A Volta Para O Norte - HIATUS escrita por Elizabeth Darcy


Capítulo 2
Capítulo 53 - Permissão e Aceitação


Notas iniciais do capítulo

Como prometido, aqui está o capítulo original e o início dessa história. As meninas que já leram precisarão ler novamente, o capítulo foi totalmente refeito e conta com mais de 900 palavras, diferente do antigo de quase 400! Espero que gostem!



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“Aguenta, coração valente!

Tranquilos e fortes seremos;

Por certo, dominar olhos, faces ou língua podemos, 

A quem contar histórias não devemos dar guarida

Ele sempre foi, é e será querido.”

Jogo de Rimas - Adaptado

-... Tão cedo. - Murmurou Margaret na primeira vez que o sr. Thornton fez menção de ir.

- Careço de tempo, minha querida. Oh! Se soubesse que maravilha me aconteceria hoje, não teria comprado meu bilhete para o primeiro trem para o norte!

Ela corou de uma vergonha linda e depreciou a si mesma, não podia dizer que aquele não se tratava de um momento único e que a muito tempo tinha negado o primeiro pedido, o tinha ofendido uma vez e até aquela manhã não tinha esperança que nada disso viesse a acontecer. Mas agora o futuro se tornava palpável, nenhum empecilho poderia ser mais devastador do que a própria Margaret mesma criara.

-Deveria ficar, mas sei que precisa procurar pelo sr. Lennox ainda esta tarde e não acredito que eu devo reivindicar um minuto a mais. Então se vá, mas me deixe as flores, prometo devolve-las certo dia.

-Realmente preciso ir, mas espero que em um futuro próximo você possa reivindicar todos os meus minutos, só não posso pedir que os queira sempre. - Ele entregou o caderno que permanecia em suas mãos e fez menção para se levantar olhando fundo naqueles olhos acastanhados - Senhorita Margaret...

Logo foi interrompido pela companheira que envolveu seu pescoço e encostou levemente os lábios em sua testa, os beijo ralo foi significativo como deveria, ele pode fechar os olhos enquanto pétalas de rosas tremulantes tocavam de leve seu rosto, um grande ato para ela com seu amor difuso no gesto.

Quando ele deixou a sala Margaret permaneceu sentada tentando organizar os acontecimentos daquele dia, via sua insegurança diante dele, pensou quando entraram na sala e ela quis por aos seus pés e pedir perdão pela forma com que ela o tinha tratado tanto tempo atrás, dizer que amava-o mesmo que isso não alterasse em nada a decisão dele, mas tudo isso parecia desaparecer diante, da retribuição dos seus sentimentos, diante do amor dele por ela. Um dia poderia desfrutar da plena felicidade que uma filha já órfã e sem padrinho poderia ter, tia Shaw não poderia impedi-la.

Assim a dama se levantou e alisou a saia, então levantou a cabeça e pôs-se em direção a sala preferida da tia, lá encontrou a mesma já desperta do cochilo no início da tarde, poupando a coragem que teria que ter para acordar a senhora já próxima da velhice completa e pode usar o peso dessa coragem poupada para insistir em não adiar aquele compromisso por um segundo mais, nem sua felicidade. O sr. Thornton não errou sobre a primeira exclamação da tia, as palavras "aquele homem" foram balbuciadas algumas vezes em um exbravejamento ou outro, o medo desta reação a teria feito aceitar a oferta do noivo em ele mesmo se pronunciar a tia Shaw, mas o sentimento de dívida de Margaret era maior que seu medo e fez com que aguentasse pacientemente as reações da tia, e então esta veio a falar:

-Margaret desde que seu padrinho faleceu tenho tomado para mim a obrigação de olhar e aconselha-la.

-É por esse motivo que estou aqui, sei que olha por mim, mas antes que faça objeções, lembre que o sr. Thornton era amigo íntimo de meu pai e foi extremamente amável com a minha mãe quando a doença mais lhe afligia - disse ela segurando as mãos da tia.

-Mas ele é um industrial, , querida, não um cavalheiro, e você uma dama.

-A propriedade dele é agora minha, o que me torna uma industrial.

-De forma alguma, você não é uma industrial, mulheres não são industriais, de qualquer forma ele está falido pelo que Henry contou a Edith.

-Não trade disso, Edith pouco sabe do assunto a ela nada interessa sobre negociações e Henry não veio a nossa última reunião. - Ela se levantou - tia, já não sou a mesma Margaret de três anos, a que gostava de Londres, não se oponha a minha felicidade, por favor - ela saiu da sala em direção ao quarto.

Pouco depois a tia tinha contou a todos os demais, isso garantiu uma visita de Edith que em sua amável teimosia trazia nas mangas todos os seus argumentos me chantagens preparados, tanto que esta oposição poderia ter se prolongada do por meses, mas ao fim da terceira semana ela já tinha sido convencida pelo marido a não continuar com seus esforços. Suas discussões com Henry pareciam ferozes pelo simples fato da desistência dele, tanto que o próprio aceitou um cargo no interior do reino inglês visando passar algumas semanas longe da cunhada, Margaret havia feito suas escolhas e elas eram diferentes das dele, os levariam, para caminhos distantes e a uma singela amizade. 

Mesmo tendo pouco mais que a aceitação forçada de seu casamento pelos parentes próximos, srta. Hale perdeu, as noites sonhando com algo belo como jamais o fez.  Mesmo que a sra. Thornton se opusesse,  saberia que ela também cederia a John, um aspecto natural das mães ao reconhecer no semblante do filho a verdadeira fonte da felicidade em seu coração,  já que toda mãe deveria aceitar o destino de não ser mais a única a ocupar um coração jovem,  mas seu amor seria eterno assim como o do casal que agora se formava com as mais elaboradas tranças do amor verdadeiro e perseverante a tudo como o deles havia de ser.


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Notas finais do capítulo

Preciso perguntar o que acharam e estarei esperando comentários. É um grande prazer para mim escrever essa história.