My Kind Of Love escrita por Jessie Austen


Capítulo 20
Capítulo XX - Final




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/379672/chapter/20

– Lar, doce lar! – John declarou jogando as malas no chão enquanto Sherlock ligava a luz do apartamento da Rua Baker.

O médico deu um grito de pavor ao ver Sra. Hudson, Molly, Lestrade, Mycroft e Mike esperando escondidos por eles com um bolo e uma faixa de “Bem vindo, recém casados!” bem grande.

– SURPRESA! – disseram enquanto Holmes fechava a porta calmamente.

– Gente! Por essa eu não esperava! – John riu nervosamente.

– Não? Mas é tão óbvio! Como vocês todos estão? – Sherlock perguntou.

– Estamos bem, querido...- Sra. Hudson respondeu.

– Não tão bem quanto vocês, aposto! Como foi no Havaí? – Hooper questionou.

– Foi maravilhoso...inesquecível. – o loiro respondeu.

– Ah, as praias são lindas né? Fez sol? – foi a vez de Greg perguntar.

– De fato. Todos os dias a média de 35 graus. Insuportável. – o moreno declarou fazendo todos rirem.

– Mas e aí? Como era o lugar? Vocês saíram à noite? E a cultura local era rica, aposto! – Mike disse enquanto tomava seu refrigerante.

– Na realidade eu e o Sherlock só saímos do hotel na manhã do primeiro dia...depois ficamos mais...você sabe... – John revelou sem graça fazendo Greg e Molly trocarem um olhar significativo.

Mycroft deu risada e batendo nos ombros de seu irmão disse:

– Basicamente passaram o tempo todo só tirando o atraso né?

– Você, sempre tão fino! – Sherlock respondeu ainda mais sem graça.

– Oh, que bom, então! O importante é que aproveitaram, certo? Bom, vamos deixa-los também...só queríamos dar boas vindas...a senhora Hudson fez essa torta e esse bolo maravilhosos!

– Espero que vocês gostem! – esta disse.

– E ah, Molly...conte as novidades! – Lestrade pediu.

– Sim...sim, já ia falar. Bom, são duas coisas! Sherlock, não estrague! Eu quero fazer surpresa...a intenção era fazer três, mas na primeira você não caiu! – a jovem e o detetive concordou.

– Ah...novidades! Quais são? – o loiro perguntou interessado.

– Bom, a primeira eu conto. Eu fui promovido a inspetor! – Lestrade disse animadamente fazendo o grupo vibrar.

– Sério? Você não seria a minha primeira aposta. O Adam é muito mais experiente do que você. De fato não entendi...- Holmes comentou.

– Obrigado, Sherlock. Sua amizade é muito importante para mim também. Inclusive continuaremos a trabalhar juntos! Só que agora teremos uma vaga na equipe. O que quero dizer é que eu terei Sally, o Anderson e o Adam. Ele se deu tão bem com a equipe em tão pouco tempo, né? Surpreendente...bem, de qualquer maneira você ainda tratará dos casos. De maneira individual. Como sempre sonhou.

– Perfeito. – Sherlock comemorou fazendo John rir.

– E a outra novidade e não menos importante...é que, eu estou grávida! –Molly declarou surpreendendo todo o grupo que agora a parabenizava.

– Por essa eu não esperava. – Holmes comentou cumprimentando-a.

– Ai que belezinha! Você está de quanto tempo? – a senhora perguntou.

– De três semanas e meia, Sra. Hudson. Estou tão feliz, fiz o teste anteontem! E aposto que será um menino! – Hooper comemorou enquanto Greg beijava seus cabelos.

– Gente, isso é o máximo! Parabéns, vocês merecem! – John disse sorridente ao lado de Sherlock.

– Obrigado, John. E a minha promoção veio em boa hora! Assim poderemos juntar mais dinheiro...- Greg disse.

– De fato, criança dá muito gasto! – Mycroft comentou.

– Um pequeno Hooper-Lestrade dará vida nova ao nosso grupo. Não vejo a hora de segurar o meu sobrinho! – Watson disse completamente encantado com a ideia, fazendo Sherlock sorrir.

– Você e Sherlock serão nossos padrinhos, não é amor? – ela disse.

– Com certeza! – Greg concordou.

– Oh, quanta fofura, eu não aguento! Assim, quando Sherlock engravidar do deles vocês poderão ser também! – Mycroft brincou fazendo todos gargalharem menos o moreno.

O restante do dia foi agradável e o grupo passou comentando sobre viagens, empregos e bebês enquanto se deliciavam da torta de limão.





–------------------------------------------------------------------







– Isso não funcionará, Sherlock. – John disse enquanto olhavam para os três suspeitos de terem atropelado atrás do vidro na sala da delegacia.

– Não mesmo, devo concordar. – Holmes concordou olhando de maneira rígida para Greg que ficou sem reação. – O primeiro é estrangeiro e ilegal. Jamais teria dinheiro ou condições para tirar carta e muito menos para ter um carro. O segundo é alcoólatra, o que é bem óbvio. Jamais conseguiria ter feito o percurso que o carro fez sem antes bater no primeiro poste que encontrasse no caminho e o terceiro já matou ou quis matar alguém, mas não foi responsável por ter atropelado você.

– Oh, que ótimo. Todos esses meses e você os descarta sem ao menos se esforçar! – Lestrade respondeu.

– Mas eu me esforcei! Não viu? Acabei de fazer isso. Mas é tão óbvio. É tão óbvio que os três suspeitos são foram responsáveis e que vocês foram péssimos na investigação!

– Gente, acalmem-se ok...Greg: Sherlock tinha comentado que tentaria ver sobre as fitas do departamento de trânsito, certo? A polícia conseguiu obter a autorização para retirá-las? Assim podíamos ver a placa do carro e até mesmo o condutor do veículo! – o médico perguntou.

– Sim...na verdade pedi que Adam fizesse isso. Falando nisso...olha ele aí...

Neste momento os três olharam um homem entrar na sala. Este tinha porte alto e forte, além de ser muito loiro e de olhos verdes. Aparentando ter não mais que uns 35 anos, Watson tinha que admitir que ele era atraente. Até demais para um investigador de policia que trabalhava ao lado de Sherlock.

– Bom dia. – Adam sorriu enquanto cumprimentava a todos.

– Olá. – Holmes respondeu.

– E aí? Tudo bem? Este é John Watson...companheiro de Sherlock. Que foi atropelado...o que eu te contei e pedi para ver as fitas de trânsito. – Lestrade explicou.

– Oh. Claro que eu me lembro. Prazer em conhecê-lo, Watson. – este disse enquanto o encarava de cima abaixo.

– É, é legal te ver também...então, você e Sherlock trabalham juntos?

– Sim, a alguns meses não, Sherlock? – perguntou.

– Sim. Desde que Greg e Molly se casaram e teve que pedir férias. Adam entrou para substituí-lo, mas acabou ficando. – Sherlock explicou.

– Oh, e vocês se tratam pelo primeiro nome! Por que não me contou sobre ele, Sherlock? – o loiro disse tentando disfarçar o ciúme.

– Oh, não se preocupe...Sherlock nunca falou sobre você também! – Adam sorriu, mas havia um tom de provocação em sua voz que fez John encará-lo.

– OK, meninas. Sem briga. Vamos ao que interessa. Adam, você conseguiu ou não as fitas? – Lestrade perguntou enquanto Sherlock observava ainda mais perto do vidro os três suspeitos.

– Não consegui. Demorou um pouco para obter a autorização, mas enfim quando consegui eles disseram que o local onde as fitas ficam armazenadas é numa cidade do interior.

– Nossa, mas eles ainda usam fitas mesmo? Eu achei que algo tivesse guardado em sistemas, computadorizados... – Greg comentou.

– Sim, e eles tem. Mas de seis em seis meses é como se eles limpassem este sistema. Eles gravam tudo em fitas, CDs e afins e mandam para este local, como num arquivo grande arquivo. É procedimento padrão. – Adam explicou.

– Procedimento padrão. Duas palavras chatas e estúpidas juntas. – Holmes comentou e Adam concordou com ele imediatamente fazendo John rir de nervoso. Aquele cara era do tipo folgado provocador.

– Bom, sendo assim daremos prioridade nisso. Adam, avise a todos, por favor e você está dispensado. Vamos apenas eu e Sherlock, está bem?

– Sim, senhor. Com licença. – o loiro disse saindo apressadamente depois de lançar um último olhar para John.

– Já que estamos aqui, livres podemos ir analisar essas fitas ainda hoje, o que acham? – o inspetor propôs.

– Estou de acordo. – Holmes respondeu.

– Eu também...

– Perfeito. Vou fazer algumas ligações e pegar meu casaco. Se quiserem podem me esperar na cantina. Pedirei para o Anderson liberar estes três sujeitos...até mais. – este disse saindo e deixando Sherlock e John sozinhos.

O detetive andava para os lados enquanto John o observava tentando controlar sua respiração.

– Isso é ridículo e irracional, John. – comentou por fim.

– O quê?!

– Seu ciúme por Adam. – Sherlock o encarou se aproximando lentamente.

– Oh. Claro. Tirando o fato de vocês dois ficarem juntos o tempo todo e dele parecer um sonho em forma de homem...tirando isso é ridículo e irracional. – Watson respondeu e isso fez Sherlock cair na risada. – Oh, que bom...que eu ainda te faço rir. Pelo menos isso né?

– Você é tão previsível. – Holmes declarou de maneira carinhosa.

– Ah. Você sabe né? É uma das minhas maiores características e eu...

– Eu te amo. – Sherlock declarou.

– Eu te amo muito também, mas aquele cara é bonito demais e oferecido demais e...

– E eu sou casado. Você mais do que ninguém deveria se lembrar disso.

– É, eu sei...mas eu vi o jeito como ele olhou e falou com você, ok? Eu não sou idiota e ele também não...nem ligou que eu estava aqui e ficou flertando descaradamente! Babaca!

– Só existe uma maneira de solucionarmos isso, meu caro.

– Ah é? Qual? – Watson questionou.

– Eu já falei com Lestrade e ele concordou. Trabalho sozinho, você sabe e temos uma vaga em aberto. Preciso de um assistente e bem, eu quero que venha trabalhar comigo, John.

Os dois se encararam e John não soube o que dizer. Aquilo significava muito para ele, mas principalmente para Sherlock que tinha o seu trabalho como uma de suas maiores prioridades na vida. E agora ele o chamava para trabalhar, ao seu lado. Seria uma honra. Um prazer. Uma aventura.

– Oh meu amor, eu aceito! Quero dizer, eu como médico...não sei como poderei ajudar, mas é claro que eu quero! – John respondeu abraçando-o e beijando-o levemente.

– Como eu previa. Daremos um jeito, tenho certeza que você será de grande utilidade, John...sempre me lembrará do óbvio e do comum.

– Haha. Engraçadinho.

– E devo confessar que será muito divertido vendo você ter ataques silenciosos de ciúmes por causa do Adam. – Holmes completou segurando as mãos do loiro.

– Sra. Margareth ficará muito feliz de finalmente me ver longe...não tanto quanto eu ao não precisar mais ver aquela cara feia dela! Ei, espera...esse lance do ciúmes, boa parte é por causa do que aconteceu com o Peter, certo?

Sherlock deu um meio sorriso e por fim, respondeu:

– Naturalmente, John. Naturalmente. Vamos?

– Vamos. Ao nosso primeiro caso juntos! – Watson respondeu com um sorriso.







–-------------------------------------------------------------------









Seguindo pelo um corredor largo e mal iluminado ele seguiu até uma porta que foi aberta por um dos mordomos que estava do lado de fora. Ajeitando sua postura ele olhou para frente e o viu. Finalmente. Pessoalmente.

– Não era necessário praticamente me sequestrar para conseguir o que queria. – disse, sua voz trêmula.

– Boa noite para você também! Se você se refere aos homens te jogando dentro do meu carro com um capuz em sua cabeça, não se preocupe. É de praxe. Então, onde estão as fitas?

Ele se aproximou entregando o envelope de papel pardo ao homem que, sentado na mesa de escritório à sua frente, apenas sorriu terminando seu copo de whisky.

– Veja, Adam. Cesta de três! – este disse lançando o envelope na fogueira, fazendo as fitas estralarem. – Tem certeza que ninguém os viu furtando o departamento de trânsito?

– Absoluta. Vai precisar de mais alguma coisa? – perguntou querendo ir embora.

– Ótimo. Por hora pode. Vá.

Adam então suspirou fundo e deu as costas, ao chegar perto da porta, ouviu ele dizer.

– Nosso próximo ato: a queda de Sherlock Holmes. Oh, ela será muito lenta. Ao contrário da queda do Watson naquele atropelamento, que devo dizer a você que foi brilhante. Obrigado novamente.

Este suspirou e se virou. Com um sorriso, disse:

– De nada. Foi para isso que eu fui chamado, certo?

– Essa segunda parte da história deverá ser feita com muito cuidado. Porque eu vou acabar com a vida dele. Do mesmo jeito que ele acabou com a minha. Está acima da vingança ou retaliação. É um tipo de jogo que só eu e ele sabemos jogar.

– Como quiser.

– Certo. Certo. Vá. E, ah...continue me dizendo o que se passa, cada detalhe dentro daquele lugar, está bem?

– Sim. Pode deixar. Com licença. – este respondeu saindo e fechando a porta.

Moriarty se levantou ajeitando seu paletó e indo até a mesa lateral encheu seu copo de mais whisky, sorrindo com a ideia de finalmente ver Sherlock completamente arruinado.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

***FIM!***

Gentem, o Moriarty está de volta! O.O
T.T

Mas essa história fica para outra fic...da qual eu já estou trabalhando e pretendo postar até o final deste mês!

Chamará "Lifetime" e bom, sem mais spoilers né?
Espero que vocês tenham gostado dessa história da mesma maneira que eu amei a companhia de cada um de vocês. Obrigada pelo carinho sempre, pelos reviews...por lerem. ♥

Um beijinho e até a próxima! Espero por vocês lá! Até mais! :D



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "My Kind Of Love" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.