Ain't It Fun? escrita por Sabidinha Chase


Capítulo 12
Epílogo - A Única Exceção


Notas iniciais do capítulo

Aqui está o epílogo meus queridos.
Enjoy!



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Epílogo – A Única Exceção

Você é a única exceção

E eu estou a caminho de acreditar – The Only Exception

8 anos depois:

Era cedo na “Big Apple” e eu estava completamente atrasada para abrir o Cyber Café, minha mãe só estava de férias há dois dias e eu já estava pisando na bola. Ajeitei os óculos e assobiei para que o táxi parasse, ele freou bruscamente e encostou.

–Cinqueta e sete com a nona – disse ao motorista.

Havia pouco tempo que a minha mãe havia mudado seu pequeno Cyber Café do subúrbio e veio para a ilha de Manhattan, God’s Coffe agora era conhecido por quase todas as pessoas que passavam pelo Central Parque, e eu amava isso, pois a maioria das ideias havia sido minha.

Assim que o táxi estacionou eu voei para a porta, os funcionários estavam do lado de fora esperando para que eu abrisse.

–Desculpa, desculpa – pedi enquanto girava a chave.

–Tudo bem Annabeth, sua mãe sempre se atrasava – um dos funcionários falou.

Abri o local e levei minhas coisas para a sala dos funcionários, pedi para que ligassem os computadores e organizassem os livros, que agora era seria nossa nova atração, para as pessoas ficarem mais inteligentes. Abri tudo, as janelas, as cortinas, coloquei as cadeiras para baixo enquanto sentia o cheiro de café fresco, as rosquinhas já estavam no forno e tudo corria bem, até o sinete da porta tocar.

–Bom dia meus amores – era a louca da minha “prima” Silena Beauregard e seu noivo Charles Beckendorf.

–Bom dia Silena – fiz um muxoxo e ela notou.

–Não está feliz em me ver? – ela fez carinha de pobre coitada.

–Não é isso eu só pensei que... – a sineta tocou novamente e entrou uma mulher alta de cabelos ruivos presos em um rabo de cavalo – Senta ali que eu já te atendo – apontei para Silena e Charles uma mesa e fui atender a bela moça que havia entrado – Bom dia. Posso ajudá-la?

–Acho que sim – ela estreitou os olhos e me lembrou alguém, ela era cheia de sardas – Você é Annabeth Chase?

–Eu mesma – fiquei intrigada, mas logo reconheci a figura em minha frente – Rachel? Rachel Dare?

–Sim! – ela se animou e me abraçou, fiquei meio sem graça, mas a retribui.

–Como você está diferente, está linda – ela parecia uma executiva – Eu não te vejo desde o quinto ano.

–Eu mudei para Las Vegas por causa do meu pai, muita luta, muita coisa aconteceu, mas eu prefiro não falar disso – ela fez uma pausa e me olhou de cima abaixo – Você também está fantástica.

–Obrigada, mas o que te traz aqui? – a curiosidade sempre falou mais alto no meu caso.

–Eu aluguei um apartamento aqui perto, meu marido está aqui a trabalho e eu queria alguém familiar e pela internet descobri que sua mãe é dona deste lugar, fiquei muito aliviada em não estar sozinha nesse lugar enorme – ela soltou uma risada forçada, eu não a acompanhei.

–Nova York nunca foi um bom lugar para não ter amigos – disse pensando no meu próprio caso, não sobreviveria se não fosse meus amigos – Mas sente-se, o que eu posso trazer pra te dar as boas vindas? – ofereci a cadeira, mas ela negou.

–Agradeço, mas vim aqui unicamente pra convidá-la para ir a minha festa de aniversario amanhã – achei estranho aquele convite, principalmente vindo de alguém que eu não via a anos – Você deve estar achando super esquisito, mas é que eu não conheço ninguém aqui, e não quero que a minha festa fique cheia dos colegas de trabalho do meu marido, pode trazer amigos.

–Olha eu agradeço o convite, mas é que minha mãe está de férias e eu estou cuidando do Cyber café para ela, você entende? – na verdade eu não queria ir e aquilo era uma desculpa esfarrapada.

–Eu insisto – ela pediu com uma forma meio autoritária que na hora me fez pensar naquele convite ridículo – Pelos velhos tempos, sim? – pensei um pouco, e me coloquei no lugar dela, ficar só meia hora em uma festa não iria matar ninguém, e seria perto, qualquer coisa eu voltava para o trabalho.

–Pode ser – disse vencida.

–Ótimo – ela pegou um bloquinho de papel em sua bolsa e começou a anotar alguma coisa – Meu endereço e telefone – ela fez uma pausa, pensou e continuou – Sabe onde encontro Luke, Thalia, Grover, Percy e o pessoal da antiga? – aquela era a situação mais estranha do mundo.

–Bom, Luke e Thalia se casaram semana passada e estão em lua de mel – ela sorriu – Grover deve estar na África com a Juniper tentando salvar alguma espécie em extinção e o Percy não o vejo desde a formatura do colégio.

–Puxa vida ninguém por aqui – ela parecia decepcionada – Mas se você quiser levar alguém fique a vontade.

–Posso levar minha amiga e o noivo – apontei para Silena e Charles que bebiam café.

–Será maravilhoso – ela deu um pulinho que me lembrou a velha Rachel – Te espero neste endereço às oito.

–Estarei lá – disse fingindo empolgação – Até mais.

–Até – ela saiu tocando novamente a sineta.

Eu estava completamente sem reação. O que havia acontecido ali? Havia sido o momento mais constrangedor de toda a minha vida, sem contar que Rachel nunca fui minha melhor amiga pra me tratar assim, mas a solidão é algo que ninguém pode prever.

–Quem era a ruiva? – Silena perguntou ao meu lado, nem havia visto ela levantar.

–Rachel Dare, da escola – ainda estava perplexa.

–Acho que me lembro dela, foi uma sardenta que tinha uma paixonite por aquele seu amigo cabeçudo? – Silena não era muito educada às vezes.

–Sim era ela, e o meu amigo cabeçudo se chamava Percy – a lembrei, ela fez uma cara esquisita que eu sabia muito bem o que era – E não! Eu não vou contar essa historia de novo.

–Conta vai? – ela começou a pular feito uma doida – É tão romântica.

–Cala a boca Silena – revirei os olhos e comecei a caminhar em direção a cozinha – Você é igualzinha sua mãe.

–E você é igualzinha a chata da tia Atena – ela mostrou a língua como uma criança – Percy e Annabeth sentados embaixo de uma árvore, eles estão se beijando – ela começou a cantar batendo palmas.

–Quão matura você é Silena – eu dei risada e entrei atrás do balcão – Ainda bem que você foi pra França antes de estudarmos juntas no colégio.

–Você seria popular comigo querida – ela jogou o cabelo para traz e saiu andando até a mesa, ri da cena.

Depois do chilique da Silena o dia foi normal, ela voltou para a loja da sua mãe que também estava de férias, por sinal com a minha mãe e eu continuei meu trabalho. Quando o relógio bateu dez horas o cyber café já estava vazio, dispensei os funcionários e fui para o meu apartamento, tomei um banho, assisti TV e vi o quanto a minha vida estava sem graça, parecia quem a minha vida havia se tornado exatamente isso, ir para o trabalho e vir para casa.

Todo aquele papo e o encontro com Rachel me bateu uma nostalgia, fui até o quarto e peguei meu álbum de fotografias, havia uma foto que a minha mãe me segurava ainda bebê, Zeus havia batido aquela foto, uma foto que eu estava no meu aniversario de cinco anos assoprando as velas, Thalia estava atrás pronta para enfiar minha cara no bolo, foi uma brincadeira sem graça, mas deliciosa, e logo abaixo um garoto e uma garota cheios de lama sorrindo, um braço estava abraço e outro erguido de felicidade, a mesma foto que alguns anos atrás rodopiava no ar do meu quarto, senti saudades.

Folhei todo o álbum quando por fim achei as fotos que eu queria, era uma tira de fotografias de maquina, nela dois garotos vestidos para a formatura, a primeira os dois faziam uma careta, a segunda os dois faziam biquinho, a terceira nós nos beijávamos, eu amava aquelas fotos, e amava mais ainda quem havia me dado elas. Parecia ridículo ainda amar alguém que você nem vê mais, mas eu sabia que Percy Jackson havia sido o meu primeiro amor, e talvez o único.

[...]

Naquela noite eu quase não consegui dormir, o que me fez acordar cedo para o trabalho, o dia foi normal, com a visita de Silene para seu café e algumas pessoas diferentes, ela não poderia ir a festa comigo, pois tinha combinado de fazer compras com a sogra. Thalia me ligou avisando que voltaria essa noite, mas não sabia que horas, pois os voos para Nova York atrasam demais, minha mãe ao contrario de Thalia nem havia dado sinal de vida, o que significava que ela estava se divertindo. Fechei o café mais cedo para chegar a festa de Rachel pelo menos umas nove horas, eu conferi para ver se o endereço esta ali e segui para festa, nem iria passar em casa, não passaria de uma hora naquele lugar.

Me troquei no cyber café mesmo, coloquei um vestido preto de alcinha com uma jaqueta de couro por cima, uma meia calça acinzentada e o sapato também preto. Deixei meu cabelo solto com apenas uma presilha se strass do lado, passei uma leve maquiagem realçando nos olhos e coloquei meus óculos.

Fui caminhando, pois o salão era próximo ao cyber café, era um restaurante, na verdade era apenas uma porta sem janelas, mas percebi que era um restaurante. Entrei e havia um hall e outra porta, no hall estava a recepcionista com um terninho preto.

–Boa noite – ela cumprimentou.

–Boa noite, estou aqui para o aniversario de Rachel Dare – nem sabia se ela havia mudado de nome.

–Qual é o nome? – ela posicionou a lista.

–Annabeth Chase – respondi prontamente.

–Por favor me acompanhe – ela falou depois de conferir na lista.

Ela colocou uns óculos estilo mergulho com algumas tecnologias e eu fiquei confusa. O que estava acontecendo ali? Ela abriu a porta e estava tudo muito escuro. De repente eu senti uma mão me puxar e por instinto a puxei de volta.

–Annabeth? – ouvi a voz da Rachel.

–Rachel? O que aconteceu aqui? Acabou a luz?

–Não – ela riu – Isso é um jantar as escuras, coisas do meu marido.

–Rachel eu não me sinto confortável no escuro – não sabia que tipo de loucura era aquela, mas queria dar o fora dali.

–É só uma brincadeira Annabeth – ela parecia se divertir – Venha vou lhe mostrar onde está a comida, mas para aguçar seu olfato tente imaginar onde ela está – ela pegou minha mão e começou a me guiar, aquilo era mais ridículo do que nosso encontro, queria saber que tipo de louco era o marido dela.

Caminhamos alguns metros antes que eu batesse meu pé em alguma coisa, comecei a apalpar e logo percebi que era um balcão. Ela esticou minha mão e eu peguei alguma coisa pequena, como um mini quiche.

–O que é isso? – perguntei antes de colocar na boca.

–É um canapé, mas não me pergunte, sinta minha querida – a única coisa que eu queria era sentir o ar fresco que estava lá fora.

–Seus aniversários nunca foram comuns, não? – comentei antes de colocar o canapé na boca, que pelo gosto distingui que era salmão.

–É verdade – ela riu – Você nunca foi a um aniversario meu que só cantassem os parabéns.

–Não, na verdade o ultimo que eu fui também tinha escuridão – lembrei da ocasião – Mas e as outras pessoas? Ouço as vozes, mas não reconheço ninguém.

–É que são pessoas da firma em que meu marido trabalha, falando nele gostaria que você o conhecesse – ela puxou minha mão novamente e eu voltei a caminhar, bati em uma mesa e ela riu novamente, agora eu entendi qual era o objetivo: Fazer a Annabeth de besta – Querido? – ela chamou.

–Aqui Rachel – ouvi uma voz meio baixa, mas até que próxima.

–Querido está é uma antiga amiga minha Annabeth – ela falou empolgada.

–Muito prazer – senti a mão dele encostar na minha, era incrível como ele e Rachel sabiam exatamente onde eu estava – Sou Octavian.

–O prazer é meu – falei sem saber se era um prazer ou não, afinal eu nem mesmo o via.

–Me deem um minuto, acho que mais convidados chegaram – eu tentei segurar a mão dela, para ela não me deixar sozinha com alguém que eu nem conhecia, mas foi em vão.

–Er... E então... – tentei puxar assunto depois de um minuto constrangedor – Como conheceu a Rachel?

–Ela foi pra Itália fazer um curso de previsões empresariais e eu estava lecionando – ele parecia ter um estilo sério – Ela é muito bonita e inteligente, então depois de um tempo a convidei para sair, e o resto é a mesma coisa de sempre.

–Sei – disse sem graça – Que bom.

–É verdade – ele parecia não se importar em não ter assunto, mas acho que se esforçou para fazer a próxima pergunta – Você é a amiga que é dona do cyber café?

–Na verdade a minha mãe é que é a dona – respondi tentando dar continuidade – Eu apenas cuido da parte administrativa dos negócios, mas como ela está de férias estou cuidado de tudo para ela.

–Entendo – pronto, mas uma vez o assunto havia morrido, mas para minha sorte Rachel voltou.

–Vocês não acreditam quem aceitou o meu convite de estar aqui – ela falou animadamente – Percy Jackson.

Sabe aquele momento que você não sabe como andar, falar ou correr. Bom, aquele era o momento!

–Quem é esse querida? – Octavian perguntou.

–Ele era um amigo da minha escola, ele andava com a Annabeth pra cima e para baixo, você lembra Annabeth? – ela perguntou, mas minha mente estava distante, exatamente em Percy – Annabeth?

–Oi – falei despertanto.

(The Only Exception)

–Eu perguntei se... – senti uma mão encostar no meu ombro.

–Chase? – ouvi atrás de mim e meu coração parou instantaneamente, se eu não tinha o que falar, naquele momento ainda menos. Tentei respirar fundo e me concentrar em qualquer coisa.

–Jackson – disse engolindo seco, havia muito tempo que eu não ouvia aquela voz – O que faz aqui?

–A Rachel me convidou – parecia algo simples, porém a ultima vez que eu havia tido noticias dele foi há anos atrás.

–Sabe o que quero dizer, perguntei aqui, em Nova York? – tentei ser mais enfática.

–Estou morando aqui – Como assim ele estava morando aqui? Como eu não sabia disso?

–Crianças eu já venho, vou por uma músiquinha – Rachel pareceu mover-se, mas eu não me importei que saísse.

–Há quanto tempo? – perguntei tentando não parecer intrusa.

–Há uns três meses, mudei para cá por causa de alguns negócios – fingi aceitar bem aquilo, mas parecia que só de ouvir sua voz meu corpo estremecia.

–E como anda a vida? – tentei ser distante, mas aquilo só piorava.

–Boa – ele foi sério – Algumas coisas pendentes – entendi aquilo como sendo pessoal.

–Como não ir ao casamento de sua mãe, por exemplo? – não queria soltar farpas, mas eu esperei aquele casamento achando que eu o encontraria novamente, e não encontrei.

–Tive alguns problemas irremediáveis naquele dia – ele estava na defensiva

–Imagino que esses problemas tenham seios enormes – Por que eu disse aquilo? Aquilo era ciúme?

–Como? – ela pareceu soltar um riso inconformado.

–Nada – respirei fundo – Vou beber alguma coisa – comecei a andar, mas senti sua mão segurar a minha.

–Eu não fui por que meu pai estava internado – ele falou perto do meu ouvido, me senti culpada.

–Desculpe, eu não sabia – não sabia onde enfiar a cara.

–Tudo bem, ele está bem agora – ele não havia soltado meu braço – Você estava linda no casamento, eu vi as fotos – aquilo fez com que as minhas bochechas ardessem.

–Obrigada – engoli seco novamente – Eu preciso de uma bebida – comecei a andar, mas Percy me acompanhou, ainda segurando minha mão – Eu posso ir sozinha.

–Mas eu não quero que você vá sozinha – ele falou ainda perto.

–Percy, por favor, me deixa em paz – explodi, puxei minha mão com força – Já não basta duas vezes? Você tem mesmo que voltar e acabar com a minha paz? Eu não devia ter vindo.

Sai andando sem saber exatamente onde era saída, a musica alta começou a tocar e aquilo me confundiu ainda mais. A única coisa que eu queria era sair dali, eu sabia que eu nunca esqueceria o Percy, e por mais que passe os anos aquele meu sentimento sempre vai existir, em cada vez que eu encontrar.

–Vamos brincar pessoal! – ouvi Rachel gritar no microfone – Todo mundo com seus pares, isso mesmo achem seus pares!

A única coisa que eu queria achar era a saída. Mas era difícil, comecei a esbarrar em várias pessoas que procuravam as pessoas, e eu senti que a multidão me empurrava, vi um pequeno facho de luz e comecei a segui-lo, mas foi inútil, as pessoas falavam a musica tocava e empurravam e chamavam seus parceiros.

–Droga! – xinguei – Só quero a saída.

–Eu mostro pra você – ouvi a voz de Percy em meu ouvido novamente e ele pegou minha mão e começou a me puxar – Você tem que me escutar.

–Escutar o que? – perguntei meio confusa, aquele lugar estava me confundindo inteira.

Finalmente uma porta se abriu e a luz fraca do hall ofuscou meus olhos, pude ver Percy, ele estava um pouco mais alto, mais forte, estava com a barba rala e o cabelo cortado, seus olhos ainda brilhavam como a água e ele estava com um terno cuja camisa estava aberta no colarinho, ele estava lindo.

–Você está linda – ele sorriu de lado o que provavelmente deixou minha perna mais bamba do que já estava – Eu quero conversar com você, por favor.

–Percy eu tenho muita coisa pra fazer, eu tenho certeza que você também tem, então se você quer falar seja breve – eu olhei em volta e a recepcionista não estava, a porta do restaurante estava fechada, mas não trancada.

–Eu amo você – ele falou de uma vez o que me fez engasgar com a minha própria saliva.

–Co-como é? – perguntei confusa e irritada – Você me aparece oito anos depois da ultima vez que nos vimos para falar que me ama?

–Olha parece estranho, mas não é – ele respirou, olhou para o teto procurando coragem e voltou a falar – Esses anos todos eu pensei em você todos os dias da minha vida, eu tentei mudar meus pensamentos tentando me convencer que assim como meus pais se separaram e tocaram suas vidas isso era possível pra mim, tentei me convencer que o amor não existia e que eu podia ficar longe disso tudo, inclusive de você – nesse momento meus olhos estavam cheios de lágrimas – Porém minha vida a cada dia faz menos sentido, Luke e Thalia me chamaram para o casamento deles, eu não viria porque iria encontrar você, mas eu vim.

–É mentira, eu fui madrinha deles e não vi você – lembrei de cada ocasião da festa.

–Eu não entrei na cerimônia, e nem na festa – ele continuou – Eu fiquei do lado de fora observando como eles estavam felizes, e vi você sozinha. Eu comecei a pensar que eu poderia estar ali, que eu seria a pessoa que poderia ficar com você todo esse tempo, me senti mal por ter perdido oito anos sem você, mais oito anos da minha vida que eu desperdicei por não dar a importância que você merecia – ele fez uma pausa e eu pude sentir toda a emoção em sua voz – Eu estou trabalhando junto com a Rachel agora e ela me convidou para festa, perguntei pra ela se ela não podia chamar você também e ela me fez esse favor, eu precisava te ver de novo e dizer o quanto eu fui burro de não ter segurado você comigo Annie.

–Annie? – ela perguntou.

–Desculpe, Annabeth – ele corrigiu e eu me lembrei de quando eu quebrei a perna, no hospital.

–Não, eu gosto de Annie – falei a mesma coisa que eu havia falado pra ele naquele dia – Percy eu amei ouvir tudo o que você disse, mas eu não quero que isso acabe novamente, e se acabar eu não vou aguentar.

–Não vai mais acabar – ele se aproximou de mim e ficou com seu rosto próximo do meu – Eu não vou deixar mais isso acabar, eu amo você demais.

–Promete? – perguntei tentando acreditar naquilo tudo.

–Eu juro – ele afagou meu rosto – Quer ser minha namorada? – ele falou em meu ouvido – Minha namorada de uma vida?

Eu não acreditava que eu estava ouvindo aquilo, como em uma noite há oito anos atrás, porém agora era diferente, eu podia sentir, nada do que a pequena garotinha na festa da Rachel ou a garota na festa de formatura sentiram eu queria sentir, e dessa vez eu jurei por minha vida que aquilo não acabaria. Eu estava a caminho de acreditar no amor, e em minha imaginação acima de nós rodavam duas fotografias: As pequenas crianças sujas de lama felizes e dois formandos apaixonados em uma máquina de fotografias, e isso seria eterno.

–Quero sim !


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Notas finais do capítulo

MEUS AMADOS AGORA ACABOU! Espero que tenham gostado do final e que continuem a ler as minhas fics, hoje temos duas não finalizadas: 22 - I Gonna Have You (comédia) e Soundrack (romance estilo essa)

OBRIGADA DE CORAÇÃO!!! Sejam felizes e não deixem de acreditar no amor, ele existe, mas precisa de luta!

FUI!



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