Amor E Odio 2ª Temporada - HIATUS escrita por Karen CS


Capítulo 20
New Gun


Notas iniciais do capítulo

Heeeeey, estou muito ferrada com vocês?
Espero que não...



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Criei coragem e saí do carro. Todos estavam esperando na porta, os casais felizes, os dois babacas e agora eu.

— Jade por que você demorou? — Cat perguntou

— Eu... não estava achando meu celular. — menti

— Ah. Então vam...

— Por que vocês vieram juntos? — a vaca da Rachel pergunta

— Eu não te devo satisfações.

— Sim, você deve. O Beck é meu namorado então fique longe dele. — ela disse

— Ah, sim. Claro. — falei irônica — Que tipo de biscate eu seria pra mexer com um cara comprometido, né?

Rachel ia responder, mas Cat foi mais rápida.

— Vamos entrar então? — ela disse tirando a atenção que estava voltada para nós

— Vamos. — todos concordaram.

Nos dividimos em duas mesas. Os garotos do BTR e Jo numa mesa, e, infelizmente, Eu, Robbie, Cat, Beck e Rachel na outra. Acho que foi o almoço mais demorado da minha vida. Rachel não parava de falar sobre “o bebê”, sobre nomes, roupinhas e essas coisas. O pior de tudo é que a Cat ainda dá conversa pra ela. Pra falar a verdade, ela tá muito interessada nessa coisa de bebês. E isso me assusta!

Deve ser só paranoia minha, sou eu que não consigo me encaixar em nenhuma conversa. Cat fica muito bem sem mim agora. Os garotos do BTR não tem nenhum assunto que vá me interessar, até o Logan já me deu um fora. E eu também me sentiria culpada em usá-lo como última opção.

Terminamos de comer e Jo teve a infeliz ideia de irmos no Shopping ver coisas para o bebê. Por que esse tipo de garota patricinha sempre se anima com tudo?

No shopping, os BTR foram para o salão de jogos, Rachel, Cat e Jô para a lojinha infantil, e novamente fiquei sozinha com Beck.

— Jade... — ele começou a falar, mas foi interrompido pelo toque do meu celular

— Alô? — atendi o ignorando

— Jadelyn — era o Evers — Sua primeira missão. — ele disse num tom irônico

— Fala.

— A pessoa que invadiu a Records provavelmente está com um corte no braço. Descubra se foi o seu namoradinho ou não.

— Como você pode ter certeza?

— Fiz minhas investigações. Eu estou aqui agora.

— Como?

— Até parece que você não me conhece, Jadelyn. Agora descubra o que eu pedi antes que eu mesmo vá até aí. E vê se disfarça!

Percebi que Beck estava olhando.

— Tudo bem, Logan. — disfarcei — Depois a gente conversa.

— Logan? Sério? — Evers disse rindo no telefone — Não tinha alguém menos gay não?

— Beijo, pra você também. Tchau. — falei e desliguei o telefone

— Você e o Logan estão juntos de novo? — Beck perguntou

— Não, mas pode ser que a gente volte sim. — respondi

— Hum. — ele disse fitando o chão.

— Que droga, Beck! Para de ficar agindo como se você fosse vítima de alguma coisa! — falei me levantando e saindo de perto dele.

E eu ainda tenho que descobrir se ele invadiu a Records ou não. Um babaca que não presta nem pra evitar um filho não ia conseguir invadir uma gravadora.

— Jade. — senti ele segurando meu braço

— Me deixa, Beck. — me virei e fui surpreendida por um beijo.

Fiquei completamente sem reação. Como assim ele me beijou? Demorei alguns segundos para raciocinar e o empurrar.

— Ficou maluco?

— Com certeza deve ter ficado. — ouvi uma voz atrás de nós.

— Beck, vamos embora. — a loira aguada disse

— Eu...

— Pelo amor de Deus, Beck. Vamos. — Rachel disse o arrastando

Ela não surtou, mas pelo que pareceu ela estava dando um sermão pra cima dele. Continuei imóvel observando a cena, até que Cat me chamou.

— Ei, Jade. — ela balançou a mão na frente do meu rosto

— Hum?

— O que foi isso? — ela perguntou

— Não faço ideia, Cat. — respondi

— Ele...

— Sim, ele me beijou. Mas ele parecia, sei lá, desesperado, não sei. Ele tá me deixando louca, Cat. E não no bom sentido.

— Se você quiser, nós podemos ir embora.

— Não. Eu sei que você ainda está se divertindo. Eu vou e depois a gente se vê.

— Mas eu não quero ficar sozinha. Não tem graça. — ela fez bico

— Pede pra Jô ficar com você. Olha ela ali. Tchau, Cat.

Dei uma última andada pelo andar e depois segui para o estacionamento. Aquele beijo ainda não tinha saído da minha cabeça. E cada vez que eu tento manter uma conversa com o Beck, eu acabo estourando. É difícil falar com ele. Entrei no carro e quando estava prestes a dar partida, meu telefone toca.

Era o Logan.

Duas vozes começaram a falar ao mesmo tempo na minha cabeça. A primeira dizia que eu deveria atender o Logan e sair com ele hoje. A segunda dizia que eu ainda tenho minha “missão” e que eu não devo usá-lo como ultima opção. A segunda voz é do Evers.

— Merda.

Minha decisão foi facilitada quando o telefone parou de tocar. Ótimo. Depois eu falo com ele.

— Jadelyn. — a voz do Evers ainda estava na minha mente — Jadelyn! Ficou surda? — senti duas mãos no meu ombro e dei um pulo.

— Evers?? Como você... Meu carro tem alarme...

— Bla, bla, bla. Por que você não me responde?

— Eu pensei que fosse meu inconsciente falando comigo ainda. — respondi e só então percebi o quanto isso parece ridículo.

— Hã?

— Esquece. O que você quer?

— Vim saber se você já descobriu o que eu pedi.

— Então... É que... ainda não. — respondi

— Como não? Era só olhar o braço dele, Jadelyn!

— Para de me chamar de Jadelyn, cassete! E ele tava de blusa.

— E...?

— E ele me beijou...

— Mas ele não estava com outra?

— Sim, então a outra apareceu e levou ele embora.

— Levou ele embora? Ela não fez um escândalo, ou te chamou de vadia, ou terminou com ele? Isso não é típico das mulheres?

— Eei! — reclamei — Bem, na verdade até é, mas... ela não fez nenhum escândalo.

— Muito estranho.

— É, também achei. E agora?

— Vamos comprar uma arma pra você.

— Sério? — perguntei animada

Não sei de onde veio tanta animação.

— Sim, criança. — ele disse revirando os olhos.

Evers foi falando o caminho e logo chegamos em uma rua um tanto deserta demais com alguns prédios estranhos. Ele me mandou estacionar o carro na frente de uma loja com vidros escuros e paredes acinzentadas.

— Aqui é a loja de armas? — perguntei

— Não. É uma cafeteria. — ele disse com um sorriso sarcástico

Revirei os olhos e entramos na loja.

Bem, realmente era uma cafeteria.

— Como assim? — perguntei — Você me trouxe para uma cafeteria mesmo?

— Jadelyn, fica quieta um pouquinho. — Evers disse

Ele passou direto pelas mesas e cumprimentou uma velha que estava no caixa. Ela nos guiou por uma entrada atrás do caixa e então chegamos numa sala cheia de prateleiras e balcões com armas que eu nem imaginei que existissem.

— Por aqui. — a velha disse

Ela foi até o balcão com menos armas e pegou uma pequena.

— Essa aqui é boa para iniciantes. — ela disse me entragando

— Ah... é?

Evers riu e pegou arma.

— Vamos lá testar.

Passamos por outra porta e entramos numa com alguns alvos próprios para isso.

— Você ao menos sabe segurar numa arma? — Evers perguntou

— Sim.

— Você já usou uma arma?

— Sim. — falei me lembrando do tiro que dei na Tori. Eu teria matado aquela vadia se Beck não tivesse me impedido.

— Então não teremos problemas. Pode atirar.

Mirei no alvo e acertei na barrida do “cara”.

Evers pareceu surpreso.

— Até que não foi ruim. — ele disse

Sorri. Eu tinha adorado fazer aquilo. Uma estranha sensação percorreu meu corpo. Uma coisa boa. Quase não percebi que minhas mãos estavam tremendo.

— Quer tentar de novo? — Evers pergunta

Mirei no alvo novamente e disparei. Dessa vez acertei no peito do “cara”.

— Parabéns, Jadelyn. — Evers disse e então se virou para a velha — Vamos levar.

Evers me deixou atirar mais umas duas ou três vezes no alvo e depois acabou com a minha graça dizendo que tínhamos que ir. Depois de EU ter que pagar, saímos de lá.

— Jadelyn, tome muito cuidado com essa arma e em hipótese alguma deixe sua irmã saber que ela existe.

— Eu sei, Evers.

— Tudo bem. E mais uma coisa: não se deixe levar pela emoção. Se a tal da Rachel te encher o saco você não pode atirar nela. Mesmo que isso seja muito tentador.

— Eu sei. — falei

— Ok. É melhor você ir. A Cat deve estar indo embora também.

— Não quer carona?

— Não... Eu tenho umas coisas pra resolver.

— Tá, então.

Demorei um pouco até conseguir lembrar como saía daquele bairro, e um pouco antes de chegar na avenida principal, vi três caras saindo de um beco e um outro caído no chão. Os três entraram num carro e arrancaram ás pressas dali. Será que era um assalto? Eu não imaginava que essa cidade seria tão violenta assim.

Passei um pouco devagar ali com o carro. Será que o cara estava morto? Não, ele estava se mexendo, parecia bem machucado, mas estava vivo... Dei mais uma olhada e... espera um pouco. Ele parece muito com o...

— Beck! — minha voz rouca

Não podia ser ele. Tentei afundar meu pé no acelerador para sair logo dali, mas meu corpo não me respondeu, e quando percebi já estava saindo do carro e correndo até ele.

— Beck! — sim, era ele

— J-Jade?

— O que aconteceu? — ele estava todo machucado, seu olho direito com uma marca roxa, e marcas de sangue no canto de sua boca

— Eu... é... um assalto. — ele respondeu com dificuldade

— Aqueles caras não pareciam ladrões comuns...

— Você viu eles? — ele perguntou, nervoso

— Mais ou menos. Beck você precisa dar um jeito nisso. — apontei para o seu rosto machucado — Vem, eu te dou uma carona. — falei tentando ajudar ele a levantar

— Não. Não precisa.

— Beck você nem consegue parar em pé.

— Consigo sim. — ele soltou um gemido de dor e se levantou com dificuldade.

— Vamos, eu te levo pra um hospital.

— Não. Eu estou bem. — ele disse

— Beck você...

— Eu preciso da sua ajuda, Jade. Eu NÃO QUERO a sua ajuda! — ele disse, e percebi sua voz dando uma leve vacilada.

Fiquei ali, atônita, enquanto via ele mancando até um carro – que eu nem sabia que ele tinha – e saindo dali ás pressas também.


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Notas finais do capítulo

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