Imóvel, os olhos fechados, apenas respirando e sem esboçar nenhuma reação além dessa. Harry Potter estava deitado na cama que acabara de quebrar com a queda quando a pouco ficara fora de si. Eles estavam no canto do quarto, todos atônitos, ninguém sabia o que fazer. O vento entra no quarto pela janela que estava entre aberta que também trazia o sol forte da tarde de verão em Londres. Apenas Gina se aproximara dele, ela chorava e tentava acordá-lo sem sucesso, ela olha para os demais e não encontra respostas nem ajuda em suas expressões. Os amigos não possuíam resposta, ninguém tinha resposta para o que havia acontecido, todos observavam cada parte do quarto, procuravam resposta, procuravam alguém que pudesse estar ali escondido e que tivesse lançado um feitiço em seu amigo. Não havia ninguém, enfim, Gina quebra o silêncio.

– O que houve com ele? Pergunta ela olhando para Hermione. – Harry, por favor, acorde. Diz ela a um Harry imóvel deitado sobre a cama quebrada.

– Não sei, diz Hermione se aproximando da cama junto com Luna, ambas com um ar assustado. – Nunca vi esse tipo de coisa antes.

– Isso é magia das trevas, fala Monstro com convicção. – Magia das trevas poderosíssima que quase matou o Mestre.

– Magia das trevas Monstro? Pergunta Rony.

– Isso Wize. – Fala Monstro.

– Como você sabe disso? Pergunta Hermione.

– Monstro conviveu com a família Black a vida inteira, sabe reconhecer bem magia das trevas, e quem a produziu colocou uma proteção contra o uso de varinhas. O mestre teve sorte por Monstro não precisar de varinha para produzir magia.

Todos olham espantados para Monstro e não disseram mais uma única palavra. Monstro se retira do quarto e desce para a cozinha para terminar o almoço. A refeição de fora completamente silenciosa, Harry ainda estava descordado e Gina não desceu. Após terminarem, eles continuaram na mesa onde finalmente o silêncio fora quebrado.

– O que será que foi aquilo? Pergunta Neville. – Quem seria capaz de realizar um feitiço das trevas sem estar aqui e com tamanho poder?

– Não faço idéia, diz Hermione.

– Nem você sabe quem era capaz de produzir essa reação no Harry, diz Rony.

– Será que... Pergunta Neville.

– Você sabe quem? Diz Hermione, - Não acredito, ele foi morto na nossa frente, e não há mais nenhuma Horcrux restante para mantê-lo vivo.

– Então quem faria aquilo? Pergunta Luna. – Nunca vi nada tão horrível.

O tempo foi passando e após almoçarem Hermione e Rony subiram até o quarto de Harry onde Gina estava deitada ao lado da cama acariciando o braço dele.

– Algum sinal? Pergunta Rony.

– Não, ele sequer se mexe, diz Gina desconsolada.

– Ele vai acordar, diz Hermione, - pode demorar, mas ele acordará sim.

– Tomara, diz Gina.

– Eu preciso estudar sobre esse tipo de feitiço, diz Hermione.

– Pareceu mais um caso de possessão, diz Gina, - lembrou-me quando o diário...

– Não se preocupe com isso Gina, diz Luna que chegara ao quarto e sentara ao lado de Gina. – Ele vai ficar bem, completa ela.

– Eu realmente preciso estudar mais sobre isso, diz Hermione. Acho que devo ter algo sobre Magia das trevas no Leste europeu na minha bolsa.

De repente se escuta um barulho vindo da porta, todos correm para a entrada e deparam com o Sr. Weasley passando pelo feitiço de proteção na entrada da casa.

– O feitiço do velho olho-tonto funciona mesmo, do mesmo jeito que a proteção na entrada, diz ele sendo interrompido pelo abraço de Gina e de Rony que correram na direção dele.

– Acalmem-se garotos, está tudo bem, diz o Sr. Weasley.

– Estávamos preocupados, disse Hermione.

– Se bem que depois de hoje... dizia Neville.

– O que houve hoje? Pergunta o Sr. Weasley, - aconteceu algo com vocês? Pergunta ele.

– Sim pai, diz Gina. Ela e Hermione contam o ocorrido ao Sr. Weasley que observa tudo atentamente.

– Nunca vi nada desse tipo, diz ele. – Não me parece mágica de bruxo, principalmente pela preocupação em se proteger das varinhas.

– O senhor acha que foi um duende? Pergunta Hermione.

– Não sei, talvez. Responde ele. – Não sabia que havia duendes com tamanha magia a ponto de realizar um feitiço desse porte a distância.

– Onde estão os outros pai? Pergunta Rony.

– Estão bem, diz o Sr. Weasley

– Mas onde eles estão? Pergunta Gina.

– Estão na França, diz ele. - Inclusive eu voltei a Londres para buscar sua mãe e Fleur, não é seguro na toca.

– Porque a França? Pergunta Rony.

– Precisamos de apoio, infelizmente não houve como resistir a revolta dos duendes, eles vieram muito organizados e com as ajudas que eles tiveram, era impossível, diz ele.

– O que houve de fato? Pergunta Hermione.

– Houve um ataque em massa, diz o Sr. Weasley. – Duendes, dragões, gigantes, trasgos e bruxos das trevas. Não houve como resistir. Agora se tudo der certo e o Ministro da Magia Francês nos apoiar iremos aos países mais próximos que não estão sob o efeito do Ministro da Romênia.

– Haverá uma guerra então, diz Neville animado.

– A princípio não, diz o Sr. Weasley. Se conseguirmos reunir cinco Ministros poderemos conclamar o conselho dos anciões e assim invalidar a autoridade do presidente da confederação e talvez até mesmo revogar a autoridade de um Ministro da Magia.

– Nunca ouvi falar disso, fala Rony.

– Esse Conselho é a autoridade máxima em todo mundo mágico. Diz Hermione. - Composto por dez bruxos, os dez Ministros mais antigos de todo o mundo que se reúne assumindo o poder mundial. Só pode ser conclamado pelos cinco Ministros de países fundadores da Confederação internacional, somente assim pode-se reunir este conselho. Apenas uma vez foi reunido, na idade média para derrubar o poder de um bruxo que atormentava os trouxas na época.

– Exato! Diz o Sr. Weasley. - O Ministro da França já nos apoiou, teremos que procurar o Ministro da Alemanha, da Bélgica, da Irlanda e da Itália. Junto com Shaklebolt seriam seis, então podemos contar com um deles sendo contra.

– O se mais algum deles for enfeitiçado pela maldição imperius? Pergunta Luna.

– É um risco que teremos que correr, diz o Sr. Weasley. A arte das trevas não é muito bem vista pelos chefes de estado, acredito que conseguiremos reunir este conselho, restauraremos a ordem e poderemos por fim nessa revolta dos duendes e principalmente, entender o que quer esse Ministro Romeno e parar com os planos dele.

– Os duendes certamente não aceitarão esse conselho, diz Hermione.

– De início deverão resistir, mas não haverá como se opor a tantos ministérios juntos, diz ele. – Tenho quase certeza que os duendes não serão o problema. Algo maior está se formando e se aproxima de todos nós.

– O que poderia ser pior do que você sabe quem? Diz Neville sorrindo.

– Nunca subestime as forças das trevas, diz o Sr. Weasley. A Inglaterra nunca foi dominada por duendes antes, e nunca vi um feitiço das trevas de possessão ser realizado a distância, portanto há alguém muito poderoso sim.

– E Hogwarts? Como fica? Pergunta Luna.

– Shaklebolt deixou claro a McGonagall para não reagir caso os duendes prevalecessem, diz o Sr. Weasley. – Se a escola for dirigida apenas por duendes seria terrível para os alunos.

– Isso é verdade, diz Rony.

– Tenho que ir. Agora que vi onde estão poderei partir tranqüilo, diz ele. - cuidem do Harry e me mantenham informado enviando corujas. Não façam nenhuma loucura.

Dizendo isso ele abraça cada um deles e abre a porta da entrada e aparata antes de pisar no segundo degrau na frente da casa. Gina sobe as escadas com Luna atrás dela e Hermione pega um exemplar de Magia das trevas na Romênia enquanto que Neville e Rony ficam jogando uma partida de xadrez de bruxos. Harry permanece desacordado.