Red escrita por A Menina que Roubava Palavras


Capítulo 24
Você nunca nem me quis!


Notas iniciais do capítulo

Buuuuuuummmmmm!!! Um capítulo saindo fresquinho do formo.



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Harry se mostrava nervoso; suas mãos estavam inquietas e sua voz, trêmula.

— Não temos muito tempo... – disse, olhando freneticamente de um lado para o outro.

— O que você está fazendo aqui?! – indagou Luce, agora, prestando mais atenção ao amigo de infância. Ele havia se desenvolvido desde a última vez que o vira; estava mais alto, seus ombros mais largos, mas o que a intrigava mesmo era que o notável brilho em seus olhos tinha sumido.

— Luce... – suspirou antes de continuar, parecia que procurava as palavras certas.

Porém, antes que Harry pudesse prosseguir, Luce o abraçou com força e carinho. Por um momento, ele ficou estático, sem saber o que fazer.

— Como eu senti a sua falta. – confessou ela, com a cabeça deitada em seu ombro.

Foi, então, que ele sucumbiu. Seus olhos marejaram, seus braços a enlaçaram por alguns segundos, mas, logo, a afastaram.

— Eu sei que você deve ter muitas perguntas – falou Harry -  Mas, nós precisamos te manter em segurança.

— “Nós”?

— Depois do incidente... Depois que seu pai e Phillip morreram... Quer dizer...

— O homem que tentou me matar e a Justin também? – as lembranças começaram a surgir incontrolavelmente e, antes que ela pudesse reagir, Harry segurou a sua mão.

— Luce, eu sinto muito mesmo – e ai, sua visão ficou escura.

[...]

Ao terminar da música, todos aplaudiram Justin de pé. Eram fatos: sua voz atraía multidões e sua performance em cima do palco hipnotizava. Exaltado, Justin olhou para plateia em busca de apenas uma pessoa, mas acabou encontrando outra.

Ian estava, também, em pé, aplaudindo-o, porém com um semblante nem um pouco satisfeito. Seu olhar demonstrava descontentamento e o menino sabia que, assim que descesse do palco, todos os seus problemas voltariam à tona. Justin olhou mais atentamente a multidão e percebeu que Luce não estava mais lá. E foi isso que o fez sair do lugar.

Quando Justin se aproximou de Ian, este começou a falar:

— Eu até que ia brigar com você, mas, depois dessa apresentação, eu acho que...

— Você viu Luce? – Justin indagou, com as sobrancelhas franzidas de preocupação.

Ao ouvir essas palavras, os sentidos do agente se aguçaram e seus olhos percorreram o restaurante em questão de segundos. Fazia parte do seu treinamento a CIA não deixar que as emoções ficassem no caminho, mas, dessa vez, não funcionou.

— Vamos embora daqui. – disse por fim.

Quando saíram do local, a mente de ambos clarearam e começaram a raciocinar.

— Qual foi o último lugar que você a viu? – perguntou Ian.

— Eu já estava em cima do palco... – respondeu Justin, nervoso. – Eu me lembro de estar olhando para ela, e então num momento em que desviei o olhar, ela havia sumido.

— Hum... – analisou as palavras dele.

— Você acha... – engoliu em seco. – Você acha que ela foi... capturada?

— Eu não acho, tenho certeza. – falou Ian, mais sério do que nunca. O estômago de Justin virou de cabeça para baixo. – Eu só não estou certo de quem foi.

— Co-como assim?

— Vamos voltar para o motel. – disse Ian já andando. Justin continuou parado, refletindo sobre a gravidade da situação. – Agora!

[...]

Luce abriu os olhos com dificuldade por causa da dor localizada atrás da sua cabeça e da tontura que sentia. Ao perceber que não sabia onde se encontrava, levantou-se num sobressalto, o que só fez piorar sua tontura. Ao recobrar o visão, notou que se encontrava num quarto com uma cama, uma penteadeira perto da parede, uma cadeira e uma porta. Andou apressadamente em direção à porta e a abriu.

Ficou em choque com a cena que presenciou. Umas trinta pessoas estavam todas sentadas em sofás e cadeiras, como se estivessem esperando por ela, e assim que a porta se abriu, voltaram sua atenção à única figura que estava em pé.

— Lucinda – disse uma voz máscula em meio à multidão. Em seguida, um homem de aspectos envelhecidos se destacou dentre todos e foi caminhando em direção a ela. – Que bom que te encontramos viva!

Luce recuou alguns paços, mas a porta atrás de si estava fechada, fazendo com que ela se chocasse com a madeira.

— Por favor, nós temos um convite a te fazer. – continuou o senhor. A garota examinava a plateia e o ambiente minunciosamente. Parecia ser uma sala de estar bem espaçosa e mobiliada, mas o que chamou sua atenção foi seu meio de escape, do outro lado do recinto, sendo vigiada por ninguém mais, ninguém menos que Harry. – Gostaríamos que fosse a líder de nossa quadrilha.

As palavras dele trouxeram Luce de volta ao que estava acontecendo.

— O que disse? – sua voz saiu meio rouca.

Percebendo a confusão evidente pela qual a garota estava passando, o homem decidiu explicar.

— Como deve ser de seu conhecimento, seu pai, Ed, que Deus o tenha, era o nosso líder e um bom líder por sinal, e acreditamos que você possa sucedê-lo.

Um momento de silêncio surgiu enquanto Luce processava o que acabara de ouvir. A atenção de todos estava voltada para figura notadamente pálida da garota. Sua respiração começou a ficar ofegante e seus olhos encheram de lágrimas. Quando estava prestes a tentar fugir, uma voz amigável a parou.

— Pai, por favor. – falou Harry – Deixe-me conversar com ela à sós.

Luce olhava ora para Jonas ora para Harry, até que o homem assentiu levemente a cabeça, concordando. Ele veio caminhando em sua direção, segurou-lhe a mão com firmeza e a levou pra o quarto, novamente.

— Harry, por favor, eu... – começou ela, choramingando, assim que a porta foi fechada.

— Eu sinto muito, Luce.

— Pare de dizer isso! – exclamou ela, enraivada com a situação. – Que tipo de tramoia é essa?!

— Você não entende... Ed, seu pai...

— EU NÃO SOU O MEU PAI! – explodiu. Seu rosto estava desformado por causa da fúria e Harry percebeu que teria que ir mais devagar com as palavras.

— Luce, por favor, pense no assunto um pouco. – respirou fundo. – O que você vai fazer da sua vida? Vai continuar fugindo com aqueles dois agentes pelo resto de sua vida? Um dia, eles podem lhe abandonar em um país qualquer e você nunca mais ouviria falar deles.

Depois de ouvi-lo, Luce se acalmou um pouco e sentou-se na cadeira perto da cama. Não acreditava que estava pensando nisso, mas Harry tinha razão. O seu país de origem estava em guerra, ela e o irmão não tinham para onde ir e o mais óbvio de tudo era que Megan e Ian não iriam banca-los para sempre.

— Aqui, - Harry continuou, percebendo que agora era o melhor momento. – Você vai ter proteção, moradia garantida e além de tudo... Uma família. Todos nós, Luce, inclusive... – Harry se ajoelhou para poder olhar em seus olhos. – Principalmente eu, só queremos o melhor para você, contanto que você se comprometa conosco.

Luce, no primeiro momento, se viu tentada a aceitar, porém uma sensação de chute no estômago a fez repensar sobre o assunto. Reunindo toda a coragem que tinha dentro dela, foi em direção ao restante da quadrilha e se pronunciou.

— Eu entendo a sua proposta, mas eu preciso de mais tempo. – disse por fim.

Um murmurinho logo surgiu e a agitação se contaminou.

— Nós não temos esse tempo. – rebateu Jonas.

— Se vocês eram tão fies ao meu pai, eu peço um voto de confiança. – as vozes se calaram por um momento. – Eu não posso simplesmente abandonar a vida que eu tinha sem mais nem menos. Me deem vinte e quatro horas, e eu prometo que não comentarei nada com ninguém.

O murmurinho voltou; Harry cochichou algo no ouvido de seu pai para então este falar:

— Tudo bem, você tem vinte e quarto horas.

[...]

Luce foi deixada, vendada, amarrada e sozinha, num beco da fria e úmida Londres, a alguns quarteirões de distância da lanchonete onde estivera. Um morador de rua, ao ver a situação da pobre menina, se compadeceu e a ajudou a se desvencilhar das cordas.

— Está tudo bem com você? – o bondoso homem perguntou.

— Faz um tempo em que nada está bem, senhor. – respondeu. – Muito obrigada. – e partiu.

Ficou vagando pelas ruas molhadas e escuras por uma quantidade de tempo indeterminada até achar o motel onde havia se hospedado. Na entrada, um trio conversava, inquieto, sem parar. Ao notarem uma figura cansada e de olhar vago se aproximando, um deles exclamou:

— Luce! – a garota levantou os olhos para encontrar Ian caminhando em sua direção.

O homem a abraçou firmemente por alguns segundos, permitindo-se sentir aliviado por encontrar a jovem sem nenhum dano físico. Depois que o momento passou, ele recuperou seu semblante neutro e concentrado de sempre e indagou:

— Onde estava?

— Eu me perdi. – respondeu, cínica. – Saí caminhando para respirar um ar fresco e me perdi.

— Luce! – Justin mostrava-se ansiosamente feliz por reencontra-la. – Quem você pensa que é?! Onde você pensa que está?! Não estamos numa tour pela Disney...

— Justin... – Megan colocou a sua mão em seu ombro, num pedido para ir com calma. – Agora, você vai nos contar exatamente o que aconteceu. – disse, olhando estritamente para Luce, sem, por um segundo, desviar o olhar.

Obviamente, Luce não conseguiu competir com Megan e revirou os olhos.

— Eu já disse! Eu me perdi!

— Eu não acredito em você. – rebateu Megan na hora.

Se vendo sem opção, Luce teve que apelar por um caminho que ela sabia que iria se arrepender mais tarde.

— Eu nunca pedi para você acreditar em mim! – exclamou – Céus, pra começo de conversa, você nunca nem me quis!

Todos arregalaram os olhos de espanto. Ninguém estava preparado para ouvir aquilo, principalmente Megan.

— O que foi que disse? – perguntou a mulher mais velha.

— Você me ouviu muito bem! E eu também ouvi quando Ian te contou a verdade. – deu um riso sarcástico – Vocês pensaram que eu estava desmaiada na cama por causa da bebida, mas eu levantei e escutei tudo atrás da porta.

— Meu Deus! – exclamou Ian, percebendo o quanto a situação tinha saído de controle.

Luce olhou diretamente para Justin.

— Obrigada, “mano”, pela sinceridade.

— Não era para você ter ouvido aquilo. – respondeu Megan, com o olhar cerrado.

— Eu não devo satisfação a nenhum de vocês que, desde o momento em que os conheci, só fizeram mentir para mim! Ótimo se não acreditam em mim, pois eu pouco me fodendo pra vocês! – Luce saiu com lágrimas nos olhos em direção ao seu quarto.

Justin a seguiu sem hesitar enquanto Megan ficou estática por um momento, mas logo em seguida suas pernas sucumbiram e Ian, imediatamente, correu em sua direção, abraçando-a, evitando que ela se jogasse no chão.

— Luce, me escute! Me espere! – Justin falava enquanto ia andando atrás dela.

Sua irmã apressava o passo para chegar mais rápido ao seu destino quando, de repente, uma mão em seu braço a fez parar.

— Eu não te contei nada, porque eu achei que fosse melhor.

Ela se virou em sua direção.

— Você já deveria saber, nessa altura da situação, que seu julgamento é o seu pior defeito. – alfinetou ela.

— Ok, você quer descontar em mim, eu aguento, pode falar o que você quiser.

— Você, desde o dia em que te conheci, nunca me mostrou um menor gesto de ternura, sempre grosso, mal-educado, me infernizando o tempo todo! Sabe, - ela avançou para cima dele com lágrimas escorrendo pela sua face – eu até que tentei, eu juro que tentei te entender, te decifrar, eu me esforcei de verdade para tentar quebrar esse muro que você colocou ao redor do seu coração...

— E você conseguiu. – ele a interrompeu.

— Ahn? – Luce ficou muda de repente.

Justin deu um passo à frente, ficando mais próximo dela.

— Eu assisti a todas as suas tentativas e, tenho que admitir, gostava de ver você fracassar, mas... – ele engoliu em seco – Eu passei a sofrer quando você decidiu me ignorar.

Luce o escutava com atenção.

— Pode me chamar de egoísta, estúpido, pode me bater, ficar com raiva de mim, mas, por favor, eu te imploro, nunca, jamais, deixe de me notar. Ultimamente, eu tenho vivido para ouvir a sua voz, seja discutindo comigo ou até mesmo ouvir você falando sobre comerciantes em Nova Deli, ver seus olhos revirar quando eu falo alguma merda. Pode parecer loucura e muito perturbado, mas foi por isso que eu não te falei.

O coração de Luce palpitava no peito e seu sangue fervia em suas veias.

— Ou seja, você fez tudo isso por egoísmo. – falou, um pouco decepcionada.

— Inicialmente, sim, mas eu sei, Luce, eu sei toda vez que você olha para mim que isso você já sabia há muito tempo. O que realmente te incomoda é que eu nunca tive coragem o suficiente para fazer isto.

Justin colocou suas mãos em sua cintura e, num gesto rápido e eficiente, colou os seus corpos, transformando-os em um. Suas bocas pairaram por alguns segundos antes de, finalmente, se encontrarem. O beijo nasceu de maneira urgente e enraivada. Luce se separou dele antes de empurrá-lo contra a parede e beija-lo ferozmente. Justin percorreu com seus lábios cada centímetro da face dela, beijando-o seus lágrimas e sentindo sua amargura. Luce guiou as mãos dele pelos seus quadris e coxas, deixando-o livre para explorar seu corpo. Quando ele apertou seus glúteos, Luce gemeu baixinho em seu ouvido. Aquilo o excitou ainda mais.

Justin conduziu-a até seu quarto, aos beijos. Mal entraram e o rapaz já estava sem a blusa. Luce arranhou com força as suas costas quando Justin lambeu um de seus ouvidos. Ela passeou pelo seu abdômen até chegar no zíper de sua calça jeans enquanto Justin deixava um chupão marcado em seu pescoço. Luce percebeu o quão excitado seu irmão estava ao acariciar levemente seu membro. O movimento fez Justin gemer e disse:

— Ainda não está na hora, maninha.

Ele a fez entrelaçar suas pernas ao redor de sua cintura ao mesmo tempo em que ela ondulava seu corpo em cima da protuberância dele, pedindo urgentemente por ele dentro dela. Justin a beijou para calá-la por um estante enquanto ele preparava a melhor noite da vida dela. Ele a jogou em cima da cama e Luce foi logo despindo-se até ficar de calcinha e sutiã.

— Não, pode tirar tudo. – ela o obedeceu. Justin foi deitando-se vagarosamente por cima dela, beijando-lhe desde a vulva até seus seios.

Luce gemeu alto quando ele lambeu um de seus mamilos. Com uma das mãos massageava a entrada vaginal dela, e com a outra apertava seus seios e os chupava com vontade. A troca de calor e energia era intensa entre o jovem casal, levando-os a arfarem constantemente e dizerem os nomes uns dos outros.

Sentindo que sua irmã de consideração já estava pronta para receber seu pênis, Justin tirou a calça e cueca, ficando completamente nu. Delicadamente, deitou-se por cima de Luce e posicionou seu membro na entrada da vagina dela e, lentamente, o colocou lá dentro. Ao senti-lo pela primeira vez, Luce foi invadida por uma sensação de relaxamento e bem-estar sem tamanho, fazendo-a abraçar seu irmão para que seus corpos pudessem ficar mais juntos possíveis.

— Você não tem ideia de quantas vezes eu me masturbei pensando nesse momento. – confessou Justin, em meio à embriaguez de prazer.

— Eu estava ansiosa por esse momento também. – admitiu ela.

Os dois chegaram tiveram múltiplos orgasmos naquela noite. No final da transa, estavam cansados, suados e extasiados, logo, ficaram deitados na cama de solteiro. Justin foi o primeiro a pegar no sono, entretanto, Luce não conseguiu dormir, pois toda vez que fechava os olhos se lembrava do dia horrível que tivera. Decidiu se levantar e vestir sua roupa para poder sair um pouco do quarto e refletir sobre o assunto em outro lugar. Assim que ela fechou a porta atrás de si, Megan apareceu na sua frente, dando-lhe um susto.

— Precisamos conversar. – disse a agente.


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Notas finais do capítulo

Vey, 6 sabem de uma, eu realmente n sei o q vai acontecer na história, tipo, eu tinha uma ideia mas n sei mais se eu gosto dela e, vou admitir, eu me esqueci de algumas partes dela kkkk
noss, faz mt tempo q eu n escrevo essa história e n posso garantir quando os cap vão sair então aproveitem ai
e comentem :)



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