Ain't It Fun? escrita por Sabidinha Chase


Capítulo 7
Capítulo 6 - Você poderia tocar o sino de qualquer


Notas iniciais do capítulo

FIZ UMA NOVA FIC:http://fanfiction.com.br/historia/388916/22_-_I_Gotta_Have_You/

A fic é Percabeth e Thaluke, leiam e comentem!

Eu não devia postar agora, mas eu não aguentei, esse e próximo é dos meus capítulos favoritos. Espero que gostem e leiam as notas finais!



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Capítulo 6 - Você poderia tocar o sino de qualquer um

“Bem, você poderia tocar o sino de qualquer um

Para conseguir o que quer” – Ain’t it Fun


Annabeth P.O.V

–Acorda Annabeth! – ouvi minha mãe gritar e levantei assustada

–Que foi?!

–Tem um rapaz lá embaixo querendo falar com você – olhei pra ela e ela estava com um sorriso muito do sem vergonha – Ele é muito bonito, sabia?

–Para mãe! – disse tentando tacar o travesseiro nela, mas ela desviou.

–Tente uma próxima – ela fez outro sorriso, o de escárnio e saiu.

Levantei da cama tentando entender o que estava acontecendo, normalmente ninguém vinha me visitar no domingo, principalmente um menino bonito. Por um momento raciocinei depois cheguei a uma conclusão que me deixou em pânico: Era o Percy.

Corri tropeçando em tudo até o banheiro, minha cara estava pior possível. Lavei o rosto e prendi o cabelo num rabo de cavalo, escovei os dentes rapidamente e notei que estava só de shorts e uma blusinha. “Ele tinha que acordar tão cedo?” – pensei enquanto olhava no espelho.

Olhei para o relógio só pra me certificar e vi que eram dez horas, eu havia dormido demais, coloquei uma calça jeans e desci as escadas correndo quase caindo no ultimo degrau. Vi Percy parado bem em frente a porta ele sorriu.

–Bom dia – ele falou sem jeito.

–Oi – disse sorrindo e tentando não parecer um monstro ou um urso que havia hibernado o inverno inteiro.

–Desculpe vir assim tão cedo, mas é que a minha mãe fez questão de convidá-la para um piquenique que nós vamos fazer no parque junto com um amigo dela, o Paul – ele fez uma careta, talvez fosse mais do que amigo.

–Sua mãe quer que vá com vocês num piquenique? – perguntei meio chocada.

–Sabe que ela gosta de você desde sempre – Percy sorriu, talvez pensando em sua mãe – Você quer ir?

–Vocês já estão indo? – eu tinha que me arrumar, pelo menos dar um trato no meu rosto.

–Vamos sair daqui uma hora, mais ou menos.

–Bom, por mim tudo bem, eu tenho só que pedir pra minha mãe, pois tecnicamente eu ainda estou de castigo – falei e apontei para o seu braço, já não estava mais na tala.

–Tudo bem – ele abriu a porta – Eu passo aqui na frente, se você puder é só entrar no carro.

–Ok

–Leve algo para nadar, lá tem um lago legal – ele falou empolgado.

–Eu não sei nadar, lembra?

–Você vai estar com seu professor, que perigo vai correr? – ele não perdia a mania de ser metido.

–Vou pensar – eu não gostava daquela ideia.

–E leve outra roupa.

–Por quê? – estava confusa

–Porque se você não entrar por bem eu te jogo – ele riu e saiu pela porta me deixando um tanto quanto temerosa.

–Então ele está de volta – ouvi a voz da minha mãe na porta da cozinha, olhei para trás e ela segurava o cereal com uma expressão um pouco preocupada.

–Sabia quem ele era? – ela não falou que era Percy quando foi me acordar.

–Eu tinha minhas duvidas, mas quando vi você como se tivesse nove anos as dúvidas foram embora – minha mãe sabia muito, e isso me irritava demais.

–Não fiz carinha nenhuma mãe – fui na direção onde ela estava para entrar na cozinha, queria mudar de assunto.

–Annabeth eu te dei a luz, te criei e sei muito bem quando você está apaixonada por alguém.

–Não tem nada haver eu só ajudei ele e ele está tentando me ajudar – pensei nas aulas que por mim eu ficava sem.

–Te dando aulas de natação? – minha mãe franziu o cenho e eu fingi que não a vi, peguei minha tigela e despejei cereal – Você realmente acha que me engana?

–Tá bom mãe, pense o que quiser, isso significa que eu não posso ir? – perguntei já sabendo a resposta.

–Claro que pode – minha mãe parecia ofendida – Acha que eu sou tão perversa assim que não vou deixar vocês saírem juntinhos – ela fez um biquinho o que me fez perceber o quão infantil ela era às vezes.

–Para mãe! – sentei no banco e comecei a comer – Eu não sei se quero ir.

–Por quê? – ela sentou-se do meu lado e ficou me olhando, com aquela expressão superprotetora dela.

–Eu não quero ficar perto dele mais do que o necessário – isso provava pra mim mesma o quanto eu era estúpida.

–Evitá-lo não vai mudar nada – ela falou compreensiva – Não sei o que está pretendendo, mas sei que se ficar longe dele será pior.

–Parece até a Afrodite falando – minha mãe estava estranha, ela nunca agiu assim, muito pelo contrario, ela era autoritária e não acreditava no amor.

–Minha querida sócia de vez em quando tem razão – ela sorriu e piscou – Só não deixe de se divertir por medo de se apaixonar, de novo, diga-se de passagem.

–Nem me lembre – respirei fundo lembrando do que havia acontecido na sexta-feira – Bom, então vou colocar uma roupa descente.

–Essa é minha Annie – ela apertou minha bochecha e eu fiz uma careta.

–Mãe eu só queria saber o que te deu hoje – disse deixando minha tigela na pia e subindo para meu quarto.

Fiquei olhando para o meu guarda roupa por alguns minutos provavelmente com uma cara de tonta. Eu não fazia ideia do que vestir, estava indo para um piquenique, mas parecia que eu estava indo para meu baile de formatura que, diga-se de passagem, era mês que vem.

Escolhi a roupa mais básica que eu tenho, um short jeans, pois o tempo estava bom, uma baby look branca com um coruja enorme desenhada estilo vintage, um All Star bege e tudo isso por cima de um biquíni azul piscina. Já dentro da minha mochila coloquei um protetor solar, minha carteira, meu celular e um macaquinho jeans e claro na cabeça meu velho boné dos Yankees.

–Annabeth! – ouvi minha mãe gritar lá embaixo, ela amava gritar – Percy está aqui embaixo!

–Obrigada – gritei de volta.

Só estava faltando uma coisa, olhei no espelho e vi meus olhos cinzentos, eles normalmente ficam mais escuros, mas dessa vez estavam quase azuis.

–Escute aqui – falei a mim mesma – Não seja idiota! Não se deixe levar! E principalmente: Não se apaixone por ele novamente!

Eu sei, estava parecendo uma maluca, mas eu não queria correr o risco de saber que me deixei influenciar por Percy, queria estar bem ciente das minhas ações e queria saber que ainda estava no controle, pois mais mentira que isso seja.

Desci as escadas e vi a porta aberta, minha mãe estava lá fora conversando com a Sra. Jackson, e no volante estava o tal Paul que Percy havia citado, mas na verdade eu o conhecia, ele era Paul Blofis, professor da Goode High School, ele era grisalho, alto e para uma pessoa de sua idade era bastante bonito, parecia até mesmo um ator de TV, ele sempre ia ao Cyber Café da minha mãe.

Me aproximei deles e Percy abriu a porta de trás para mim, cumprimentei todos do carro e minha mãe apenas sorriu antes de se despedir.

Não demorou muito para que chegássemos ao lago de onde Percy falara o caminho inteiro, era realmente encantador. Era um belo lago cercado por bastante vegetação, havia várias famílias ali e envolta de toda sua extensão havia quiosques onde se acomodavam todos os tipos de pessoas. Havia um parquinho onde muitas crianças pequenas brincavam, mas os maiores estavam no lago ou pulando dentro dele em uma especie de balanço.

–Gostou? – Percy falou enquanto eu admirava a paisagem.

–Muito bonito – mas senti um tremor em pensar em tanta água.

–O sol que bate do lado que ficaremos é uma delicia e Paul sabe cozinhar que é uma maravilha – ela comentou pegando na mão de Paul, vi Percy olhar mal humorado para fora.

–Isso é apenas um monte de exagero Annabeth – ele corrigiu, já tentando puxar assunto com Percy ele completou – Quanto tempo faz que vocês vem para cá, Percy?

–Desde que meu pai me ensinou a nadar – ele encerrou a conversa dando ênfase no seu pai, e não se limitou a olhar para Paul, que pareceu decepcionado.

–É aqui onde ficamos Annabeth – Sally me mostrou tentando mudar o rumo da conversa.

Era um quiosque assim como os outros, porém ele tinha um privilegio que para mim não pareceu muito bom, ele ficava na curva do lago e nele havia um escorregador.

–Vem comigo – Percy pulou do carro e segurando minha mão pulei também, assim que o carro parou.

Percy me mostrou tudo e passamos vários minutos andando em volta do lago enquanto ele me contava historias sobre ele, sua mãe e seu pai.

–Sente falta dele? – perguntei.

–Um pouco – Percy andava bem na beirada, um sopro e ele cairia – Sinto mais falta da ideia de nós três juntos.

–Sei como é – várias vezes imaginei ter uma família completa – Mas você tem sorte em conhecer seu pai.

–Sinto muito – Percy falou recordado que eu não tinha conhecido meu pai – Paul é legal – ele fez uma pausa, parecia ler a minha mente – Mas é difícil ainda ver minha mãe junto de alguém que não seja meu pai.

–Imagino o quanto deve ter sido doloroso quando Poseidon foi embora – comentei lembrando-me das historias que minha mãe contava, ela sempre foi muito honesta comigo.

–Não foi tão doloroso quando meu pai foi trabalhar em Atlantic City, foi mais doloroso quando ouvi os dois brigando a respeito de meu pai ter traído minha mãe – essa parte eu não sabia – Fiquei furioso, disse que não queria mais vê-lo e que se ele a traiu, traiu a mim também – ele falava com remorso – Mais isso passou – ele viajou um pouco em suas lembranças e depois sorriu – Eu tenho um irmão, sabia?

–Jura? – havia ficado curiosa.

–Se chama Tyler, ele é menor do que eu, mas é muito legal – ele parou e olhou para o lago – Queria poder ensiná-lo a fazer varias coisas.

–Quem sabe um dia – comentei e olhei para ele que me olhou sorrindo, era encantador – Agora Percy – tinha que dar uma dica sobre o que vi no carro – Não seja tão duro com o Paul, ele gosta da sua mãe e tenho certeza que ele não quer magoá-la – ele não queria ouvir, mas eu continuei – Ele tem um bom coração, e não vai substituir seu pai, mas tenho certeza que vocês podem ser amigos.

–Você é tão irritante quanto a minha mãe – ele riu e ergueu a cabeça – Tudo bem, vou dar uma chance para ele, mas por vocês duas.

–Ótimo – sorri vencedora – Tenho certeza que sua mãe vai agradecer de coração.

–Ok – ele voltou a andar em direção ao nosso quiosque – Primeira chance, vamos ver se ele cozinha bem mesmo!

Paul Blofis só perdia para Sally Jackson, ele cozinhava incrivelmente bem! Percy teve de admitir isso elogiando sua maravilhosa salada de macarrão, o que fez Sally sorrir alegre e Paul agradecê-lo gentilmente. Parecia que tudo corria bem, até Paul ter uma ideia que me fez odiá-lo.

–Que tal nós nadarmos um pouco?

–Ótima ideia Paul – Sally falou animada.

–Concordo – Percy olhou pra mim com um sorriso maroto.

–Péssima ideia Paul – falei balançando a cabeça.

–Vem logo – Percy tirou a camisa o que me fez perder o ar por alguns segundos, Sally também tirou seu vestido, ela tinha um corpo bonito e estava com um biquíni rosa escuro o que fez com que Percy a olha-se mortalmente – Que roupa é essa mãe?!

–Quer que eu nade de burca filho? – ela riu e deu a mão para Paul que também já estava sem camisa e de bermuda.

–Sua vez – Percy falou enfim relaxando um pouco.

–Não, eu vou ficar por aqui e tomar um solzinho – disse tentando escapar.

–Nada disso – ele pegou a minha mão e me puxou para que ficasse de pé – Trate de tirar essa roupa e cair na água comigo ou quer que eu te jogue?

–Eu o detesto Percy Jackson – falei irritada tirando primeiramente o tênis, a meia, depois tirei a camiseta e por ultimo o short jeans – Você consegue tudo o que quer! – ele sorriu vitorioso e depois me olhou.

–Azul? – Percy olhava pra mim de forma estranha, e sua pergunta foi mais estranha ainda.

–É – falei corando – Azul.

–Claro – Percy pareceu despertar – Azul! Agora venha logo!

Foi divertido, tenho que admitir. Percy me ajudou bastante e Sally e Paul pareciam dois adolescentes o que me pareceu muito fofo. Percy tentava se concentrar na nossa diversão, pois para ele ver sua mãe e Paul juntos não era ainda muito agradável.

Ele me fez pular do balanço e me segurou quando cai na água, ele e Paul jogaram Sally de um lado para o outro enquanto ela ria animada. Depois fizemos briga de galo, claro que assim que cai na água Percy me segurou. Perto de nós estavam algumas crianças que pulavam o tempo todo espirrando muito água em nós, era bastante irritante.

–O que tem ali? – perguntei vendo uma pedra onde o sol batia muito bem, parecia uma pequena ilha no meio de tanta água.

–É a pedra onde se toma sol – Percy falou – Mas para chegar lá tem que ir nadando, pois é fundo.

–Que pena comentei – eu sentia meus pés no fundo e aquilo me dava segurança, e eu não me arriscaria.

–Mas venha eu te levo – Percy falou animado.

–Antes eu vou pegar meu boné – eu sai do lago e Sally e Paul já estava no quiosque, Paul parecia tentar dormir, estava com um chapéu no rosto, eu peguei o boné o coloquei e Percy me levou nas costas do outro lado onde a pedra estava.

–É muito legal aqui – tínhamos visão de todo o lago eu só não conseguia ver muito bem o quiosque, porque ele ficava na curva do lago.

–Só acho o sol muito forte – Percy disse cobrindo os olhos.

–Quer meu boné? – disse tirando e estendendo para ele.

–Não, eu vou pegar o meu – ele pulou na água – Eu já venho – e começou a dar longas braçadas até que sumiu.

Eu fiquei olhando um pouco e percebi do que Percy havia falado, o sol estava realmente muito forte, fui colocar meu boné, mas o vento bateu fazendo com que ele caísse no lago. Eu me estiquei para alcança-lo, mas não consegui, tentei mais uma vez

–Só... Mais... Um pouco – disse afoita tentando pegar meu boné preferido, porém algo nos meus cálculos deu errado, eu me desequilibrei e cai.


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SPOILER DO PROXIMO CAPÍTULO

Percy P.O.V

–Mãe – sai da água e corri até o quiosque – Onde está meu boné?

–Aqui – minha mãe pegou dentro de sua bolsa e me estendeu – Cadê a Annabeth?

–Esta naquela pedra ali – apontei sem olhar e coloquei o boné, mas ouvi um alto som de alguém caindo na água – Esses moleques estão perturbando a paz.

–Se estão – Paul falou de olhos fechados, estava com um chapéu no rosto e deitado.

–Os meninos estão ali almoçando – minha mãe falou apontando para o outro quiosque, minha mãe franziu o cenho e olhou para o lago o que me fez olhar também não havia ninguém nele – Percy a Annabeth não está na pedra!

–O que?! – Paul levantou e finalmente caiu a ficha.

–Meu Deus! – gritei correndo em direção ao lago – Annabeth! – e sem pensar duas vezes mergulhei

...



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Notas finais do capítulo

EU SOU MUITO MÁ... MWAHAHAHAH! Mentira, se vocês comentarem bastante eu prometo que posto rapidinho, MAS só se comentarem.

Em breve eu vou fazer uma promoção de capas, fiquem atentos quem quiser ganhar uma.