Herdeiras Do Trono escrita por Sabrina


Capítulo 4
A verdade


Notas iniciais do capítulo

s3mideusa / caadoradartemis/ FlorDeLotusAzul / AloveRBR / mariyumikc / pai kk' / Obrigada :3



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Quando Emma abriu os olhos estava deitada na neve e também ventava muito. Ela se sentou depressa olhando para os lados, com medo de que aquele monstro cobra aparecesse novamente. Seu coração faltava sair pela boca. Ela olhou em volta, a sua frente, um pouco longe se encontrava uma casa, mas não uma casa grande e sim uma casinha, simples, mas Emma a achou linda (obs: A Casa que Emma está vendo é a casa que é a capa da fic. Tudo bem que nessa casa não tem neve, mas fazer o que. A imaginação permitiu eu imaginar assim. Tá muito sem sentido isso, mas esquece, foca na história. ) Atrás dela, havia uma imensa floresta, por onde Emma imaginou ter chegado. Onde ela estava?
– Emma? – ouviu alguém chama-la de dentro da floresta. – Cadê você?
Era a voz de Cody.
– Cody! – Emma gritou.
– Emma? Graças a deus você tá aqui e... Ahn... Onde você está exatamente?
– Não estou dentro da floresta!
Depois de alguns segundo, Cody apareceu e Emma ficou feliz em vê-lo, por mais que ela soubesse que não deveria, por ele ter dito aquelas coisas, porém ele era a prova pra ela de aquilo realmente estava acontecendo.
– Cadê Liz e aquele rapaz? – perguntou ele.
E como resposta, Austin saiu correndo da floresta com Liz desmaiada nos braços em direção a casa. Emma e Cody, claro, o seguiram. Quando já estava perto da casa, ele começou gritar pedindo ajuda e de dentro da casa saiu um homem alto, parecia ter uns 40 anos, estava bem agasalhado mas mesmo assim quando viu Liz, começou a tremer. E também saiu uma menina, o que mais chamava a atenção nela era seu cabelo loiro comprido, com mechas rosas e verdes. Ela parecia ter a idade de Emma.
– O que aconteceu com ela? – perguntou a menina.
– Perguntas depois Mandy. – disse o homem mais velho. – Agora entrem! Depressa!
Todos entraram na casa. O primeiro cômodo era a cozinha, a mesa era feita de madeira assim como as cadeiras e o pequeno armário. O fogão era a lenha e ao seu lado se encontrava um murinho com uma grande bacia azul em cima. Dentro havia alguns copos limpos. Eles passaram pela cozinha e nesse cômodo poderia ser considerado a sala, havia algumas cadeiras, uma outra mesa, mas essa era menor, e tinha alguns papeis em cima. No canto do cômodo havia umas quatro caixas e desde desse compartimento da casa, tinha um pequeno corredor que terminava com uma porta e a esquerda havia outra porta. Austin que carregava, entrou com Liz na porta que terminava o corredor, seguido pelo o homem e a tal da Mandy. Emma e Cody estavam quase entrando também quando o homem se virou para eles.
– Desculpa-me, mas vocês vão ter que ficar aqui! – e dizendo isso entrou e fechou a porta. Segundos depois abriu e Austin saiu de lá, emburrado. Ele se sentou em uma das cadeiras e fechou os olhos.
– O que eles vão fazer com ela? – Perguntou Cody, se sentando em uma cadeira também.
– Vão tentar curar o braço dela – Austin revirou os olhos. – É meio obvio não?
– Ele só te fez uma pergunta. – disse Emma.
– Tá, tá bom, desculpa. Mas estou preocupado com ela, o que posso fazer?
– E o que eles exatamente eles vão fazer com ela? –Cody perguntou novamente.
– Cara – Austin respirou fundo. – Assim que eu souber que Liz está bem, vocês dois vão saber de tudo! Agora por favor, silêncio.
Emma lançou um olhar para o irmão de tipo: Fica quieto, essa gente é louca! E ela se encostou na parede e ficou observando Austin, por tempo demais até. Ele realmente era bonito. Um tipo de cara, que se estivesse no mundo que ela conhecia, nunca iria falar com ela. Mas ele era bonito. Emma se perguntou, de o porquê do nada suas pernas ficarem bambas. Ela fechou os olhos e começou a encarar o chão. “Isso, encara o chão, foca no chão” ela dizia para si mesma.
Depois de alguns minutos a porta se abriu e Austin deu um pulo. Mandy foi a que saiu primeiro.
– Como... Como ela está? – perguntou Austin.
– Está bem! Estou ficando boa nisso! – ela sorriu. – Mas relaxa, minha irmã está bem.
– Você é irmã de Liz? – Emma perguntou.
– Sim – a garota sorriu. – E você é Emma certo? Sou Mandy, e o homem que está lá dentro é meu pai e de Liz.
– Posso entrar? – perguntou Austin.
– Claro que pode, anda, some daqui.
Austin mostrou a língua pra ela e entrou.
– Vocês podem entrar também – disse o homem, saindo do quarto. – Liz disse que quer te ver Emma. – ele sorriu. – Prazer, sou Joseph.
– Olá – Emma sorriu. – Esse é Cody, meu irmão.
Joseph fez uma cara de: Calma criança, você não sabe de nada, mas mesmo assim, deu espaço para Emma e Cody entrarem. Era um quarto violeta, com duas camas, cada uma encostada na parede. Havia uma porta lá também, o que Emma deduziu ser o banheiro. E na outra parede um armário grande. Liz estava deitada na cama da esquerda com Austin ao seu lado, quando viu Emma abriu um grande sorriso.
– Emma.
– Liz! – Emma sorriu. – Você está melhor?
– É, acho que sim.
– Mas ela ainda precisa ficar deitada. – lembrou Austin.
– Mas temos que explicar algumas coisas para Emma – ela disse ao rapaz. – Não imagina o quanto ela deve estar confusa com tudo isso?
– Claro mas...
– Mas nada Austin – ela olhou para Emma. – Chame meu pai e minha irmã e nós vamos explicar tudo.

Depois de alguns minutos, Mandy e Joseph também estavam no quarto. Joseph e Cody estavam sentados, Mandy encostada na parede e Emma em pé, de frente para Liz e Austin. Emma percebeu que todos ali estavam tensos e não que ela não quisesse saber a verdade, claro que ela queria, mas ela tinha medo da verdade. Nada daquilo fazia sentido para Emma, mas e se fizesse sentido? Seria bom ou ruim?
– Bom – Emma disse, já que estavam todos em silêncio. – Será que alguém pode começar a explicar tudo isso?
– Pai? – Liz pediu.
– Tudo bem, eu começo. – Joseph respirou fundo. - Antes de tudo Emma, você precisa saber que você é uma princesa de Hud.
– O que?!
– Seus pais, não seus pais do mundo mortal, mas seus pais verdadeiros aqui de Hud eram o rei e rainha daqui. Mas como nem toda família é perfeita a sua mãe, Sarah, tinha uma irmã, Rose, e Rose sempre teve inveja de Sarah e quando Sarah virou rainha de Hud junto com seu pai, Thomas, isso piorou.
– Calma – Emma disse. – Sarah e Thomas são meus pais? E essa Rose é minha tia?
– Isso – Joseph falou. – Bom, dai você e Lauren nasceram e...
– Eu tenho uma irmã? – Emma perguntou. Como assim ela tinha uma irmã?
– Bem vinda ao time – Mandy disse para ela, sorrindo.
– Sim Emma – disse Liz. – Você tem uma irmã. Para Rose, vocês duas terem nascido queria dizer que Sarah e Thomas estavam felizes e como ela sempre odiou sua mãe ela nunca queria vê-la feliz. Então foi em uma noite que não só o seu destino mudou, mas sim de todos nós.
Joseph abaixou a cabeça.
– Liz e Austin eram pequenos – ele contou. – Mandy tinha 7 meses, você e Lauren tinham uns 6 meses, por ai. Rose na verdade, era uma feiticeira, ela herdou isso do pai. Rose invadiu o castelo e começou a destruir tudo, ela e seus soldados.
– O monstro – Austin disse a Emma. – Aquele que nós atacou, a cobra. Rose tem um exercito disso.
– Lucy, minha esposa – Joseph suspirou. – era uma fada. Sim Emma, fadas existem em Hud. Ela era a melhor fada que o reino tinha então claro que ela ficou no castelo para defender Sarah e Thomas, já que eles e você e Lauren eram o principal alvo de Rose. Lucy me entregou Mandy, Lauren e você, disse para eu ir para a floresta que depois ela ia me encontrar. Bom, eu nunca mais vi minha esposa, porque ela defendeu Sarah e Thomas até o fim mesmo.
– Mas e Sarah e Thomas? – perguntou Cody.
– Digamos que Lucy apenas deixou Rose fraca, e depois Rose simplesmente, sem dó, matou Sarah e Thomas.
– Não. – Emma disse. – Eu não acredito que ela fez isso... meus pais de verdade que eu nunca...
– Eu te entendo – disse Liz, ela suspirou. – Todos nós naquela noite perdemos alguém importante.
– Eu perdi meu pai – contou Austin. – Ele e Joseph eram caçadores, e no dia do ataque Liz e eu estávamos na minha casa, brincando, junto com meu irmão e minha mãe. Joseph e meu pai foram ver o que estava acontecendo, já que do reino saia chamas. Minha mãe me pegou, Liz e meu irmão eu fugimos para a floresta também. Nunca mais vi meu pai... Joseph disse que um dos monstros o pegou.
– Não pude fazer nada – disse Joseph. – Bom, depois eu encontrei a mãe de Austin, ele e Liz choravam e eu também. Imagina eu e a mãe dele? Com seis crianças pequenas pra cuidar? Foi difícil, e muito, mas conseguimos achar uma caverna e ficamos lá escondidos, sem saber o que fazer. Hud inteira ficou assim. Rose comemorou claro, mas isso durou apenas alguns dias, quando ela descobriu que as filhas de Sarah e Thomas estavam vivas, fez questão de anunciar isso para todo mundo, que quem achasse as princesas de Hud, teria uma ótima recompensa. Eu nunca iria entregar você a Lauren para aquela mulher. Então começou a surgir um boato, de que Rose estaria ajudando Morgan.
– Morgan? – Emma perguntou.
– É um típico vilão – dessa vez, quem falou foi Mandy. – Sabe aqueles poderosos? Então, Morgan é um desses. Ele era um plebeu, mas conheceu uma bruxa e essa bruxa o tornou imortal... Dizem que ele chegou a viver uns 500 anos, antes de ser derrotado.
– Mas se ele é mortal...
– E ele é, mas não – explicou Mandy, depois de perceber o que falou ela sorriu. – Digamos que sim, ele é imortal, mas tem um jeito de prendê-lo. Somente alguém, com um sangue puro de algum rei ou rainha pode prendê-lo. Há um século o filho de um rei o prendeu dentro de uma montanha, que enfraquece Morgan.
– E ele só poderá sair de lá, quando não existir mais ninguém com sangue real. – terminou Austin.
– Os boatos eram que Rose estava ajudando Morgan a sair dessa montanha. – contou Liz. – E como ela odiava Sarah, seria apenas um motivo a mais para mata-la.
– Mas Rose querendo ou não também é de sangue real – disse Emma. – Tipo, os pais dela e de Sarah eram rei e rainha não eram? Porque ela estaria ajudando um cara que quer matar quem foi de sangue real?
– Porque ela é louca. – disse Mandy. – Morgan deve ter hipnotiza-la de algum jeito. Enfim, meu pai então teve uma ideia.

Todos olharam para Joseph.
– Eu não ia deixar ela encostar um dedo em vocês duas! E se os boatos fossem verdadeiros, para Morgan sair as duas teriam que ser tiradas do caminho. Então eu falei com a mãe de Austin, Nicole, e nós dois fomos ao mundo mortal com a ajuda de uma fada.
– Somente fadas podem abrir portais – explicou Liz.
– E nós procuramos uma família, e achamos Oliver e Katherine. Nós dois observamos eles e vimos como eles tratavam com carinho Cody. E então na noite seguinte deixamos você com eles Emma. A ideia era que se Rose achasse Lauren, coisa que eu achava muito difícil porque eu iria defendê-la, nunca poderia libertar Morgan, porque a outra princesa de Hud estaria no mundo mortal.
– Mas nós dois – disse Cody. – Ouvimos meu pai e minha mãe conversarem sobre aqui. Eles sabem disso?
– Sabem – disse Joseph. – Claro, foi quase impossível convence-los, mas conseguimos. Eu mesmo pedi para eles não se apegarem tanto a você Emma, porque um dia você teria que voltar. Acredito que eles levaram isso a sério.
– É informação demais. – disse Emma se sentando em uma cadeira. Sua cabeça voltara a doer e ela queria se esconder. – Mas se Lauren é minha irmã, cadê ela?
Liz e Austin abaixaram a cabeça.
– Meu pai sempre deixou claro que não era pra gente sair à noite – disse Liz. – Mas Lauren amava as estrelas e um dia ela quis sair escondido no meio da noite. Eu falei que ia com ela, sei lá, pra defender caso acontecesse algo. Nicole, a mãe de Austin, ouviu nossa conversa e veio atrás de nós duas.
– Meu irmão me acordou naquela noite. – continuou Austin. – Disse que tinha visto nossa mãe sair e eu desesperado fui atrás dela, mas não vi que meu irmão veio comigo escondido. Naquela noite os guardas de Rose estavam pela floresta, caçando, e viram todos nós. Foi horrível! Um agarrou Lauren e minha mãe e o outro meu irmão. Eu puxei Liz para um arbusto porque senão iam pega-la.
– Nós não podíamos fazer nada! – Liz começou a chorar. – E então Austin e eu vimos os guardas levaram Lauren, Nicole e o irmão de Austin para o castelo, onde Rose mora e governa Hud.
– Isso faz quanto tempo?
– Um mês – disse Mandy. – Nesse tempo discutimos várias vezes para ir te buscar, até que todos concordaram. Eu queria ter ido também, mas Austin e Liz disseram que não, porque foi culpa deles e eles que tinham que se arriscar.
– Que história – disse Cody. – Sério, que história louca.

Emma olhou pela janela, e se assustou. Já era noite. Como o tempo passou tão rápido assim? Talvez Hud realmente fosse mágica. Então quer dizer que ela era filha de um rei e uma rainha, que foram mortos pela própria tia, que estaria ajudando um cara que é imortal, mas não – como disse Mandy. – a sair de uma montanha e para fazer isso teria que matar Emma e Lauren, sua irmã que fora sequestrada por um monstro cobra, junto com a mãe e o irmão de Austin.
– Tem um motivo para você estar aqui – disse Liz. – Mas se quiser dormir, amanhã conversamos melhor sobre isso. Acredito que todo mundo esteja cansado.
– É melhor mesmo - disse Joseph. – Emma você pode dormir aqui e Cody você dorme no outro quarto.
– Tudo bem. – disse Emma.

Quando todos estavam se arrumando, Austin puxou o braço de Emma.
– Você não está aqui á toa – disse ele, mas não parecia bravo, e sim preocupado. – Todo mundo precisa de você, todos nós em Hud aquela noite perdemos alguém especial.
– Não sou tudo isso que pensam Austin. Acabei de chegar e estou muito confusa...
– Agora. Você é uma heroína, posso sentir. Não diga que não consegue. – e dizendo isso, ele sorriu e quase que Emma caiu, porque suas pernas ficaram bambas.
– T-tá bom – ela disse. – Eu vou dormir. Boa noite.
– Boa noite.

E ele saiu do quarto, e naquele momento Emma sentiu que ela jamais seria a mesma.


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