Mutant World escrita por Jenny Lovegood


Capítulo 37
Sangue nas Mãos


Notas iniciais do capítulo

"De novo Jennifer? Mas o que te deu pra postar tão rápido assim?"
Olha, vocês aproveitem que eu tô boazinha hein! Hahaha
E ah, esse capítulo deu uma trabalheira pra escrever, espero que gostem.

Soundtrack pro capítulo: https://www.youtube.com/watch?v=pg7hWmkScww&list=WL&index=31



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Não tinham para onde correr. Se algum deles tentasse, provavelmente tropeçaria no matagal escuro e seria atacado, ou pior, morto. Não tinham como fugir. Não conseguiriam passar pelos mutantes que escaparam do laboratório. Também não tinha a menor chance de entrarem lá dentro.

Sabiam que aquilo era uma armadilha.

Mas estavam sem saída.

Cato era veloz, mas na sombra da noite sua super-velocidade não o ajudaria em nada. Se fugisse, ou ele se perderia pela mata, ou encontraria outro mutante furioso, o que o deixaria em uma enorme desvantagem. Como Scorpius disse, eles eram fortes juntos, mas se agissem como mutantes, não como humanos.

O mutante da hipnose tinha uma pressão sobre as mãos: se ele conseguisse hipnotizar os outros que queriam atacar o grupo, seria golpe fácil para vencê-los. Mas era um bando enorme; e com o sangue fervendo nas veias, e a tensão a flor da pele, Scorpius não conseguiria controlar sua mente. Mas ele precisava.

Hermione tinha a chance de abrir suas asas e voar para longe daquela encrenca, mas ela não faria nem se quisesse. Já era madrugada, e era impossível de ter uma boa visibilidade por ali. Além do mais, Hermione não deixaria Rony para trás. E ela sabia que ele lutaria até o último segundo.

– Eles não parecem muito amigáveis. - Balbuciou Scorpius, quando se juntou ao quase círculo que o grupo tinha feito, todos em posição de ataque, e Narcisa atrás do corpo de Cato. Ela era humana e não tinha a menor chance contra os mutantes de Bellatrix.

– Com certeza eles não querem fazer amizade. - Retrucou Clove, erguendo o som de sua voz quando um rugido de pantera zuniu no ar.

– Luna, Hermione. - Rony, que tinha pegado as pistolas em sua michola, virou seu corpo e jogou as armas para as duas meninas. Os poderem delas não as ajudariam na luta, então estavam em desvantagem. - Não hesitem em atirar. - Pediu o ruivo, trocando um rápido olhar com Hermione, e a morena assentiu. Luna destravou sua arma e respirou fundo, percebeu que o bando de mutantes selvagens se aproximava com velocidade deles.

– Falta uma pra Rose. - Scorpius advertiu Rony, mas a ruiva saiu na frente do grupo e começou a correr em direção a uma garota de cabelos castanhos desgranhados , vestindo uma blusa rasgada e um short da mesma cor, bege.

– Eu me viro. - As palavras da ruiva ecoaram no ar, e no segundo seguinte, os mutantes do bem partiram pra a luta contra os mutantes do mal.

Quando Rose ficou cara a cara com a mutante, a atacou. Chutou o corpo da garota e essa cambaleou, mas não perdeu o equilíbrio de seu corpo. Os cabelos de Rose voavam na velocidade de seus movimentos ágeis, ela tentava desconcentrar a mutante para não conhecer os efeitos dos poderes que ela era capaz de causar.

– Isso vai ser um banho de sangue! - A voz da mutante que lutava com Draco se misturou com a risada maliciosa da mesma. Draco a agarrou pelo pescoço e chutou as canelas da garota de cabelos pretos presos em uma trança mal feita.

– Cato, a nossa mãe! - Draco gritou, tentou procurar Narcisa com o olhar, mas não podia se desconcentrar, ou então daria tudo a perder.

Cato era rápido. Sua rapidez sempre foi um benefício e tanto para sua vida, naquele momento ele teve a certeza disso. Seus pés corriam em volta do mutante de cabelos espetados que tentava acertá-lo com os raios que lançava pelas mãos. Um mutante elétrico, que ótimo! Além de precisar ser rápido, Cato precisava ser esperto. Se ele desviasse de algum raio enquanto corria em círculos, poderia causar o eletrocultamento de algum amigo, já que o mutante elétrico tentava seguir Cato em qualquer direção que ele fosse. Ainda por cima, tinha que proteger sua mãe. Não conseguia vê-la pela mata, torcia para que ela estivesse escondida e bem.

– Esse filho da puta de novo não. - Clove era perseguida pelo mutante do pesadelo. Ela não podia olhá-lo nos olhos. A morena não sabia se ele conseguia projetar sonhos ruins na mente das pessoas sem olhá-las diretamente nos olhos. Torcia para que não.

– É bom te ver, docinho. - O homem alisou o rosto de Clove, quando agarrou-a por trás, e a prendeu em seus braços. Clove cuspiu nas mãos do mutante quando os dedos frios e ásperos dele passearam pelos lábios dela.

– Vai se ferrar. - Ela rangiu os dentes quando sentiu suas bochechas serem apertadas fortemente, o interior de sua boca se feriu contra seus dentes.

Puxando seu braço que estava preso contra suas costas, Clove astutamente conseguiu agarrar os cabelos do mutante, que gemeu em dor. Soltou o rosto de Clove quando recebeu uma cotovelada da garota, então, a morena se livrou do corpo do homem. Tomou coragem e virou-se de frente para ele, mas não ousou encarar o olhar traiçoeiro do pesadelo. Socando o rosto do mutante, Clove provocou ainda mais a ira dele. A morena sentiu o gosto de ferro em sua boca, quando o pesadelo revidou e socou-a na boca. Clove tossiu e cuspiu o sangue fora, seus olhos faiscaram ódio quando encontrou o olhar do homem-pesadelo.

– Por que estão fazendo isso? - Luna tentava entender o que estava acontecendo, ao mesmo tempo em que desviava seu corpo de um chute que ganhava. A loira não compreendia o porquê de estar sendo atacada por uma garota que aparentemente tinha a mesma idade que ela. Se eram todos mutantes, todos deviam se juntar contra Bellatrix pra vingar o que aquela doutora maluca havia feito. Mas os mutantes da ilha pareciam apoiá-la, e aquilo chegava a ser surreal.

– Por que.. - Fugindo dos braços de Luna, que tentava prender a mutante, a garota de cabelos loiros encaracolados simplesmente desapareceu no ar. Luna paralisou. Em um segundo parecia ter agarrado a mutante com suas mãos, mas no segundo seguinte, a garota havia sumido. Era uma mutante invisível? - Não gostamos de intrusos na ilha. - A voz da mutante causou arrepios pela nuca de Luna, e então, Luna deduziu que era realmente uma mutante com o poder da invisibilidade.

– Ah, que ótimo. - Luna satirizou seu destino. - Como eu vou lutar contra uma coisa que eu não posso ver? - E então, Luna sentiu um peso sobre suas costas. Mãos agarraram seu pescoço, tão forte que, imediatamente, a loira perdeu totalmente sua respiração. Luna chutou o ar várias vezes, tentava acertar as pernas da mutante, enquanto lutava para respirar. Agarrando os braços da mutante invisível que estavam enlaçados contra seu pescoço, Luna fez força para se libertar.
– Eu vou matar você. - Novamente, a voz sombria da mutante adentrou os ouvidos de Luna. - E depois, vou te jogar pra minha amiga pantera te comer.

– Desgraçada. - Luna praguejou, mordendo os lábios fortemente, enquanto usava a mesma força para tirar os braços da mutante para longe do seu pescoço.
Sua pele já estava extremamente vermelha. Continuando a dar chutes para trás, no intuito de acertar a garota invisível, Luna conseguiu afrouxar os braços dela e instintivamente mordeu a mão da mutante. O grito de dor da garota se misturou com o gosto de sangue na boca de Luna, que respirava aceleradamente, agora, livre. Rapidamente correu os olhos pelo chão.

Precisava encontrar sua arma.

Hermione não sabia que conseguia fugir tão rápido de um inimigo como estava fazendo naquela luta. Ela também não sabia o grau de intensidade da dor de uma mordida de pantera, não queria nem imaginar. Só o que sabia era que estava sozinha lutando com uma mutante pantera, e se fosse sobreviver, teria que ser por si mesma. Era ela quem precisava se ajudar. A pistola que Rony tinha lhe dado já estava perdida pelo chão, e a garota não tinha nenhum segundo para procurar pela arma. Cada segundo contava, e caso ela se distraísse, seria presa fácil de pantera.

– Que ótimo, uma garça. - As penas das asas de Hermione estavam saindo pelas extremidades de seu vestido, e a mutante pantera pôde ver claramente quando agarrou os braços de Hermione. - Eu nunca comi uma garça antes.

– Não vai ser hoje que vai.. comer. - Hermione balbuciou, desviando agilmente das garras da felina que tentaram arranhá-la no rosto.

Reunindo suas forças, Hermione puxou seu braço e se livrou da pantera, mas sentiu um forte ardor quando as unhas afiadas da mutante arranhou sua pele. Ótimo, um mínimo arranhão provocado por aquele animal já era extremamente doloroso.

– Acho bom não contar vantagem ainda. - A felina rugiu, desviando de um chute veloz que Hermione usou para atingi-la. Rodando em volta do corpo da mutante alada, Cátia Bell agarrou os cabelos de sua presa, machucando o couro cabeludo de Hermione. Mordendo sua boca, Hermione gemeu em dor. Se debateu contra o corpo da pantera, tentando se libertar.

– Hermione, a arma! - E então, Hermione percebeu que Rony a observava. Ele a protegia mesmo completamente encrencado, caído no chão e preso embaixo do corpo de um mutante peludo e com orelhas de lobo.

– Rony! - Ela gritou ao ver o mutante em cima do ruivo mostrar enormes presas em sua boca, e tentar morder o braço de Rony. Rony por sua vez, tentava a todo custo e com toda sua força empurrar a cabeça do lobo para longe dele.

Quando Gina ouviu o grito de Hermione, seus instintos a fizeram desviar sua atenção e procurar pelo problema. Rony estava em uma encrenca feia, e Hermione tinha uma enorme marca de garras em seu rosto, Gina viu o sangue dela pingar no chão. Harry estava do outro lado da mata, e ele não parecia em maior vantagem. O vampiro que o encurralava parecia extremamente faminto. Gina sentiu uma enorme vontade de ajudá-lo quando o viu ser agarrado pelo mutante do mal. O problema maior era que Gina não podia ajudá-lo. Ela não podia ajudar ninguém. A encrenca em que se encontrava era ainda maior, e ela não conseguia se concentrar em seus poderes. Torcia para que, quando adquiriu o vírus vampírico, não tivesse perdido seus poderes telecinéticos. Sua cabeça latejava e as veias em seu corpo pulsavam, ela tentava usar a maior força que seu pensamento tinha.

Quando percebeu que estava descuidada, sentiu um vento extremamente frio passar ao lado de seu corpo. De olhos arregalados, girou sua cabeça para trás rapidamente tentando entender o que tinha acontecido, e viu uma das árvores da mata congelada. Completamente congelada. A boca de Gina abriu em espanto e ela voltou a enfrentar o mutante que tentava atingi-la. Era pra ela estar congelada naquele momento. Agradeceu imensamente seu sexto sentido e seu ato reflexo por ter desviado daquela bola de gelo.

– Então você congela coisas aqui? - A ruiva mexeu os ombros e encarou o homem gelo a sua frente, as mãos dele estavam erguidas no ar e miradas contra ela. Os olhos de Gina brilhavam intensamente.

– E vou congelar você, lindinha. - O mutante riu, e Gina bufou.

– Então parte pra cima, seu filho da puta. - Gina rangiu os dentes. Uma fumaça começou a exalar pelas mãos do homem, e no mesmo instante a fumaça congelou, e foi lançada em direção a Gina. A ruiva respirou pesadamente, semicerrou seus olhos naquele momento, e então, um som abafado provocou um baque pela mata, a árvore que há poucos tinha sido congelada trincou, e um campo de força escapou dos pensamentos de Gina. O gelo bateu contra o campo de força, e nada atingiu Gina. A ruiva abriu os olhos e enfrentou o homem, que evidentemente usava o máximo de sua capacidade mutante para tentar quebrar aquela redoma que a ruiva estava projetando.

O gelo emitido pelas mãos do mutante aumentava de intensidade e velocidade, batia contra o campo de força e provocava um baque agudo pela mata. Gina estranhamente sentia suas dores de cabeça diminuírem, e a camada de proteção em volta de seu corpo parecia engrossar, ficar mais forte. Ela estava ficando mais forte. Estava tendo o controle de seus poderes.

Quando as forças do mutante começaram a diminuir, e a feição dele de indignação e espanto denunciaram que Gina havia sido a mais forte, o campo de força explodiu e entrou em choque com o gelo das mãos do homem.

Os poderes ricochetearam. Gina pôde respirar fundo e desconcentrar sua mente, e quando piscou algumas vezes para desembaçar a visão, o homem mutante que a atacou estava congelado. Gina ficou extremamente surpresa.

– Você é bem esquentadinha pro meu gosto. - Os deboches de Draco só faziam a fúria da mutante que não cansava de ser eletrocutada pelos raios dele. A garota parecia querê-lo morto, e usava toda a intensidade dos seus poderes pra isso.

– Seu desgraçado. - Ela praguejou, quando sentiu as mãos de Draco agarrando-a pelo rosto, ferindo-a com mais um choque. A mutante então, agarrou os braços do loiro e emitiu no mesmo instante, fogo de suas mãos, queimando a pele do garoto.

– Cacete. - Draco arfou e mordeu os lábios para conter seu grito de dor, puxou com toda a força seu braço para longe da mutante, e chutou a barriga da garota. Ágil, ela segurou a perna de Draco e puxou o corpo do loiro, fazendo-o se desequilibrar e cair no chão. No mesmo instante a garota subiu em cima de Draco, deixando-o sem escapatória. Ele pôde ver as chamas nos olhos dela. - Vagabunda! - Cuspiu as palavras, quando sentiu as mãos extremamente quentes dela o tocar no rosto.

A pele de Draco fritou.

Ele gritou alto.

– DRACO! - Um desespero imenso tomou conta de Luna quando ela o viu sendo queimado. A loira estava cansada e machucada. Era completamente difícil lutar contra uma pessoa que podia ficar invisível, Luna mais apanhava do que batia. Mas a infeliz da garota não sairia viva dali sem uns belos machucados. Luna estava furiosa, e quando conseguia, machucava a mutante sem dó.

– Larga ele agora! - Gina subitamente surgiu perto da mutante em chamas e mirou a cabeça da garota com a arma de Hermione que pegou no chão. A ruiva foi esperta, e, assim que se livrou do homem gelo, foi ajudar os amigos. A mutante que atacava Draco, então, olhou para Gina lentamente, e as chamas em suas mãos se apagaram. Ela se levantou do chão, libertando o garoto que tinha o rosto queimado.

Gina olhou pros lados e viu que Clove tinha conseguido acabar com o homem pesadelo. Com a ajuda de Cato - que socou o mutante elétrico que o atacava até o fazer desmaiar -, Rony conseguiu deixar o homem lobo desacordado. Hermione também tinha o rosto desfigurado, mas a pantera estava no chão e a morena de pé. Era o que importava.

Luna estava presa pela mutante da invisibilidade, que agora, já estava visível para os mutantes. Pegando a arma que tinha dado a Luna no chão, Rony se aproximou de Luna, mirando a pistola na mutante do mal que prendia a amiga. Gina encarava a mutante do fogo fixamente, sem ao menos piscar. A garota bufava.

– Eu te dou três segundos pra soltar ela. - Rony foi frio, atormentou a mutante invisível. Harry, com sangue em suas mãos, se aproximou do grupo. O vampiro com quem ele havia lutado estava caído ao chão, a cabeça dele estava esmagada, e ao lado de seu corpo, uma pedra ensaguentada e fria marcava a terra vermelha do chão. Ao lado de Scorpius, Rose também se aproximava, parte dos braços da garota estava coberto de espinhos.

– Ninguém vai atirar em ninguém. - A mutante da invisibilidade rangiu os dentes.

– Eu vou começar a contar. - Rony mirou com mais precisão a cabeça da mutante.

– Se você atirar, vai acertar ela. - Avisou a garota, sorrindo de canto, sombriamente. Luna semicerrou os olhos, tentou respirar fundo. - É isso que você quer? Quer destruir esse rostinho bonito?

– Solta ela agora, vadia. - Com dificuldade, Draco se levantou do chão e apontou o dedo para a mutante que prendia o corpo de Luna. Luna mal conseguia respirar. - Ou eu te mato.

– Rony, cuidado! - Era tarde demais quando Rose alertou o amigo; a arma na mão do ruivo já caía no chão e ele era chutado no meio das pernas; a garota em chamas o atacou. O fogo se alastrou sobre as mãos da garota, e então ela correu os olhos por entre os mutantes, mirando Rony.

– Se alguém fizer alguma coisa, ele vai queimar. - Alertou ela, Hermione no mesmo instante foi segurada pelos braços por Harry.

– Você me obrigou... - A voz de Luna despertou a atenção dos amigos.

– O qu.. - A mutante que prendia o corpo da loira não teve tempo de reação, Luna deu uma cotovelada no rosto da garota, e instintivamente pegou a arma que caíra das mãos de Rony no chão, já que estava próxima do seu pé. Girou seu corpo e mirou a mutante invisível, que sangrava pela boca.

– Eu avisei! - A garota em chamas lançou o fogo de suas mãos contra Rony, mas o garoto rolou no chão, tirando rapidamente seu corpo daquele fogo cruzado.

– LUNA, AGORA! - Scorpius mandou, em um grito. Luna respirou fundo, suas mãos estavam trêmulas, mas ela não pensava em mais nada a não ser em conseguir se livrar daqueles mutantes desgraçados. E então, seu dedo disparou o gatilho.

O corpo da garota invisível foi ao chão. O sangue espalhou por seu rosto até tocar o chão frio.

– Você matou ela! - Revoltada, a mutante do fogo enfiou as mãos entre os cabelos. - VOCÊ A MATOU!

– Rony! - Luna rapidamente se virou para Rony e jogou a pistola para o garoto, que já estava levantado, e então ele mirou a única mutante que os atacou que ainda estava de pé.

– Não atira! - Uma voz desconhecida surgiu por entre eles, e então apareceu Narcisa presa nos braços de um vampiro. Era Vítor Krum, e Rony o reconheceu. Ele estava com hematomas, mas ainda assim parecia forte. Rony sentiu seu sangue ferver quando os olhares se cruzaram.

– Mãe.. - Cato tentou ir até a mãe, mas Krum segurou o queixo de Narcisa e aproximou sua boca do pescoço da mulher. Draco impediu Cato de continuar.

– Katniss, vamos voltar pro laboratório e avisar a Bellatrix. Ela vai querer matar todos eles. - O vampiro viu a mutante do fogo assentir, e então voltou a olhar Rony. - Nós vamos sair daqui, e se alguém fizer alguma coisa, a mamãe aqui morre. - Krum alertou exclusivamente Rony, já que era o ruivo que mirava o vampiro com a mão no gatilho da arma.

– Solta a Narcisa agora! - Rony sibilou as palavras, seu olhar intenso denunciava seu ódio. Narcisa prendia seu próprio choro.

– Você é surdo? - Krum debochou. - Vamos levá-la!

– Não vão não! - Draco vociferou.

– Mais um passo e ela morre. - O vampiro viu que o filho da matriarca Malfoy queria lutar.

– Quem vai morrer aqui é você. - Rony praguejou, instintivamente se aproximou do vampiro, e correu contra o tempo quando percebeu que Krum iria morder Narcisa.

– Ela já era! - A voz do vampiro saiu abafada contra o pescoço de Narcisa, e ele tocou a pele do da mulher com suas presas, mas no segundo em que tentou cravar os dentes, Rony puxou o gatilho e o corpo do vampiro caiu ao chão. Narcisa estava livre. A mulher correu até Draco e o abraçou, enquanto Cato alisou a cabeça da mãe.

Rony percebeu que a mutante do fogo ficou apavorada. Os olhos dela, arregalados, temiam por qualquer passo do garoto. Rony então procurou por Hermione. Ele queria vê-la. Queria saber se ela pensava do mesmo modo que ele naquele momento. Rony precisava ter a certeza de que Hermione concordava com ele. Quando a morena assentiu, ao fitá-lo por vários segundos, Rony respirou fundo. Uma vez, duas vezes. Na segunda vez, deu um único passo, e sem delonga alguma, atirou contra a cabeça da mutante em chamas, que não teve tempo de gritar. Caiu morta no chão, e o baque de seu corpo fez a poeira levantar.

– Estão todos mortos? - Luna enfiou as mãos entre os cabelos, desviou seu olhar de Rony e observou os corpos dos mutantes que os atacaram pelo chão, e Safira e Lilá, que ainda permaneciam ali, mortas. Era uma visão de carnificina.

Ninguém respondeu. O clima entre eles era extremamente frio. Cada um agiu sombriamente naquela noite. E a maior pergunta ficava no ar: eles teriam algum peso na consciência depois?

Scorpius quebrou o silêncio. Não foi com palavras. O loiro caminhou por entre os amigos, e se aproximou do corpo do vampiro no chão. Não estava morto. Mas precisava estar.

Sem olhar o que estava fazendo, Scorpius encontrou o olhar de Rose, enquanto mirava seu pé no pescoço do vampiro. Deu um chute, e viu Rose encolher os ombros, o corpo da garota estremeceu. No segundo chute que Scorpius deu, o pescoço de Krum se partiu de seu corpo, e então, Rose não conseguiu manter aquele olhar.

– Agora estão. - Scorpius olhou a cabeça decepada do vampiro. Respirou fundo. Não encarou mais ninguém.


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Notas finais do capítulo

N/a: Por favor, não me matem por eu ter colocado a Katniss como vilã! Hahaha. Gente, o contador de acesso tá processando mais de 70 visualizações nos capítulos, enquanto 4 ou 5 leitores comentam. Por favor, preciso da opinião de vocês.. tô começando a ficar triste.

N/B: Wow. Que capítulo foi esse? Eu não sabia se lia e relia ou se editava... Hermione badass lutando com a pantera, Rony atirador de elite, Scorpius boladão... tá pegando fogo! Vamos todos fazer uma corrente de pensamento positivo pra Jenn escrever mais e postar logo (e pra Bellatrix aparecer, estou com saudades). Xoxo, Laís