Ain't It Fun? escrita por Sabidinha Chase


Capítulo 8
Capítulo 7 - Você vê que é fácil ignorar os ...


Notas iniciais do capítulo

GENTE AMADA! Mais um capitulo, espero de verdade que vocês gostem, eu particularmente fiz de coração e gostei. Não deixem de comentar e leiam as notas finais, tem a promoção!
ENJOY GALERA!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/378908/chapter/8

Capítulo 7 - Você vê que é fácil ignorar os problemas

Você vê que é fácil ignorar os problemas

Quando você vive numa bolha – Ain’t it Fun

Percy P.O.V

–Mãe – sai da água e corri até o quiosque – Onde está meu boné?

–Aqui – minha mãe pegou dentro de sua bolsa e me estendeu – Cadê a Annabeth?

–Esta naquela pedra ali – apontei sem olhar e coloquei o boné, mas ouvi um alto som de alguém caindo na água – Esses moleques estão perturbando a paz.

–Se estão – Paul falou de olhos fechados, estava com um chapéu no rosto e deitado.

–Os meninos estão ali almoçando – minha mãe falou apontando para o outro quiosque, minha mãe franziu o cenho e olhou para o lago o que me fez olhar também – Percy a Annabeth não está na pedra!

–O que?! – Paul levantou e finalmente caiu a ficha.

–Meu Deus! – gritei correndo em direção ao lago – Annabeth! – e sem pensar duas vezes mergulhei

Eu não conseguia pensar direito, apenas queria encontrar Annabeth. Vi ela se movimentando lentamente e seus olhos quase fechando quando uma bolha saiu de sua boca exclamando meu nome, ela ficou sem ar depois disso e fechou seus olhos. Afundei mais e a alcancei conseguindo trazê-la para cima. Nadei com ela até a beira do lago e a puxei para terra. Ela estava desacordada, sua perna e sua cabeça estavam machucadas e ela não respirava.

–Meu Deus! – ouvi minha mãe gritar e ela e Paul vieram em minha direção.

Comecei a fazer respiração boca a boca, mas ela não reagia, meus olhos involuntariamente começaram a esquentar e eu senti que lágrimas desciam deles.

–Vamos Annie! Vamos! – comecei a fazer massagem respiratória e voltei a fazer respiração boca a boca – Por favor – pedi aos céus enquanto tentava novamente, por fim ela cuspiu água e abriu os olhos.

–Graças – minha mãe agradeceu.

–Temos que levá-la ao médico – Paul falou apressado e eu concordei, peguei Annabeth no colo e por um instinto a segurei firme contra meu peito.

–Vai ficar tudo bem – disse a ela, mas ela logo fechou os olhos.

–Calma – minha mãe apoiou a cabeça dela e checou seu pulso – Ela só está desacordada.

Tudo que fizemos foi muito rápido, entrei no banco de trás com Annabeth a colocando deitada com a cabeça em meu colo. Nunca vi Paul dirigir tão rápido, ele parecia até mesmo um corredor profissional. Minha mãe estava ligando para o pronto socorro para assim que chegarmos estivesse tudo pronto.

–Você tem que ligar para Atena – Paul avisou minha mãe, e senti um frio na espinha quando ele falou aquilo, Atena nunca foi muito com a minha cara, e ligar para ela avisando que eu deixei sua filha inconsciente não seria fácil.

Chegamos ao hospital em mais ou menos quinze minutos, mas para mim havia sido uma eternidade. Corri com Annabeth em meu colo e logo um paramédico veio com a maca.

–Ponha ela aqui rápido – ele indicou e puxou Annabeth para dentro do ambulatório, comecei a segui-los, mas ele me barrou – Somente até aqui garoto!

A porta se fechou e eu fiquei parado com cara de imbecil.

–Venha Percy – minha mãe puxou meu braço para a recepção do hospital – Temos que passar os dados de Annabeth para os médicos.

Só então percebi que estava apenas de bermuda, minha mãe me estendeu uma camiseta e logo eu vesti me sentindo horrível pelo que havia acontecido com Annabeth, há alguns dias era eu que estava naquele hospital, ironicamente sentei-me no mesmo lugar onde havia discutido com ela, e ela estendeu a blusa para que eu fosse embora, e o mais irônico é que novamente eu estava molhado e esperando por ela.

–Cadê minha filha? – ergui minha cabeça e vi Atena desesperada se aproximar da minha mãe.

–Calma Atena, ela está bem – minha mãe falou com calma.

–O que aconteceu? – eu sentia o pânico em sua voz.

–Ela se afogou – minha mãe falou baixo, tentando o máximo que aquilo não se virasse contra mim, agradeci mentalmente, mas teria que enfrentar aquela situação como homem.

–A culpa foi minha Sra. Chase – falei reunindo toda coragem e ficando de frente com ela – Me descuidei por um minuto e ela caiu na água.

–Não foi culpa dele – Paul me defendeu já vendo o ódio de Atena – Ela provavelmente escorregou, não se sabe, mas Percy não foi culpado.

–Eu não quero saber quem é o culpado! – ela gritou, com toda razão – Minha filha está num hospital, era para vocês terem cuidado dela.

–Sinto muito – falei corando de vergonha.

–Acho bom sentir mesmo – ela jogou o cabelo para trás exatamente como Annabeth.

–Atena – minha mãe chamou tentando apaziguar.

–Quem é o responsável pela senhorita Chase? – o médico apareceu, talvez para livrar de maus lençóis.

–Sou eu – Atena deu um passo e até mesmo esqueceu que estávamos lá.

–Venha comigo, por favor – ele chamou para onde estava Annabeth e meu coração foi para boca.

–Mãe, o que está acontecendo? – perguntei pra ela, havia medo na minha voz.

–Eu não sei querido, eu não sei – ela repetiu me abraçando.

–Vai ficar tudo bem – Paul falou colocando a mão no meu ombro e no da minha mãe, queria que ele não fizesse aquilo, pois não queria me sentir confortado por ele.

Não tivemos mais noticias de Annabeth, já era noite e Atena também não havia saído da ala onde Annabeth estava, e eu ficava cada vez mais nervoso. Por fim, varias horas se passaram até que Atena saiu da ala onde eles estavam, ela parecia tranquila, todos nós levantamos e ela começou a falar:

–Ela está bem – todos repiramos aliviados – Ela acabou de acordar – ela olhou pra mim, seus olhos eram idênticos aos de Annabeth – Por mais difícil que seja eu dizer isso, Annabeth quer vê-lo.

–Obrigado – disse ainda me sentindo envergonhado.

Segui para o quarto de Annabeth e abri a porta lentamente, ela estava deitada, mas estava acordada, já haviam colocado nela uma roupa hospitalar, sua cabeça estava com um curativo e ela estava coberta da cintura para baixo, entrei no quarto, mas fiquei parado.

–Oi – falei baixo tentando não incomodá-la.

–Oi Percy – ela me chamou com a mão e eu me aproximei, ela estava muito pálida.

–Como você está? – era uma pergunta idiota, porém era preciso.

–Estou melhor – ela colocou a mão onde sua cabeça estava enfaixada – Só a minha cabeça ainda dói bastante.

–Me desculpe Annabeth, eu realmente não queria...

–Fique tranquilo – ela me interrompeu em uma voz suave – Eu sei que não foi sua culpa, muito pelo contrario, você salvou a minha vida.

–Não foi bem assim – devo ter corado, pois ela sorriu.

–Foi sim, eu lembro – me lembrei que ela ainda estava acordada quando eu a vi afundando – Eu vi você, de certa forma eu sábia que você iria me ajudar.

–Eu nunca deixaria você se afogar Annabeth – me aproximei mais e sentei em uma cadeira do lado da cama, provavelmente antes ocupada por Atena – Sua mãe está furiosa comigo.

–Ela acha que você tem culpa, mas não tem – ela parecia nervosa – Ela tem que colocar a culpa em alguém das coisas que acontecem, se não ela não fica feliz.

–Diz isso só do que aconteceu?

–Não, ela faz isso com tudo, faz isso com o acidente, com meu pai, com a loja dela, comigo, com tudo – ela desabafou – Desculpe, eu não devia.

–Não se preocupe – a entendia muito bem – Minha mãe também faz isso, mas com menos frequência.

–Acho que deve ser mal de mãe – ela sorriu e encostou a cabeça no travesseiro me olhando – Obrigada Percy.

–De nada, eu acho – pensei, eu havia levado aquele lugar, eu causei seu acidente, mas me sentia feliz em poder ajudá-la – Você machucou feio a cabeça – tentei focar algo que não fosse seus belos olhos.

–Ah – ela também pareceu despertar, ela olhou pra cima e sorriu – Isso não é nada, minha perna está pior.

–Como assim? – realmente, Annabeth tinha razão, eu falava muito aquela frase.

–Olha isso – ela puxou a coberta e eu vi sua perna com um fixador (vulgo: gaiola), com o choque eu quase cai da cadeira – Eu fraturei a perna em três lugares.

–Como... Como fez isso? – me levantei e encostei-me à cama.

–Sei lá, acho que quando cai minha perna ficou presa numa fenda da pedra, e eu me debati e acho que quebrei ai, depois enquanto puxava minha perna bati a cabeça em outra pedra e logo em seguida comecei a afundar – ela falou com calma, mas aquilo era realmente assustador.

–Eu sinto muito Annie, muito mesmo – eu segurei sua mão e ela pareceu chocada.

–Annie? – ela perguntou.

–Desculpe, Annabeth – corrigi, nem havia percebido que a havia chamado assim.

–Não – ela sorriu – Eu gostei, e muito.

Eu não sei se era empatia, ou algo que falava dentro de mim que tudo aquilo era culpa minha, sentia como se fosse o causador principal de sua dor, e eu queria fazer de tudo para que ela melhorasse, era como um sentimento diferente, algo que eu nunca havia sentido antes.

–Se precisar de mim para qualquer coisa, qualquer coisa mesmo, me fale – sorri e ela sorriu de volta.

–Acho que vou precisar de carona para ir à escola – ela falou descontraída.

–Escola? – eu fiz uma careta – Aproveita e fica em casa.

–Não, obrigada – ela falou como se o que havia dito fosse absurdo.

–Então tá bom – percebi que ainda segurava sua mão e soltei – Quando você recebe alta?

–Acho que amanha de manhã – ela pareceu incomodada com aquilo – Pode ir pra casa, vá descansar.

–Eu quero ficar aqui até você melhorar.

–Acho melhor não Percy – fiquei confuso – Minha mãe ainda está chateada com você.

–Imagino.

–É melhor você ir, depois eu te ligo, pode ser?

–Acho que sim – disse vencido.

–Me dê sua mão – ela estendeu a mão.

–Pra que? – perguntei não entendendo nada.

–Estenda logo – ela disse impaciente.

Estendi a mão e ela pegou uma caneta que estava na cabeceira da cama e anotou algo.

–Meu número – ela sorriu – Me passa o seu – ela estendeu a mão para que eu anotasse e eu ri – Por que você está rindo?

–Existe outras formas para anotar um número de telefone.

–Existe – ela falou sorrindo – Porém, se eu anotar ai você vai tomar cuidado até chegar à sua casa, e vai lembrar de me ligar, e eu também.

–Brilhante! – exclamei encantado com o raciocínio dela, anotei meu telefone em seu braço e coloquei um: Melhoras! Ela sorriu ao ler.

–Legal – comentou.

–Annie, eu vou indo – disse finalmente, eu realmente estava cansado, e já que Atena não me queria aqui eu iria embora.

–Não posso insistir, mas tudo bem – ela pareceu chateada, senti um pouco feliz por isso – Eu te ligo.

–Vou esperar – dei um beijo em seu rosto e pude sentir seu perfume de morango, era delicioso, meu parecia que uma corrente elétrica percorreu todo meu corpo e logo eu me separei, tentando fazer o máximo para não parecer nervoso – Bem, até mais.

–Até – ela sorriu timidamente e eu me virei para ir embora.

[...]

Quase havia se passado uma semana desde que Annabeth tinha sofrido o acidente, e apesar de relutar que eu a levasse pra escola, Atena concordava que aquilo seria melhor pra ela. Coversamos muito pelo telefone e aos poucos eu estava fazendo amizade com os amigos dela. Descobri que Luke já havia sido bastante popular, mas deixou o basquete porque não aguentava mais a pressão de um time, Grover era seu braço direito e o havia ajudado com o time, mas quando seu melhor amigo saiu, ele também não quis ficar e o mais incrível era que Thalia era irmã de Jason, e ainda mais do que isso era que os dois eram filhos do prefeito: Zeus!

Foi interessante ver que todos eles tinham incríveis qualidades, mas ao mesmo tempo eram todos um bando de perdedores, assim como eu havia me tornado.

Todos os dias eu falava com Annabeth que estava cada dia mais irritada por não poder fazer nada, ela dizia que era como se estivesse dentro de uma bolha e que tudo o que ela mais queria era voltar a sua rotina, por difícil que ela fosse.

–Eu não aguento mais – ela falava alto no telefone – Quero ver um pouco as coisas, tenho que vir da escola pra casa e de casa pra escola, isso não é vida não.

–Fique calma – tentei pensar em alguma solução, mas era difícil – Quer vir aqui em casa?

–Se você puder vir me buscar – ela tinha voz de cachorrinho sem dono.

–Parece uma criança – comentei, ela não falou nada – Estou passando em sua casa em cinco minutos.

–Ok – ela respondeu e desligou o telefone.

Também desliguei o telefone e fui colocar uma roupa descente, coloquei uma calça de moletom e uma camiseta preta, meu tênis e passei um leve perfume, não sabia bem o porquê, mas não queria que Annabeth me encontrasse fedido. Desci as escadas e vi minha mãe assistindo televisão.

–Mãe eu vou buscar a Annabeth e já venho – eu passei reto, mas ela me chamou de volta.

–Aonde vai tão cheiroso assim? – ela perguntou sorrindo.

–Eu vou buscar a Annabeth, e esse é meu perfume natural – menti.

–Sei – ela riu – Não se esquece de parar de babar quando olha pra ela, meninas não gostam disso.

–Pode deix... Como é? – interrompi minha frase quando entendi o que ela queria dizer.

–Percy, filho meu – ela me olhou cruzando os braços – Você acha que eu sou cega?

–Mãe não viaja, não tem nada haver – disse dando de ombros e pegando minha chave – Ela é só minha amiga, ok?

–Sei– ela se virou para televisão novamente, e eu vi a deixa para sair dali, mas antes a ouvi resmungar algo como: “Assim como da ultima vez”, não gostei daquilo.

Corri até a casa de Annabeth temendo que quem me atendesse fosse Atena, ela não falou mais nada depois que Annie sofreu o acidente, porém também não olhou mais na minha cara.

–Annie! – gritei na janela que sabia que dava direto para seu quarto, ela logo apareceu na janela.

–Oi Percy – ela acenou – A porta está aberta, pode me ajudar a descer? Minha mãe não está.

–To subindo – respondi.

Subi as escadas e fui direto ao quarto de Annabeth, havia muitos anos que eu não entrava lá. Quando entrei vi que estava bastante diferente, sua cama era agora de casal, havia uma escrivaninha cheia de livros e um notebook, havia mais livros na estante e no chão, era um quarto organizado, apesar de ter tantos livros, mas de tudo o que mais me chamou a atenção foi vários barbantes pendurados no teto, e em cada ponta do barbante havia uma foto, era algo interessante e que me fez pensar quais fotos estavam ali.

–Oi – ela saiu do banheiro com dificuldade, pois ainda estava com o fixador.

–Venha – corri até ela e coloquei seu braço em meu ombro e segurei sua cintura.

–Eu acho que só preciso de ajuda pra descer as escadas – ela falou e eu vi que estava corada.

–Oh – a soltei imediatamente – Sem problemas.

–Vou só pegar um casaco – ela se aproximou do que parecia a porta do armário e começou a caçar uma blusa.

Eu comecei a observar as fotos e logo uma me chamou a atenção, era uma foto que eu estava com ela, estávamos abraçados e eu estava coberto de lama, nós dois sorriamos muito e o braço livre estava pra cima demonstrando o quanto estávamos felizes, me recordei daquele dia e sorri.

–Me lembro disso – comentei e Annabeth se virou.

–Notei essa foto a pouco tempo atrás – ela comentou se aproximando – Quando voltamos a conversar.

–Foi muito bom você ter guardado.

–Concordo.

Era uma cena completamente estranha, estávamos os dois parados embaixo de uma antiga foto que rodopiava no ar por causa da brisa da janela, Annabeth estava parada a centímetros de mim, e seus olhos brilhavam docemente, como se brilhassem para mim. Senti um arrepio percorrer minha espinha e involuntariamente dei um passo para frente e Annabeth não recuou.

Era como se eu quisesse sentir novamente algo que eu não sentia há muito tempo, como se só Annabeth soubesse o que eu queria, somente ela tinha. Olhei para seus lábios que estavam vermelhos e convidativos e lentamente vi um sorriso se formar neles, nenhum de nós falou nada e para mim só de olhá-la já sentia borboletas no estomago. Eu queria beijá-la, sabia que queria, mas como fazer isso? Será que ela me perdoaria? Eu tinha de arriscar.

–Me perdoe – falei baixinho me aproximando de seus lábios.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

NÃO ME MATEEEEM! Não ainda, pois em breve vou colocar nossa queria Annabeth para narrar, e vai ser muitoooo PERCABETH, garantooo!

PROMOÇÃOZINHA (p/ quem tem fic):
Estou lançando aqui uma "competiçãozinha" para melhorar os comentários, consiste no seguinte:
COMENTEM (caprichado), coloquem no final: ESTOU PARTICIPANDO, quem tiver o melhor comentário vai ganhar uma capinha para fic! O resultado vem no próximo capitulo, e eu vou mandar uma MP.
QUEM QUISER PODE PARTICIPAR, POR ISSO CAPRICHEM NOS COMENTÁRIOS!