Mutant World escrita por Jenny Lovegood


Capítulo 15
Ilha dos Mutantes


Notas iniciais do capítulo

Simm, tem um capítulo prontinho e novinho pra vocês! Presente de ano novo hein..
(Estou escrevendo pelo notebook da minha mãe, já que ainda não arrumei o meu)

Soundtrack ¹: https://www.youtube.com/watch?v=YqSiv-Kdb28&index=6&

Soundtrack ²: https://www.youtube.com/watch?v=-mn9TAgqNfs&index=24&

Soundtrack ³: https://www.youtube.com/watch?v=pAh37cKuiOU&index=30&



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¹ Estava quieto, tudo estava muito quieto. O som que podia ser ouvido era do vento balançando as folhas das árvores. Clove podia ouvir esse som mesmo ainda sonolenta, de olhos fechados. A garota mexeu o braço, sentiu como se estivesse empoeirando sua pele. Piscou os olhos com força e rapidamente os abriu. O sol que batia contra seu rosto pareceu não incomodá-la, estava ocupada demais olhando em volta de onde estava com os olhos arregalados. Na verdade, Clove não fazia a menor ideia de onde estava. Olhou para seu braço quando se cansou de procurar por algo que não havia encontrado: seus amigos. A pele branca de seu pulso estava ferida, avermelhada como pimenta. Havia se machucado enquanto lutava contra os policiais. Seu cotovelo também estava pigmentado de vermelho, mas era resultado da terra em baixo de seu corpo.

Clove respirou fundo ao deixar de encarar seu braço e voltar a olhar por entre as árvores. Estava começando a ficar preocupada com tanto verde. Se levantou do chão enquanto deixava escapar um baixo gemido de dor. Parecia ter levado vários chutes pelo corpo. A morena tentou se concentrar, pensar em onde podia estar. Mas não conhecia aquele lugar, definitivamente. Parecia uma floresta, uma mata enorme, mas não era. Parecia ser um lugar muito mais além. A sensação que Clove tinha era de estar em um labirinto de problemas. Não estava vendo sinal de seus amigos, muito menos de seu irmão. Não sabia onde estava, não sabia o que fazer ali, não sabia se encontraria perigos pela frente. Ou melhor, disso, Clove sabia. Ela tinha certeza. Ela só não queria acreditar que estaria em perigo no meio de uma mata e completamente sozinha.

A morena deu alguns passos lentos por entre a terra, tirou alguns galhos de árvore do caminho com as mãos. Tentou vasculhar aquela área.

– Harry? - Usou o tom de voz mais baixo que podia. Baixo, porém firme. - Harry, você tá aqui? - Chamou o irmão mais uma vez, precisava encontrá-lo. No fundo, sabia que seu coração estava apertado com medo de algo ter acontecido com Harry. Era seu único e melhor irmão. - Harry Potter, eu acho bom você prestar pra ser um irmão descente e aparecer. - Clove riu sem emoção daquele próprio comentário, enquanto cruzava os braços e se recostava sobre a casca áspera de uma árvore. Respirou fundo. De um dia pro outro todo o seu mundo tinha virado de cabeça pra baixo, e a cabeça da garota nunca ao menos estivera no lugar algum dia. Mas agora, tudo estava definitivamente bagunçado. E era uma bagunça desesperadora. Não sabia como arrumar tudo aquilo. E sem Harry, não tinha a menor direção. Sem Harry e os outros mutantes. Por uns instante, enquanto sentia uma brisa gelada varrer seus cabelos e arrepiar sua pele, sentiu falta de discutir com Rose.

Subitamente, Clove afastou seu corpo da árvore e olhou em volta. Brisa fria. Como podia ter sentido uma brisa fria, se o sol estava escaldante por entre aquela mata? A morena começou a andar por entre as árvores, seguia na direção leste do matagal enquanto sentia cada vez mais a sensação de gelidez, como se gotículas de água fria lhe esfriassem o corpo, mesmo sem a tocar. Ela estava prestes a encontrar alguma coisa, sabia que estava, ou estava errada e ficando louca. Andou mais um pouco, seus passos estavam mais apressados. Bateu duas vezes seguidas com a testa sobre galhos de árvores que estavam pendurados. Xingou duas vezes seguidas também.

A morena não sabia se devia abrir um sorriso ou entreabrir a boca, no momento em que arranhou o braço por entre uma última árvore e avistou, à frente, o mar. Sim, o mar. Estava em uma praia enorme. Correu os olhos por toda a extensão que a areia quente cobria o chão. Enfiou as mãos entre os cabelos pretos enquanto dava alguns passos por sobre a areia funda. Que lugar era aquele? Primeiro, mata, muita mata. Depois, uma praia maravilhosa e deserta. Aquilo estava com sinal de encrenca, Clove podia sentir. Tinha que colocar a cabeça pra pensar, precisava pensar no que fazer.

Com alguns segundos de caminhada à passos largos, Clove chegou à beira do mar. Não estava agitado, e aquela calmaria por entre as leves ondas davam uma sensação de perigo ainda maior. Calmo demais pro gosto de Clove.

Agora sim podia sentir os respingos da água do mar contra seu pescoço e seus braços. A morena soltou um suspiro, seus olhos vasculhavam aquela praia.

– Isso tá muito sinistro.. - Sussurrou para si mesma, enquanto corria os olhos por entre a floresta atrás de seu corpo, distante. Piscou forte, várias vezes. Sua mente girou. Com os lábios entreabertos, Clove tornou a enfiar os dedos entre os cabelos. - É Clove.. agora você sabe onde está.

E uma voz passou por entre a mente de Clove - uma voz que a qual a garota sentia tanto ódio - relembrando-a: Levem eles. Levem todos eles pra ilha.

– Essa é a ilha. - Clove desvendou sua própria dúvida. - O que será que tem nesse lugar?

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² - Ora, ora. Vocês acordaram! - Soou a voz sorrateira de uma mulher aparentando ter meia idade de vida, com longos cabelos cacheados lhe cobrindo as costas. Bem, não completamente cacheados. Seu cabelo parecia não ver um pente há anos. Isso dava à mulher um ar ainda mais bizarro. Pelo menos essa foi a primeira impressão que Rose teve, ao abrir os olhos e tentar mexer seu corpo. Não conseguiu, seus braços atrás de suas costas estavam presos, amarrados em algo que a ruiva não conseguiu decifrar.

– Quem é você? - Rose perguntou de súbito, manteve a voz mais firme que pôde. Às vezes, não parecia ter a idade que tinha.

– Olha se não é uma das minhas mais belas criações. -A mulher, que se vestia totalmente de branco, aproximou-se de Rose, agachando-se sobre o chão e tocando o rosto da garota.

– Não encosta em mim. - Bufou a ruiva, desviando o olhar do da mulher enquanto girava o rosto. Sentiu os dedos quentes apertarem os dois lados de sua bochecha, com força. Semicerrou os olhos segundos depois de avistar outra garota, também ruiva, à alguns metros de distância ao seu lado.

– Tem um dom tão maravilhoso. - Comentou a mulher, parecia extremamente orgulhosa. Soltou o rosto de Rose, agora delicadamente, e se levantou do chão. Correu os olhos pelos lados até encontrar o olhar de Gina. A mulher levou sua mão até seu próprio queixo, apoiou-o sobre os dedos. - Curioso.. - Ela admitiu. Gina tinha os olhos fixos na mulher. - Como ainda nenhum pote atrás de mim se quebrou?

Automaticamente, Gina olhou para a prateleira que o corpo da mulher escondia, assim que ela se movimentou pelo cômodo. A prateleira estava coberta com vários potes em conserva. Não, não podia ser em conserva. Gina entreabriu a boca, fez uma expressão de horror. Eram fetos. Fetos de crianças. Tinha certeza que eram.

– Que horror, o que é isso? - A voz da ruiva sobressaltou. Olhou novamente a mulher, que mantinha um sorriso calmo sobre os lábios.

– Você está controlando os seus poderes muito bem. - Comentou a voz adulta. - Está assustada comigo mas mesmo assim ainda não explodiu nenhum objeto.

– Eu sei quem é você. - A ruiva cuspiu as palavras. Viu as sobrancelhas da mulher se contraírem, enquanto a mesma se aproximava de Gina, que tentava se soltar das amarras presas à seus pulsos.

– Como sabe quem eu sou? - Indagou a mulher, séria.

– Você a conhece? - Rose perguntou, estupefata, olhando Gina de relance.

– É Bellatrix Lestrange. - Gina falou, com firmeza.

– Então você sabe quem eu sou.. - Bellatrix balançou a cabeça algumas vezes, pensativa.

– É você quem fez experiências com a gente. - A voz de Gina continha raiva. - Foi por sua culpa que nascemos assim.

– Você? - Rose se alarmou. - Como pôde fazer isso?

– Eu só queria melhorar a raça humana. - Explicou a mulher, enquanto cruzava os braços e encarava as duas ruivas.

– Isso é ilegal, você sabe. - Retrucou Gina, de prontidão.

– Eu sei. Eu sempre soube. - Continuou Lestrange, sensatamente. - Mas isso não iria me impedir. Eu criei seres melhores, mais poderosos. Muito mais poderosos.

– Você não tinha esse direito. - Rose cerrou os dentes.

– Não sei porque estão reclamando. - Bellatrix descruzou os braços e se aproximou. - Vocês são diferentes.

– Exatamente. Somos diferentes. - Gina parecia furiosa. - Nunca conseguimos ter uma vida normal, por sua culpa.

– Não foi só minha culpa! - Bellatrix aumentou o tom de voz. Gina tinha os lábios entreabertos e respirava pesadamente. - Alguns pais sabiam disso! Tiveram pleno consentimento.

– Como é? - Rose pareceu perplexa.

– Não foram todos. Mas muitos sabiam. - Explicou a mulher, pensativa.

– Tá dizendo que alguns pais aceitaram esse absurdo? - Gina indagou, estupefata. - Eles aceitaram você fazer experiências em seus próprios filhos?

– É isso mesmo. Eu disse a eles que vocês seriam superdotados, diferentes. E eles aceitaram sim. - Bellatrix encarou Gina nos olhos, olhos esses que brilhavam de fúria. - E o seu pai foi um deles. - A ruiva, subitamente, perdeu a coloração vermelha de suas bochechas. Seu corpo ficou pálido.

– O meu pai? - Gina sentiu seus olhos arderem e a voz falhar.

– O próprio. Jefferson Whotsley. Me lembro dele como se fosse ontem. - Bellatrix viu uma lágrima silenciosa correr pelo rosto da ruiva mais velha. Sabia que Gina era mais velha pois tinha todas as idades dos mutantes gravadas em suas mentes. Nunca esqueceria.

– Ele.. ele sabia que.. meu pai deixou você fazer experiências em mim? - A ruiva trincou os dentes, sentia como se seu corpo inteiro tivesse em chamas. Era assim que se sentia quando estava nervosa e estava a ponto de explodir aquela sala inteira.

– E os meus pais? - Rose desviou os olhos de Gina, encarou Bellatrix. A atenção da médica e da mutante da clarividência se desviaram uma da outra, quando os potes de vidro sobre a prateleira começaram a explodir, e os estilhaços de vidros voarem por todos os lados.

– Não pode ser! - Gina gritou, Bellatrix se agaixou e protegeu seu rosto dos cacos de vidros que voavam sem rumo. Ouviu-se um som abafado e rapidamente chamas de fogo começaram a cobrir a lixeira de lixo no canto do cômodo. Rose arregalou os olhos e percebeu Bellatrix pasma, observando a reação dos poderes de Gina. A evolução dos poderes da garota.

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– Luna.. Luna acorda..

Draco já vinha tentando despertar Luna a provavelmente uns trinta minutos. A loira parecia estar em um transe profundo, mas não morta. Sua pulsação estava normal e seus batimentos cardíacos também - o loiro conferiu isso -. Já havia andado por entre aquele matagal sem fim, já havia mexido com o corpo de Luna tentando acordar a garota, já havia pegado uma banana em um cacho bem maduro de bananeira.. Estava com fome, e também com sede. Luna provavelmente também estaria, por isso, Draco também pegara uma fruta pra garota. Mas de água, ele não via nenhum sinal.

Seu corpo estava dolorido, tinha um corte feio sobre os lábios, que latejavam. Não fazia a menor noção de onde ele e Luna estavam, também não fazia a menor noção de onde estavam os outros mutantes. E Cato. Havia se perdido do irmão de novo. Não gostava nada daquela história de ficar longe do irmão naquela batalha. Tudo o que se lembrava era da briga com os policiais, de ser capturado, e então, acordar naquele lugar.

Estava calor e queria tirar aquela roupa. Aliás, já queria tirar aquela roupa há tempos. Sentia falta de roupa limpa. Sentia falta de sua mãe. O loiro abraçou os joelhos enquanto olhava o corpo de Luna adormecido sobre a terra vermelha. A garota não parecia muito machucada. Apenas seus pulsos estavam arranhados e sua boca parecia inchada. Inchada, mas ainda assim, delicada. Seus lábios eram contornados e o tom roxo-avermelhado a fazia parecer estar usando algum tipo de batom. Mas Draco não precisava reparar tanto em detalhes assim. O loiro desviou os olhos de Luna. Olhou por entre as árvores à sua frente. Tudo o que ele conseguia enxergar era mato, plantas. Tudo verde. E ainda diziam que verde trazia esperança.. Estavam perdidos em um matagal no meio do nada, e sem os seus amigos. Pelo menos Draco estava completamente sem esperanças.

Os pensamentos do loiro se esvaíram no momento em que ouviu-se um resmungo escapando dos lábios de Luna. A garota se remexeu um pouco, pareceu sentir dor. Abriu os olhos um tanto atordoada, e se surpreendeu ao encontrar Draco em sua frente.

– Draco? -Luna subitamente moveu seu corpo e se sentou, seus pulsos reclamaram um pouco. Haviam sido muito apertados, estavam totalmente doloridos.

– Finalmente você acordou. - Draco tentou comemorar, mas só tentou. Estava tão tenso quanto Luna, enquanto a garota olhava ao redor da mata.

– Que lugar é esse? - A loira indagou, preocupada.

– Não faço a menor ideia. - Confessou o loiro, encarando os olhos de Luna quando a garota o fitou novamente.

– Espera.. Os policiais, eles trouxeram a gente pra cá? - Perguntou a garota, enfiando uma mão entre os cabelos loiros.

– É, isso ai. Aqueles desgraçados. - Draco trincou os dentes.

– E os outros? Por que eles não estão aqui? - Luna parecia cada vez mais confusa.

– Eu não sei. Eu tô tão desinformado quanto você.. - O garoto tentou explicar, viu que Luna parecia uma bagunça internamente. Não a culpava. Ele a entendia plenamente.

– Essa.. essa deve ser a tal ilha. - Luna encarou Draco.

– Ilha? - O loiro contraiu as sobrancelhas, sua testa se franziu.

– É, a ilha que aquele policial maldito disse que era pra nos trazer. - Luna relembrou Draco, que entreabriu a boca.

– É verdade, cara. - Draco se levantou automaticamente do chão e olhou em volta. - Mas, eu só vejo mato.

– Provavelmente isso é parte da ilha. - Luna explicou, enquanto tentava se levantar. Draco a olhou e estendeu suas mãos.

– Vem. - Ele ofereceu, e Luna assentiu, em agradecimento. Segurou firme nas mãos do garoto e ergueu seu corpo, logo, ficando de pé. - Você está fraca.

– Estou com fome. - Reclamou a loira, alisando a barriga por cima da roupa.

– Eu peguei uma banana pra você. - O loiro falou, tranquilizando-a, enquanto tirava a fruta de seu bolso. Viu Luna abrir um sorriso enorme de gratidão. Ela tinha um jeito tão..meigo.

– Obrigada Draco. - A loira subitamente o abraçou, deixando, de primeiro momento, Draco sem jeito. Segundos depois, o loiro já respirava fundo e se entregava no abraço, cobrindo o corpo de Luna com o seu. Um sorriso secreto se formou nos lábios do loiro.

– Não há de quê. - O loiro assentiu quando se separaram, e viu Luna pegar a fruta de suas mãos. A loira encarou Draco por alguns segundos. Arqueou uma sobrancelha, enquanto levou uma mão próxima aos lábios do garoto. O loiro acompanhou os olhos azuis da menina.

– Seus lábios, estão machucados. - Ela comentou, demonstrando certa preocupação. Draco riu fraco.

– Não é nada demais. - Draco a tranquilizou. Luna negou com a cabeça. Lentamente, tocou os lábios do loiro com a ponta de seu dedo polegar. Draco entreabriu os lábios, soltando sua respiração quente, que se misturou com o dedo quente da garota. O polegar de Luna estava bem quente. Não causava dor de queimadura, mas podia claramente ser confundido com uma febre. Luna mantinha seu olhar concentrado na boca de Draco. Com o passar dos segundos, a loira, sem pressa, retirou o dedo dos lábios do loiro, que rapidamente umedeceu-os com a língua. E não sentiu a dor do corte que há poucos estava ali. Não havia mais corte.

– Agora não é nada demais. - Luna sorriu, encantadoramente.

– Você.. curou? - Draco se surpreendeu.

– Eu acho que sim.. - A garota se viu sem jeito, e tratou logo de descascar a fruta em suas mãos. Deu a primeira mordida enquanto percebia o olhar fixo de Draco em si, o sorriso presente nos lábios dele.

– Você é incrível. - Comentou ele, todo abobado. Viu a pele branca das bochechas de Luna se tornarem avermelhadas. - Quero dizer, o seu poder. - O loiro se desconcertou um pouco. - Seu poder é incrível. - Viu Luna rir enquanto balançava a cabeça, sussurrando um leve "obrigada". Por aquele instante, Draco se esqueceu de todo o mal que estavam passando.

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³ - Tá bom, você tá querendo dizer que estamos presos aqui nesse matagal que você chama de ilha, cheia de mutantes que querem nos matar? - Scorpius ainda estava perplexo com tudo que Harry havia o contado desde que acordaram juntos naquela mata aparentemente deserta.

– É. É isso mesmo. - Harry escorava as mãos em seus joelhos, respirava pesadamente. O calor naquele lugar chegava a ser bizarro, já que estavam acostumados com frio. Nem parecia Manchester. E ele sabia que ainda estavam em Manchester.

– Como diabos você sabe disso? - Scorpius bagunçava os cabelos enquanto andava em círculos ao redor de Harry.

– Eu pesquisei, eu já disse. - Harry encarou o loiro, assim que o garoto parou em sua frente. - Eu pesquisei antes desse inferno todo começar.

– E por que você não contou? - O loiro se irritou. Obteve o silêncio de Harry como resposta, o olhar vago do garoto sendo desviado para a mata. - Eu perguntei, porra!

– Porque eu não tinha certeza. - Explicou Harry, tirando as mãos do joelho e ficando de pé. Bufou, olhou para o céu embaçado pelas folhas das árvores acima de sua cabeça. - Porque eu precisava ter certeza desse lugar. Se eu falasse da ilha, todo mundo ia querer vir pra cá.

– Todo mundo? Todo mundo ia querer vir pra esse campo de concentração? Olha, como dizia os meus pais, eu não sou todo mundo, tá? - Retrucou Scorpius, completamente atordoado.

– Você não entende? - Harry o encarou, sério. - Esse lugar é a nossa melhor chance de descobrir tudo o que queremos sobre os mutantes.

– Sério? Numa ilha no meio do nada? - Debochou o loiro.

– Eu sinto que isso aqui não é um nada. - Harry respirou fundo. - Sinto que estamos no caminho certo.

– Que lindo, ele ficou sentimental. - Scorpius continuou a debochar, viu Harry não dar ideia, apenas o encarar. - Olha, eu não sei como vamos descobrir alguma coisa nesse lugar onde tem um monte de mutante maluco querendo nos matar.

– Somos mutantes também. - Argumentou Harry, sensato.

– Mas não somos loucos. - Rebateu o loiro.

– Mas estamos numa batalha, Scorpius. - Scorpius fixou os olhos nos de Harry. - Numa guerra. E aqui vale tudo.


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Notas finais do capítulo

Os números ¹,² e ³ são pra indicar qual soundtrack ouvir em cada cena..

Está sem revisão gente, e eu não me dou bem com esse teclado do notebook da minha mãe, então provavelmente tem erros ortográficos, desculpem leitores!

Espero que tenham gostado.

Xoxo, Jen!

Ahhhhh e deu certo, já marquei a sessão pra eu fazer minha tatuagem gente