LEIAM AS NOTAS INICIAIS

Cap. 4 - Rosalie.

- seu bobo... - entrei em casa brincando com Edward. Tínhamos acabado de voltar de uma caçada.

- já para o banho garotos... - Esme ordenou. - separados, se não vocês não sairão do chuveiro esta noite. - ela brincou e nós rimos.

- mamãe! Estou envergonhada! - falei e o sorriso de Esme se alargou. Ela sempre gostava quando a chamávamos de mãe.

- não fique. Vocês se amam, e nós temos ouvidos extremamente aguçados. Eu sei coisas. - ela riu e me abraçou. Edward e eu fomos para o nosso quarto, eu entrei no banheiro e Edward esperou do lado de fora.

- sabe quem eu não vejo há um tempo? - falei a Edward enquanto terminava meu banho.

- Rosalie. - ele respondeu e eu bufei. Droga de leitura de pensamentos. - desculpe. - o safado riu.

- sim, Rosalie Hale. - ignorei sua leitura de pensamentos. - soube que ela vai se casar daqui a uma semana...

- ela mandou um convite por Carlisle para nós, querida! - Esme avisou do andar de baixo e eu fiquei incrédula.

- ela nos convidou para o casamento? - sussurrei, sem acreditar. Não é estranho?

- estranho? Não acho que seja. Eu lhe disse que ela admira você. - Edward comentou. - só não aprecio sua escolha de marido. Royce King é rico, mas ele não tem nenhum tributo melhor.

- ele é bonito. - respondi e Edward rosnou. - o que? Você pode achar Rosalie Hale bonita e eu não posso achar o noivo dela bonito? - ironizei e ele me pegou no colo.

- exatamente. - me levou até o Closet, me pôs no chão, e foi se despindo em direção ao banheiro, a fim de tomar seu banho. - não é saudável a um homem ouvir a mulher que ele ama elogiar outro homem.

- Royce King é bonito. Mas você é lindo, perfeito e é meu, não se esqueça disso. - falei e ele riu. - nós vamos? - perguntei um pouco mais alto.

- Carl quer ir, eu também não me oponho. Se vocês dois quiserem, então iremos. - Esme falou.

- nós vamos? - perguntei a Edward.

- se você quiser ir... - ele respondeu. 

- então nós vamos. - dei de ombros. Mais tarde naquele dia, Carlisle chegou e Edward, ele e eu resolvemos dar uma volta na cidade. Esme preferiu ficar em casa, novamente.

- eu já disse que adoro esta cidade? - comentei e eles riram. 

- milhares de vezes filha. - Carlisle respondeu.

- então eu repito: eu amo essa cidade. - falei e nós rimos. Minutos depois, eu estanquei no lugar e rosnei de sede. Havia sangue, muito sangue. Alguém vivo, mas não duraria muito tempo...

- Bella, não. É uma pessoa, um ser inocente. - Edward me abraçou com muita força, me prendendo.

- fiquem aqui, eu vou até lá ver o que é... - Carlisle correu e eu tentei ao máximo me controlar. Estava difícil, mas eu tentaria quantas vezes fossem necessárias. 

- eu estou aqui amor... Você não vai se descontrolar, não permitirei. - Edward falou e eu assenti. Poucos segundos depois eu estava completamente calma.

- Edward, quem é que está tão machucado assim? - pedi. Ele hesitou e abaixou a cabeça, triste. - diga, Edward.

- Rosalie Hale. Ela foi... Abusada... Pelo próprio noivo. E largada na rua para morrer. - respondeu pesaroso. Senti uma onda de fúria me dominar da cabeça aos pés. Royce King seria um homem morto. - amor, acalme-se. Não mataremos ninguém... - Edward me apertou mais forte. 

- eu vou. Ele não vai fazer isto com ela e permanecer impune. - falei e Edward ficou tenso. - mas não tocarei em uma gota de sangue dele. É repugnante...

- amor... - ele me repreendeu.

- temos que ir até lá! - pedi. 

- não podemos, tem muito sangue. De longe eu posso conter você, mas de perto... Será difícil até para mim ter controle. - ele disse.

- eu não vou me descontrolar. Nem você. Eu juro. - falei e ele assentiu. Corremos até lá e eu senti minha fúria dobrar ao ver Rosalie ensangüentada e jogada ao chão como se fosse lixo.

Edward me abraçou mais e eu comecei a chorar sem lagrimas em seu peito. Eu estava com raiva, triste, com ódio e com pena. Eu estava confusa.

- o que faremos com ela? - Edward perguntou.

- eu irei transformá-la. Ela não vai sobreviver se a levarmos ao hospital. É a única maneira. - Carlisle falou.

- Carlisle, eu não tenho certeza se... - falei, entretanto minha voz se perdeu no meio da frase. Não tenho certeza se era isso que ela iria querer, era o que ia dizer.

- eu também não sei... - Edward respondeu. - ela está inconsciente...

- vou transformá-la. Ela não merece morrer... - Carlisle sussurrou e a pegou no colo, levando-a para casa.

- eu não acho que ela mereça a morte. Mas daí a transformá-la, é outro patamar... - falei, com um pouco de irritação. Viver com a futilidade dela seria insuportável.

Edward afagou minhas costas e eu sorri.

- eu não sei também... - Esme falou.

- faça-o, se achar que é certo. - Edward disse e Carlisle a mordeu.