Elesis Em Um Futuro Incompleto escrita por Risadinha


Capítulo 25
Mais que uma surpresa


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoal! Demorei, mas por uma causa maior. Provas. Mas já acabaram, então não tem com que se preocupar! Quero começar esse capítulo ao Saiau Sasto pela a linda recomendação! Muito obrigada, seu lindo ♥♥♥
Esse capítulo vai ter muitas cenas "Caramba, e agora?!", vão ser no minimo 3 que vão ter. Um final muito delicioso e bem esperado por todos, então eu vejo vocês lá :3
Boa Leitura.



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Soltou outra fumaça gelada pela a boca. Outra vez, puxou o cachecol sobre sua boca, assim a esquentaria. Arrumou a alça da mochila sobre o seu ombro e começou a andar com suas botas quentinhas. Aos poucos foi saindo da estação de trem, pois era difícil de sair daquele lugar quente.

– É melhor eu me apressar. - Falou com um pouco de dificuldade, já que o cachecol estava sobre sua boca.

Tinha demorado bastante tempo desde que saiu de madruga de casa. Depois de ter visto no diário onde seu pai tinha sido enterrado, a ruiva não perdeu tempo de visita-lo. Ele podia não está mais vivo, mas só em estar perto dele, era o bastante para Elesis. Queria vê-lo e, talvez, dizer um Oi.

Após sair da estação, andou pelas ruas cobertas pela neve do local. Realmente, aquele continente era um lugar de diversos climas. Pessoas passivam por lá tranquilamente, até mesmo com alguns de seus mascotes. Elesis se sentia em um lugar completamente diferente.

Em quanto se distraia pela a bela paisagem do lugar, acaba esbarrando em alguém. Pediu desculpas e continuou a andar, porém a pessoa a chama atenção.

– Elesis? - Ouviu uma voz feminina.

Se virou para trás e se deparou com uma moça loira, de cabelo preso como rabo de cavalo, e possuindo olhos azuis. Suas roupas em bem simples para aquele tempo, mas tendo um cachecol azul para acompanhar.

No começo, Elesis não fazia a mínima ideia de quem era ela.

– Sou eu... - Diz a ruiva ainda confusa.

– Você não lembra de mim? - Aponta para si a garota. Logo solta uma risada besta. - Eu sou a Mona, uma das ex-guardas reais do Lass.

– Ah, você era dos Assassinos da Cruz de Prata. - Finalmente, se lembra da garota.

Elesis a olhou bem e viu que a garota continuava a mesma, porém tendo algumas mudanças em sua aparência.

– Então, como está o mestre Lass? - Perguntou Mona. - Faz muitos anos desde que despedimos.

– Ele vai bem, nada para se preocupar. - Rir sem jeito. - Apenas ficou mais... Irritante.

– Irritante? - Olhou confusa. - Mestre Lass nunca foi irritante.

– Para vocês, ele nunca foi irritante. - Lembra do passado, que não era apenas Sieghart que a irritava, Lass também tinha seus momentos para a fazer queimar de raiva. - Mas isso já faz muito tempo, então não vamos ficar falando sobre isso. - Solta uma risada forçada.

– E como vai a Grand Chase? Soube que vocês se separaram. - Fica com um olhar triste. - Sinto muito por isso. Vocês eram uma excelente equipe.

Olhou um pouco surpresa para ela.

– É nós nos separarmos, mas isso também é passado. Eu tive a ideia de trazer todos de voltas e até agora, só faltam... - Começa a contar nos dedos. - Três, só que uma foi para o lado do mal e uma tá adormecida, sem falar que um tá não sei aonde...

– Sério? - Olha impressionada. - Isso é muito bom. Espero que consiga achar os que restam.

– Também espero. - Fala com um meio sorriso, que logo se desmanchou.

Mona começa a andar e, ao passar pela a ruiva, a puxa pela a manga do casaco.

– Você deve ter tido uma longa viagem. - Diz a loira. - Que tal a gente tomar um café em quanto você descansa? Assim você pode falar o que aconteceu durante esses anos e o que faz aqui nesse continente.

Ficou pensativa. Pretendia chegar e ir logo para visitar seu pai.

Com um pouco de receio, confirmou com a cabeça.

***

Todos pareciam tensos com a noticias, outros sonolentos por ter acordado a pouco tempo.

– Já procuramos ela por todo a cidade. - Avisa Ronan ao chegar na guilda, acompanhado por Ryan. Ambos estavam ofegantes de tanto correrem. - Ninguém a viu ir embora ou algo do tipo.

– E eu não consigo sentir o cheiro dela. - Menciona Ryan. - Provavelmente ela deve ter ido de madrugada para o cheiro ter sumido.

Olharam decepcionados um para outro. Mesmo Elesis colocando um no bilhete para não se preocuparem, eles ficaram. Sabiam que a ruiva não estava agindo 100%, isso é, lutando como luta, então isso os preocupava.

– Lass, tem certeza que ela deixou mais nada para trás? - Perguntou Lire. - Talvez uma pista de onde ia.

– Já procurei, e não achei nada. - Mesmo sendo Lass, o rapaz parecia quieto de mais. - Elesis deixou nada para trás.

– Talvez se eu usasse minha Pandora, pudesse achar a Elesis. - Menciona Amy.

– Não acho que seja uma boa ideia. - Diz Jin com um olhar de preocupado. - Isso deve fazer mal para o bebê.

– Não acho que isso seja possível. - Sussurra Arme com um sorriso bobo no rosto.

Permaneceram em silêncio por alguns segundos, até alguém dar uma ideia.

– E se... - Começa Zero pensativo. - Nos separássemos para fora da cidade à procura de Elesis. Sabe, ela não deve está por perto, e se somos o bastante para procurarmos ela.

Fizeram um "hum" pensativo.

– É estranho essa ideia saindo de você, Zero. - Fala Rey com braços cruzados. - Tão estranha que pode dar certo.

– Podemos nos separar em duplas. - Diz Lin. - E cada dupla ir para uma direção, assim ficaria mais fácil.

– Boa ideia. - Concorda Dio. - E vamos nos separar e procurar pela a ruiva até de noite, e no final do dia, nos encontramos aqui para ver o que achamos.

– Tá bom. - Fala Edel. - Mas quem vai ficar com quem?

Olharam um para o outro, com olhares duvidosos.

Se colocando no meio do salão, Arme abre as mãos e algo aparece sobre elas. Uma abóbora com um buraco em cima, parecendo uma urna. Ela deu uma balançada, mostrando que tinha algo dentro, e sorriu.

– Que tal irmos na sorte?

***

Olhava para o papel em sua mão. Estava com um olhar de zangada, não acreditando que tinha pego aquela opção. Furiosa, Edel rasgou o papel escrito "Lupus", em quanto soltava um grito de raiva.

O caçador, que estava ao seu lado, abriu um longo sorriso por causa da cena.

– Eu odeio isso! - Fala a Major largando os papeis no caminho. - Tinha que ser logo com você?!

– Não pode ser tão ruim assim. - Colocou as mãos no bolso. - Você acha que eu também estou gostando de ficar ao lado da pessoa que tenta me matar em quanto eu durmo?

– Você não e, que coincidência, eu também não! - Abri um sorriso sarcástico.

– Pelo menos temos coisas em comum. - Sorri do mesmo jeito, em seguida soltando uma risada junto com Edel. Tudo encenação de ambos.

– Mas isso não importa. - Volta a ficar séria. - Vamos procurar logo pela a Elesis e acabar com isso de uma vez.

– Concordo.

Continuaram a andar em silêncio, sem dizer uma única palavra. Pela primeira vez, Edel ficava incomodada com o silêncio, o que a deixava irritada. Por causa do orgulho, não começava uma conversa com o caçador, apenas o esperava dizer algo.

– Então... - Sem perceber, a Major começou a falar primeiro. - Pra onde você acha que a Elesis foi?

– Hum. - Fica com um olhar pensativo, que era estranho, pois pensava com um olhar sério. - Não sei. Ela está bem diferente ultimamente, desde que eu a vi. Mas acho que nada de grave tenha acontecido com ela.

– Talvez. - Olhava para os pés. Via suas botas de salto médio baterem contra o chão rochoso, em quando os sapatos de Lupus batiam tranquilamente, sem fazer barulho algum. - Mas todos estão preocupados com ela. Sabe, Elesis não tem estado muito bem da cabeça com esse negócio de amnésia. Só espero que ela se recupere de tudo isso.

– A ruiva sabe se cuida sozinha. - Disse Lupus, referindo-se Elesis pela a cor do cabelo, como sempre faz. - É só torcemos para que ela não faça nenhuma loucura.

Soltou uma pequena risada abafada pelo o comentário do caçador, mas logo ficando séria.

Quando chegaram no final da cidade, na direção que seguiam, começaram a perguntar para os moradores se tinham vistos uma mulher ruiva de longos cabelos, o que era fácil de reconhecer.

Mesmo passando um bom tempo perguntando as pessoas, nenhuma delas viram Elesis. Ficaram decepcionados e julgaram que a ruiva não tinha passado por aquele lugar, e sim por outro.

– Devemos voltar? - Perguntou Edel apoiando as mãos na cintura. - Elesis deve ter ido por outra direção, então não há mais necessidade de a gente a procurar.

– Vamos ficar mais um pouco. - Sugere Lupus. - Talvez alguém a tenha visto.

– Tá bom então. - Apontou com o polegar para uma direção. - Eu vou por ali e vejo se encontro mais informação.

– E eu vou por ali. - Aponta em direção oposta.

Foi para direção que apontou. A Major andou sozinha pelas as longas ruas, que por estranho, estavam vazias. A cada passo que dava, uma sensação estranha era sentida.

Rapidamente, se virou para trás com um olhar sério. Seu longo cabelo girou no ar.

– Acho que é coisa da minha cabeça. - Sussurrou para si mesma.

Quando voltou a andar, algo aparece por trás dela. Sem ter tempo de reagir, é acertada nas costas por um chute, o que a levou no chão entre várias roladas.

Ergueu o rosto sujo e viu um par de botas escuras andando até ela. Se permaneceu imóvel com os longos passos que a pessoa dava até ela.

– Edel... - Ouviu a pessoa a chamar.

Levantou mais ainda o rosto, dando de cara com aquele capuz. Não era a mesma pessoa que tinha a visto no telhado naquele dia, não mesmo. Sua aura era totalmente... Diferente.

Ficou na frente da Major e se agachou perto da mesma. Com uma mão, segurou a ponta do capuz e jogou para trás.

– Edel... - Falou outra vez.

Seus cabelos saltaram para fora do capuz, aqueles de coloração igual ao de Edel. Seus olhos azuis encontraram a garota, junto com o olhar preocupante.

Continuou parada, olhando perplexa.

– Adel... - Dessa vez, foi Edel que falou.

***

Tomou mais uma gole do café. Nada melhor que uma bebida quente naquele tempo frio.

– Então, quais são as novidades? - Perguntou Mona, segurando com ambas as mãos sua xícara.

Estavam em uma pequena lanchonete, bem quente por sinal. Estavam sentadas em uma mesa perto da janela, dando vista a neve que caía do lado de fora.

– Novidades? - Fica pensativa. - Amy está grávida.

– Sério? - Olha impressionada. - Que bom para ela. - Fala sorridente.

– É, o Jin fica bem surpreso pela a notícia. - Rir, lembrando da cena. -Até agora eu não sei como reagir a isso.

– E quanto a você? - Perguntou em quanto colocava a bebida quente na boca.

– Eu o que? - Olha inocentemente.

– Como está sua relação com o Lass? Antes de partimos, vocês ficaram juntos. - Apoia a bochecha na mão.

Olha surpresa para a loira. Olhou para as mãos, agarradas a xícara, e ficou sem dizer uma única palavra. Era vergonhoso conversa sobre aquilo.

– Tá indo bem. - Inventa algum coisa. - Nada de tão importante aconteceu.

– Que pena. Espero que nada de ruim aconteça entre vocês. - Abri um pequeno sorriso. - É claro que o mesma vale para o pessoal também.

– É mesmo. - Sorri também, mas logo voltando a ficar séria. Sabia que não estava nada bem a sua relação com o Lass, apenas conversava com ele como amigo. - E como estão as outras?

– Hum, Dina tem feito uma dieta ultimamente, e pelo o visto, tem dado certo. - Falava confiante. - E Sena tem trabalhado duro na guilda, já que ela subiu de cargo e tudo mais.

– Então elas estão bem? - Suspirou aliviada. Se sentia feliz por elas estarem bem no futuro. - Que bom.

– É, ainda bem. Principalmente pelo o fato de ter esse pessoal rodeando por aí. - Se encosta na cadeira.

Olhou confusa para Mona.

– De quem você tá falando? - Perguntou a ruiva.

A loira olhou surpresa. Olhou em volta e se aproximou de Elesis, erguendo o corpo sobre a mesa.

– Não ouviu falar ainda de um grupo de pessoas que andam encapuzadas? - Falava baixo.

Negou com a cabeça.

– É um grupo de estranho que mata pessoas aleatoriamente, sem causa pelo visto. E também, - Se aproxima mais. - Dizem que eles são pessoas que já morreram, sabe, mortos-vivos.

– Pessoas mortas? - Repetiu com os olhos arregalados.

Rapidamente, em sua mente veio aquela pessoa encapuzada, aquela que encontrou no salão com Mari. Um frio passou por seu corpo, a deixando super desconfortável.

– É. - Confirmou Mona. - E as pessoas dizem também que esse grupo está sendo comandado por Grandiel. Mas até que faz sentido, depois de tudo que aconteceu.

– O que aconteceu?

Olhou estranhando para a ruiva. Ela fazia muitas perguntas.

– É apenas um rumo. - Pôs a mão ao lado da boca, escondendo seus lábios para quem ficasse ao seu lado. - Depois que Grandiel se teletransportou com Astaroth para outra dimensão, Astaroth se fundiu ao Grandiel. Uma parte de sua essência foi para no corpo dele. Desde então, esse grupo de estranho apareceram em Ernas. Mas não sei se é verdade mesmo.

Voltou a se sentar normalmente na cadeira. Elesis estava paralisada com o que ouviu. Outra vez, sua mente se encheu de memórias de quando encontrou com o loiro. Percebeu que ele emanava uma energia estranha, e que sua aparência dizia tudo. A mecha avermelhada em seu cabelo, a mesma cor que lembrava o cabelo de Astaroth.

Sentiu sua barriga revirar com os pensamentos que tinha.

– Mas são apenas rumores. - Fala Mona. - Não tem com que se preocupar.

– É mesmo. - Forçou uma risada.

A loira olhou de repente para o relógio em seu pulso, logo se levantando da cadeira.

– Droga, vou me atrasar. Tenho que pegar o trem daqui a alguns minutos, então, foi bom te ver novamente, Elesis. Espero te ver em breve. - Acena e sai do lugar em passos rápidos. - Adeus!

Olhou para a jovem indo embora e acenou para ela também, assim se despedindo.

Após um tempo, se levantou de seu lugar e pagou a bebida que tomou. Saiu da lanchonete, dando de cara com o frio do lado de fora. Puxou outra vez o cachecol para cima da boca. Começou a andar tranquilamente, depois seus passos aumentaram até a correr.

– Eu tenho que ir ver logo meu pai. - Pensava Elesis. - Depois voltar para a guilda e avisar para o pessoal o que tá acontecendo.

***

Passou o tempo todo correndo até que chegasse naquela área aberta. Era um lugar um pouco distante da cidade, indo mais para a parte da vegetação. Tinha uma pequena capela ali por perto, até uma pequena cerca de metal para separar a entrada. Ao chegar, passou por uma pequena porta que tinha nessas cercas, assim caminhando vagarosamente para recuperar o fôlego.

Dali mesmo, viu a o nome de seu pai escrito naquela pedra. Parou de andar.

Os cabelos ruivos estavam para o alto, tudo pela a corrida que teve até aquele local. A ponta de seu nariz estava vermelho, junto com sua bochecha, pois mesmo tendo uma roupa quentinha, o frio congelava a pele de seu rosto. E sua respiração continuava ofegante.

– Cheguei. - Disse, abrindo um pequeno sorriso.

Voltou a andar até o tumulo, até ficar alguns metros de distância. Colocou sua mochila no chão, a jogando na neve que se acumulava na grama. Deu uma rápida arrumada em sua roupa, vendo se estava apresentável. Após a chegada, se abaixou com um sorriso no rosto.

– Oi, pai. - Dizia a ruiva. - Desculpa pelo o atraso. Eu sei, devia ter vindo mais cedo te ver, só que eu me atrasei para pegar o trem. - Riu sem jeito.

O corpo de seu pai ao ser encontrado, foi mandado para um continente bem longe. A Elesis daquele tempo foi contra no começo, mas depois achou melhor, assim ele descansaria em um lugar sem guerra ou algo do tipo. Sim, era terrível está longe dele, porém com o tempo, a ruiva acabou se acostumando, e esquecendo com um tempo.

– Ah, eu quase esqueci. - Fala de repente. Se levantou e foi até onde tinha colocado a mochila, logo a abrindo e tirando algo de dentro. - Eu sei que você não gosta de coisas desse tipo, mas eu acho que você ficaria feliz por ter sido trazido por mim.

Tirou um boque de flores brancas de dentro da mochila. Deu uma pequena arrumada antes de colocar sobre o tumulo, pois tinha se amassado um pouco. Voltou a se abaixar.

– Ryan disse que elas sobrevivem a altas temperaturas, então não se preocupe que elas vão durar por um bom tempo. - Não disse nada por um momento. Abaixou o olhar, junto com o rosto. - Me desculpe. Me desculpe por não ter conseguido ter te salvado, pai. A única coisa que eu deveria ter feito por você é ter salvo o senhor, mas nem isso eu consegui.

Passou a mão na neve sobre o gramado. Pegou uma quantidade de neve e apertou com força.

– Mas eu prometo que quando voltar, vou fazer de tudo para te salvar. - Levanta o rosto com um olhar determinado. - Não importa o que eu tenha errado nesse tempo, vou concerta de algum jeito. Então, não se preocupe. - Solta a neve de volta ao chão.

Respirou fundo. Foram palavras difíceis de se dizer. Mas acaba lembrando que teria mais coisas para contar.

– Mas mudando de assunto. Desde de sua ida para deter Cazeaje, muitas coisas aconteceram. - Falava animada. - Um grupo dos melhores guerreiros que existe foi formado, chamado de Grand Chase. E é claro, mais que óbvio, eu era a líder! Não a melhor... - Lembra que o futuro que vivia era por causa dela, mas isso não abalou ela. - Mas uma que dei conta de arrumar a confusão deles. Ah, e também o meu bisavó, o idiota do Sieghart, faz parte desse grupo. Ele é como você disse, se acha o tal. - Rir lembrando das bobagens que o morena contava. - Nós derrotamos Cazeaje e depois disso, novos membros foram se juntando, um mais forte que o outro.

Começava a contar histórias que tinha passado com a Grand Chase, contava também o fato de ter amigas de verdade, o que era uma surpresa muito grande para seu pai. Disse todas as aventuras que passou até chegar ali, bem, contou o que lembrava.

– Agora eu tô juntando a Grand Chase novamente. - Fala com um largo sorriso, que logo se desmancha para algo envergonhado. Seu rosto ficou um pouco corado, mais do que estava antes pelo o frio. - Eu sei que pode parecer bobagem, mas acho que devo te falar sobre isso. Eu tô namorando o Lass. - Fechou os olhos, esperando que algo a atingisse. - Mas depois dessa confusão que eu tive, nós meio que estamos dando um tempo. - Abri os olhos. - Então você não precisa em se preocupar em ser chamado de sogro. - Solta uma risada.

Vai parando a risada aos poucos, até perceber que já estava ficando tarde. Infelizmente, não tinha dinheiro suficiente para pagar um quarto para se hospedar apenas uma noite. Então deveria se despedir logo antes que o último trem partisse.

– Acho que tá na hora de eu ir. - Fala em quanto se levantava. - Foi bom ter passado esse tempo com você. Espero poder voltar para te ver outra vez. - Sorrir.

Era difícil de se despedir, principalmente por querer ficar ali o dia todo. Mas sabia que o pessoal com certeza estava preocupado por ela, o que a deixava no mesmo estado.

– Até breve. - Seu sorriso se alarga mais ainda.

Após aquele vento gelado repentino, Elesis podia ter gritado ou reagido, mas não fez isso. Não ouviu ou sentiu nada se aproximar, apenas aquela dor aguda no canto de sua barriga. O seu sorriso continuava em sua boca quando o sangue começou a escorrer pelo o canto do lábio. Sem mover o rosto, olhou para baixo e viu aquela fina espada a atravessar por trás. Aos poucos, seu sorriso foi desmanchando.

– Co-Como? - Sua voz saiu fraca e rouca.

Logo a espada foi retirada, deixando o sangue se espalhar mais ainda por sua roupa. Suas pernas não conseguiam mais se manter em pé, assim fazendo Elesis desabar de cara no chão coberto de neve. Ouviu passos se aproximarem, até ver as botas de salto alto ao seu lado. Levantou o olhar e deu de cara com os cabelos dourados e os olhos vermelhos.

– Me desculpe. - Falou Lothos com um olhar triste, que logo foi se afastando da ruiva.

Olhou surpresa para a mulher. Do que se lembrava, Lothos estava morta e enterrada em Canaban, mas parece que não.

Se engasgou com o sangue ao tentar falar algo. Quando foi tenta mais uma vez, viu outra par de botas aparecer e chamar sua atenção. Olhou para a pessoa e se deparou com os longos cabelos loiros, possuindo uma mecha avermelhada no rabo de cavalo que prendia seu cabelo. Ao vê-lo, sentiu o sangue ferver de raiva.

– Olá, Elesis. - Disse Grandiel abrindo um pequeno sorriso. - Como está se sentindo?

***

Continuava com os olhos fixos em seu irmão. Não acreditava que estava vendo ele na sua frente, pensava que era um ilusão. Sem perceber, estava sorrindo ao ver o rapaz.

– Adel, é você mesmo? - Perguntou Edel. - Diz que é você!

– Sim, sou eu. - Abriu um pequeno sorriso.

Respirou fundo ao ouvir a resposta. Lentamente, esticou a mão até o rosto de Adel, assim tocando delicadamente. Sentiu o calor de sua pele, mostrando que aquilo era mesmo real. Passou a mão por sua bochecha, em seguida, abrindo um largo sorriso.

– Eu... - Falava Edel com alguns soluços. Não iria chorar, não havia necessidade para isso, pensou ela.

Se jogou contra o corpo do rapaz, assim o abraçando. Apertou os braços contra as costas de Adel, e afundou o rosto em seu ombro.

– Eu senti tanto sua falta. - Falou com a voz abafada.

– Eu também. - Passou a mão sobre a cabeça da Major.

De repente, Edel se soltou de Adel e olhou curiosa.

– Como que você ficou vivo? Eu vi você morrer com os meus próprios olhos. - O segura firme pela a camisa.

– É uma longa história. - Disse com o olhar triste. - E você não entenderia.

– Pode me contar! Eu só quero saber o que aconteceu com você.

– Me desculpe, Edel. - Negou com a cabeça.

Sem esperar a Major falar, se levantou, fazendo ela se levantar junto. Segurou as mãos que prendiam em sua camisa, e olhou para Edel firmemente.

– Tenho que ir agora. - Ao dizer isso, Edel o olhou surpresa. - Apenas vim aqui para ver se estava bem.

– Você não pode ir. Tem que me dizer o que acontecer com você! Por favor, venha comigo para a Grand Chase e conte tudo.

Empurrou cuidadosamente as mãos da Major para soltar sua camisa. Soltas as mãos da jovem e deu alguns passos para trás, se afastando dela.

– Adel... - Estranhou Edel, dizendo em voz baixa o nome dele.

Quando foi dar um passo a frente, ouve um barulho de disparo, que logo acertou Adel em cheio. Seus olhos arregalaram com o corpo de seu irmão sendo perfurado por milhares de balas, o fazendo voar para longe. Ficou paralisada, até vira o rosto para onde tinha vindo o disparo.

Lupus segurava sua metralhadora giratória com ambas as mãos. O olhar do caçador estava sério e calculista.

– O que você pensa que tá fazendo?! - Gritou furiosa para o Haro.

– Te salvando. - Jogou a arma para trás, deixando pendurada nas costas, e assim se aproximando da Major. - De nada.

Ignorando totalmente o caçador, virou o olhar para seu irmão. Adel estava caído no chão, mas em poucos minutos, seu corpo se mexe. Apoiou as mãos no chão e se levantou com uma certa dificuldade. Edel e Lupus olhavam sérios para a cena.

– Como eu disse, - Dizia Adel se levantando. - Eu preciso ir embora.

Após se manter em pé, as feridas foram se fechando automaticamente. Deu alguns tapinhas na roupa para tirar a sujeira delas.

– O que é isso? - Se perguntou Edel. Era muito estranho ver aquelas feridas se regeneraram sem intervenção de algo. - Adel, que droga é essa?

– Como eu disse, irmãzinha. - Falou o rapaz com um olhar sério. - É uma longa história. Espero que compreenda e fique longe disso.

– Do que você tá falando? - Olha confusa.

– Adeus. - Falou em quanto puxava o capuz para cima da cabeça. Outra vez, voltou a cobrir o rosto.

Rangeu os dentes com a atitude de seu irmão. Tirou seu florete da cintura e começou a correr rapidamente em direção ao rapaz.

– Eu não vou deixar! - Gritou determinada.

Ao chegar perto, tentou acertar um corte com a ponta da arma, porém acaba errando. Adel recuou com um salto, e nesse mesmo tempo, pegou um florete que estava guardado em seu cinto. A arma do rapaz lembrava muito ao de Edel, por serem do mesmo tipo.

Sem perder tempo, Edel avançou contra o albino com uma sequencia de cortes em uma velocidade impressionante. Ambos defendiam e atacavam sem dificuldade alguma. O que a Major tinha de velocidade, Adel tinha de força, o que dificultava para os dois.

– Me diga... - Dizia Edel ofegante. - O que aconteceu com você?!

– Você não precisa saber! - Falou com uma certa raiva visível.

Usando um corte de baixo para cima, Adel conseguiu desarmar Edel. Por causa da intensidade, a albina acabou recuando, com uma expressão de dor no rosto. Mesmo após tirar a arma de sua irmã, avançou contra ela, preparando a ponta da arma com mana.

– Ad -- Tentou gritar o nome do irmão, porém é interrompida quando alguém a puxa para trás, a tirando de ser furada pela a arma.

Caiu de costas no chão, se ralando um pouco nos cotovelos. Lupus se colocou em sua frente, mirando sua Scarlet na cara de Adel, que se aproximava cada vez mais. Disparou quando chegou perto, mas errando quando o albino desvia em última hora. A bala pegou de raspão em sua bochecha, o que fez ele recuar imediatamente.

Quando ficou em uma distância entre os dois, o florete de Edel cai no chão, ficando em pé sobre o mesmo pela a ponta enterrada.

– Edel, entenda de uma vez. - Dizia Adel sério. - Vá embora e não olhe para trás.

– Eu não entendo você! - Grita ao se levantar. - Vem aqui me ver e depois me manda ir embora! Que droga é essa?!

Apertou o florete que ainda segurava.

– Daqui alguns dias, algo vai acontecer. - Falava calmamente. - Espero que até lá você tenha ido embora desse continente sem resistir.

Tanto ela, quanto Lupus olharam confusos para ele.

– O que vai acontecer nesse dia? - Perguntou Lupus.

– E se você permanecer, - Continuou Adel, ignorando totalmente a pergunta do caçador. - Não hesitarei em te matar.

Olhou assustada para as palavras do rapaz.

– Adel... - Sussurrou o nome dele ainda assustada.

Puxou o capuz mais fundo em seu rosto e deu as costas, partindo para ir embora. Ao vê-lo ir, Edel deu alguns passos em sua direção, automaticamente. A cada centímetro que se separavam, mais o peito da Major apertava. Esticou a mão na direção dele, na intenção de segurá-lo.

Abriu a boca para gritar seu nome, mas é puxada levemente pelo o braço, a impedindo de prosseguir. Olhou confusa para Lupus, que permanecia a segurando.

– Deixe-o ir. - Fala Lupus. - Não vale a pena ir atrás.

Seu peito se apertou mais ainda. Seus olhos ardiam pela a tristeza que sentia, mas Edel se manteve forte o suficiente para não derramar as lágrimas. Concordou com a cabeça com um olhar baixo.

– É melhor irmos para a Guilda reportar isso. - Voltava a falar com o tom sério. - Terei muitas chances de vê-lo novamente mesmo.

– Então vamos. - Foi o primeiro a dar as costas e seguir o caminho.

Edel continuou parada, olhando para seu florete que continuava enfiado no chão. Se aproximou da arma e a tirou com um pouco de força, assim olhando a fina lâmina da mesma. Suspirou, lembrando do pequeno combate que teve, no que resultou na sua perda.

– Tá esperando um convite por escrito? - Perguntou Lupus de longe. - Vamos logo.

Fechou a expressão de raiva. Guardou sua arma e começou a andar em direção ao caçador, que ao chegar perto, o acertou com um grande tapa nas costas.

Continuou a andar, sem olhar para trás, sem olhar na direção que seu irmão ia. Ambos estavam em caminhos totalmente diferente, e Edel sabia disso.

***

Continuava a olhar para aqueles olhos azuis, que a fitava seriamente. Tentou mover o corpo, mas parou no mesmo instante quando reagiu com dor. Soltou um pequeno gemido de dor. Olhou para o machucado que tinham feito nela, e viu a neve sendo manchada cada vez mais pelo o sangue que escorria.

– É bom te ver novamente, Elesis. - Falou Grandiel abrindo um sorriso. - A última vez que eu te vi foi uma confusão por completo, então nem tive tempo de cumprimenta-la.

– Grandiel... - Disse o nome do rapaz com a voz arrastada. - Eu vou mata-lo. Custe o que custar.

– Oh, sério? - Fingi estar surpreso. Se abaixa perto da ruiva. - E como você vai fazer isso?

Quando foi responder, sentiu outra dor. Não conseguia falar com tudo aquilo que estava sentido.

– Mas não se preocupe, eu não vou tomar muito do seu tempo mesmo. - Jogou a mão para lado, como se não se importasse muito com a situação. - Eu só vim aqui para te dar um pequeno aviso.

Em um rápido movimento, Elesis joga sua mão para cima de Grandiel. Tentou o agarra com suas unhas, qualquer coisa que o machucasse, porém ele desvia facilmente para trás. Soltou um rugido ao ver que errou, o que gerou uma dor maior em sua ferida.

– Como eu ia dizendo... - Continua Grandiel. Se levantou e se aproximou de Lothos, assim pegando seu florete. Voltou a ficar perto de Elesis, desse jeito levantando o florete pela a bainha, e assim enfiando a ponta da lâmina na mão de Elesis.

Arregalou os olhos ao sentir a dor repentina. Soltou um grito, logo afundando o rosto no chão para conter o que sentia.

– Espero que ouça com atenção. - Dizia Grandiel, afundando cada vez mais a lâmina. - Daqui a alguns dias, prepare sua turminha, porque coisas acontecerão.

– Hã? - Olhou confusa.

– Não posso falar muito coisa senão eu vou estragar a surpresa. Apenas digo uma coisa: - Levanta um dedo. - Estejam preparados para enfrentar o que mais temem.

Continuou a olhar confusa. Apenas sabia que aquilo era uma ameaça.

– Eu sei, você deve está entendendo nada. - Solta uma risada besta. - Mas em breve, as coisas ficarão mais claras para você.

Parou de se apoiar no florete, assim aliviando Elesis. O loiro deu alguns passos para trás, na intenção de ir embora, mas para ao se lembrar de algo.

– Ah, eu quase esqueço. Se eu fosse você, não morreria aqui se você gosta dos seus amigos. Sabe, se você morrer, não vai ter ninguém para assumir seu lugar no passado. - Fala com um olhar assustador.

Olhou assustada para Grandiel. Não conseguia acreditar que ele sabia quem era ela.

– Co-Como... - Tentou falar, mas não conseguia.

– Quando você usa uma certa magia, - Levantou sua bíblia até a altura do rosto, a cobrindo pela metade. Mesmo depois de anos, Grandiel continuava com ela. - Ela fica registrada por um bom tempo. - Por debaixo do livro, o loiro sorria.

Abaixou o livro, voltando a ficar com uma expressão neutra. Soltou um suspiros, junto com a fumaça do frio que saiu de sua boca.

– Não vou ficar enrolando muito aqui. Até breve, Elesis. - Acenou, em quanto se afastava. - Sobreviva pelo menos para dizer aos seus amigos sobre o aviso, ok? Tchau!

Apenas via as botas do rapaz se afastar dela. Logo levanta o olhar para Lothos, que tirava seu florete da mão da garota. Ela a olhou com tristeza e deu as costas, assim seguindo o mesmo caminho que Grandiel. Não entendeu o motivo dela está com ele, principalmente o fato de está viva!

Sua visão começa a ficar turva, fazendo sua mente querer se apagar a qualquer momento. Mas Elesis sabia que se deixasse se levar pela a dor, apagaria ali e congelaria no frio, resultando em sua morte. Tinha que se manter forte, o suficiente para não apagar.

– Eu preciso me manter acordada. - Pensava. - Tenho que avisar a todos sobre isso, eu tenho que...

Para de pensar quando seus olhos começam a pesar. Seu olhar estava ficando opaco, como sua sanidade. A única coisa que ouvia era sua respiração, que estava bem fraca por sinal. Não aguentava mais lutar, não daquele jeito. Iria desistir de tudo naquele momento... Do passado e do futuro... Tudo.

Quando seus olhos iriam fechar, ouviu passos na neve. Viu um par de botas pretas para bem a frente de sua visão, que permanecia embaçada. Com dificuldade, levantou o olhar e se deparou com uma grande capa, sem se esquecer do capuz que cobria seu rosto.

– Você... - Sussurrou com a voz fraca.

Era a mesma pessoa daquele dia, aquele em qual se deparou com um estranho no salão onde Mari descansava. Sabia disso porque sentia que era ele, apenas isso.

– Elesis. - Falou a pessoa com a sua voz grave. Ao ouvir sua voz, Elesis não reagiu, estava fraca demais para isso. - Fique acordada, não durma, está me ouvindo?

As últimas coisas que se lembrava daquele momento, era da pessoa se abaixando até ela, e logo tirando aquele capuz que o cobria. Viu uma mancha escura sobre seu rosto, e apagou por completo.

***

Tinha se passado o dia todo após todos voltarem para a guilda. Quando chegaram lá, Edel já começou a informar sobre o que aconteceu com ela e Adel, seu irmão. Todos ficaram apreensivos sobre o aviso que ela mencionou, o mesmo que seu irmão tinha falado para ela. Acharam muito estranho todo que aconteceu com ela e Lupus, mas mesmo sabendo disso, continuavam preocupados com Elesis. Como previam, ninguém tinha achado notícias dela, infelizmente.

E nesse momento, uma pessoa andava pela as ruas da cidade de Canaban, indo em direção a Guilda. A cada passo, suas botas pretas faziam um barulho, parecido de um salto alto. Para sua sorte, as ruas estavam vazias, pois pegaria mal para ele por está segurando uma mulher nos braços com uma ferida grave na barriga.

Continuava a andar, sabendo o caminho de cabeça. E de longe mesmo, viu as luzes da guilda acesas, mostrando que o pessoal continuava lá. Sorriu quando se posicionou na frente da porta de entrada. Por está com as mãos ocupadas, usou o pé para abrir o portão, com um chute bem forte. Após abrir, deu alguns passos a frente, entrando desse jeito no conforto do lugar.

Todos, exatamente todos, direcionaram o olhar para a pessoa na porta. Ao ver que tinha chamado a atenção, abriu seu longo sorriso, que sempre julgavam como irritante. Mas mesmo suas atenções sendo jogadas para ele, perceberam a ruiva desmaiada em seus braços.

Fez um movimento com a cabeça, a jogando para trás e tirando seu capuz dessa forma. Ao cair, seus cabelos pretos caíram para fora, chegando a bater em sua cintura. Revelou também sua barba longa e bem mal feita, o que deixava mais provocante seu sorriso. Seus olhos prateados se dirigiram para cada um na guilda, analisando seriamente cada expressão.

Sim, o reconheceram na hora. Todos abriram uma cara de surpresa, espanto e tudo mais que deviam olhar.

Soltou uma risada das expressões deles, assim falando em seguida:

Surprise Motherfuckers! – Exclamou Sieghart.


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Notas finais do capítulo

Review?
*SIEGHART APARECER AHHHHHH Agora que as tretas começam para a reta final ^-^ Não tem muito o que dizer, né. É o nosso querido imortal, e babaca, que aparecer kkkkkk
*Próximo capítulo vai ter mais tretas, principalmente no final que será igual a esse hehe