P.O.R.T.A.L.L.E.R (Fic de Fichas) escrita por Agama


Capítulo 14
Portais que Enganam


Notas iniciais do capítulo

Ei gente, não devo ter sido muito claro, mas na verdade: Lionel não é Fair. Ele se passava por ele, com uma falsa identidade, como um codinome. Aproveitem o cap. ^^



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- O cheiro da morte me enchiam minhas narinas e me tirava os sentidos. Eu podia ouvir meu coração. Parando. Você nunca saberá como é estar no inferno.

Alexan se dirigia unicamente para Maggie, quando esta saía das arquibancadas. Ele estava suado, como se tivesse corrido quilômetros até ali. Já estavam em dez minutos de conversa, onde Alexan tinha contado toda sua conversa com Lionel. E pela primeira vez, Maggie vira Alexan sem sua jaqueta branca, revelando uma camiseta regata preta e lisa, e uma marca de portaller como um raio azul celeste e brilhante no antebraço.

- E você passou... - Pergunta Maggie com certo medo, que ela não sabia explicar.

- Seis. Seis longos anos de dor e sofrimento, dentro do coração do inferno. - Apesar de usar somente aquela camisa sem mangas, Alexan suava ainda mais com a simples lembrança. - E seu dono o próprio Lúcifer na forma de um singelo garoto de nove anos, que hoje já tem 19, e me ludibriou de uma forma, se não nojenta, incrível. Lionel Baelik. Sucessor dos Baelik e rei do tráfico de Shinji á onze anos.

Era difícil guardar na cabeça a imagem de que o milionário Lionel Baelik, aquele que vivia nas sombras comandando o império de seu pai, um homem na verdade honesto, era o líder no tráfico do submundo.

- Mas, por que nunca contou as autoridades, Alexan? - Ela indaga.

- Por dois motivos, Margareth. - Ela sentiu algo. Não a chamavam frequentemente de Margareth. - Primeiro: Enquanto na Torre os serventes do demônio, um nome apropriado, me marcaram com isso. - Alexan levanta a camisa e mostra uma espécie da tatuagem no lado inferior direito do peito, próximo às axilas, como um "T" maiúsculo e abaixo dela, as letras PER. - Essa marca me impede de falar algo que Baelik não queira que eu fale, como isso. Segundo: Ele tem agentes de seu poder dentro da própria lei.

- De que tipo?

- Que atuam por dinheiro ou viciados em drogas que desejam mais. - O maior espanto desta afirmação para Maggie foi a naturalidade em que a frase foi dita. Como se isso não importasse. E realmente, talvez não importasse.

- Mas continuando, se você tem essa marca - Alexan consente. - por que pôde falar comigo sobre isso?

- Como já lhe disse, me encontrei com Baelik hoje. - Maggie engole seco com o nome "Baelik", o que até alguns minutos antes não faria. - E ele me propôs um desafio.

- Um... Desafio? - Ela pergunta pausadamente.

- Sim. Ele me disse exatamente isso: "Você só, e só desta forma, me encontrará. Na sétima batida, no fim da grande competição, você deverá ter a septuagésima sétima descendente direta de Aurora, a primeira Portaller".

- Aurora? - Ela percebe algo.

- Sim. E você já deve ter entendido tudo. A sétima batida acontecerá no fim do Night Fight, a grande competição! - Alexan começa a aumentar o tom de voz, o tornando um pouco ameaçador. E até lá tenho que ter a última descendente de Aurora até agora! - Maggie dá um passo pra trás. - E você é a septuagésima sétima! Você é a ultima descendente de Aurora, Maggie Bittencourt!!

Maggie vai mais pra trás.

- O que quer dizer, Alexan?

- Não me leve a mal, Maggie. Mas a vingança, é doce. E eu quero sentir esse sabor. - Maggie estava paralisada de medo, não conseguia sentir as pernas. - Overload!!

O corpo de Maggie começa a brilhar da mesma marca que Alexan. E ela começa a gritar em agonia. Seu grito, não causava nada em Alexan, á não ser satisfação. Enquanto ele olhava Maggie se debatendo pela energia elétrica,  o céu fica escuro. E um raio vermelho desce.

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Uma garota andava sozinha nas ruas. Cabelos negros e olhos claros, era um perfeita caracterização da doçura em pessoa. Tinha, provavelmente 12 anos e andava na rua com algo que poderia ser caracterizado com preocupação.

Ela estava certa em tê-lo mesmo. Enquanto andava, uma limusine preta se aproxima da garota. Ela suspeita e corre. E a limusine continua andando no mesmo ritmo. Ela corria, corria e corria. Mas depois percebeu que corria tanto, mas a limusine na mesma velocidade continuava atrás dela, mesmo com ela correndo. Ela nota que o céu fica mais escuro. Mas com isso estava menos preocupada. A limusine se aproximava cada vez mais. E ela tentava correr mais depressa.

O carro negro para. E a situação não mudou. Era como se ela corresse no mesmo lugar. Sem sair do mesmo lugar. De dentro do carro de luxo, sai um adolescente de roupas totalmente negras e com cabelos e olhos da mesma cor, mas tinha pele branca. Ele se aproxima. Ela tenta correr mais rápido. Não iria desistir. Mas ela não saia do lugar.

- Muito prazer. Chamo-me Baelik. Mas pode me chamar de "Senhor". - Ele diz olhando com atenção para o corpo da garota. - O que acha de dar uma volta comigo? Tenho um palácio sabe?

Ela tenta falar mas sua voz não sai. Ela podia mexer a bocar mas não reproduzia nenhum som.

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O risco vermelho toma a forma de um homem. Bem, não exatamente qualquer homem. Ele usava um capuz preto, sendo impossível ver sua face, onde a única coisa visível era um olho vermelho, apenas um, sem pupilas ou íris. Somente um brilho escarlate. Fora o capuz, podia-se ver seus braços, tórax e peito. Seus membros superiores e seu tronco estavam repletos de várias marcas de Portallers.

- Ótimo trabalho Alexan. – Diz Fair. Nessa altura, Maggie já havia caído no chão. – Novamente você honrou sua marca e sua família.

- Obrigado, Fair-sama.

- E por falar nisso, fez uma ótima interpretação na frente do Baelik. – Fair cruza os braços.

- Sim. Ele não desconfia de nada. Ainda acha que tenho ódio dele. Na verdade, ainda tenho mestre. Mas isso não me impedirá de alcançar nosso objetivo. – Alexan põe as mãos nos bolsos do jeans.

- Excelente, jovem Lobster. – Reparem na mudança de nome e como isso afeta a frase. – Sua missão por enquanto está concluída. Se me der licença...

Fair começa a andar em direção á Maggie, ainda estirada no chão. Ele se ajoelha e coloca a mão próxima da marca de Portaller da Caribean Lily. Uma fumaça negra sai de sua mão. E começa a tocar a marca de Maggie que começa a gemer de dor.

- Soul Capture: Portal Robber!! – Ao gritar essa frase a fumaça aumenta e a tonalidade negra também. E Alexan apenas olhava, mas qualquer um que visse poderia saber que ele sentia um pouco de pena de Maggie. Mas ninguém nunca saberia.

- Secret Wing!!

Uma águia vermelha escarlate surge num voo rasteiro e atinge Fair com força, cancelando o golpe de próprio. A águia vai seguindo junto com Fair até se chocar na parede. Mas então, no meio da fumaça, uma coisa pula até o lado de Maggie. A “coisa” fica em pé olhando para o chão. Então ela levanta a cabeça para o alto, de olhos fechados. E por ultimo, vira a cabeça para a mesma direção que Alexan e abre os olhos com um tédio que não seria tão visível. Por causa da máscara.

- Raiko? – Quem diz é Alexan, surpreso.

- Hum, qual de vocês dois fez isso com ela? – Raiko tinha um olhar tão sério que poderia abalar um rei em seu trono e faze-lo chorar como uma criança.

Neste momento se escuta uma gargalhada rouca e grossa saída da fumaça. Ao mesmo tempo, Raiko se vira para ver também dentro da fumaça, uma luz verde-clara e brilhante. E a sombra de Fair saindo da fumaça. Com uma deformação nos braços.

Ao sair completamente, ele revela seu peito e tórax com apenas alguns arranhões e em seus braços, bem... outros braços! Sendo mais claro, era como uma armadura cobrindo apenas a área do braço e antebraço. Ela era vermelha e com mais ou menos cinco centímetros a mais do que o braço normal de Fair. Tinha detalhes de pedras que eram aparentemente jades ou esmeraldas. Havia perto do ombro direito uma marca brilhando em verde-claro, como uma mão com apenas o dedo indicador levantado.

- Portal Gate, Open: The Arms!! – Grita Fair com sua voz ainda mais grossa.

Ele corre pra cima de Raiko, onde o mesmo esperava o momento certo pra pular. Ele espera um, dois...

Nesta hora exata, Fair muda os braços pra um verde e peludo, porém com menos músculos que o outro. No lugar das mãos, haviam círculos de energia roxa.

- Arms Change: Goril! – Ele põe o braço pra frente. Ou melhor, literalmente pra frente.

Seu braço começa a se esticar, como se fosse borracha. E no momento que Raiko pula, é atingido pela circunferência roxa, nas pontas do braço. Ele cai no chão, segurando o peito, a parte atingida. Então os braços de Fair novamente mudam para a forma normal, o braço vermelho.

- Arms Change: True King!

Raiko tenta levantar, mas se sente extremamente pesado. Ele olha para o próprio peito e vê uma luz roxa por detrás das roupas. Ele tira a jaqueta e camisa pretas, revelando um círculo roxo, como uma marca flutuante em seu peito.

- Sabe, Raiko. O Goril tem a habilidade de praticamente aumentar sua gravidade em dez, mais ou menos. Assim, seu peso se torna quase insuportável. – Fair se aproximava devagar.

- Não se aproxime! Secret Shield! – Uma pele vermelha transparente surge ao redor do corpo de Raiko.

- Seu trunfo é a velocidade. Acabei de tira-la de você. O que fará agora, Raiko?

Alexan observava Raiko caído no chão e em seguida, olha para Maggie, num estado pior. E por último olha para seu senhor, Fair.

Então Fair começa a rir, num tom negro. E obsceno. 


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Notas finais do capítulo

Trívia do Capítulo:

Como podem saber ou não, Fair possui vários Portallers e entre eles, o The Arms. The Arms pode mudar as características de seus braços, e entre eles á o True King. No True King, os braços são adornados por pedras de jade, e a trívia, um significado espiritual da jade é o poder, como o de um rei. A cor vermelha do braço se justifica que o vermelho é identificada como a cor nobre, comprovada no "tapete vermelho"' ou no "manto real".