coisas sobre lá – disse Verena. – Talvez eu realmente possa ajuda-los.

– Por favor. – pediu Austin.

– Mas não aqui – ela olhou em volta. – Vamos para outro lugar.

– Onde?

– Lá em cima. – Verena se virou para Richard. – Você se importaria se...

– Claro que não Verena – sorriu ele – Eu fico aqui.

Eles subiram as escadas, que levavam mesmo para os quartos. No corredor tinha um porta azul, Verena a abriu e todos entraram em uma sala bem pequena e vazia, e estavam encarando uma parede de tijolos. Verena disse algumas palavras que Emma não entendi nada e parede se abriu, revelando uma imensa biblioteca.

Sabe aquelas estantes que vão até o teto? Tinham quatros assim. Sem contar que o teto tinha o desenho do céu, uma parte de dia e outra a noite, porém o mais incrível era que as imagens se mexiam. As estrelas brilhavam, os anjos que tinham ali, mexiam as asas, as nuvens se movimentavam e o sol tinha uma luz incrivelmente forte. Porém o chão também era a mesma coisa. Era gramado, tinha flores, e as paredes eram desenhadas também, as árvores se moviam com a brisa e do lado direito havia uma cachoeira, o barulho da água tomava conta do lugar. Emma estava completamente encantada com o lugar.

– Uau. – Liz suspirou.

– Eu sei – sorriu Verena. – Também gosto muito daqui. Bom, venham. – ela os levou para o centro da biblioteca onde se encontrava uma grande mesa, com uns três livros em cima. Verena pegou um mapa – igual o que Austin carregava. – o jogou em cima da mesa, abrindo-o.- Acredito que vocês tenham um mapa igual esse, então será menos complicado. Você estão aqui. – ela colocou o dedo em um ponto escura, escrito Vila do Amanhecer. – Se caminharem só mais um pouco, já entram na Floresta do Desespero, que é a primeira etapa. Essa floresta joga com vocês.

– Como assim Verena? – perguntou Emma. – Pelo nome não gostei nem um pouco.

– A energia da floresta sabe seus piores medos. E uma vez que seu medo é maior que a sua vontade de continuar, ela torna eles reais, e apenas você pode enfrenta-lo.

Emma estremeceu de novo.

– Depois que passarem da Floresta do Desespero, vocês vão entrar na Caverna Negra. Essa caverna tem desafios para todos vocês, onde ela testa a esperteza e coragem. Depois disso vocês seguiram até a ponte da inteligência, onde como diz o próprio nome, testará a inteligência de cada um. A ponte tem três guardiãs, onde cada uma delas fará um pergunta. Depois disso eu já não sei mais o que pode acontecer com vocês, mas sei que depois da ponte, deve estar a casa do Mestre dos Elementos. Porém a última etapa, que eu acho a pior, é a Montanha dos Desejos. Assim como a Floresta do Desespero, a Montanha dos Desejos torna os desejos de cada um, realidade, mas se você ceder a esse desejo pode ficar preso para sempre na Montanha, e terá consequências. Cuidado! A Montanha dos Desejos testa tudo em vocês, coragem, resistência, esperteza, fidelidade, tudo mesmo.

Eles se olharam. Emma tentaria com todas as forças resistir o que, quer que seja que estivesse esperando ela, mas e seus amigos? E se eles não resistirem? Emma sabia que eles eram fortes, mas e se o desejo falasse mais alto? Aquilo não seria fácil, nem um pouco.

– Só isso? – perguntou Liz.

– Eu acredito que só.

– Verena – disse Austin. – Você pode imaginar que tipo de acordo o Mestre dos Elementos vai fazer a nós?

– Não faço ideia Austin – admitiu Verena. – Porém eu sonho em conhecer ele algum dia. Mas dizem que ele está fraco, desde que tudo aconteceu, ele não tem muitas forças.


– Se ele não tem forças, por que resolveu ficar na parte escura de Hud? –perguntou Emma. – Parece que esse lugar suga a energia das pessoas.




– Daí minha querida – disse Verena. – Você mesma terá que perguntar a ele.




Então, eles ouviram um barulho e em seguida Richard berrou Verena. Todos saíram às pressas da biblioteca, para ver o que tinha acontecido com Richard. Quando chegaram à sala, estava Mandy e Cody. Mandy estava com o braço enrolado em um tipo de folha, bem grande, marrom. Ela e Cody respiravam com dificuldade.


– Temos que ir embora – disse Cody. – As cobras estão aqui.

– Na boa, como...? – Liz estava indignada. – Virou perseguição agora.

– Não vamos embora – disse Austin. – Vamos ficar e lutar, não vamos simplesmente...

– Austin não é o momento de bancar o super herói – falou Mandy. – Eles não estão aqui de brincadeira...

– Muito menos nós.

– Sabemos disso! – Cody aumentou o tom da voz. – Mas você acha que Mandy tem condições de lutar? Ai Liz usa as energias dela pra salvar as pessoas e você fica com birra? Acha que sozinho pode salvar Emma? São vidas Austin, e vamos deixar essas pessoas vivas indo embora. Vamos lutar sim, mas agora não.

Emma sabia que Cody tinha razão. Austin ficou sem fala. Talvez fosse muito difícil alguém ir contra ele.

– Bom – disse Richard. – Vão! É melhor para todos. Damos cobertura a vocês.

Emma se virou para Verena.

– Obrigada Verena, muito mesmo. Vamos achar a sua mãe e trazê-la de volta, prometo.

– Obrigada Emma. Boa sorte a todos. Confio em vocês.

E assim eles saíram correndo da casa de Verena. Algumas cobras os viram, mas Catarina e Richard deram cobertura, e pelo canto do olho, Emma pode ver Verena pegando um machado e indo em direção aos monstros.

– Para onde vamos? – perguntou Mandy.

– É só a gente correr mais um pouco e daí já entramos na Floresta do Desespero. – respondeu Liz.

– Não gostei desse nome. –murmurou Mandy.

Teve um momento que uma cobra surgiu do além na frente deles, então Liz sem pensar, deu um soco no ar, fazendo o monstro voar longe Continuaram a correr, Emma ainda podia ouvir os camponeses lutando contra as cobras. Por que será que não tinham lutado a dois dias há trás? Emma só esperava que eles ficassem bem. Então ela começou a ver uma “cerca” feita de plantas grandes e negras, que dividia a Vila do Amanhecer com a Floresta do Desespero.

Emma olhou para trás e quase teve um ataque. Em cima de um cavalo, estava a própria Rose, e atrás dela, um exercito de cobras.

– Pessoal – chamou Emma. – Olhem...

– Já vi Emma – disse Liz. – É agora ou nunca.

– Mas ela vai entrar na floresta atrás da gente...

– Não vai não – disse Mandy. – Juntos?

– Juntos.

E assim eles entraram na Floresta do Desespero.

Não, eles não permaneceram juntos. Assim que entraram, cada um foi para uma direção. As plantas machucavam o rosto. Emma corria entre os matos, o rosto sangrava, e nem um sinal de seus amigos e – ainda bem. – nem de Rose.

– Liz! – gritou Emma. – Austin! Cody! Mandy!

– Mandy! – Emma ouviu Liz gritar, sua voz estava perto.

– Emma! – berrou Austin.

– Austin! – berrou Emma de volta.

– Liz! – gritou Mandy.

– Cody!

– AAHH! – Liz gritou.

– Liz! – gritou Cody, porém sua voz estava distante.

Emma continuava a correr, mas só ouvia as vozes deles. Já estava realmente entrando em desespero.

– SOCORRO! – berrou Mandy.

– Mandy! Cody!

Então Emma tropeçou e quase caiu, mas Austin a segurou. Ela tinha saído do mato, ele e Liz. Austin a segurou seu rosto e braços também estavam machucados.

– Seu rosto. – disse ele.

– Eu estou bem. Mandy? Cody? Cadê?

– Eles ainda não saíram. – Liz tremia e chorava. – Mandy pediu socorro. O que aconteceu?

Foi quando Emma olhou em volta. Ela havia saído do meio das plantas, e agora estava em uma parte onde tinham árvores negras, terra negra, onde nada parecia ter vida.

As plantas a sua frente começaram se mexer. Era Mandy. Ela saiu cambaleando mas Liz a segurou e a colocou sentada em uma pedra que tinha ali. Mandy piscava pra conter as lágrimas, ela tremia seu rosto também estava machucado.

– Cody. – ela murmurou.

– Cadê ele? – perguntou Emma.

– Ele estava do meu lado, a gente estava correndo, ele me segurou várias vezes antes que eu pudesse cair, ai alguma coisa tentou me pegar, mas ele me defendeu. – ela olhou desesperada para Liz. – Alguma coisa forte Liz. Alguma coisa que eu nunca li nos livros do papai. Puxou Cody com força para fora da floresta! Eu tentei puxa-lo mas não consegui. Uma coisa forte. Cody foi levado para fora da floresta.

– O que? – Emma gritou. – Como?

– Emma, desculpa – Mandy começou a chorar. – Eu... Eu não pude fazer nada! Usar nenhum dom, nada. Foi muito rápido.

Emma sem pensar, começou a correr até as plantas novamente, mas Austin a segurou a tempo.

– Emma não! – ele gritou. – Você não vai entrar ai de novo!

– Mas é Cody – ela gritou também. – Isso não é com ele! É comigo, ela me quer! Ele é meu irmão!

– Emma – Austin segurou seus braços com mais força. Ele era bem mais forte que ela, Emma não ia conseguir. – Agora temos mesmo que continuar! Nós vamos salvar Cody! Eu te prometo.

Emma aquele ponto, começara a chorar. Sabia que Austin tinha razão, mas Cody fora capturado, por sua culpa. O que Rose faria com ele? Emma não gostava nem de pensar. Ela também sabia o quanto estúpido era ela querer voltar para as plantas  de novo, mas... Era Cody. Emma não deveria ter o deixado vir.

Emma olhou para Liz, que também chorava. Talvez ela realmente não odiasse Cody tanto assim.

– Mandy, eu – disse Emma, tentando se acalmar. – Eu não quis gritar com você, mas é que... Me Desculpa.

– Tudo bem Emma – Mandy suspirou. – Como Austin disse, agora temos que continuar mesmo, mais do que nunca. Devo isso a Cody.

– Então vamos – disse Liz, limpando as lágrimas do rosto. – Ficar aqui não vai salvar ele.

Austin soltou Emma.

– Hora de enfrentar nossos medos. – ele murmurou.

Emma respirou fundo. Ela ia salvar Cody, mas primeiro tinha que enfrentar tudo o que Verena tinha dito a eles.

Aquela foi a primeira fez que Emma sentiu ódio de Rose.


[...]




Lauren precisava sair daquele lugar.




Com tudo acontecendo, Lauren realmente precisava sair dali. Sem contar que ela queria ver sua irmã. Ela sonhava com o dia que pudesse conhecer Emma. E agora a mesma corria perigo. Lauren odiava a ideia que ela podia ajudar Emma, mas estivesse presa naquele lugar. Tinha dois motivos para Lauren estar ali, e ela sabia quais eram.


Na noite que fora capturada, ela ia contar o que sabia para Liz. Ou melhor, tentaria contar. Por quê? Porque Lauren não confiava mais em Liz. Na verdade, Lauren não confiava em mais ninguém, se sentia traída, apunhalada pelas costas por todos que ela viveu desde que era pequena.

Rose, no entanto, nem desconfiava que Lauren sabia daquela informação. Talvez não fosse tão valiosa, mas podia ajudar Emma. Lauren iria ajudar Emma.

Lauren então se concentrou e começou a cantar a melodia das sereias. Sua voz tampouco se parecia com a de uma sereia, mas geralmente situações desesperadas exigem ações desesperadas.

Ela cantou. Sabia que as sereias iriam aparecer, ela só tinha que convencer elas a ajudarem. Hud dependia disso, Emma dependia disso.











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Notas finais do capítulo

Tá, vamos lá: Quem você acha que é o traidor? E por que?
kkkk' bjos :* bai



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