Antes de tudo, meu nome é Hermione Granger. Vou começar a história a alguns anos atrás, pra ficar melhor de entenderem a minha dor. Ele é o Fred Weasley, o único menino que conseguiu realmente me fazer sentir especial, sabe, aquele sorriso, ele é perfeito, bom, era.

Nos conhecemos em Hogwarts, ele é irmão de um dos meus melhores amigos, que no caso é um babaca que brincou com meus sentimentos, mas isso não vem ao caso. Rony Weasley, sabe quando se tem uma ilusão por alguém? Então, você sofre mesmo sabendo que não vai dar certo, e foi o que aconteceu. Uma menina estúpida depois de um jogo de quadribol pegou e o beijou, e aquela cena, foi a pior cena que eu pude ver. Sabe a dor que é o seu coração se quebrar? É o que eu senti, e é horrível. Eu sai correndo e quem me consolou foi o Harry, meu melhor amigo. Mas como se não bastasse tinha que ver todos os dias eles dois se beijando, na frente de todo mundo e toda hora, e cada vez que eu via eu saia do local, tentando ser forte e não começar a chorar. Até que um dia eu estava andando pelos corredores, indo para a minha próxima aula e eu trompei com o Rony, deixando todos os meus livros irem ao chão.

– Hermione, presta atenção aonde anda! Você está bem?

– Desculpa, eu to atrasada, preciso ir.

– Anda estranha comigo, seria ciumes?

– Ciumes? Logo de você? Por favor Rony, tenho mais o que fazer. - Falei enquanto pegava os meus livros no chão -

– Sim, ciumes. Admita logo, eu sei que você gosta de mim e que não suporta o fato de estar com outra garota que diferente de você não fica gritando comigo o tempo inteiro, é amorosa, tem sentimentos, não é de pedra.

– Certamente, ela deve ser mais amorosa, até por que, amor é a última coisa que sinto por você, até poderia sentir, se fosse menos estúpido. Se gosta tanto dela, vai lá atrás, não preciso de você me dando lição de moral, e me deixe em paz! E saiba que até as pedras tem sentimentos. Mas continue chutando elas, algum dia, weasley, vai tropeçar em uma delas e vai ver que elas também conseguem sentir algo.

Me levantei e fui correndo pro lago, já tinha me atrasado e era aula do Snape, ele não suporta atrasos. Pelo menos no lago eu poderia chorar de raiva e ninguém ver. Por que tinha que ser tão estúpido assim? Mas uma pessoa veio atrás de mim, e ele sabia de tudo. E foi ai que tudo começou.

– Você está bem, Granger?

– Oi Fred, estou sim! - falei enxugando algumas lágrimas, que insistiam a escorrer.

– Pode conversar comigo, sabe, meu irmão é idiota, criança. Não ligue pra ele, ele não merece seus sentimentos.

– Sim, um completo idiota. Não fiz nada pra me tratar daquele jeito.

– E é verdade?

– O que?

– Que você gosta dele...

– E se for? Ah, sei lá. Sentimentos são muito complexos.

– Se for... Esquece ele. Menos sofrimento pra ti, linda. - Disse ele se sentando ao meu lado e enxugando minhas lágrimas que insistiam a escorrer e sorrindo.

– Fred... Por que veio aqui?

– Vi aquela cena no corredor, fiquei preocupado por que a melhor aluna de Hogwarts não foi pra aula.

Sorri com a cabeça baixa.

– Pois é, seria um marco na história da escola?

– Talvez! - Seu sorriso era sincero, me fazia sentir bem - Eu sei que de baixo de toda essa pose de sabe-tudo tem um coração. E ele nesse momento está doendo. Sei como se sente, já senti isso, mas vai por mim, não vale a pena sofrer por quem não te merece, você é uma menina linda e inteligente, tem quem quiser aos seus pés além de ser pra fazer suas tarefas!

– Obrigada... Mas acho que não sou tudo isso. Você e seu irmão são os mais cobiçados daqui, e os mais encrenqueiros também. - Levantei a cabeça e olhei diretamente nos olhos dele.

– Sim, somos! Mas fazemos isso pra ver a felicidade das outras pessoas, além de ver a cara do Filch de zangado, mais uma vez nos levando pra sua sala! - Falou rindo e desviando o olhar para o lago - se precisar de mim, linda, eu estarei aqui, e sorria, seu sorriso é lindo, não vale a pena ficar com ele escondido.

Sorri timidamente - Obrigada... Pode contar comigo também.

Terminando essa conversa encostei minha cabeça em seu ombro e ficamos olhando pro lago enquanto ele me contava histórias de como se livravam do Filch com ajuda do Pirraça. Depois daquele momento, comecei a olhar ele não como o menino encrenqueiro, mas o menino que tinha o sorriso mais perfeito de Hogwarts e que sabia como tratar uma menina.