The Reason - Você é Meu Sentido escrita por Bruna Oliveira


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

oi gente, desculpem a demora! infelizmente não deu para postar antes. espero que gostem bjão!!!



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- James! – chamei aliviada quando o vi de costas comprando cachorro-quente numa barraquinha num dos famosos parques ecológicos de Londres. Ele se virou para mim e correu me abraçando e girando.

 

 

Capítulo 14

 

 

Bella PDV

Depois de passar um grande sermão por não atender suas ligações ou até mesmo responder seus emails, que eu nem sabia que ele os tinha mandado ou principalmente ligado, James me abraçou como se eu fosse sumir e disse estar morrendo de saudades minhas. O que por um lado me animou e por outro me fez sentir a pessoa mais egoísta do mundo já que se não fosse pelos últimos acontecimentos eu nem pensaria em voltar para Londres. 

- por favor, não seja gentil comigo eu não mereço. – pedi assim que nos afastamos.

- não tem como não ser gentil com você. – falou docemente. – mas por que motivo você não merece ser tratada bem? – perguntou num misto de curiosidade e descrença.

- porque eu não ia voltar para Londres e já tinha decidido isso desde que nos despedimos no aeroporto. – falei me lembrando do dia que o enganei. E logo vi no olhar de James a decepção e a descrença.

- então quer dizer que você me enganou, enquanto eu fiquei te esperando todo esse tempo que nem um bobo apaixonado por sua namorada menor de idade que vai deixar de ser menor daqui a três semanas e que não estava nem aí pra mim enquanto eu procurava que nem um desesperado pelo presente perfeito. – falou todo o seu discurso me fazendo sentir uma culpa enorme por enganado ele daquela forma.  

- me desculpe. – pedi já me afastando em direção ao hotel onde estava hospedada sabendo que  tinha acabado de estragar a minha única oportunidade de felicidade.

- espera. – falou segurando meu braço. – eu não disse que não te desculparia. – piscou marotamente para mim, me deixando surpresa. – mas o que te fez voltar? Não que eu esteja reclamando de te ter pertinho de mim, mas eu gostaria de saber.

- as coisas não saíram como eu esperava. – falei não querendo me lembrar do que havia acontecido.

- eu mereço mais do que essa cara triste e essa explicação besta que você está me dando, não é? – perguntou enquanto colocava o braço ao redor de minha cintura e me guiava até a barraquinha.

- merece, mas eu não estou pronta para te dar tais explicações. – falei me dando conta de que talvez eu nunca superasse meus traumas e que sempre seria dolorosamente torturante falar sobre eles.  

- Hey! Não fica assim. – falou pegando meu rosto entre suas mãos me fazendo encará-lo. – qualquer que seja o problema que tanto te aflige, nós vamos superar juntos. – falou beijando minha bochecha. – porque eu vou conquistar sua confiança para que você se sinta a vontade de me contar seus problemas e juntos iremos enfrentá-los. – ele falou aquilo como se sentisse o que eu estava sentindo e eu de alguma forma já confiava em James o suficiente para ao menos vê-lo tentar me fazer falar.

- obrigado! – falei dando a ele um simples sorriso que o suficiente para fazê-lo abrir um radiante sorriso e me obrigar a comer um enorme cachorro-quente, dizendo que eu estava magra demais.

- ok! Amanhã agente se vê. – falei me despedindo do James quando chegamos em frente ao hotel.

- já está querendo se livrar de mim? – perguntou fazendo cara de cachorro sem dono.

- você quer subir? – perguntei insegura já que eu não queria ter relação sexual e James achava ser meu namorado, mas eu também não queria ter um namorado.

- claro, sempre é bom ficar em sua companhia. – subimos e eu ainda me sentia horrível, por que toda vez pensava no que fazer se James insinuasse alguma coisa.

 Mas ele nada insinuou e logo que avistou o Marley ficou brincando com meu cachorro preguiçoso, dizendo que adorava animais.  

- então você já arrumou um apartamento para morar aqui durante o período da faculdade? – perguntou enquanto olhava para o quarto do hotel com uma cara nada boa. Olhei também para o quarto e notei ser um quarto muito bonito e com muito luxo.

- não porque? – perguntei tentando saciar minha curiosidade.

- é eu sempre achei quarto de hotel sempre tão impessoal e frio. – falou fazendo careta. Eu nunca me importei nunca me senti em casa em nenhum lugar.

- hum... eu não me importo muito. – falei meio triste.

- sabe eu tenho idéia. – falou fazendo uma cara sapeca que me fez rir da sua espontaneidade. – você vai ficar na minha casa até achar um apartamento. – sorriu abertamente como se fosse a idéia mais brilhante que ele já teve.

- de jeito algum, James meu pai vai está aqui daqui a três dias para saber como estou. – falei decidida lembrando da conversa que tive com meu pai antes de vir para Londres, conversa na qual ele me fez prometer que apesar dos últimos acontecimentos eu me manteria longe das drogas e que procuraria viver mais saudável possível.

 Desde que tivemos essa conversa Carlisle me ligou desde que saí de Forks a cada três horas, e mesmo sendo monitorada eu amo falar com ele, pois sempre alivia a dor no meu coração.   

- ótimo assim eu converso com ele e você já fica morando permanentemente comigo. – ele só pode ser louco.

- não, não e não. – falei decidida a ficar no hotel mesmo não querendo ficar sozinha, mas apesar de ser teimosa, James é três vezes mais teimoso que eu e era por isso que agora eu me ajeitava no banco do carona do carro de James com o Marley no colo, enquanto o mesmo colocava minhas malas na mala do carro. 

- eu não sei como deixei você me convencer dessa loucura. – falei indignada me dando conta do quão maleável eu fui.

- eu tenho meu charme, baby! – deu uma charmosa piscada para mim.

Fomos a viagem toda discutindo sobre o charme que ele insistia em dizer que tinha e que eu negava firmemente, mas que eu sabia que era a mais pura verdade pois James era a pessoa mais charmosa que já conheci.

Assim que adentramos o apartamento de James percebi o que ele quis dizer quando disse que quarto de hotel é impessoal e frio, pois a casa de James me parecia exatamente o lugar mais maravilhosos para morar.

A pequena e charmosa sala tinha confortáveis sofás em cor de areia e decorado com muitas almofadas, esses sofás rodeavam uma gigante estante de madeira onde fica a televisão, o equipamento de som e DVD além de inúmeros livros e DVDs, mas dentre os sofás e a estante havia uma charmosa mesa de centro, também era de madeira.

            Atrás dos sofás ficava uma pequena mesa de madeira para apenas quatro pessoas e que era forrada com uma toalha de mesa branca, que combinava perfeitamente com o tom branquíssimo do piso que era todo contornado por madeira.

As paredes também brancas contrastavam com o teto que era de madeira e que combinava perfeitamente com as janelas também de madeira. James me levou por um pequeno corredor que dava para cozinha e neste local também predominava a madeira e o branco, um pequeno balcão que se concentrava no meio dela e os armários eram de madeira e vidro, é um lugar significativamente pequeno tendo espaço somente para um fogão e uma geladeira uma pia toda de inox e muitos armários.

Pela cozinha seguíamos até uma lavanderia onde tinha uma máquina de lavar e uma pia toda em mármore preto. Saímos e fomos em direção ao quarto de hospedes onde eu ficaria e a cama king size gigantesca que tinha no meio do quarto era muito convidativa, além de ter um charmoso guarda-roupa também em madeira e dois abajus na cor bege iguala açor da colcha que cobria a cama.

 Em frente a cama havia uma pequena estante que havia uma pequena TV e aparelho de DVD, além de se ligar a uma pequena escrivania, onde tinha confortável cadeira posicionada. James me mostrou o banheiro e este era tão charmoso quanto a casa, mas era todo em vidro e mármore, deixei Marley no quarto e segui com James pelo resto da casa.

Eu estava tentada em parar a descoberta da casa e cair naquela cama e dormir até meus olhos reclamarem por estarem fechados por muito tempo, mas James me arrastou para conhecer o resto do seu apartamento, em frente ao quarto de hospedes ficava o banheiro social e logo ao lado ficava outro quarto igual ao que eu iria ficar e em frente ao corredor ficava o quarto de James que era o maior cômodo da casa e também o mais bonito.   

Sua cama ficava atrás de uma enorme estante de madeira que tinha vários livros e atrás da estante você poderia ver a cama king size gigantesca que era ainda mais convidativa que a minha, ela tinha cortinas de seda num tom bege pelos lados, o que dava um ar de antiguidade a ela. No quarto também havia uma mini sala, onde havia um enorme sofá e uma enorme TV seu tom escuro a fazia parecer um cinema.

Num canto havia uma enorme escrivaninha e uma um notebook aberto em cima dela, com vários livros espalhados por ela, além uma impressora e muitos papeis. Um pouco mais afastado tinha duas portas e a primeira dava acesso a um lindo closet todo em madeira e a outra ao banheiro que era todo em mármore e vidro e tinha uma enorme banheira de hidromassagem que caberia quatro pessoas.  

Depois de conhecer toda a casa cheguei a conclusão de que o lugar á muito acolhedor e que é a cara de James, quente como madeira e zen como o branco e que todo o lugar transparece paz. Fui tomar um longo banho quente e só então percebi o quanto minha feminilidade estava dolorida e machucada, mas a água quente estava sendo um poderoso calmante e estava aliviando bastante a dor. Tomei os remédios recomendados pelo ginecologista do hospital de Forks e caí pesadamente na cama, mas fui retirada da cama para jantar mesmo contra minha vontade por um James extremamente preocupado.

Depois de conversar com meu pai e lhe garantir que eu ficaria bem morando com James enquanto eu não encontrava um apartamento para mim. Fui até o quarto de James lhe dar boa noite, mas este me arrastou para assistir a um filme de comédia romântica que já estava me deixando deprimida e então me entreguei ao sono deitada no sofá da pequena salinha que tinha no quarto de James, onde assistíamos ao filme.

[...]

15 de setembro

(N/A: eu sei que o niver da Bella é 13/09, mas eu não sabia quando escrevi a fic então na minha fic o niver dela é 15/09.)

- PARABÉNS!!! – berrou James de manhã cedo no meu quarto.

- vai embora. – choraminguei enfiando o travesseiro na cabeça por debaixo do cobertor, enquanto sentia o Marley lamber meus dedos do pé.

Eu sempre odiei esse dia, mas hoje ele estava especialmente detestável quase insuportável. Eu sentia uma falta absurda de Edward e como conseqüência de mim mesma era como se eu estivesse vazia, eu não sentia nada além de dor e uma falta de que chegava a ser visível.

Tudo o que eu queria nesse momento era Edward ao meu lado me acordando com um selinho roubado como ele sempre fazia e isso era simplesmente torturante, pois querer a pessoa que viu sua vida ser desgraçada e não fez nada para impedir é torturante. Eu me sentia doente por querer a Edward mais do que a minha própria vida, mas eu simplesmente não podia evitar.

- está bem então se você não quer comemorar seu aniversário conosco eu vou embora. – dessa vez não foi o James quem falou, mas uma pessoa que eu esperava desde que cheguei em Londres, meu pai.

- Pai!!! – berrei já saindo de debaixo das cobertas e corri para seus braços. – eu pensei que só viesse daqui a três dias. – falei enquanto o abraçava fortemente.

- achou mesmo que eu não iria comemorar o dia do seu aniversário com você? – perguntou rindo. – senti sua falta pequena.  

- quando chegou? – perguntei enquanto me afastava um pouco para fitar o seu rosto.

- hoje de madrugada e combinei com o James para te fazer essa surpresa. – falou sorrindo e sorri de volta.

- desde quando você e James são amiguinhos? E ainda planeja coisas sem me consultar? E se eu estivesse ocupada? – falei em tom de brincadeira, mas eu realmente estava curiosa para saber quando eles ficaram tão amigos.

- segredo de estado. – falou James batendo continência para meu pai que gargalhou.

- isso não é justo! – reclamei com James que gargalhou de minha birra.

- feliz aniversário Bells!!! – falou James animado abrindo os braços para mim, sorri e desvencilhei-me do meu pai e abracei James.

- obrigado! – falei e beijei sua bochecha.

- vamos tomar café. – anunciou James. – hoje você está proibida de ficar nessa cama.

- concordo. – falou meu pai.

- hey! Que complô é esse? – perguntei enquanto encarava os dois suspendendo a sobrancelha.

- segredo de estado! – falaram os dois em uníssono enquanto batiam continência.

- eu fiquei com medo. – falei ainda encarando-os, fazendo eles gargalharem enquanto seguiam para a cozinha me deixando sozinha no quarto.

Olhei para meu preguiçoso cachorro e ele me olhava como se estivesse sorrindo e com os olhos brilhando, que me fez lembrar Edward imediatamente. Balancei a cabeça enquanto levava minha mão até o meu pescoço sentindo o cordão até chegar ao anel que Edward havia me dado, senti meu coração ficar pequeno devido ao tamanho da saudade, do amor e principalmente da magoa que guardei dele.

Cheguei a cozinha e havia uma enorme torta de chocolate com morango sobre a mesa, além de muitas frutas e suco. Tomei um café da manhã divertido e reforçado sempre sobre a mirada  atenciosa de meu pai e James que pareciam me perfurar com sua preocupação.

- pai eu estou bem. – falei sem desviar meu olhar da fatia enorme da deliciosa torta.

- James me falou que você não sai da cama. – falou ainda me encarado, levantei a sobrancelha encarando James e exigindo por uma resposta.

- estou mentindo? – perguntou levantando as sobrancelhas.

- não mas não precisa preocupar meu pai. – falei como se fosse obvio.

- Isabella você é absurda! É claro que eu vou sempre me preocupar com você. – falou meu pai me fazendo encará-lo.

- desculpe. – pedi sem graça.

- tudo bem, mas nada de ficar na cama o tempo todo, até por que suas aulas começam semana que vem. – respondeu alisando meu rosto.

- então que tal passearmos por Londres? – perguntou James sorrindo vitorioso.

- ótimo! – falou meu pai.

- aproveitamos e compramos vários presentes para a Bells. – falou James sorrindo para mim, lancei-lhe um olhar que mataria qualquer um, porém foi completamente ignorado por James me fazendo bufar irritada.

O resto do dia foi perfeito apesar dos muitos presentes que James e meu pai insistiram me dar. Depois de alguns dias meu pai foi embora e minhas aulas começaram e logo a certeza de que havia escolhido a profissão certa para seguir me tomou. Medicina é tudo  que uma pessoa como eu precisa para ocupar a mente.

Conheci novos colegas de classe, mas a que mais me identifiquei foi Ângela Webber, a garota é simplesmente louca seus cabelos pretos com mexas roxos e suas roupas de couro mostra o quão louca ela é. Tornamos-nos grandes amigas, mas ela tinha uma quedinha pelo James o que era bastante irritante, pois apesar de não ser mais namorada dele eu sentia um pouco de ciúmes. Poucos ciúmes porque eu sabia que James não correspondia ao sentimento, mas ainda assim incomoda bastante quando ela começa a falar sobre ele.

Por fim chegaram as férias de final de ano, Carlisle queria que eu tivesse passado com ele em Forks, mas eu ainda não me sentia pronta para ver Edward e também me lembrar dos últimos acontecimentos. Por isso passei um ótimo natal com Hillary Smith, a mãe de James, que parece ser tão generosa quanto o filho pois me comprou vários presentes de natal, quando apenas tínhamos nos visto poucas vezes.

Ângela também passou o natal conosco pois ela não tinha família, ela ganhou uma bolsa de medicina em Oxford devido as suas ótimas notas no colegial e também por ser de um orfanato. James por sua vez levou um amigo de infância Benjamim Cheney, que ao contrário de Ângela tinha uma enorme família, além de ser muito legal. No final da noite Ângela já estava aos beijos com Bem enquanto eu e Hillary cantávamos bêbadas girls Just wanna have fun no karaokê e James gargalhava das palhaças que nós fazíamos.

O ano novo foi mais divertido que o natal apesar de Hillary não poder compartilhar conosco, pois estaria trabalhando. Então junto ao mais novo casal de pombinhos apaixonados, fomos para as ilhas Fiji e rompemos o ano nas cristalinas e maravilhosas águas da ilha. Eu e James dividimos o mesmo quarto do hotel, assim como Ângela e Bem, mas diferença é que eu e James nos tratávamos apenas como amigos ou nem tanto já que ele morria de ciúmes quando algum homem me paquerava e vice-versa.

Ficamos nos divertido nas ilhas por uma semana, descobrindo a paisagem local além dos diferentes tipos de lazer como: luau no iate, DJ no meio da floresta além de tirolesas e gangorras que nos atiravam direto nas piscinas naturais de Fiji. Foi nessa semana maravilhosa que contei a James tudo o que aconteceu comigo, e não foi torturante ou um pesadelo foi como se tivesse tirado um peso de minhas costas e o melhor de tudo foi que James não passou a me olhar com pena, mas sim com admiração.   

A volta a faculdade foi cheia de novidades, eu amava o curso, é tão empolgante ver as células e as outras coisas pelo microscópio, além do medinho básico que os professores colocam na gente para nunca examinar nada sem a devida proteção, ou seja, luvas, máscara e jalecos. Além de que no próximo semestre nós já vamos poder contato com os pacientes.

 É minha vida estava seguindo perfeitamente, exceto pelo fato de James ter arrumado uma namorada que além de ser muito chata tem um ciúmes doentio por ele, é claro que ela não gosta nada do fato dele morar com a ex-namorada. Bom... meus planos de hoje a noite vai acabar com qualquer com qualquer chance que aquela vaca tem com meu James.

 É ele ainda não é meu, por uma burrice minha, mas agora acho que já estou pronta para me relacionar amorosamente outra vez, muitas pessoas diria ser muito cedo, mas eu me sinto recuperada e muito disso se deve a James por não me deixar sucumbir em pensamentos ruins ocupando meu tempo livre sempre com viagens de trem a frança nos finais de semana ou sessões de filme de comédia e terror nos dias em que ele está de folga.

Eu vou seduzir James, esse é o meu plano, tipo eu não vou usar uma calcinha minúscula ou dançar para ele, vou apenas colocar um filme picante e esperar que ele me ataque. Ele odeia assistir a filmes picantes comigo ele diz que eu sou tentadora demais para meu próprio bem, eu acho que ele só diz para encher minha bola mas vamos ver se é verdade.

Vestindo o meu usual pijama listrado em branco e azul, estava esperando James voltar do trabalho e provar a sua teoria de que eu sou tentadora demais para o meu próprio bem, e espero pacientemente enquanto olho a capa do filme o primo Basílio recomendado por Ângela como um dos filmes menos pervertido que ela já assistiu, bem eu não sei que tipo de filme Ângela anda assistindo mas tenho certeza que nenhum deles é recomendado para menores de 21 anos.

- Bella! – chegou! Omg! O que é que eu faço agora? – pequena eu trouxe pizza para nós vem cá. – gritou provavelmente da cozinha.

Fui andando pela casa com as menos moles que pareciam que ia soltar do meu corpo de tanto nervoso, meu corpo inteiro tremia e minhas mãos soavam tanto que eu passava elas nervosamente pelo pijama. Mas em minha cabeça só havia uma pergunta: “será que ele ainda me quer?”

Assim que cheguei a cozinha fui recebida por uma James elétrico, sorridente e com aquele peitoral á mostra. “Jesus você colabora comigo!” James me abraçou fortemente e logo depois me entregou uma fatia da enorme pizza de vários sabores.

- então como foi seu dia hoje? – perguntei querendo saber o motivo de tanta felicidade, não que ele não fosse sempre assim, mas ele estava com um brilho dos olhos mais intensos que os outros dias e também estava sem camisa. Ele geralmente ficava de camisa dizendo ele que não queria  que eu me sentisse incomodada ou sem privacidade.

- ah! Nada demais, só consegui ganhar meu primeiro caso e ainda nem sou advogado formado nada demais! – falou  enquanto pegava o refrigerante na geladeira e mais dois copos.

Um sorriso enorme surgiu em meu rosto e quando nos encaramos ele tinha o sorriso deslumbrante em sua face de anjo. Corri e me joguei em seus braços enquanto o mesmo colocava rapidamente o refrigerante e os copos na mesa para me pegar em seus braços, sem pensar distribui beijos em todo o seu rosto até tocar levemente seus lábios com os meus.

- omg! Que bom! Parabéns! – eu falei enquanto o abraçava fortemente. – mas por que você não está comemorando? – perguntei curiosa pela sua modéstia enquanto me desvencilhava dele.

- eu estou comemorando com você boba. – falou enquanto apertava meu nariz, sorri para ele e continuamos a comer a pizza com risos e brincadeiras, tomamos sorvete de chocolate eu melei todo o rosto de James só para limpar com meus beijos.

- vamos assisti a um filme? – perguntei querendo colocar meu plano em prática.

-  está certo mas eu escolho.

- a não você vai escolher comédia novamente. – falei fazendo bico.

- hey! Eu fui eu quem ganhei uma causa hoje, tenho o direito de escolher.

- tudo bem. – falei derrotada. “Fazer o que nhé? Se ele quer escolher basta aceitar.”

Fomos para seu quarto e enquanto eu fiquei na pequena sala de vídeo ele  foi tomar banho, saiu de lá vestido de apenas uma calça de moletom preta. Suspirei pesadamente vendo aquele peitoral descoberto e nem ao menos poderia me espalhar por ele.

- qual vai ser o filme? – perguntei enquanto me esticava no enorme sofá.

- maratona american pie. – hein? Como assim? Pensei que El não gostasse de assistir eese tipo de filme comigo. (N/A: Hey gente eu não assisti a nenhum dos filmes mas pelo título e trailer parece que fala sobre sexo)

-ok. - foi só o que consegui dizer. James colocou o DVD e veio até o sofá sentando-se e colocando meus pés em seu colo.

- vem cá!- chamei com o dedo indicador pedindo para ele deitar ao meu lado. Bem ele veio mas não deitou ao meu lado, mas me colocou deitada sobre ele, apoiei minha cabeça em seu peito e esperei o filme começar.

Calor

Lábios

Mãos

Suor

Gemidos

Arrepios

Tremores

Suspiros

Espasmos

Entrega

Amor

Essa noite com certeza vai ficar na minha memória para sempre!

Blin Blong!  Blin Blong! Blin Blong!

A campainha tocava insistentemente me tirando da inconsciência, tirei travesseiro que estava debaixo da minha cabeça e bati nas costas de James.

- atende você! – falou com a voz embargada pelo sono.

- não vai você! – bati novamente com o travesseiro em suas costas e depois levei-o até minha cabeça apertando-o tentando sufocar a irritante campainha que ainda tocava.

James arrancou travesseiro de minha mão e me puxou para deitar sobre seu peito nu, enquanto a campanhia parava de tocar. Suspirei aconchegando minha cabeça entre seu pescoço e ombro, e já sentindo o desejo me consumir com a fricção que meus seios faziam contra o seu peito. Senti a mão de James percorrer com as mãos minha costas nua e parar no meu bumbum apertando-o me fazendo sentir sua excitação no meu ventre. Abriu as pernas me fazendo cair no meio delas colando nossas intimidades, gemi já entregue ao momento.

- o que significa isso James? – num susto  pulei no chão.

- Victória, o que você está fazendo aqui? – perguntou James já em pé nos envolvendo com o lençol. – e como você tem a chave do meu apartamento? – perguntou irritado.

- achou mesmo que vai terminar comigo com um simples “foi bom enquanto durou”? – perguntou irônica – é claro que essa coisinha aí tinha algo haver  com isso, por isso vim conferir se minhas dúvidas estavam certas e olha só você me fez de trouxa esse tempo todo. – falou histérica. – MAS VOCÊ NÃO PRESTA! – berrou  e saiu do quarto batendo a porta, enquanto ao longe escutávamos a porta da sala bater.

- terminou com a Victória Vaca Hitch? – perguntei levantando meu rosto para olhar o de James.

- é parece que eu estava adivinhando. – falou sorrindo e me deu um selinho, fazendo um sorriso surgir nos meus lábios. – temos que trocar a fechadura? – falou me empurrando de volta para cama.

- uhum... – murmurei enquanto arrancava o lençol que nos cobria o jogando no chão. – depois fazemos isso. – sibilei enquanto minhas mãos já puxavam James para mim nos fazendo cair na cama.

- UAU! Sexo é tudo de bom! – falei depois de me recuperar do quinto orgasmo que tive naquela manhã.

- fazer amor com você é tudo de bom. – falou fechando os olhos. – ainda bem que hoje é sábado, morreria se tivesse que trabalhar hoje. – gargalhei com vontade da situação.

- ah! Qual é seu preguiçoso! Levanta! Vamos viajar para Holanda? – perguntei já levantando e rumando para o banheiro.

Este foi o fim de semana mais louco da minha vida, fizemos amor no trem indo para Amsterdã, no hotel, numa praça, e quando voltamos de trem, além de uns amassos que demos em uns museus que visitamos. Eu me sentia uma verdadeira coelhinha, nem roupa eu queria colocar mais, mas seria presa se saísse na rua pelada.

[...]

Setembro

Faz dois anos que não vejo Edward, suspirei olhando o vestido branco que cobria meu corpo. Estupidez minha pensar nele no dia do meu casamento mas é impossível, eu só passei a querer esse tipo de coisa por causa dele e agora vou me casar com um homem que não é ele. Se eu estou triste? Não na verdade não me agüento de tanta felicidade, mas é apenas estranho se preparar para uma pessoa e receber outra.

Eu me olhava em frente ao espelho admirando o vestido que Alice, Rosalie e Ângela haviam me ajudado á escolher e que até James já havia me visto vestida. Alice pirou quando contei isso á ela, mas nada paga a carinha de felicidade que James fez ao me ver saindo do closet no vestido.    

http://4.bp.blogspot.com/_4zumKg1GDpw/Sjva8-EfE1I/AAAAAAAAAeQ/wQp4rLG0AAk/s400/short_antoinette_mini1.jpg -> vestido de noiva de Bella

Eu nunca pensei que pudesse voltar a amar depois do que me aconteceu, é claro que não é tão forte quanto ao que sinto por Edward, mas ainda assim é forte o suficiente para durar a vida toda. Eu amo James como amo a mim mesma, ele é meu sol particular minha alegria particular meu sentido para viver feliz a vida inteira.

Cavalheiro como só ele pode ser, um amante melhor do Shakespeare, mais inteligente do Albert Einstein, doce como meu chocolate preferido e refrescante como água, pois mata minha sede de amor e carinho que julgo ser infinita. Em outras palavras o perfeito homem, para qualquer mulher, mas quem o tem sou eu.

- nem acredito que minha garotinha está casando? – falou meu pai choroso ao meu lado.

- eu acho que nunca fui uma garotinha. – falei me dando conta de que já vivia como se tivesse vinte e cinco anos sendo que  só completo vinte, semana que vem.

- pra mim vai ser sempre a minha garotinha – meu pai pegou meu rosto em suas mãos. – a minha garotinha que fica corada quando está com vergonha, ou que se esconde em seu próprio mundo quando magoada ou que é mais forte do que ela mesma possa imaginar. – falou com lágrimas escorrendo pelos olhos – é a minha garotinha para sempre. – abracei-o forte sentindo meu coração palpitar com suas palavras.

- obrigada pai. – falei emocionada.

- obrigada você por existir porque se não eu teria que te inventar. – sorri segurando as lágrimas quando Alice entrou no quarto dizendo que estava na hora.

 Carlisle e eu entrelaçamos os braços e descemos as escadas da casa da mãe de James em direção ao jardim onde aconteceria a cerimônia e assim que alcançamos o jardim olhei o lugar estava maravilhoso, mas vi um vulto atrás da grande arvore que me fez ficar com o coração apertado levei minha mão até o cordão que era de minha mãe, afim de tocar o anel que Edward me deu mas ele não estava lá. Além de não combinar com o vestido James merecia me ter pro inteira nem que fosse só por hoje, então o tirei e guardei amanhã ele estaria no meu pescoço como sempre.

Ignorei a estranha sensação de perda que estava sentindo e caminhei até o altar onde James me esperava lindo como sempre. A cerimônia foi linda e curta, odiava a demora que era as cerimônias de casamento, e por falta de uma criança para entregar as alianças que levou foi o Marley, que estava lindo de gravata borboleta. Terminamos a cerimônia com um selinho demorado a ponto de Emmett assobiar chamando nossa atenção, fazendo com que Rose lhe desse um tapinha no braço.

Depois de falarmos com nossos familiares fomos para o outro lado do jardim onde seria a festa, pouco mais de 60 pessoas faziam o jardim enorme parecer maior ainda, dancei, conversei brinquei e quando já estava perto de ir para a lua-de-mel, fui em direção a casa trocar de roupa. Geralmente as mulheres se reuniam nessa hora, mas eu preferi ir sozinha, pois ter Esme e Hillary ao meu lado apesar de ser reconfortante me trazias saudades absurdas de minha mãe principalmente nesse dia tão especial para mim.

Subi para o quarto e assim que abri a porta do quarto, quase caí para trás com a pessoas que ali me esperava, sem saber o que fazer entrei no quarto e fechei a porta atrás de mim.

- o que faz aqui? – perguntei confusa com o tanto de emoções que sentia naquele momento, raiva, amor, saudade, tristeza, tudo misturado.

- vim te ver. – deu uma pausa. – sei que não tenho o direito e na verdade eu nem deixaria você saber que estive aqui, mas é que você está tão linda. – falou caminhando até mim. – eu senti tanto a sua falta.

- Edward o que você está fazendo aqui? – perguntei nervosa.

- eu só queria te ver mas eu já estou indo embora. – falou veio caminhando em direção a porta.

- espera. – sussurrei confusa com as emoções que tomavam conta de mim. Mas não tive muito tempo para pensar se o mandava embora, pois seus braços já me envolviam num abraço apertado.  

- o Marley está tão gordo. – falou alisando os meus cabelos depois de um tempo que ficamos em silêncio, silêncio que aproveitei para sentir seu maravilhoso cheiro e também para perceber que ele havia emagrecido sem falar da grane barba que encobria seu rosto, os cabelos bronze estavam  maiores presos num rabo de cavalo.

- ele senti a sua falta. – “eu sinto a sua falta!” era o que eu queria ter dito, mas não era justo com James.

- eu também sinto a dele. – sussurrou na minha bochecha, seu hálito cheirava a álcool e menta. Queria tanto perguntar como ele estava, mas não era certo.

- Bella vamos perder o avião. – a voz de James me tirou dos meus devaneios enquanto eu me soltava do abraço de Edward.

- já vou descer. – falei com a voz fraca, me sentia uma traidora.

- te espero lá embaixo. – escutei sua voz longe.

Caminhei até o closet sem olhar nos olhos de Edward, encostei a porta e troquei de vestido, mas eu não conseguia subir o feixe que tinha nas costas, foi quando senti as mãos frias e trêmulas de Edward que outrora foram tão quentes, tocarem minha coluna subindo o feixe até minha nuca onde ele depositou um beijo casto, que me fez estremecer de saudade do seu toque.

- tchau Bella. – sussurrou em meu ouvido.

- tchau Edward. – sussurrei enquanto me virava para ele.

Tão rápido como começou terminou, o beijo tão casto como o céu e tão pecaminoso quanto o inferno, mas sentir seu gosto depois de tanto tempo foi maravilhoso e ao mesmo tempo um veneno. Saí daquele quarto mais rápido que pude antes que fizesse mais besteiras e quando cheguei a sala todos me esperavam para a tradicional chuva de arroz. James me esperava com um sorriso lindo no rosto que só consegui retribuir e pensar nunca única coisa: “Bella esqueça Edward Cullen!!!”.

Corri para James enquanto entrelaçávamos nossas mãos e seguíamos para o carro que nos levaria para o aeroporto sob chuvas de arroz. Entremos no carro á gargalhadas e seguimos no mesmo ritmo durante todo o vôo que nos levou para as famosas praias desertas da Grécia. Assim que chegamos ao local depois de pegar um vôo particular, me vi maravilhada pelo tamanho da beleza do lugar. James havia alugado um chalé onde ficaríamos por duas semanas até a volta das aulas, além de comemorar meu aniversário nesse lugar maravilhoso.   

Meu Paraíso Particular!

UAU! Duas semanas passam rápido quando se faz sexo 12 horas por dia, na praia, na mata, no banheiro do restaurante, no mar, no barco do professor de mergulho, numa boate de que fica em uma ilha deserta e por aí vai. Eu já estava achando que havia virado uma coelha, mas não estava me importando muito por que nesse exato momento James mais uma vez me levava a loucura no banheiro do avião enquanto voltávamos para casa.  

- sabe estou começando a achar que você me transformou numa coelha. – falei enquanto ainda me recuperava do orgasmo maravilhoso que havia senti acabado de sentir.

- Bells você está mais para ninfomaníaca. – falou passando as mãos nas minhas coxas ainda estavam entrelaçadas na sua cintura enquanto levantava ainda mais o vestido me fazendo arrepiar sendo que ainda estávamos unidos. – vê como reage a mim. – sussurrou no meu ouvido mordiscando minha orelha e dando um beijo aberto e molhado na minha nuca logo em seguida. Gemi. – me deixa louco Bells. – falou enquanto recomeçava a investir em mim novamente.   

Junho

Nove meses depois

-AAAAAAAAHHHHHHHHHH!!! – gritei sentindo mais uma contração me consumir. – OMG! POR TIVE QUE FAZER TANTO SEXO? – berrei desesperada já sentindo outra contração.

- agora Bella faça mais força. – pediu a médica entusiasmada.

- AAAAAAAAHHHHHHH!!! – e nesse ultimo grito quase quebrei a mão de James que eu apertava fortemente, enquanto era tomada por um alívio ao ouvir o choro da minha menininha.

- Parabéns papais, vocês ganharam uma linda menininha. – falou a médica nos entregando a Julie, um bebe rosado, rechonchudo, sujo, enrugada e com um bico enorme de choro, mas ainda assim era a coisa mais linda do mundo.

- e agora? – perguntei me virando para olhar James e qual não foi a minha surpresa quando o vi com um bico de choro idêntico ao da Julie e com grossas lágrimas escorrendo pelo rosto. – ela é linda não é? – perguntou James enquanto pegava a Julie do meu colo como se fosse a coisa mais frágil do mundo e na verdade era.

- é. – murmurei emocionada com a cena, me dando conta de que apesar de não ter a mínima idéia de como ser uma boa mãe, eu faria tudo por ela.

[...]

- Sabe eu nunca pensei que fosse sentir tanta felicidade. – James falou assim que chagamos em casa. – obrigada meu amor, por me fazer o homem mais feliz do mundo. – falou me deu selinho enquanto eu colocava a Julie que ressonava tranqüila no berço.

Saímos do quarto abraçados e formos para o nosso que ficava ao lado abraçados, deitei na cama cansada dos dias que passei no hospital. Havia recebido a visita do meu pai, enquanto os outros ficaram de vir no natal para ver a Julie, Hillary ficou encantada com a neta assim como Ângela e todos concordaram que ela é a cara de James.

- acho que vou dormir até amanha depois disso. – falei enquanto tirava a roupa e me jogava na cama, mas uma bola gorda saiu de baixo do meu travesseiro.

- Marley! – chamei meu cachorro gordo estava morrendo de saudades do meu cachorro preguiçoso e gordo que se acha gente. E ele logo veio abanando o rabo, fiquei fazendo carinho nele enquanto James fazia carinho em meus cabelos, já estava quase dormindo quando escuto um choro agudo pela babá eletrônica denunciando que a minha princesinha havia acordado e exigia atenção, levantei-me e fui buscá-la enquanto James me ajudava colocando o berço móvel no nosso quarto. 

Outubro

4 meses depois

Eu me sentia mais cansada do que quando deixei o hospital há quatro meses atrás tranquei a faculdade por um semestre para ficar cuidando da Julie. James já havia voltado a trabalhar e eu não fazia eu tive que aprender a acalmar e entreter a Julie sozinha, a garotinha parecia detestar ficar sozinha comigo. Eu me sentia uma péssima mãe a Julie só vinha para mim para mamar e agora que James não estava comigo ela só ficava tranqüila quando estava puxando o rabo do pobre Marley que era feito de gato e sapato por Julie.

Agora mesmo a Julie estava chorando copiosamente e James estava atrasado apenas 15 minutos, e Marley tinha se enfiado em algum canto da casa e provavelmente só vai aparecer quando a Julie dormir. Eu já estava ficando louca quando James adentra o apartamento cheio de flores e presentes, não sabendo ele que o maior presente era ele.

- boa noite meus amores! – falou colocando as coisas que segurava no chão perto da porta e vinha em nossa direção. – mas por que a minha princesinha está chorando? – perguntou pegando a Julie do meu colo que no mesmo instante calou-se.

- por que ela é uma falsa. – falei emburrada fazendo um bico enorme o que fez James gargalhar. – não ria é sério ela me detesta e eu faço de tudo por ela. – falei magoada. – eu me sinto uma péssima mãe e eu sabia que nunca deveria ter feito uma loucura dessas e eu vou acabar destruindo a vida dela por ser uma mãe chata que não entendi a filha e...

- não fale besteiras você... 

Eu não o deixei terminar e fui para o quarto me jogando na cama e chorando agarrei o travesseiro, eu me sentia uma adolescente estúpida que cometeu a loucura de ser mãe na hora errada. Logo senti uma fungada e uma lambida no meu dedo, depois uma fungada no meu cabelo, virei abraçando o Marley que parecia sempre saber quando eu estava triste.  

- bem se eu não sou boa pelo menos sou uma ótima dona de cachorro já que você me adora. – falei sorrindo e chorando ao mesmo tempo enquanto abraçava o Marley que apenas deitou a cabeça como se soubesse que naquele momento eu só precisava desabafar e chorei até que adormeci.

- Bella? Bella? – abri os olhos com dificuldade  e encarei James que estava sentado na cama com a Julie no colo já tomada banho e com um bico enorme no rosto, provavelmente com fome. – tenho que ir trabalhar vou chegar mais cedo hoje. – falou enquanto eu me sentava e pegava a Julie para ele ir tomar banho. Fiquei observando James triste e cabisbaixo entrar no banheiro enquanto a Julie praticamente arrancava minha blusa para mamar, sorri a observando enquanto tirava a blusa e ela agarrava meu mamilo sugando-o trazendo a gostosa sensação de ser mãe.

Depois de bem alimentada a Julie dormiu, fui para seu quarto e a coloquei no berço e voltei para o quarto só para achar James sentado na cama com cara de choro, fui até ele e dei um selinho  em seus lábios surrando um “desculpa” logo depois.

- me desculpe também. – pediu se abraçando a mim. – eu deveria ter nos protegido e agora é tarde a Julie já está conosco... – coloquei um dedo em seus lábios silenciando.

- eu não me arrependo de ter tido a Julie, é só que fiquei com ciúmes de você ter mais jeito com ela do que eu. – admiti envergonhada fazendo ele sorri.

- eu cheguei a pensar que você não gostasse mais de mim. – falou com uma lágrima escorrendo dos seus olhos.

- bobo eu te amo. – falei sorrindo do enorme sorriso que sorriu no rosto de James.

- é a primeira vez que você me diz isso sabia? – perguntou alisando meu rosto.

- jura? Eu nunca havia percebido. – falei me dando conta de que era verdade, apesar de amá-lo loucamente eu nunca havia falado isso para ele que por outro lado me falava todos dias. – bem eu te amo tanto que chega a ser loucura amar tanto alguém.

- eu te amo. – falou beijando meu rosto e descendo com os lábios para meu pescoço me lembrando que não fazíamos amor desde que a Julie nasceu.

- você tem mesmo que ir trabalhar hoje? – perguntei quando ele parou de me beijar com suspiro de irritação.

- tenho, mas não vou. – falou caindo de costa na cama e me levando junto, gargalhei enquanto sentia a saudades do seu corpo junto ao meu.

 [...]

- então eu preciso que de sua ajuda para acalmar a felícia sem que ela maltrate o Marley. – pedi a James que gargalhava da careta que eu fazia.

- não chama a Julie de felícia amor. – falou sorrindo abertamente.

- ah você tem que concordar comigo o pobre Marley está ficando traumatizado. – falei me deitando sobre seu corpo nu e beijei seu peito sentindo-o arrepiar.

-bem eu apenas canto e converso muito com ela. – falou alisando as minhas costas. – como você é muito calma e calada acho que ela estranha. – falou deslizando as mãos por meu corpo. – quanto tempo ainda temos até a princesinha acordar exigindo nossa atenção? – perguntou invertendo nossas posições.

- uns 30 minutos. – falei enquanto sentia seus lábios dando selinhos em meus seios me arrepiando por inteira.

- que pena, mas a noite você não me escapa. – enquanto se levantava e ia até o banheiro.

- James Smith nem pense em me deixar nesse estado. – falei mandona enquanto ia atrás dele no banheiro.

- você quem manda Isabella Smith. 

Enquanto me empurrava para dentro do Box e me encostava na parede beijando meu pescoço e dando mordidinhas na minha orelha, sua mão percorreu minha perna a levantando e logo senti seu membro duro se encaixando em mim, gemi louca de tesão e comecei a rebolar enquanto James fazia um vai e vem forte indo fundo dentro de mim me deixando a cada segundo mais excitada. Enlacei sua cintura com minhas pernas saboreei a sensação de sentir seu membro entrando e saindo de dentro de mim fazendo um som que me deixava louca. Além de ouvir seus gemidos e palavras doces que ele sussurrava em meu ouvido, cheguei a um orgasmo espetacular e levei James comigo.

[...]

Dezembro

2 meses depois

O natal chegou cheio de surpresa, Alice estava grávida de 4 meses e sua gravidez era de risco então ela não poderia vir passar o natal conosco o que resultou que ninguém veio passar conosco e também não podemos ir até eles porque Hillary estava doente e não poderia se afastar do hospital, então organizamos uma ceia em casa mesmo.

James como sempre tinha razão, pelo fato de eu ser muito fechada a Julie se sentia sozinha e por isso chorava muito, mas depois que passei a conversar com ela as coisas melhoraram muito, tinha coisas que ela preferia fazer comigo do que com James, como me ouvir cantar. Pela Julie eu faço de tudo até mesmo tirar meu antigo violão do armário e até aprender tocar guitarra só para contemplar o ótimo gosto musical da minha princesinha. A música a acalmava a Julie que deixava o Marley em paz, que por sua vez agradecia voltando a ser o mesmo preguiçoso gordo de sempre.

Meu pai quis vir passar o natal comigo mas não era justo fazer Esme se afastar de Alice nesse momento, então ficamos de passar a páscoa juntos. É claro que nós iríamos até eles dessa vez já que o bebê de Alice nasceria exatamente nessa época, além de que só meu pai conhecia a Julie pessoalmente.

O natal se passou agradável, apesar do estado de saúde de Hillary, mas nada que um karaokê com músicas dos anos 70  não a animasse. Julie já estava com 6 meses e bastante esperta e também podia comer outras coisas além de mamar o que foi um alívio, pois eu não agüentava mais as constantes caras de choro que ela fazia quando queria comer algo e não podia. Agora mesmo eu a observava fazer uma bagunça com o peru sendo paparicada por Hillary que fazia tudo o que ela queria.

- ela está a cada dia mais esperta nem parece ter apenas 6 meses. – falou James me abraçando por trás e beijando meu pescoço. 

- ela está a sua cara. – falei enquanto observava os olhos azuis profundos e o cabelo loiro liso e cheiro que emoldurava o rosto angelical da minha princesa, seus lábios vermelhos e cheios combinava perfeitamente com sua pele rosada, e o narizinho reto igualzinho o de James.

- a próxima princesinha tem que ser linda igual a você. – cheirou meus cabelos e deu um selinho em minha bochecha.

- baby isso vai demorar um pouco a Julie já nos dá trabalho suficiente, além do mais pretendo voltar para a faculdade em setembro. – falei me virando em sua direção.

- pensei que fosse voltar em março. – falou acariciando meu rosto. – é seu sonho Bella não fique adiando. – falou sério me olhando nos olhos.

- eu sei, mas vou esperar até que ela faça um ano aí poderá ir para a escola enquanto eu vou para a faculdade. – falei alisando seus cabelos.  

- tudo bem, mas eu vou começar a trabalhar em casa para ficar com ela durante a tarde, você não vai prolongar seu sonho enquanto eu posso te ajudar a realizá-lo além do mais eu já me formei e já estou trabalhando, agora é sua vez. – falou sério.

- está bem. – concordei, pois nós não queríamos contratar uma babá para Julie enquanto nós poderíamos cuidar dela sozinhos e sem problemas. – eu te amo. – falei me dando conta do quão maravilhoso é meu marido.

- eu te amo mais. – falou distribuindo selinhos em meu rosto enquanto sua mãos já atacavam minha cintura fazendo cócegas, corri de seus braços na tentativa de escapar das cócegas e James correu atrás de mim numa brincadeira gostosa que fez Hillary gargalhar e Julie soltar gritinhos de excitação.

No ano novo Hillary desobedecendo todas as ordens médicas nos arrastou para a Grécia, as maravilhosas praias em que passei minha lua de mel estavam lindas, durante a queima de fogos Julie soltava gritinhos de excitação pelos fogos e levantava os bracinhos para o céu tentando alcançar as cores que explodiam igual a caleidoscópio no céu.

Brincamos na praia até cinco horas da manhã quando a Julie e a Hillary decidiram que já estavam cansadas o suficiente para dormir, claro que eu e James parecíamos dois velhos nos preocupando com Hillary que tratava de nos ignorar quando começávamos com os cuidados excessivos.  Chegamos ao chalé e Marley correu até com o rabo entre as pernas provavelmente com medo do barulho dos fogos de artifício, peguei-o no colo e alisei sua orelha acalmando-o.   

Depois de uma semana conhecendo quase todos os pontos turísticos da Grécia voltamos para Londres para a rotina de brincar com a Julie o dia inteiro, enquanto esta já arriscava a falar palavras como papai, mamãe, vovó e Mali (Marley).

Fevereiro começou tenso, Hillary havia piorado e teve que ser internada, os médicos descobriram que ela estava com um tumor cerebral em fase terminal e ela escondeu de nós dizendo ser uma coisa sem importância, James ficou chateado e muito triste por descobrir que ela não teria nem mesmo um mês de vida.

Por vontade própria ela decidiu que queria passar os restos dos dias que lhe sobravam em casa,  James foi terminantemente contra que ela ficasse sozinha na casa dela, então  trouxemos a Hillary para nossa casa, ela adorou e disse que seria maravilhoso passar o restos dos seus dias conosco.

Julie e Marley fizeram muito bem a Hillary e ela viveu dois meses mais que o esperado e muito bem para quem estava em estado terminal, foram dias de alegria intensa para todos nós, Hillary nunca foi uma pessoa fraca e quando veio a falecer não foi diferente, eu estava dormindo quando James me chamou as sete da manhã assustado e choroso. Eu já sabia o que havia acontecido e mesmo esperando sempre essa notícia foi inesperado, pois ela estava tão bem no dia anterior que nem parecia ter alguma doença.

Despedimos-nos da Hillary debulhados em lágrimas e saudades, James estava inconsolável e até mesmo o Marley estava triste e cabisbaixo, a Julie parecia saber o que acontecia a sua volta e estava tão quieta que me deixava preocupada. Logo o tempo passou e a tristeza se foi ficando no lugar a saudade exagerando chegando até ser nostálgica.

Junho

Aniversário da Julie

Meu bebê havia crescido bastante e já estava andando e mesmo que cambaleante arriscava dançar, balançava o bumbum gordo pela fralda de um lado para outro fazendo eu e James gargalhar gostosamente da situação.

Como não estávamos com animo para fazer a maior festa de todos os tempos e a Julie nem se lembrar depois, decidimos levá-la num parque pela manhã depois almoçaríamos e á tarde iríamos para o clube dos advogados de Londres, Ângela e bem iriam conosco e á noite teria uma pequena comemoração em casa.    

 Divertimos-nos o dia inteiro e á noite estávamos tão cansados que encomendamos o jantar e Julie nem agüentou esperar o para bens já caindo no sono. Ela estava linda, seus olhos azuis penetrantes iguais aos de James me fascinava, seus cabelos loiros lisos moldando seu rosto rosa e redondo parecia um anjo, meu anjo.  

[...]

Faltava pouco para setembro então resolvi procurar uma escola boa e adaptada para receber crianças da idade de Julie, o que não foi fácil, pois a maioria das escolas da Inglaterra tinha o ensino rígido demais para uma criança de um ano e eu não queria isso para Julie no momento, ela estava na fase de brincar e não estudar além do mais ela tem apenas um ano. Achei um escolinha  que parecia mais creche, só pegava crianças até quatro anos e era perfeita pois as crianças estudariam brincando.

Enfim setembro chegou e foi difícil me afastar da Julie, mas era o que eu queria então eu faria. Nos primeiros dias eu chegava em casa ás 18:00 horas e escutava os berros da Julie do elevador, quando entrava em casa ela já vinha com os bracinhos esticados na minha direção e com uym bico enorme, mas passou e logo ela se acostumou.

Era difícil estudar quando eu chegava em casa, porque eu fazia dois semestres ao mesmo tempo para compensar o tempo que fiquei fora, mas com a ajuda de James e Ângela eu estava me saindo bem nas matérias e Julie estava se saindo bem na escolinha. Ela ficava na escolinha no período de 8 da manhã até o meio-dia, James a buscava e cuidava dela te que ela dormisse para que ele trabalhasse, essa rotina aproximou muito os dois.

Nos finais de semana eu fazia questão de passar com Julie e James, era sempre relaxante e eu matava as saudades Ada minha pequena que crescia cada dia mais e ficava mais esperta já falando frases completas e contava até de 1 á 10, trocava algumas letras e números mas para idade dela ela é bastante esperta.

James diz que de alguma forma eu parecia crescer junto com a Julie, que enquanto a Julie se tornava uma criança maravilhosa eu me tornava uma mulher maravilhosa, eu acho que ele me superestima, pois ele é a verdadeira maravilha na minha vida. 

 [...]

Já faz 4 maravilhosos anos que eu estou casada com James e eu não consigo imaginar pessoa mais feliz que eu no mundo, Julie estava enorme e tão linda e esperta, gentil e doce que não existem adjetivos bons o suficiente para traduzir o quão maravilhosa é minha filha. Marley está a cada dia mais gordo e preguiçoso, a ponto de eu ter que fazer uma dieta para ele e é claro que a Julie teve a maravilhosa idéia de levá-lo para sua aula de balé afim de ajudá-lo á emagrecer. Foi difícil convencer a professora, mas quando a Julie fez carinha de criança desamparada e  um biquinho choroso ela logo permitiu e Julie no mesmo instante voltou a ser a criança alegre de sempre.

Eu já estava formada e vou me especializar  em neurocirurgia, mas não pretendo me prender á apenas uma área. Aprendi durante o tempo que vive com James que apesar de gostar bastante da vida feliz que tenho, eu não gosto de rotina. Eu gosto de agitação e bastante de boate e praia são os lugares que mais vou.

James agora é promotor e investiga facções criminosas é um trabalho ardo e que requer muita segurança por isso concordamos que a Julie teria um segurança. Nós ainda não encontramos ninguém apropriado para o cargo, mas esperamos encontrar logo, pois é angustiante saber que sua filha corre algum tipo de perigo mesmo que nenhuma ameaça tenha sido declarada.  

- cheguei! – declarei assim que entrei em casa, havia acabo de sair de um plantão no Hospital Geral de Londres.

- mamãe! – Julie correu em minha direção com os braços abertos abaixei e peguei-a em meu colo.

- oi amor! Cansada? – perguntou James que já estava ao meu lado e me deu um selinho.

- quase morta. – respondi sorrindo.

- não brinca! – repreendeu – eu morreria sem você!

- eu também te amo bobo. – falei e lhe dei um selinho.

- já vai trabalhar? – perguntei olhando para o relógio que marcava 7:00 horas da manhã, eu havia pego o turno da noite.

- sim, eu vou chegar um pouco mais tarde hoje. – declarou sorridente – tem noite de poker com Bem.

- divirta-se! – falei enquanto James já saia pela porta depois de acalentar os fios loiros da Julie.

- e você mocinha já tomou o café para ir ao colégio? – perguntei enquanto jogava minha bolsa no sofá.

- eu estava te esperando. – falou beijando minha bochecha.

- então vamos comer agora. O que você quer? – perguntei caminhando para cozinha com a Julie no colo.

- sorvete de chocolate. – pediu fazendo biquinho.

- que tal comer alguma coisa saudável? – perguntei enquanto a sentava na cadeira dela.

- tudo bem, cereal de chocolate com leite.

- tudo que você come agora é de chocolate? – perguntei enquanto pega a tigela.

- é papai disse que eu puxei isso da senhora. – falou abrindo um sorriso imenso.

- é mas eu também como outras coisas que não tem chocolate. – falei enquanto a servia de uma tigela cheia de cereal de chocolate com leite.

- é mas com chocolate é mais gostoso. – falou depois de uma colherada do alimento.

- concordo. – falei sorrindo e me servindo também de uma porção de cereal de chocolate com leite.

Depois de tomar um banho rápido junto com Julie, me arrumei e coloquei em Julie uma fantasia de fada. Chegamos à frente da escola e eu á levei até o portão e fiquei a observando ser levada pela professora para dentro da escola. Voltei para casa e me joguei na cama, agarrando o travesseiro de James que estava na acama e aspirando seu cheiro dormi tranquilamente até que o  despertador me acordou, pulei da cama ainda com reflexos lentos e fui até o banheiro tomar lavar meu rosto para despertar, mas eu estava tão cansada que nem isso adiantou então fui para o colégio da Julie buscá-la e hoje almoçaríamos fora no caminho tomei um café para ficar mais desperta e assim que cheguei em frente ao colégio minha fadinha veio correndo em minha direção.

- mamãe! – gritou enquanto corria.

- oi meu amor! Como foi a escola hoje? – perguntei fazendo enrolando meu dedo em seus cachos.

- foi chato. – falou fazendo biquinho. – a professora quer falar com a senhora. – falou baixinho do mesmo tom que ela usava quando queria explicar uma travessura.

- o que você aprontou Julie? – perguntei tentando ficar séria, mas era quase impossível enquanto ela tentava se esconder entre meus cabelos.

- eu bati no Nick Jonas. – falou baixinho e eu estava quase gargalhando.

- por que? – perguntei respirando profundamente para não rir.

- ele tentou tirar minhas asas. - completou escondendo ainda mais o rosto em meus cabelos.

- Julie isso não é motivo para bater no coleguinha, alias onde foi que você aprendeu a bater? -  perguntei curiosa eu geralmente só a deixava assisti programas educativos.

- eu assisti a luta livre com o papai uma vez. – falou agora com um sorriso enorme me deixando incrédula. – mas mamãe eu juro que não assisto novamente. – juntou as mãozinha e falou quando viu a minha cara.

- tudo bem mas a senhorita vai ficar sem a sobremesa por ter batido no coleguinha ou seja na da de sorvete de chocolate. – falei repreendendo-a pela traquinagem.

- se eu soubesse disso teria batido mais forte. – falou baixinho não querendo que eu escutasse mas escutei mesmo assim.

- dois dias. – falei deixando-a saber que eu havia escutado.

- mas mãe... – tentou explicar mas não deixei.

- nada de “mas mãe” – falei e fui em direção ao colégio receber a reclamação, mas quando cheguei lá me irritei o menino era o dobro do tamanho da minha pequena e ainda bateu nela. Então reclamei com a professora por não ter intercedido na briga antes e saí de lá revoltada, ainda bem que faltava apenas uma semana para as férias e a Julie já estava passada.            

- o que você quer almoçar? – perguntei quando já havia colocado ela na cadeirinha e já havia me posicionado na direção.

- panqueca! – berrou e eu liguei o carro e partimos para um restaurante aconchegante que tinha perto do parque de diversão.

- um que delícia! – exclamou a Julie tomando o sorvete de chocolate como sobremesa, eu havia tirado o castigo já que ela apenas se defendeu.

- vamos para casa? – perguntei quando ela havia acabado de tomar o sorvete e estava toda suja.

- sim. – falou sorrindo com a carinha toda melada de chocolate.

Enquanto eu pagava a conta a Julie foi correndo para a porta do restaurante.

- Julie volte aqui agora! – falei enquanto pegava o troco na mão do atendente.  Ela virou-se para mim e sorriu balançando as mãos no ar e gritou:

- não me pega!

- não Julie volte aqui! – chamei enquanto já ia em sua direção mas ela correu para fora do restaurante, mas eu sentia que algo não estava certo uma angustia tomava conta de mim. – Julie! – gritei enquanto corria em sua direção e quando cheguei perto do carro a vi sorrindo se escondendo na lateral.

- Julie não faça mais isso. – esbravejei enquanto apertava o botão para desativar o alarme do carro.

- mamãe! – Julie me chamou, mas sua voz era puro medo e ela olhava apreensiva para algo atrás de mim. Não olhei para atrás apenas corri em sua direção e a peguei em meus braços, pronta para fugir de qualquer coisa que a havia assustado daquele jeito, mas não fui rápida o suficiente.

Um corpo nos prensou no meu carro e Julie bateu a cabeça na lataria enquanto meus cabelos eram puxados violentamente para trás, tentei gritar mas o meu agressor prevendo minha ação levou um pano até minha boca e nariz me fazendo aspirar um pó e ser absorvida pela escuridão enquanto escutava o choro desesperado da Julie.

Abri meus olhos rapidamente, eu continuava tensa e assustada. Olhei ao redor e vi que estava em um hospital, sentei na cama desesperada, eu quero minha filha, onde estaria a Julie?

- Bella! – senti James me abraçar me assustei não esperava nenhum gesto afetivo. – calma! Sou eu James! –falou enquanto acariciava meu rosto. – Bella me olha presta atenção.

- não! – falei assustada. – cadê a Julie? – perguntei sentindo meu coração apertar e a angustia corroer minhas veias.

- Bella se acalma. – pediu me abraçando.

-  NÃO! EU QUERO A MINHA FILHA! – gritei nervosa. 

- eu não sei onde ela está. – falou me abraçando mais forte, enquanto soluços já me dominavam. – mas eu vou encontrá-la eu prometo.

Eu fui liberada do hospital dois dias depois do seqüestro de Julie, hoje faz cinco dias que não vejo minha e a angustia de que coisas ruins esteja acontecendo com ela é horrível. Meu pai quando soube do ocorrido pegou o primeiro avião para Londres e agora ajudava James na procura pela minha pequena.

Segundo James que fazia questão de manter informada sobre tudo disse que a Julie foi seqüestrada pela facção criminosa Volturi que era a mais perigosa e violenta de Londres. Comandada por políticos corruptos que a fim de obter dinheiro e poder sobre toda a Londres traficavam drogas, armas bélicas e até pessoas.

Segundo James eles seqüestraram a Julie porque ele conseguiu provar que o primeiro ministro da Inglaterra estava envolvido com a facção, além de vários outros políticos do parlamento. A intenção deles é que o seqüestro da Julie colocasse medo em James fazendo-o desistir de levar isso á polícia federal, mas o que eles não esperavam é que James já havia entregado tudo a polícia fazendo com que os parlamentares e o primeiro ministro fossem presos na noite em que a Julie foi seqüestrada.

Nós sabíamos que a Julie ainda estava viva, mas só não sabíamos onde, quando o primeiro ministro foi questionado pelo seqüestro da Julie em seu depoimento na delegacia especializada para esse tipo de caso. Ele foi categórico em dizer que James jamais veria a filha dele novamente, fazendo assim que as suspeitas do crime caíssem todas sobre ele.

A polícia seguia os passos que o primeiro ministro fez durante o dia em que a Julie foi seqüestrada, pelo celular dele e descobriram que ele mandou a Julie para uma casa que treinava as meninas para serem prostitutas mirins que ficariam em um bordel que servia homens pedófilos.

Eu estava á ponto de enlouquecer se não fosse pelo James eu com certeza já teria enlouquecido, nunca em minha vida eu pensei que minha filha fosse passar por uma experiência tão devastadora ou mais que a minha. Eu daria minha vida para que nada de ruim acontecesse a ela e mesmo assim nem minhas preces eram atendidas.

- Bella? – James me chamou adentrando o quarto.

- sim. – respondi na expectativa de que ele soubesse onde está a Julie.

- nós a achamos. – falou animado, mas logo sua expressão mudou.

- mas o que foi? – perguntei assustada.

- é um lugar muito perigoso e a equipe de resgate terá que ir disfarçada, mas o problema todo é que em negociação com o bandido que a mantém refém. – suspirou pesadamente.

- o que ele quer? – perguntei com medo da resposta.

- ele me quer em troca. – sussurrou olhando em meus olhos, estávamos sentados na cama um de frente ao outro.

- não! – falei decidida. – ele tem que querer outra coisa. – fale já desesperada, imagina se esse bandido resolve matar a Julie e o James, eu não sobreviveria.

- a equipe diz que consegue resgatar a Julie sem dar nada em troca, mas eu não quero arriscar. – falou me abraçando enquanto eu já sentia as lágrimas escorrer pelo meu rosto. – eu vou mas eu juro que vou fazer de tudo para voltar. – falou enquanto me colocava sentada em seu colo.

- você sabe o quanto eu estou me segurando para não deixar a dor me sucumbir? Sem enlouquecer? Sem usar todas as drogas que existe no mundo?  – perguntei entre soluços abafados pelo seu peitoral.

- sei. – ele falou.

- então não me peça para te deixar morrer, sem nem ter a certeza de que a Julie vai ficar bem... – solucei forte, é torturante admitir que você possa nunca mais ver sua filha. – por que você sabe que eu... – solucei novamente. – não sou nada sem vocês dois, então por favor, arranje outro jeito de tirar a Julie de lá sem ter morrer.  – implorei me agarrando mais ao seu corpo.

- eu já tentei, mas não tem outra solução. – sussurrou apertando o abraço. – eu te garanto que a Julie vai estar aqui. – soluçou me fazendo perceber que ele também chorava.

- e quanto a você? – perguntei sentindo meu coração se contrair de dor com a sua resposta.

- eu não sei. – finalmente revelou.

- Amor eu não sei viver sem você. – falei levantando meu rosto para encarar o seu.

- mas você precisa e nós nem sabemos se realmente vai precisar. – falou tentando me animar, mas eu sentia tanta dor que é como se já soubesse.

- eu não vou. – falei por fim.

- por favor, pela Julie? – pediu com as lágrimas caindo do seus olhos. Balancei a cabeça negativamente. – então por mim? Eu não vou descansar se você não estiver feliz.

Não consegui responder um policial entrou no quarto.

- nós conseguimos fazer com que eles entregassem a Julie sem que tivessem você em troca, eles querem as provas que temos contra eles em troca. – falou o policial tirando um peso enorme do meu coração. – daqui há duas horas é pra estarmos na ponte que faz ligação com a Street Black Hole, que liga com a Corner Black.

[...]

http://www.youtube.com/watch?v=Q-Jg_CvHVaY

Nós já estávamos na tal ponte quando um carro parou  do outro lado, havia chegado à hora todos os policiais estavam á postos pronto para agir caso algo desse errado, James levaria as provas e pegaria a Julie, o que não me deixava nada tranqüila apesar do colete á prova de balas que ele está usando.

  James pegou as provas na mão do policial e virou-se me dando um selinho sussurrando um “vai dar tudo certo” que não chegou ao meu coração. Uma angustia me consumia, eu não queria deixá-lo ir, mas eu queria que a Julie estivesse aqui e enquanto eu o assistia ir, segurava na mão do meu pai que estava ao meu lado me dando apoio.  

Eu sabia que a Julie já estava do outro lado da ponte mas a angustia não me deixava tirar os olhos de James, assim que James e o homem que segurava Julie se encontraram , eu a vi tão assustada e chorosa com a mesma roupa de bailarina que eu havia colocado nela, no dia em que a levaram de mim.

Comecei a andar vagarosamente na direção que eles se encontravam e James já vinha na nossa direção, abraçando a Julie que se agarrava a ele chorando copiosamente quando ouvi um disparo e depois vários outros, senti alguém se jogando sobre mim e caí no chão. Olhei para James e o vi caindo também , tentei levantar para ir até eles mas fui impedida.

- espera Bella. – meu segurou meu braço me mantendo perto de si enquanto os tiros ainda soavam altos pelo ambiente.

Não consegui falar o desespero e o pânico me consumia me desvencilhei de meu pai e corri o mais rápido que pude para a ponte, subi  rapidamente o início da ponte mas o desespero era tamanho que parecia nunca chegar, até que o avistei ao longe caído sobre a Julie.

Corri mais até seu encontro e avistei sangue para todo o lado, o nervosismo a dor já nublava minha mente, agora tudo o que se escutava era um silêncio fúnebre, e o choro apavorado da Julie.

- James? – chamei com a voz fraca me abaixando ao seu lado, mas nenhuma resposta veio dele.

Virei ele tirando de cima da Julie puxando-a para meu colo, enquanto procurava por ferimentos e me certifiquei de ela não estava ferida. Olhei para James e tapei os olhos da Julie tamanho era meu horror. Engoli um grito, sufocando-me, um tiro havia acertado exatamente a cabeça de James, e ele estava morto na minha frente, seus olhos verdes me encaravam sem vida.

[...]

Parecia que todo o barulho do mundo veio naquele momento me atormentar justamente quando eu me sentia tão consumida, eu me sentia em falta. Muitas pessoas quando passam por coisas traumáticas dizem se sentir vazia, zero nada, não sentem nada, mas eu sinto negativo, frio muito frio, sono, dor muita dor, é como se tivessem me batido e me humilhado ao mesmo tempo. Eu sentia a escuridão que antes era minha companheira me envolver e junto á ela a solidão, e muito barulho.

Meu pai já havia resolvido tudo para mim, já havia tido o enterro e eu voltaria para Forks com meu pai e a Julie. Ângela e Ben me ajudaram com a Julie que estava muito traumatizada, mas eu não conseguia olhá-la e encarar aqueles olhos azuis tão intensos quanto o de seu pai.

Já estávamos no avião de volta para Forks e a única coisa  que eu escutava era o barulho daquele dia, eu estava a ponto de enlouquecer, eu não sabia mais o que fazer para aquele barulho parar de me atormentar. Sirenes, disparos, gritos, choro, “vai dar tudo certo!” era tudo o que eu conseguia me concentrar.

[...]

- chegamos! – falou meu pai quando o carro estacionou em frente a casa onde mais coisas tristes do que alegres me aconteceram.

Entramos em casa e todos ficaram felizes em nos ver, a situação era estranha, pois ao mesmo tempo que ficavam felizes por nos verem, não se sentiam a vontade para demonstrar, já nós não estávamos felizes.

A Julie ficou todo o tempo em meu colo, e mesmo assim eu não conseguia olhá-la, nem ao menos cuidar dela, mas também não queria soltá-la era como se á qualquer momento ela fosse fugir de mim. Fui para meu quarto que estava um pouco mudado, a cama de solteira agora era uma enorme cama de casal e a cor rosa, havia se tornado branca, e o closet também estava completamente mudado, mas a áurea mórbida e fúnebre continuava a mesma.

Coloquei Julie deitada na cama e fui ao banheiro só para constatar que ele estava todo mudado também, apoiei em braços na pia de mármore e olhei para o espelho que refletia a minha imagem. Olheiras gigantescas se formavam abaixo dos meus olhos, meu rosto estava mais pálido do que de costume e mais magro também.

Faziam três dias que o James havia... me deixado, era essa mesma quantidade de tempo que eu não havia dormido. Os sons daquele dia não abandonavam minhas memórias e toda vez que eu tentava dormir a imagem de James sem vida me encarando com aqueles olhos tão lindos e mortos acompanhado de suas palavras “vai dar tudo certo!” me atormentava.

Não havia dado tudo certo, muito pelo contrário, James havia morrido e eu não sabia viver sem ele. Eu me sentia como um cego, surdo e mudo num cativeiro onde é surrado fisicamente e torturado psicologicamente, mas acima de tudo em me sentia perdida  num mundo onde só havia os sons daquele maldito dia.

James havia me ensinado a viver através do seu amor, mas agora que ele se foi eu simplesmente não consigo seguir em frente. Ele me ensinou a amá-lo mas não me ensinou a viver se ele, era se ele fosse sempre estar ali para quando eu precisasse, mas aqui estou sozinha tendo que cuidar da nossa filha traumatizada que não consegue fazer nada sozinha por que tem medo, assim como eu.

- mamãe! – chamou a Julie chorosa.

- estou aqui. – falei colocando meu braço para fora do banheiro para que ela não me visse chorar e também para que eu não visse seus olhos chorosos implorando um pouco de amor o qual eu não sabia se poderia dar.

- me desculpe. – pediu ainda mais chorosa.

- pelo que amor? – perguntei sentindo meu coração se apertar, enquanto as lágrimas escorriam livres pelo meu rosto.

- o papai... – sussurrou baixinho. – é minha culpa. – escutar isso me fez sentir a pior mãe do mundo em vez de dar apoio á minha filha nesse momento difícil par a ela eu á fazia se sentir culpada por algo que... simplesmente aconteceu. 

- vem cá. – chamei-a enquanto escorregava pela porta do banheiro até o show.

- me desculpe mamãe. – pediu enquanto vinha até o meu lado.

- não é culpa sua meu amor. – falei abraçando-a e colocando-a em meu colo mesmo com os olhos fechados.

- é sim ele foi me buscar e aí.... – ela não conseguiu terminar desabou á chorar em meus braços.

- não é. – falei chorando junto á ela, eu tinha que olhar em seus olhos e lhe garantir que não era culpa dela, mas era tão difícil. – abri meus olhos e encarei-a. – não é sua culpa, apenas aconteceu e agente vai superar. – falei firmemente encarando seus olhos verdes tão iguais aos de James mas também tão diferentes, James quase nunca estava triste e agora só o que eu via no olhar da minha pequena era tristeza e medo.

- jura? – perguntou se aconchegando méis em meus braços.

- juro. – respondi acariciando seus cabelos.

Depois de um banho revigorante dei um banho em Julie e a levei para a cozinha para comer alguma coisa. Fiz um suco de frutas e coloquei um pouco de arroz com brócolis com frango grelhado que ela não quis comer assim como eu. Mas depois de muita insistência ela bebeu o suco e dormiu exausta no meu colo, quando eu á levava para minha cama.

Deitei na cama e a deitei sobre minha barriga, sem nem menos esperar eu caí no sono longo e profundo, acordei apenas no outro dia ás onze da manhã quando senti alguém acariciando meus cabelos. Abri meus olhos e vi que meu pai acariciava meus cabelos, sorri para ele e o mesmo retribuiu, enquanto apontava a Julie que ainda dormia profundamente sobre mim.

 Coloquei-a sobre a cama e me levantei indo em direção ao banheiro onde troquei de roupa, escovei os dentes e prendi meus cabelos revoltos. Saí do quarto e meu me esperava na cama com Julie no colo ela havia acordado.

 - vamos tomar café princesas? – perguntou meu pai levantando da cama e me entregando a Julie.

- vamos. – falei seguindo-o para fora do quarto.

Ao chegarmos na sala de estar reparei que todos estavam sentados á mesa apesar de já passar das onze da manhã.

- bom dia! – falei a todos quando me aproximei.

- bom dia Bella! – responderam em uníssono.

- bom dia! – Julie falou á todos no meu colo.

- bom dia! – responderam animadamente fazendo um sorriso surgir nos lábios da minha peque que quando percebeu o ato, ficou novamente triste. Não entendi o porque do seu ato, mas depois conversaria com ela.

O café se seguiu alegre mesmo com a situação Julie já estava se adaptando as novas pessoas da e até já fez novos amigos, a filha de Alice que havia nascido pouco tempo depois da Julie e que se chamava Sophia. Ela era mais nova que Julie quase um ano. Eu não havia conhecido-a ainda por causa de pequenos imprevistos que nunca me permitiam vir á Forks, assim como eles também não puderam ir.

- mamãe cadê o Marley? – perguntou Julie enquanto segurava um cachorro de pelúcia na mão. OMG! Cadê o Marley? Agora que me dei conta de que não cuidei ou o vi durante os últimos acontecimentos. Levai minhas mãos á cabeça em pânico e olhei para meu pai pedindo socorro, se eu perdesse o Marley seria um desastre.

- Marley! – chamou meu pai enquanto passava a mão na minha cabeça tentando me acalmar. Até que meu cachorro gordo e fofo apareceu na sala cabisbaixo, Julie correu até ele e o pegou no colo trazendo para mim.

- filhote onde você estava? – perguntei enquanto o pegava da mão da Julie. – a mamãe sentiu saudades. – falei enquanto acariciava a barriga gorda dele.

- esse ainda é o cachorro que Edward te deu? – perguntou Emmett prendendo o riso.

- é sim. – falei sorrindo e me dando conta de que eu não o havia visto ainda. – alias cadê ele? – perguntei encarando á todos na mesa.

- está fazendo missões médicas pela África. – respondeu Esme enquanto sorvia um pouco do seu chá.

- ah! – falei sem graça todos me encaravam como se sentissem pena de mim.

- então quando vai dar um carro para essa garota radical? – perguntou Rose enquanto pegava a Julie no colo, agora ela é designer de carros de uma das maiores empresas do mundo.

- não tão cedo. – falei sorrindo e agradecendo-a por quebrar o clima chato que havia se estabelecido. – mas eu preciso muito de um. – falei me lembrando que meu pai colocou todos os carros á venda além de todos os imóveis e já havia falado com o advogado que já havia transferido a herança de Julie para uma poupança que ela só usaria quando atingisse a maior idade.

- ótimo então compraremos um hoje! – falou Rose animada.  

- oba! Compras é comigo mesma! – falou Alice fazendo todos na mesa rirem. – nós vamos ao shopping também. – falou radiante. 

Durante á tarde depois de comprar meu novo carro, matriculei a Julie na escola em que a filha de Alice, a Sophia estuda. Levamos as garotas para brincar no parque e não fizemos compras eu não estava confortável e muito menos feliz para fazer esse tipo de coisa.

[...]

Seis meses depois...

O tempo sempre foi um fator interessante para mim, durante o período em que passamos sem James foi difícil mas eu consegui fazer a Julie superar, mas e eu? Quem vai me fazer superar? A resposta é tão dolorosa quanto a pergunta, pois ninguém consegue fazer as feridas no meu coração secarem e cicatrizarem.

A vida continua a sua rotina e eu sou obrigada a seguir junto, nesse tempo que passou coisas boas e ruins aconteceram, tipo a Rose ficou grávida e ela e Emmett se separaram, pois segundo ela, ele não a ama o suficiente para assumir um compromisso. Jasper e Emmett cortaram relações porque, segundo Jasper, Emmett abandonou a irmã dele quando ela mais precisa.

Esme como sempre tentou se intrometer na vida dos filhos e acabou brigando com Alice, pois ela deu razão á Emmett e acabou fazendo o Jasper se sentir intruso na família. Meu pai sofria com isso tudo e acabou que a Julie também já que a Sophia passou a vir menos vezes até a nossa casa. Claro! Que Carlisle sendo o avô coruja que é pegava as duas netas e as levava para se divertirem com os atrativos que uma cidade como Forks pode oferecer.

É claro que isso nem sempre dá certo, um dia desses a Julie chegou me pedindo um pônei, e quando eu disse não fez a maior cara feia e foi reclamar com o vovô, por isso ficou de castigo duas semanas. Enquanto eu educava-a meu pai e Esme faziam questão de estragar, é claro que muitas vezes eu caia na folia junto com eles afinal ninguém é de ferro.

Por fim a briga de Emmett e Rosalie terminou e eles se casariam quando o bebê nascesse e Emmett como o cavalheiro que é tratou logo de comprar uma gigantesca casa, na qual moraria a mulher da sua vida e seus herdeiros, como ele os gostava de chamar. A briga de Esme e Alice também acabou, mas o motivo levou todos a serem mais unidos e ao mesmo tempo a tensão voltou a rondar nossas vidas.

O problema que uniu toda a família foi que Edward em uma de suas missões havia desaparecido, então Emmett, Jasper e meu pai foram até a África, mais especificamente á República do Congo, onde fortes conflitos acontecem entre a população e o governo. Depois de três semanas de busca eles finalmente o acharam para alívio de todos e secretamente o meu. Eles chegaram ontem á noite em um avião UTI no hospital que trabalho em Port. Angeles.

Agora eu andava pelos corredores contando o número da sala até chegar em frete á sala que Edward estava eu não o havia visto desde sua chegada, mas hoje seria impossível adiar esse encontro já que era o meu plantão. Já passava das 23:00 horas e tinha a esperança que ele já estivesse dormindo por isso abri a porta despreocupadamente e adentrei o quarto. Andei em direção a cama e ele dormia serenamente como pensei que estivesse, coloquei o sorvete de chocolate contrabandeado na mesinha que tinha ao lado da cama e voltei a encará-lo.     

Agora seus olhos verdes como esmeralda me encaravam cansadamente, seu rosto e corpo magro maltratado pelas condições que estava vivendo, sua barba por fazer o deixava mais velho e seus lábios um dia tão vermelhos, agora eram pálidos e secos. Os olhos com profundas olheiras e cabisbaixos transmitiam uma escuridão assombrosa, deixando apenas a lembrança da época de um dia que foram apenas luzes.

- oi! – falou com a voz fraca e rouca.

- oi! – respondi com uma opulência e frieza que nem eu mesmo sabia que tinha.    


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Notas finais do capítulo

n/a: próximo capítulo é pov do edward e o que ele fez durante esse tempo que ele a Bella ficaram separados. bjão!!!
p.s: não vou demorar tanto porque só falta betar e também estou escrevendo uma nova história para vocês, completamente diferente da The Reason, é uma comédia vampiresca.
 
senti saudades de vcs!!!