Verdades e Mentiras escrita por marihc


Capítulo 7
O encontro




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Quando chegaram ao restaurante Cameron teve uma surpresa, era o mesmo lugar que eles tinham ido há anos atrás, quando tiveram seu primeiro encontro.
‘porque aqui?’
‘questão de justiça, eu fui grosso e idiota com você daquela vez, então vamos começar do zero’
‘é um pedido de desculpas?’
‘não, justiça! já falei’
‘certo’
O jantar transcorreu sem muitas surpresas, eles começaram falando sobre o dia do primeiro encontro, depois falaram do pessoal do hospital, ele contou que tinham dito a Cuddy que eles tinham se trancado na sala. Duas horas depois a conta foi pedida, quando saíram Cameron pediu algo a House que o deixou surpreso.
‘vamos andar um pouco’
‘Por quê?’
‘eu comi demais, preciso respirar um pouco’
‘Mas... minha perna’
‘ah, não seja preguiçoso, você mesmo diz que caminhar ajuda a diminuir a dor, vem’
Ela chamou e começou a caminhar, House a seguiu, eles entraram num parque próximo ao restaurante. Andaram um pouco em silêncio, até House o quebrá-lo.
‘então, seu pai ele toca o que?’
‘um pouco de tudo, piano, trompete, bateria, guitarra, ele adora música’
‘ele é conhecido?’
‘oh não, só em pequenos círculos’
Nesse momento eles passavam perto de uma fonte, e House sorri.

‘o que foi?’ Cameron pergunta.
‘vem, vamos jogar uma moeda e fazer um pedido.’
‘por quê?’
‘é divertido’
‘não, é sem propósito, eu não acredito em deus como você espera que eu acredite nisso’
‘é por que... eu fazia isso com minha mãe quando eu era criança, sempre que nos mudavamos de cidade ou país, uma vez em Roma, ela e eu saímos de táxi e jogamos uma moeda em quase todos os poços ou fontes da cidade, eu sempre pedia pra voltar pra casa, vamos, esse é um jeito de eu me lembrar dela’
‘nunca imaginei ouvir você falando assim’
‘apesar de eu não visitá-la muito, minha mãe é uma das poucas pessoas que eu realmente me importo’
Cameron deu um logo suspiro ‘você sente muita falta dela’
‘bastante’

'então porque não a visita mais?'

'é complicado, é...ah...'


Cameron abriu um sorriso com o embaraço de House.
House revirou os olhos e disse: ‘você tá fazendo eu parecer um idiota, ou melhor, o Wilson’
Cameron riu com o comentário.
‘então? Você vai jogar a moeda ou não?’ House perguntou olhando para ela.

‘Está bem. Ela se aproximou, pegou uma moeda na bolsa e sem esperar um só segundo, jogou a moeda na água sem a menor cerimônia.
‘Que pena!’ murmurou House. ‘Eu não conheço nenhuma fada do mundo que possa conceder-lhe tal desejo. ’
‘Por que não? ‘
‘Porque parece que você não colocou muita fé nele... ’
A boca de Cameron curvou-se num sorriso. ‘Eu só estava seguindo suas instruções, lembra-se? Jogar a moeda, você falou’
‘Pelo menos pensou em algo?’
Ela deu de ombros. ‘Não exatamente.’
‘Bem, não me admiro. ’ House sacudiu a cabeça. ‘Tente de novo e seja um pouco mais entusiasmada desta vez. ’
‘ você realmente costuma fazer isso, né?’
‘faz anos que eu não faço, mas costumava sim’
Os olhos dela revelavam exatamente o que ela pensava daquilo. Mas Cameron enfiou a mão na bolsa e tirou um dólar.
‘Isso é demais. ’ A mão de House a impediu.
‘É um grande desejo. ’ Ela estava bem mais pensativa quando atirou a moeda na água e a observou afundar. Cameron lançou-lhe um sorriso brilhante.
‘Ótimo, agora é a minha vez. ’ Ele deu as costas para a fonte e esfregou a moeda entre as mãos, fechou os olhos e, com toda reverência, atirou-a por cima dos ombros na fonte. ‘Pronto!’
‘você diz que todo mundo mente, não tem fé nem acredita nas pessoas, mas pra jogar uma moeda numa fonte você parece ser a pessoa mais esperançosa que existe’
House abriu um largo sorriso ‘ eu não disse que acreditava, disse que era divertido’
‘ah, você acredita sim’ Cameron disse sorrindo.
House baixou e balançou a cabeça ‘ vamos continuar né, essa conversa ta ficando constrangedora’.
Eles voltaram a caminhar.
‘E então...quanto tempo?’ ela quebrou o silêncio.
‘Quanto tempo para quê?’
‘Quanto tempo é preciso esperar até que o desejo se torne realidade?’ Cameron perguntou.

‘Depende do que você pediu. Certos pedidos requerem muito trabalho das fadas. Entretanto, eu não tenho muita experiência com pedidos feitos em fontes americanas. Talvez as coisas sejam diferentes aqui. Talvez as fadinhas sejam mais demoradas...’ ele respondeu sarcástico.
‘Ah! Sei... ’
‘Talvez, se você me contasse o que pediu, eu pudesse lhe dar uma estimativa aproximada do tempo que terá de esperar. ’
‘Que eu saiba a gente nunca deve revelar o pedido. ’
‘Não se acredita mais nisso’ House riu ‘A ciência provou que essa teoria é incorreta. ’
‘Oh!’
‘Sim, estou surpreso que você não tenha lido sobre o assunto. ’
‘Eu também. ’
‘Mas se o caso é este, então talvez você possa dividir seu pedido comigo. ’
Cameron ficou em silêncio e corou instantaneamente.
‘Cameron?’

Quando demorou a responder, House parou e colocou-se na frente dela, olhos nos olhos. Cameron ficou ainda mais vermelha. House segurou-lhe o queixo, de modo que ela não pudesse desviar os olhos. Todo parque parecia ter ficado em completo silêncio subitamente. Até o vento parecia ter parado de agitar as folhas das árvores, querendo ouvir a resposta. Cameron engoliu em seco, convencida de que House conseguia ler seus pensamentos naquele momento. House pousou as mãos gentilmente nos ombros dela. House passou os braços ao redor dela e a puxou para si. Então, gentilmente, encostou o rosto no dela, movendo-o lentamente, como se tivesse medo de tocá-la. Cameron fechou os olhos, saboreando aquele contato. House virou a cabeça e acariciou-lhe a orelha com a ponta do nariz. Cameron notou que a respiração dele estava ofegante. Ele a abraçou com mais força e sussurrou o nome dela, suplicando por alguma coisa que Cameron não entendeu. Depois lhe beijou a testa, as têmporas, a orelha e voltou para o cabelo. Então fez uma pausa, envolvendo-a como se fosse à coisa mais natural do mundo estar ali abraçados.
Os olhos deles se encontraram novamente por alguns segundos. House puxou-a para si e beijou-a com um ardor imenso. Cameron sentiu-se corresponder, abraçando-o. Sem pensar no que estava acontecendo, ela relaxou o corpo contra o de House, ávida em perder-se naqueles braços para sempre.
Momentos depois se separaram abruptamente... Por um momento, ficaram ali parados, mal respirando. O mundo que estivera tão calmo e silencioso até então voltou à realidade. O vento soprava balançando as árvores. As buzinas dos carros da rua próxima soavam irritadas.
‘foi mas rápido do que eu esperava’ ela disse
‘acho que foi por que pedimos a mesma coisa’
Cameron chegou próximo ao ouvido de House e disse ‘é melhor sairmos daqui’
‘concordo’ ele disse com um sorriso malicioso
‘minha casa ou a sua?’

‘a sua, minha moto tá lá’
‘e meu carro na sua, e eu preciso trabalhar amanha e...oh! não.’
‘o que foi?’
‘eu tô de licença’ ela disse se desvencilhando do braços de House que ainda estavam na sua cintura
‘o quê?’
‘hoje de manhã quando eu cheguei no hospital eu pedi uma licença de uma semana’ ela disse se sentando num banco próximo a eles
‘por que?’ ele foi se sentar perto dela
Ela olhou pra ele com uma cara de como se você não soubesse
‘ah!! Era seu plano de fuga’
‘não era bem um plano de fuga’
‘você tava fugindo de mim’
‘hei! Eu achava que você ia mandar eu esquecer o que tinha acontecido, se eu soubesse o que eu sei agora eu não teria saído da sua cama’.
‘era impossível eu te pedir para esquecer, depois de uma noite comigo eu me torno inesquecível’
‘você é extremamente arrogante’
‘faz parte do meu charme’ ele se aproximou dela e beijou o seu pescoço fazendo-a se arrepiar por inteiro.
‘só uma perguntinha para futuros esclarecimentos?’ Cameron perguntou baixinho, enquanto ele roçava a barba no pescoço dela ‘o que se caracteriza, literalmente, o que estamos fazendo, que tipo de relacionamento é esse?’
House levantou a cabeça e a encarou ‘ por que você quer saber disso agora?’
‘eu preciso saber, pra ficar ciente dos limites’ ela disse olhando para ele ‘ isso é um namoro, uma tentativa, nós estamos apenas ficando, o quê?’
‘em processo de definição’ ele disse a fazendo sorrir
‘eu não sei o que isso significa’
‘vamos fazer assim, é como um namoro escondido adolescente’
‘em termos adultos, seria nós estamos nós conhecendo’
‘se você quer estragar tudo e deixar tão formal tudo bem você que sabe’
‘apenas quero saber quais são os limites’
‘você e esse seu papo sobre sentimentos, agora eu esfrie’ House disse fazendo bico.

Cameron abriu um sorriso e se aproximou dele ‘não tem problema eu aqueço de novo’ ela disse e beijou o pescoço dele, ela de posicionou de frente para ele, com os joelhos apoiados no banco, ela o beijou, primeiro delicadamente, depois intensamente, como o vestido era relativamente curto as coxas de Cameron ficaram à amostra, House pousou as mãos nelas e começou a subir lentamente, ao sentir as mãos frias dele na sua pele Cameron segurou a respiração e disse:
‘é melhor nós sairmos daqui’
‘concordo’ House disse com a respiração pesada
Foi quando eles viram uma luz branca na direção deles que os fez levantar imediatamente, era um policial.
‘isso daqui é um local público, é melhor vocês saírem daqui’ o guarda falou baixando a lanterna. Enquanto Cameron e House ajeitavam as roupas.
‘não tem problema, nós já estamos indo’ House disse, já que Cameron estava do seu lado completamente muda e de cabeça baixa
‘dessa fez eu vou deixar passar, já que eu nunca vi vocês por aqui antes, mas espero que não aconteça de novo’
‘não vai não’ ele falou
‘obrigada’ Cameron disse levantando a cabeça rapidamente e olhando para o guarda, que notou sua face extremamente vermelha, envergonhada com a situação.

Ao perderem o guarda de vista House e Cameron começaram a rir.
‘tá vendo a situação que você ia nos colocando? Certas coisas não se fazem em publico’ house falou ainda segurando a mão de Cameron
‘eu...eu não vi você me impedindo. Você ou sua mão boba’
‘um táxi...agora a culpa é minha?’
‘não...só vamos aprender a se controlar da próxima vez’ ela disse entrando no táxi.
‘é difícil’ ele disse olhando para ela enquanto entrava no táxi com um sorriso malicioso.
‘pra onde?’ o taxista perguntou
eles se entreolharam, sem saber o que dizer.
‘e então?’ house perguntou
‘eu não sei...o que você acha melhor?’
‘você prefere ir pra onde?’
‘eu não sei’
‘o taxímetro ta rodando’
‘tire dos 100 que você me deve’ ela disse sorrindo ‘vamos pra minha casa...eu não to com a chave do carro’
Ela deu o endereço ao taxista...eles se sentaram o mais longe possível um do outro, evitando se tocar, foram 15 minutos até chegarem ao destino, House impaciente batia a bengala no chão do carro, Cameron olhava pela janela e algumas vezes para o homem ao seu lado sem acreditar que aquilo estivesse realmente acontecendo.
Quando chegaram ao prédio, ela desceu primeiro e foi abrir a porta de entrada enquanto House pagava o táxi. Eles entraram no elevador em silêncio, chegaram ao andar do apartamento, Cameron abriu a porta e deixou House entrar primeiro.
Quando ela fechou a porta e se virou ele já estava bem próximo dela, se encararam por alguns segundos, até ele sorrir e tocar o rosto dela com as pontas dos dedos. Então a beijou com ardor, e Cameron deslizou os dedos pelos cabelos escuros dele, sentindo uma deliciosa vertigem toldar-lhe os sentidos.


‘House’ ela sussurrou, quando sentiu as mãos de House baixando a alça do vestido e beijando seu ombro, ele desceu vagarosamente o zíper do vestido, deixando-o cair, parando por um segundo para admirar o corpo dela, Cameron ficou com a respiração presa na garganta, jogou a cabeça para trás para melhor desfrutar das sensações vibrantes que lhe percorriam o corpo. Ele deslizava de um seio ao outro, tocando-os com carinho. Cameron apertou-o contra si, nada que ela tivesse experimentado antes poderia ser comparado àquela emoção. Um som devia ter escapado de seus lábios, pois House parou e ergueu a cabeça lentamente.
‘Eu a machuquei?’
Cameron sacudiu a cabeça rapidamente: ‘Não...Claro que não!’
House a abraçou, beijando-a tantas vezes que Cameron pensou que ficaria louca de tanto desejo.
Inebriada, ela deslizou as mãos pelo peito dele, agora já sem camisa, que ficou no caminho para o quarto dela, e subiu até a nuca. O beijo foi longo e ardente. Com os braços dele envolvendo-lhe os ombros, Cameron deixou-se levar até a cama, não pela primeira vez Cameron notou que os olhos dele eram incrivelmente azuis quando House a encarou e a viu sorrir. Eles ficaram se olhando por um longo momento, perdidos no mundo que tinha sido criado só para eles e para aquele momento. Até que House a beijou novamente e continuarão a se amar, agora sem qualquer duvida do que estavam fazendo.


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