Mutant World escrita por Jenny Lovegood


Capítulo 3
Famílias: Moddley - Lovegood - Malfoy


Notas iniciais do capítulo

Ação e aventura já vai começar nos próximos capítulos, e junto com ela, muito romance também é claro ♥
Como havia declarado no capítulo anterior, fui obrigada a mudar o sobrenome de alguns personagens por não fazer parte das respectivas famílias nos filmes e nos livros de HP. Nesse caso (e último) é de Scorpius, que mesmo com outro sobrenome nessa história, continua sendo nosso perfeito Scorpius Malfoy .. espero a compreensão de vocês ♥
(Já deu pra vocês perceberem que eu gosto de brincar com personagens,e com a troca deles né? Hehehe)



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— Scorpius, eu já disse que não, meu Deus! - Respondia a mulher irritada, pela quinta vez, a mesma pergunta.

— Mas mãe, é só um pouquinho.. - Ele implorava.

— Claro, eu vou deixar pra você sair hipnotizando todo mundo por aí. - Astoria debochou.

— Caramba, e depois a senhora reclama.. - O loiro bufou irritando lançando um olhar fixo na mãe.

— Nem pense em fazer isso garoto. - Ela o repreendeu, já imaginando as consequências que aqueles olhos trariam á si.

— Eu já não saio de casa há meses. - Scorpius retrucou indignado. - E é o show da minha banda preferida!

— Primeiro, você não saí pro seu próprio bem. Astoria argumentou. - E segundo, como você faria pra entrar se nem ingresso tem? - Indagou, cruzando os braços.

— Eu.. eu iria pedir. - Respondeu o loiro depois de uma pausa.

— Pedir. - Astoria riu pelo nariz. - Você nasceu com uma habilidade diferente Scorpius. Não use ela em benefício próprio e prejudicando as pessoas.. - A mãe falou com simplicidade, alisou levemente a bochecha direita do filho e o deixou para trás, logo tomando rumo à sala de jantar.

A família Moddley era composta apenas por três pessoas: Astoria, Tom e Scorpius. A mulher, apesar de já ter um filho de 16 anos, era jovem e muito bonita. O homem, focado, centralizado e um pai muito divertido, tinha seus 40 anos muito bem distribuídos.

O mais novo em questão era loiro, tinham seus olhos verdes, corpo definido para tal idade e definitivamente não se encaixava na lista de "pessoas normais".

A tentação de conseguirmos algo de desejamos muito (de uma maneira fácil) é extremamente difícil de controlar, e Scorpius era uma das pessoas que mais poderia concordar com tal fato. Vou listar algumas de das regras básicas convivência - ou de sobrevivência, encarem como quiserem - para quem tem o prazer de se ver ao lado desse garoto.

A primeira: Se você o chatear ou o irritar, não olhe nos olhos deles. A segunda: Se ele quer muito algo que você tem ou que você pode conseguir, mesmo que de uma maneira perigosa, não olhe nos olhos dele. E a terceira: Se você falar ou fizer alguma das mais mínimas coisas contra seus pais, prepare para ser obrigado a se jogar na frente de um carro, ou quem saber conseguir uma arma e atirar contra a própria cabeça.

Entretanto, com tantos desses casos e acasos que poderiam te levar a encarar Scorpius de um modo repugnante, o loiro poderia ser extremamente amigável e amoroso. Se algum dia aprendesse, é claro.

~~ ~~ ~~ ~~ ~~ ~~ ~~

— CATO, PARA COM ISSO MENINO! - Narcisa o repreendia novamente, ao ver que o garoto estava com o dedo pousado sobre as chamas acesas de uma das trempes do fogão.

— Relaxa mãe! - O loiro respondia sem ligar. - Caralho, é muito bom fazer isso. - Exclamou enquanto tirava a mão de sobre as chamas e via a feia queimadura que já se formara sobre a pele desaparecer. A mãe, vendo a cena, colocou a mão sobre a testa e revirou os olhos.

— Você e seu irmão vão me deixar maluca um dia, sério. - Dramatizou a mulher, e viu o filho rir, agora finalmente desligando o fogão e a olhando.

— Cadê o Draco? - Cato perguntou, ainda observando a pele, agora em perfeito estado.

— Deve tá no quarto. - A mãe respondeu dando de ombros e se aproximando do filho, logo analisando, como o mesmo, a mão com a pele dele em bom estado. - Não sei como você consegue fazer isso. Mas um dia pode dar errado. Já parou pra pensar nisso? - Narcisa indagou, séria, dirigindo o olhar para o filho. Ele deu de ombros. - Você nunca vai tomar jeito não é?

— Não mesmo. - Respondeu divertido e viu a mãe semicerrar os olhos, assustada, com um barulho imediato de um trovão.

— Eu vou matar o Draco. - Ela falou entredentes, logo saindo de perto de Cato pisando forte e indo em direção à sala. - DRACO! SE FOR VOCÊ EU VOU ACABAR COM SUA RAÇA! MINHA ROUPA TÁ SECANDO NO VARAL GAROTO! - Cato riu, agora já seguindo a mãe.

— EU JURO QUE NÃO FUI EU! - Um grito ecoou sala a dentro, e logo pode se ver a chuva (que acabara de começar em uma velocidade extrema) cessar e o tom de um normal céu estrelado em um começo de noite aparecer.

— Eu vou enlouquecer, eu vou, ah eu vou. - Narcisa repetia a si mesma, enquanto bagunçava os cabelos e arrancava risadas de Cato. Draco desceu correndo as escadas e, ao ver o irmão rindo, começou a rir também.

— Calma, mamãe. - O loiro mais novo brincou e viu a mulher lhe lançar um olhar furioso.

— Se tiver molhado.. - A mãe começou, já apontando um dedo rumo aos olhos de Draco. - Você vai se virar e secar. - Saiu, pisando forte, e os dois ouviram a porta da sala se abrir e segundos depois ser fechada com um forte baque.

— Eu tenho medo de ela realmente ficar maluca um dia. - Cato falou pensativo arrancando uma gargalhada de Draco.

— A culpa não vai ser nossa isso acontecer, não é mesmo? - Indagou Draco,sarcástico.

— É claro que não. - O loiro mais velho ironizou e os dois riram juntos.

— Bora fazer alguma coisa? - Sugeriu Cato.

— Tipo o quê? - Perguntou o mais novo entediado.

— Sei lá.. televisão? - Cato voltou a sugerir,sem muito interesse.

— Acho que não. Vou subir, lá vou poder me divertir mais.. - Falou Draco com um sorriso maroto sobre os lábios.

— Atravessando as coisas? Ou mudando o tempo? - Cato indagou fazendo Draco rir mais.

— A segunda opção tá fora de cogitação. A mãe me mata. Deixa ela pegar a roupa do varal primeiro. - Falou com seu costumeiro jeito moleque de ser e viu o irmão rir, revirando os olhos ao mesmo tempo.

Caminhou escada a cima, quando ouviu o som de vozes vindos da televisão e parou quando o irmão o chamou.

— Draco, vem aqui! - O loiro mais novo voltou dando passos largos e rápidos, e logo pulou o sofá para poder se sentar. Acho que vocês já perceberam que eles não costumam fazer as coisas do jeito certo não é?

— Que foi? - Draco questionou com os olhos já na televisão.

— Cala a boca e escuta. - Cato mandou e logo o silêncio pairou ali, exceto pelo jornalista que falava na televisão.

"A polícia da Manchester disse que as providências serão devidamente tomadas e novos casos como esse não vão voltar a surgir. Agora é esperar. A sociedade está muito assustada, com medo de sair das suas casas e encontrar uma mutante, ou melhor, uma aberração dessas por aí."

— Nossa. - Draco mostrou repugnância na voz ao ver a foto que aparecia na tela da televisão.

— Existem mais como nós. - Cato comentou atônito.

— Não somos como essa coisa. - Falou o loiro mais novo subitamente.

— É uma garota pantera. - Explicou Cato, que levava a mão no controle e desligava a tv.

— Sinistro. - Draco disse um tanto atordoado.

— Eles estão atrás dos mutantes. - Começou Cato, um tanto apreensivo.

— Dos o quê? - O outro indagou.

— Dos mutantes. Seres com habilidades especiais. Qual é, você viu a jornalista dizendo. - Cato viu Draco dar de ombros.

— Mas então.. - Começou o loiro.. - Nós somos mutantes? Eu e você?

— Somos. - Assentiu Cato. - Você consegue atravessar paredes, portas, consegue fazer chover, fazer tempestades, sol..

— E você tem super agilidade e cicatriza seus ferimentos por si só .. - Completou Draco admirado. - Caramba, somos mutantes. Que foda. - O loiro falou abobado e viu Cato rir e revirar os olhos, logo depois ficando sério novamente.

—Agora que você já sabe o que somos, pode fazer alguma noção de que estamos correndo um pouquinho de risco, não ? - Cato perguntou demonstrando uma leve ironia na voz.

— Eles estão atrás dos mutantes perigosos. Nós não somos perigosos. - Replicou Draco.

— Mas somos mutantes, ô coisa burra. - Cato falou sério.

— Hmmm.. tá legal. - Draco começou mais logo foi interrompido pelo irmão.

— Presta atenção Draco. Com certeza é por isso que a mãe nunca nos expôs. Ela sabia que isso ia acontecer algum dia.. - Cato falava sensatamente e Draco ouvia com atenção.

— Mas Cato.. até os nossos 6 anos nossa mãe não sabia que éramos assim.. - Contrapôs o loiro.

— E depois que ela descobriu? Lembra o que ela fez? - Cato indagou, com as sobrancelhas arqueadas e viu um Draco passar de pensativo para atordoado.

— Se mudou, trouxe a gente pra cá e perdeu o contato com a nossa família. - Draco concluiu e o irmão mais velho assentiu.

— Exatamente.

— Ela não pode saber dessa notícia. - Draco se referiu ao que acabara de ver na televisão.

— Ela não vai.. por enquanto não né.. - Cato começou apreensivo.

— Por enquanto? - Questionou o outro.

— Mas cedo ou mais tarde isso vai vazar em tudo que é canto Draco. E ela vai ficar apavorada. - Cato falou sensatamente.

— O que você acha que ela vai fazer? - Draco perguntou aturdido.

— Pela primeira vez estou começando a acreditar no improvável.. - Cato finalizou pensativo, viu o irmão bufar e pode ouvir um quase inaudível "problemas à vista" dele.

~~~~ ~~ ~~ ~~ ~~ ~~

Quem nunca se pegou conversando com um animal, por mais que soubesse que ele poderia não entender e não estar nem aí pra o quê você está falando? Quem nunca deu carinho a um animal com palavras bobas e com voz de bebê? Se você se encaixa nessa lista de "quem nunca", atire a primeira pedra, por favor.

Luna Lovegood nunca conseguiu entender bem essa capacidade de conseguir se comunicar, livremente e compreensivelmente com os animais, enquanto as outras pessoas simplesmente tinha uma total e diferente língua comparado a eles.

Mas como se dizem por aí, não são as respostas que movem o mundo, são as perguntas. Um dia, mais cedo ou mais tarde ,ela iria descobrir porquê era diferente. Diferente de uma forma boa, disso ela não tinha a menor dúvida.

Luna sempre fora meiga, atenciosa e amiga, mesmo que só do pai. Vivia com ele em uma casa simples de Manchester. Obediente, educada e feliz. Apesar de tudo. Desde que a mãe morrera no parto, a loira nunca pôde reclamar de como foi criada pelo pai. Nunca lhe faltando nada. Nunca lhe faltando amor.

— Não acredito pai! - Ela dizia indignada ao destampar uma panela sobre o fogão e encontrar um cheiroso e bem cozido peixe ali.

— Que foi filha? - Perguntou Lúcio.

— Olha o que você fez com esse peixe! - A loira continuou indignada, agora olhava o pai que já estava sentado e comendo.

— O quê? É só um peixe Luna. - Ele respondeu de boca cheia.

— Não pai, não é só um peixe! - Ela colocou as mãos na cintura. - É um Tambaqui!

— Um Tambaqui? - Perguntou o pai, admirado e a filha assentiu, ainda com ar de revolta. - Então meu amor.. tenho certeza que esse Tambaquizinho vai ficar super feliz de ver você devorando ele.

— Pai! - Ela o repreendeu novamente, zangada, e o homem não conseguiu conter a risada.

— Ande Luna, tá uma delícia..

— Eu não vou comer esse pobre peixe. - A loira replicou e viu que agora o pai não conseguia parar de rir. - Isso não tem graça..

— Filh.. desculp.. mas é q.. - O som da risada fina e falha tomava conta da cozinha, e Luna, sabendo que ele não pararia de rir por um bom tempo, bufou, e logo se viu enchendo o prato de comida, e consequentemente, do pobre Tambaqui. - Eu sabia que você não ia resistir.. - Lúcio dizia, depois de finalmente conseguir parar de rir e ter a filha encontrada sentada ao seu lado.

— Só vou comer porque o cheiro está muito bom.. - Ela argumentou com a voz emburrada, segundos depois não resistindo e lançando um sorriso ao pai. Enquanto mastigava a primeira garfada de comida, sentiu algo peludo lhe fazer cócegas nas pernas e percebeu que havia mais uma presença amável ali. - Manchinha! - Exclamou Luna, feliz. Ela definitivamente era apaixonada com animais e apelidara o gato de Manchinha por sua pelagem ser totalmente branca e ele possuir apenas uma manchinha preta um pouco acima do focinho, por pouco, quase formando um coração.

— Luna, você está comendo! - O pai a repreendeu, ao vê-la pegar o gato peludo e colocar sobre o colo.

— O quê você quer, hein? - Luna ignorou o pai, e começou uma conversa com o animal.

Ouviu e conseguir entender a resposta do felino, que soltou apenas um "estou com fome" em forma de miado para os que não tinham tal habilidade como a loira de compreender. A garota sorriu em resposta, passou os dedos carinhosamente sobre a coluna coberta de pelagem branca do gato e colocou sobre a cadeira, enquanto ia em direção à panela de peixe sobre o fogão.

— Luna! - Lúcio falou com um tom reprovação ao ver a loira pegar um enorme pedaço do Tambaqui cozido e jogar no chão para o felino, que segundos depois, já se encontrava devorando-o.

— Pai, ele está com fome. - Ela respondeu enquanto dava de ombros. Pôde ver, por um breve instante, Manchinha lhe lançar um olhar de gratidão e carinha e lhe responder um pequeno "obrigado", é claro, em forma de um miado desafinado aos ouvidos de Lúcio. Ela retribuiu o sorriso.

— Você realmente consegue entender eles? - O pai indagou, um pouco perplexo.

— Consigo. - Respondeu a loira com simplicidade, voltando a se sentar e retomando a comer.

— Eu ainda me espanto com isso.. - Lúcio confessou abismado e Luna riu pelo nariz. - Ah, Luna.. cadê meu rádio? - O pai perguntou.

— Acho que tá ali na sala. - A loira respondeu. - Quer que eu busque?

— É por isso que eu te amo demais viu.. - Lúcio brincou e riu, enquanto via a filha se levantar da cadeira, mas uma vez abandonando o prato de comida e indo rumo à sala.

— Aham, aham.. - Ela ironizou, rindo junto. Logo voltara para a mesa com o pequeno rádio que seu pai tanto gostava, para sempre ficar por dentro das notícias e se distrair com uma musiquinha qualquer quando quisesse.

— Vamos lá.. - O homem falava enquanto tentava sintonizar o rádio em algo que realmente prestasse, afinal, eles moravam bem distantes da cidade, em uma espécie de campo, fazenda, uma espécie de "fim de cidade", entendam como quiserem, e o sinal lá era péssimo.

Conseguiu finalmente encontrar um canal bom, vez ou outra falhava, mas bom. Os dois voltaram a comer, Lúcio já terminando e Luna nem na metade, apenas ouvindo as vozes que saiam daquele rádio.

"Ainda sobre o caso da aparição da mutante pantera na saída de Manchester, recentemente.."

Uma voz feminina falava, e agora, a atenção de Luna e Lúcio estavam totalmente voltadas para o rádio. Vez ou outra se entreolhavam.

"Já tivemos a ordem de varrer a cidade, de canto a canto, até encontrarmos todas essas aberrações. Fomos autorizados a prender tanto os mutantes que encontrarmos, tanto os pais, os possíveis criadores dessas coisas repugnantes." - Dizia agora uma voz masculina, de um policial, denominado Andrew Hart.

Luna fitou agora o pai, a expressão do homem estava aterrorizada e a da loira pasma. Tinha visto o caso da mutante umas horas mais cedo hoje, mas já esquecera completamente. Pelo visto, constatou ela, seu pai parecia que não.

"E o que farão quando prendê-los?" - Perguntou a jornalista. Luna tomou a devida precaução de ouvir atentamente as respostas finais.

"Ainda não é concreto. Precisamos ainda da resposta do governo. Mas o que tudo indica, iremos eliminá-los, e se descobrirmos que foram os pais que realmente os criaram, serão eliminados como tal."

Luna, de imediato, pareceu não reagir, mas segundos depois entreabriu a boca, visivelmente espantada. O pai, imediatamente desligou o rádio. Parecia desconcertado, aterrorizado e sem saber o que fazer.

— Você.. você.. - Lúcio começou, desesperado, apontando para a filha.

— Pai? Pai, tá tudo bem? - Ela perguntou demonstrando extrema preocupação no tom de voz.

— Você não está mais segura aqui minha filha. - Ele esbravejou.


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Notas finais do capítulo

Bom,vou explicar.. pode ter ficado confuso no começo mas logo vocês se acostumam. Como podem ver, troquei muitos personagens, famílias e outras coisas a mais.. O que seria um "Lúcio Malfoy" se tornou Lúcio Lovegood na fic, e sim, ele é pai da Luna antes que vocês se façam essa pergunta a si mesmos. O que seriam um "Tom Riddle" da vida, se tornou em Tom Moddley, pai do Scorpius consequentemente. E a Astoria, como desde sempre, é mãe de Scorpius, mas NÃO tem nada a ver com Draco ou com a família. Acho que vocês perceberam isso, tanto pela diferença de idade.. Então, é isso.

Mereço reviews? Olha que reviews é de graça hein..
Próximos capítulos vão ganhar emoção.