D.N.A Advance: Nova Ordem do Século escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic


Capítulo 63
O Retorno do Poderoso Chefão


Notas iniciais do capítulo

Eis-me aqui de novo Pupilos. Garanto já que este capítulo não terá enrolação, pelo contrário, vai se passar dias e até meses. Realmente foi um dos capítulos mais difíceis de se fazer pois envolve muitas datas e tive que me desdobrar para não me enrolar. Acho que está bem claro e fácil de se ler. Haverá muitas cenas, cômicas e trágicas. Sim, vai haver uma cena hot com Wesley e Tominaga ao mesmo tempo engraçada kkkkk ri demais quando fiz essa cena. Outra cena vai ser a morte de 2 personagens, sim, 2 morrerão agora. Um personagem não muito importante e outro sim importante.


Quero que saibam logo que a saga está bem próxima de acabar por isso vai voar hoje e prestem atenção a cada detalhe. Qualquer erro me avisem que talvez eu conserte. Saiu meio grandinho por causa de muito conteúdo, inclusive no próximo capítulo também terá passagem de dias, mas bem menos.



Okay, então à leitura e comento mais lá embaixo nas notas finais.



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CAPÍTULO 160

Passaram-se 2 dias. Foram os dias mais aterrorizantes para Naomi, visto que ela estava há mais de 48 horas presa. Pelo menos ganhou uma cela só para por causa do benefício que teve por ter 3º grau completo. Mesmo assim viver presa era um tormento a ela. Era apenas 1 banho por dia, a toalha fedia a mofo, a cama era de solteiro com um colchão de espuma vagabunda, as paredes da cela tinha infiltração, ou seja, era um verdadeiro inferno para alguém que costumava ter tudo na vida.

O dia de visitas foi agendado para a terça-feira dia 27. Ela presumiu que Nakawa a visitaria e que também foi ela quem avisou à polícia.

Ela foi levada por uma agente até um lugar onde as detentas falavam com as suas visitas. Havia um vidro separando a sala e um telefone para as duas pessoas se falarem. Naomi parou por um pouco quando viu alguém que ela nunca viu antes. Caminhou, sentou-se e pegou o telefone.

─ Eu a conheço?

─ Não. Eu me chamo Yuuko, sou uma grande amiga de Nakawa. Ela pediu que eu viesse no lugar dela para representá-la.

─ Ela está com vergonha de me ver pessoalmente. Certamente foi ela quem me entregou para a polícia.

─ Não, querida. Ela me jurou que não fez isso e muito menos sabem quem poderia ter feito. Ela mandou um recado. Disse que contratou um outro advogado para defendê-la e tentar um habeas corpus.

─ Até que enfim uma notícia que me interessa. E você? Nunca a vi antes.

─ Eu já a vi quando ainda era muito pequena. Fui a melhor amiga da sua mãe, Susuka.

─ Conheceu a minha mãe?

─ Claro que sim. Sua mãe é uma... era uma ótima pessoa. Era uma mãe de família exemplar que não media esforços para proteger a filha. Conheci Susuka desde quando éramos adolescentes, mas ela se casou com o seu pai e as coisas mudaram.

─ Por quê?

─ Ela reclamava das privações da família Matsunaga. O seu avô praticamente a deixou em cárcere privado por dias pois não queria que ela tivesse contato com o mundo externo. Nunca mais vi a Susuka sorridente depois disso. As raras vezes que nos encontramos foram apenas para falarmos dos seus problemas.

─ Eu sempre soube que a mamãe estava com problemas naquela mansão. Aquele lugar é palco de vários problemas. Para começar o meu avô foi muito controlador e foi até quando morreu. Sempre discutíamos, para falar a verdade eu me sinto como se eu não fosse daquele mundo, sabe?

─ Claro que sei, querida. Naomi, você não gostaria de ter vivido numa outra família? Sem o luxo, sem a riqueza, mas com amor?

─ Às vezes penso que sim. Como disse, eu me sentia uma estranha na minha família e por isso pensava muitas vezes em ter nascido em outro lugar.

O tempo da visita acabou. Elas ainda conversaram mais um pouco, porém tinham que respeitar o tempo. Naomi gostou de falar com a amiga de Nakawa. No entanto, ela nem imaginava que ali estava a sua mãe biológica.

...

LONDRES, INGLATERRA

Depois de passar por um sufoco ao ser presa dois dias antes, Ako Matsunaga resolveu viajar para bem longe dos problemas de Tóquio. A empresária pegou o primeiro voou, desobedecendo a recomendação do seu próprio advogado em permanecer na cidade enquanto as investigações não terminassem. Claro que ela não obedeceu, visto que agora estava desfrutando todos os luxos da terra da rainha.

Ela estava no seu hotel com a vista maravilhosa do relógio Big Ben quando recebeu a ligação do seu advogado. Ela ainda estava colocando as roupas nos cabides quando o celular tocou.

─ Doutor, não posso falar com você agora. Acabei de chegar em Londres depois de uma escala de quase 24 horas.

─ Senhora Kenyako, isso é sério. A senhora não podia ter saído do país em apenas dois dias. É assumir atestado de culpa sobre o caso de Naomi.

─ Acalme-se, doutor. Eu não vim com a tendência de fugir, porém com vontade de sair daquela gaiola que é o Japão. Estou aqui para comemorar o réveillon com algumas amigas londrinas que conheço há muito tempo.

─ Tudo bem. Quanto tempo vai passar?

─ Um mês.

─ Um mês?! Você deve estar brincando.

─ Vamos fazer o seguinte: não se comunique comigo nesse período. Não quero que grampeiem o seu celular. Certo? Tchau, doutor. Arre saco.

Ako terminou de guardar as suas roupas e foi tirar uma selfie na sacada do apartamento.

4 DIAS DEPOIS

As pessoas no mundo todo estavam esperando a chegada do ano de 2017. Ano novo, vida nova, aventuras novas. Na casa de Márcia, todos comemoraram a chegada do fim do ano com muita comemoração. Houve uma festa com direito a bolos, presentes, brincadeiras e muito som pop. Slash, tímido, nunca mais viu tanta animação assim em sua vida. Ele precisava salvar o mundo no passado para que eles possam ter um futuro diferente do dele.

Tóquio estava mais agitada do que de costume. Para comemorar a passagem de ano, vários artistas internacionais e nacionais fizeram um show próximo da torre reconstruída e fizeram homenagens às vítimas dos massacres ocorridos na invasão do Daemon e mais recentemente no centro de eventos semanas antes. Os músicos fizeram um espetáculo para um público com mais de 100 mil pessoas numa rua da cidade. O cantor contou regressivamente até zero quando o novo ano se iniciou. Toneladas de fogos de artifício saíram da torre e iluminaram o céu japonês por mais de quinze minutos.

Os fogos eram lindos e, além de iluminarem a noite, faziam desenhos do ano 2017 e de outros coisas. As pessoas se beijavam, tiravam selfies, filmavam, entre outras coisas. Foi um excelente espetáculo visual.

Na casa dos Yagami, a cerimônia foi mais discreta. Houve um banquete à meia-noite em que todos brindaram felicidades. Kari realmente estava feliz e queria esquecer do sofrimento que passou nos últimos dias. Agora estava com um semblante mais alegre e já pensou numa data para o casamento. Seria em março daquele ano.

Depois do brinde e do banquete em família, Yuuko foi para a janela ver o show de luzes enquanto mergulhava na melancolia de saber que a sua outra filha estava enclausurada sem poder ao menos ver a maravilha da passagem de ano. Kari viu a mãe sozinha e foi até ela.

─ Qual o problema, mamãe? Parece que a senhora não está contente.

─ Estou, filha. Fico feliz que vai finalmente se casar com alguém que ama.

─ E por que está assim?

─ Só estou pensando um pouco. Vai lá se divertir e me deixa quieta aqui.

Yuuko continuou a olhar para o céu.

PENITENCIÁRIA

Houve uma festinha entre as detentas. O diretor liberou que elas fossem para o pátio e participassem da cerimônia. Naomi aceitou apenas um pratinho com refrigerante meia boca e voltou para a cela. Ficou na sua cela, sozinha e deitada na cama. O único jeito de suportar aquilo era ficar calma e não se misturar muito.

No dia 3 de janeiro, era uma terça-feira e dia de visita. Mais uma vez ela se surpreendeu porque Nakawa mais uma vez não foi vê-la. A detenta retirou o telefone do gancho e foi conversar mais uma vez com Yuuko.

─ Você mais outra vez? A Nakawa está com problemas ou decidiu me abandonar de vez?

─ Querida, não se preocupe com ela. Nakawa está muito atarefada e pediu para que eu viesse mais uma vez em seu lugar. Ela é uma boa pessoa.

─ Dona Yuuko. É Yuuko? ─ a outra afirmou. ─ Eu não a conheço e nem você a mim. Por que está me visitando regularmente?

─ Quer saber o porquê eu decidi te dar essa forcinha? Porque você parece muito com a minha filha.

─ Então deve ser bonita pacas.

─ Hahaha você tem mesmo um ótimo senso de humor, querida. Sim ela é tão bonita quanto você. Eu também tenho mais dois filhos, um homem e uma outra mulher que é a minha caçula. Naomi eu te desejo toda a sorte do mundo e para isso Nakawa e eu contratamos um advogado para defendê-la.

─ Não precisava. Eu poderia ter feito isso.

─ Como, presa? Não insista, vamos te ajudar a sair daqui. O doutor Neri vai te ajudar. Doutor, esta é a sua cliente. Preciso ir porque só pode uma pessoa por vez te visitar e o diretor abriu uma exceção pois Neri é muito amigo dele.

─ Obrigada ─ Naomi ficou agradecida por Yuuko estar fazendo isso.

─ De nada, minha filha.

 

Wesley aproveitou que Márcia estava de férias e foi se divertir por aí. A sua ex-mulher viajou com os filhos para o Brasil e Slash decidiu voltar por um tempo ao digimundo. O único que fez companhia para ele foi Aiko que decidiu esconder um podre dele. Que podre era esse? Wesley simplesmente decidiu levar Tominaga para casa e até se deitou na cama da suíte. Aiko gostava dele por isso deixou quieto, e também porque o irmão caçula de Ray resolveu também levar uma namorada. Agumon foi quem ficou constrangido quando os dois beijavam e acariciavam as suas devidas namoradas.

Num desses dias de pegação, Wesley e Tominaga terminaram o que estavam fazendo exaustos. Os dois, nus, na cama de Ray e cobertos apenas por um lençol. A professora de inglês adorou o que fez e ainda queria mais.

─ Espera um pouco, estou cansado. Já foram duas vezes em menos de 1 hora. Eu não sou de aço.

─ É que você me excita, gato.

─ Posso fazer uma pergunta?

─ Pode.

─ Com quantos anos você perdeu a virgindade?

─ Onze.

─ Onze anos?! ─ Wesley ficou boquiaberto. ─ Ainda era uma criança quando perdeu. Você não tem vergonha, não?

─ Por que eu teria? Eu gostei. E foi com o meu professor de história. Ninguém sabe disso, porque eu o poupei. Ele era gostoso mesmo e o chantageei para que me desse notas altas até o fim do ano.

─ Porra! Você é mais perigosa do que eu imaginava. E seus pais não ficaram bravos?

─ Meus pais? Ahahauhauha eles adoraram. Minha mãe perdeu a virgindade com nove e foi prostituta de luxo por dez anos. Hoje é a líder das feministas unidas aqui de Tóquio e se juntou com outra sapatão também apoiando a mesma causa. O meu pai é gay assumidíssimo, uma bicha louca. Ele é um dos porta-vozes dos LGBT daqui e vai se candidatar ao parlamento em breve, já roubou dois namorados meus. O meu irmão mais velho mora na Holanda e é sexólogo e maconheiro de primeira. Eu também fumo umas verdinhas de vez em quando.

Wesley ficou com o queixo lá embaixo. Era uma verdadeira família sem noção. Pensou em cair fora, em dar um passa fora em Tominaga quando ela subiu em cima dele.

─ E você, gostoso, eu sou louca por você, pelo seu corpo, pelo seu pinto de 20 cm, sabia que sou expert em medir pintos?

─ Faço ideia ─ Wesley ainda tentava processar as informações. Namorada mais liberal não haveria na face do planeta. Talvez nem na Via Láctea.

─ Pois é, e vai ser difícil você se livrar de mim porque grudei mesmo em ti. O único homem que fui pra cama que não tem pelos no corpo, só na cabeça de cima. Fala aí por que você não tem pelo nas pernas nem nos braços e pubiano?

─ É... ah, um defeito hereditário.

─ Fala sério, cara. Você é bonito com esses olhos verdes, essa pele lisinha e musculoso e ainda é pálido. Adorei. Quer ver como eu trato bem os homens que eu vou pra cama?

─ Não, não faz isso. Não... ahhh... assim vai... AI!!! VOCÊ É LOUCA!!

─ Gostou da mordida?

─ Você mordeu o meu pinto! Isso não é um pedaço de linguiça pra mastigar, sua louca!

─ Desculpa, só fiz mesmo um teste. Sabe que eu quero mesmo? Sair na night. Ainda é cedo. Vamos?

─ Faço tudo para manter a sua boca afastada do meu pinto!

Wesley foi tomar banho, Tominaga também. Os dois saíram para um programa entre dois. Aos poucos, Wesley foi se socializando como humano. Eles foram para uma boate. Quando o homem estava no balcão bebendo com a namorada, por um instante viu a figura de Weiz entre as pessoas que dançavam. Ele se levantou de uma vez, mas não viu mais.

─ O que foi?

─ Nada não. Vamos continuar bebendo.

No dia seguinte...

─ Aiko, por favor eu não sei o que está acontecendo com o Impmon. Olha só.

─ O que foi?

Impmon vomitava à privada sem parar. Aiko falou para Agumon não se preocupar que isso era um ataque de ressaca.

─ Tá bem aí, fera?

─ Caraleo, bluargh! Bebi demais ontem à noite... transei muito também.

Aiko ficou vermelho feito pimentão. Aquele ali era mesmo o Impmon que ele conhecia?

─ Puxa, mano. Me ajuda a me levar pro meu quarto.

─ Se teu filho soubesse o que anda aprontando aqui enquanto está de férias. Vem.

Aiko levou Impmon praticamente no braço e o deitou na cama do seu quarto. Ele caiu no sono na mesma hora. É a vida de um homem pegador qualquer. Só havia dois verbos nessa vida: beber e transar.

...

1 MÊS DEPOIS

Müller aguardou na entrada do prédio em que Kari estava. Ele ficou fazendo campana o dia todo. Já era quase meio-dia quando ele viu a garota sair do apartamento. O loiro a seguiu a pé mesmo.

─ Kari, me escuta, por favor.

─ O que foi Müller? Vai inventar outra mentira?

─ Não. Eu também ser enganado por Naomi. Não fazia ideia de que ela era tão perigosa assim. Vamos recomeçar a nossa relação.

─ Hahaha bonitinho você viu. Como podemos recomeçar algo que sequer começamos? Não insista mais ou chamarei a polícia. Eu não te conheço e tenho marido para me defender. Fique com a sua parceira e me deixe em paz.

─ Não, você não vai assim ─ Müller segurou à força o braço da garota.

─ Solta ela ─ Takeru foi na direção dele e deu um soco na cara do alemão. Este caiu no chão com o golpe. ─ Se mexer com a minha mulher de novo eu juro que te mato!

─ Isso não vai ficar assim. Eu vou me vingar ─ disse Müller correndo.

Kari abraçou o noivo e deu graças aos céus que ele chegou no momento certo.

Nakawa lia um livro na sala de estar quando o telefone começou a tocar. A governanta deixou o livro e os óculos de lado e foi atender. A pessoa do outro lado da linha pediu para que ela avisasse aos seguranças para deixá-lo entrar na propriedade. A mulher saiu da mansão e foi avisar aos homens.

Um carro preto, blindado surgiu na frente da mansão. Os seguranças na guarita abriram o portão maior e o veículo passou. O automóvel parou próximo à porta de entrada da mansão. O motorista saiu do carro e abriu a porta de trás. Surgiram sapatos negros extremamente lustrados. O homem bem vestido no seu terno preto e sobretudo acima do terno era nada mais nada menos que Ryuu Matsunaga.

─ Nakawa, minha querida. Como sempre guardou o meu segredo até hoje como faz uma amiga fiel de anos.

─ Eu sempre serei fiel ao senhor. Guardo muitos segredos e esse foi apenas um.

─ Nossa! Há meses que não piso mais na minha casa. Parece um sonho se realizando. Vamos entrar, eu faço questão de comemorar este dia com você mesmo.

Matsunaga entrou na mansão e ficou maravilhado. Estava exatamente como ele deixou antes da farsa da sua morte. O velho foi direto ao bar preparar um copo com uísque que ele sempre amava. Deu um para Nakawa e ficou com outro.

─ Infelizmente, não serei mais oficialmente Ryuu Matsunaga. Tive que me disfarçar com a identidade de um primo distante meu. Também ele teve que morrer pra isso. Quais são as novidades?

─ O senhor sabe que a Naomi está presa e a Ako ainda não chegou do exterior.

─ Essa minha neta sempre metendo os pés pelas mãos. Contratou um advogado para defendê-la?

─ Sim.

─ Perfeito. Já a Ako não vai ter um final feliz, eu te garanto. Preciso varrer uns obstáculos no meu caminho. O dia que vai mudar a minha vida está chegando.

 

Márcia, Ray e os outros chegaram em casa. Viram o local um brinco de tão limpo. Aiko, Agumon e Impmon ─ o trio cinismo ─ deram boas-vindas e disseram que se comportaram bem. O que era uma mentira tão cabeluda quanto o Tony Ramos.

Slash retornou ao mundo real mais uma vez. Nesse meio tempo em que estava no digimundo, ele ajudou Gennai em algumas operações e às vezes voltava para a Terra a fim de espionar a Genetech.

─ Daqui a alguns dias a Genetech vai fechar as portas por 1 dia. E será esse dia em que o plano arquitetado de Ryuu Matsunaga será colocado em prática.

─ Já disse pra você que Matsunaga morreu no começo de dezembro. Já faz dois meses que o homem foi enterrado a sete palmos.

─ Negativo, senhora Kyoto. Estas são fotos que eu tirei em máquinas fotográficas desta época. Mostra claramente um homem sempre entrando e saindo de um carro blindado da Gentech.

Todos viram as fotografias e concluíram que era o suposto morto.

─ Matsunaga planejou a própria morte para ficar livre das leis daqui. Uma vez morto, ele agora tem mais liberdade para realizar tudo o que planejou. Continuo vigiando aquele lugar de perto e preciso de dois para me ajudarem na minha missão.

─ Que missão? ─ perguntou Paulo.

─ Invadirei a Genetech escondido para pegar as senhas dos níveis daquele lugar. Provavelmente há um elevador exclusivo que somente pouquíssimas pessoas têm acesso incluindo o próprio Matsunaga.

LABORATÓRIOS GENETECH

Slash parou a sua moto um pouco longe da entrada. Isso deve ao fato de muitos seguranças fazerem rondas diurnas e noturnas. Era 24 horas de segurança máxima.

─ A operação vai ser simples, mas ao mesmo tempo vai dar um trabalho. Eu vou acionar a invisibilidade em nós três, mas esse mecanismo tem validade e por isso que eu trouxe um tipo de carregador que usa wi-fi. Aqui ─ Slash entregou um tipo de mini controle remoto. ─ Encoste o dedo no sensor vermelho e mantenha pressionado para que continuemos invisíveis. Contudo, como iremos utilizar o wi-fi da empresa, eles podem perceber em minutos e bloquear. Daí teremos uns 10 minutos para continuarmos lá.

─ A ideia parece ser mais complicada do que simples ─ disse Agumon.

─ Vai ser simples se for bem sucedida. Agora vamos procurar um lugar calmo.

Os três deixaram a moto camuflada perto do posto e foram caminhando. A rodovia era reta, bem asfaltada e a área da Genetech bastante vasta. Havia uma muralha com mais de 10 metros de altura a mais de 2 quilômetros de extensão ─ o que daria uns vinte quarteirões enfileirados! Uma parte do complexo era feita de cerca da mesma altura que o muro. Dava para ver o prédio em forma de círculo semelhante o Pentágono de Washington D.C. As bandeiras de Japão, Tóquio, do distrito e da própria empresa chamavam atenção. Havia um belo campo com um lago artificial, estátuas de pessoas importantes, havia até animais exóticos como zebras e pavões pastando numa certa área. Na entrada havia um portão automático grande o suficiente para passarem dez carretas uma do lado da outra. Uma verdadeira estrada com mão dupla se estendia desde a entrada exterior até a parte da frente do complexo. Ao lado do laboratório, havia uma vila de casas para os empregados viverem com suas famílias sem precisarem sair do lugar.

Um caminhão estava prestes a sair quando Slash percebeu que aquele momento seria o certo para entrarem.

─ Agora é a hora ─ os três ficaram invisíveis. ─ Façam silêncio. Vamos.

Eles atravessaram os dez guardas armados com fuzis e entrarem. Correram uma vastidão de um campo verde. Foram 800 metros de correria até finalmente chegarem à entrada do laboratório.

Slash ativou um programa que confundiu o sensor de metais logo na entrada. O hall da recepção era incrivelmente grande, com um chafariz bem no meio. Havia algumas pessoas que iam e voltavam.

Aiko ativou o carregador da invisibilidade. O plano era copiar a senha para os andares inferiores. Os peões e pessoas comuns trabalhavam nos cinco andares acima do nível do solo. No entanto, apenas 100 dos 6000 funcionários eram autorizados a descerem para os níveis mais baixos, além, claro, do próprio dono. A senha era única e apenas os cartões autorizados poderiam descer. Só que Slash tem cópias dos cartões, mas “virgens”. Ele teria que copiar a senha em alguns cartões e isso poderia levar algum tempo.

Foram para uma área mais restrita onde havia a central dentro daquelas caixas grudadas na parede. O viajante conectou para um tipo de tablet futurista e começou a digitar. Levou mais de vinte minutos e nada.

─ Droga, Slash, não dá para ir mais rápido?

─ Calma, Aiko. Preciso de paciência para me concentrar.

Logo os responsáveis pelo TI e informática de todo o complexo verificaram roubo do wi-fi da empresa de natureza duvidosa e estavam preparados para bloquearem o sinal. Eles também pediram que os seguranças fossem verificar. Dois homens fortemente armados caminharam para a sala restrita.

─ Vamos logo, Slash. Vai logo! ─ dizia Aiko.

─ Calma, calma. A paciência é uma virtude.

─ Agora não é não ─ reclamou o digiescolhido.

─ Consegui!

Os seguranças abriram a porta e não viram mais nada. Slash, Aiko e Agumon conseguiram fugir dali. Finalmente Slash conseguiu copiar as informações dali e podia acessar muito bem os andares secretos.

Aquele dia, 7 de fevereiro, era uma terça-feira. Dia de visita mais uma vez à penitenciária. Em todas as visitas, apenas Yuuko e o advogado foram visitá-la. Pela primeira vez Nakawa tomou coragem.

─ Até que enfim deu o ar de sua graça. Foi você quem me entregou para a polícia?

─ Não. Acredite em mim. Naomi, eu estava bastante ocupada nesse meio tempo. Infelizmente não tive tempo para visitá-la, mas mandei a minha amiga para cá. Ela foi gentil?

─ Até demais. E obrigada pelo advogado. Ele disse que posso sair em pouco tempo.

─ Ótimo. Mas não é sobre isso que vim. O assunto pelo que eu me propus a vir, é de suma importância e envolve você nisso. Yuuko me dissera que algum tempo atrás você havia dito que sentia que não fazia parte da sua família.

─ Falei.

─ Eu serei objetiva, querida. Você não faz biologicamente parte da sua família.

─ O quê? ─ a outra ficou chocada.

─ É isso que ouviu. Sua mãe biológica nunca foi e nunca será a Susuka, que descanse em paz. Em resumo, você é adotiva.

O mundo de Naomi desabou ali mesmo. Nem os trovões lá fora assustaram ela do que essa notícia. Nakawa falou secamente e se segurou para não falar mais nada, por enquanto.

As nuvens estavam carregadas e começou a trovejar.

 

Como sempre faziam, os garotos que moravam na casa dos Kyoto jogavam bola na praça ali perto. Como começou a chuviscar, a diversão se encerrou. Paulo, Lucas e Aiko voltaram para casa ainda pegando um pouco da chuva. A bola estava escorregadia e caiu da mão de Lucas. Um homem ajudou a pegar.

─ Opa. Aqui está a bola que vocês deixaram cair, meninos.

─ Obrigado, senhor ─ agradeceu Lucas entrando em casa.

─ De nada ─ Müller observou o loirinho por um tempo. Também entrou na sua casa.

...

CASA DE JAI HONDA

A tempestade caiu de vez à noite. Ficou mais forte e com mais incidência de raios, relâmpagos e trovões. A casa do cientista Jai Honda ficava num pedaço de Hikarigaoka. Era luxuosa e bem espaçosa, mas não se comparava com a mansão Matsunaga. Ela possuía grandes janelas de vidro e era branca. Claro que o homem ficou rico a custa da Genetech.

A sombra de uma pessoa apareceu caminhando na escuridão da sala. Caminhou por todos os cômodos até chegar na sala de jantar. O vulto pegou um copo de uísque e pôs a bebida com mais dois cubos de gelo. Acendeu velas que estavam nos candelabros da mesa.

Honda chegou por volta das dezenove horas. Iria apenas tomar um banho, se arrumar e depois iria ao aeroporto esperar Ako chegar. Ele entrou na residência e estranhou o fato da porta estar aberta. Retirou o paletó, a gravata e os colocou juntamente com a sua pasta sobre o sofá na sala, além dos sapatos que ele havia deixado perto da porta. Estava louco para beber um pouco e foi direto para a sua sala de jantar. Ao ver as velas acesas ficou estranhando. Foi até uma mesinha ali próximo pegar uma arma, mas ela não estava lá.

─ Olá, Honda? ─ a voz saiu mais tenebrosa por causa do trovão logo em seguida.

Honda se virou e viu o inacreditável. Ryuu em pé, escorado na parede e bebendo uísque. Sua pistola estava sem o pente sobre a mesa.

─ Matsunaga? Impossível. Você está morto. É um espírito?

─ Não ─ o empresário-cientista caminhou até o outro. ─ Sabia que em algumas civilizações da história antiga, o rei nomeava um capataz ou algo assim para um cargo bem maior. E que esse ex-capataz, se traísse o monarca, era sentenciado à morte por punhaladas diversas vezes contra a mesma região do corpo?

─ Não estou entendendo mais nada.

─ Acuso você.

─ Se for traição, eu nunca o traí.

─ Como é cínico ─ Matsunaga retirou um punhal do casaco preto. ─ Eis aqui uma arma limpa. O punhal árabe é tão exótico que o seu formato torto proporciona uma morte terrível à vítima. Ela é tão eficaz que, ao entrar na carne, corta como manteiga, e aí a dor atroz se torna insuportável. Às vezes a vítima morre na primeira punhalada. Porém, nada se compara à punhalada que você e minha filha me deram quando me traíram.

─ Eu nunca...

─ Cala a boca, eu não terminei! Pensa que eu sou algum amador? Eu sei que Ako me roubou milhões com a ajuda da minha neta para pagar a você. Sei que você e Ako mataram o falecido marido dela para ganhar seus bens. Sei que foi ela quem contratou aquele chefe da segurança que eu matei e que ela foi a compradora das ações dos quatro sócios minoritários. Eu sei que você participava de esquemas escusos, superfaturamentos e afins, tudo nas minhas costas! Por isso não venha querer me enrolar, porque eu sei de tudo. Inclusive eu tive que fingir a minha morte para me livrar de parasitas como você e da sociedade para poder concluir os meus planos. Um boneco de cera foi enterrado no meu lugar. A doença, o câncer, tudo foi uma farsa. Como pode ver, estou exalando saúde pelos meus poros.

─ Não sei o que falar ─ Honda ficou atônito.

─ Claro que não sabe. Qual seria a próxima vez que você transaria com ela no Hampton’s? Hein?

─ Quem?

─ Você e a vagabunda da minha filha?

─ Não sei o que está falando.

Matsunaga estendeu a mão para entregar a arma branca para o mais novo.

─ Vamos pegue. É a sua chance de me matar.

─ Não posso fazer isso, Ryuu. Você está equivocado.

─ Como sempre, você é um frouxo ─ Ryuu deu um soco no rosto de Honda e na sequência enfiou o punhal no estômago dele. ─ Seu lixo! Vai morrer para pagar pelo que fez.

Matsunaga ainda cravou uma segunda vez e mais uma terceira vez. Honda caiu desfalecido, morto pelo próprio amigo. O idoso foi até as velas e apagou uma por uma.

─ É, você foi mais forte do que nunca. Morreu na terceira punhalada.

O homem limpou as mãos com o seu lenço e ordenou aos seus seguranças para sumirem com o corpo.

Depois dessa demonstração diabólica, o velho retornou para casa. Estava exausto, mas não iria descansar enquanto não pegar a sua presa preferida. Para isso, ele dispensou Nakawa bem antes dele ir à casa de Honda.

...

Ako chegou no aeroporto por volta das vinte e uma horas horário local. Esperou por Honda, mas o homem estava demorando demais. Ligou para ele, porém sempre caía na caixa-postal. O jeito era ter que ir num táxi.

Nakawa aproveitou o tempo livre para visitar Naomi e depois Yuuko. Isso foi horas antes do seu patrão matar um homem a muitos quilômetros dali. Ela foi para Odaíba conversar com a mãe da Naomi a respeito da conversa dela com a moça. Aproveitou que estava sozinha apenas com o marido.

─ Ela ficou chocada a princípio, mas aceitou e disse que queria provas.

─ O que você disse?

─ Disse que havia um documento provando que ela era adotiva, mas não falei que era a carta.

O esposo de Yuuko ouviu toda a conversa das duas e logo foi perguntar a elas.

─ Quer dizer que a minha filha que foi trocada na maternidade está viva, e você sabia de tudo?

─ Querido, acalme-se ─ disse a mulher.

Nakawa ficou quietinha observando os dois discutir.

...

Ako saiu do táxi e entrou em casa. Viu as suas roupas, utensílios, joias, tudo espalhados no hall da mansão. Ela ficou furiosa e depois se assustou com o seu pai descendo as escadas.

─ Papai? O senhor era para estar morto.

─ Sim, mas ali foi tudo uma farsa arquitetada por mim. Gostou do visual de Kelson Fukushima? Pois é. Eu imaginei que a sua ambição fosse grande demais, porém nunca imaginei que tentaria me matar naquele hospital. Que vergonha, Kenyako.

─ Papai, eu posso explicar ─ Ako levou um tapa na cara e foi pega pelos cabelos.

─ Não invente desculpas! Uma coroa beirando os 50 anos se comportando com uma menininha de dezessete. Isso é ridículo!

─ Está me machucando!

─ É pra machucar mesmo. Vamos dar um passeio pelas ruas da cidade. Um tour entre pai e filha. Vamos! ─ disse Matsunaga arrastando-a pelos cabelos.

Pouco tempo depois, os dois estavam na limusine. Ryuu apontou um revólver para Ako que tremia de medo. O semblante de Matsunaga era de um sociopata.

─ Papai, me perdoe por ter feito aquilo. Foi o Honda quem me ludibriou.

─ Honda uma hora dessa já está em pedaços no fundo do mar servindo como ração pra peixe. O final dele não foi feliz. Basta agora saber se o seu vai ser.

A limusine parou num local bastante afastado da cidade. O motorista parou num ponto exato que o velho queria.

─ Papai, o que faço para ter o seu perdão?

─ Você é tão parecida com a sua mãe. Pena que não puxou 1% da sua virtude. Ela adorava a natureza e a simplicidade. Já você, virou uma egocêntrica nata. Às vezes duvido se você nasceu mesmo ou foi dejetada. Quero uma resposta sensata e verdadeira, vindo do fundo do seu coração. Pode custar a sua vida.

─ Sim, sim! Pergunta!

─ Acredita em Deus?

─ Acredito. Eu adoro a Deus. Por Deus, sim!

Matsunaga deu um beijo na boca da própria filha e disse uma última frase:

─ Pois eu não!!

O velho saiu do carro junto com o motorista e trancou todas as portas. Havia um outro carro esperando pelos dois. Ryuu foi embora.

Ako escutou o som do trem vindo em sua direção. A única coisa que fez foi gritar ao ver a luz vindo. O trem bateu em cheio na limusine fazendo-a capotar diversas vezes até explodir com tudo.

─ Leve-me ao escritório no Centro, por favor. Preciso beber algo e ficarei por lá mesmo ─ disse ele ao segurança do outro carro.

Matsunaga chegou no prédio e foi direto ao seu andar. Ficou tomando bebida noite a fio. Mexeu no seu computador e clicou numa pasta com fotos. Eram fotos de Hikari Yagami.

─ Você será a próxima.

O que ele fará para atingir Hikari? E agora?

Continua...


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Notas finais do capítulo

AHUAHAUHAUAH O capítulo teve mais de 5000 palavras mas gostei pacas dessa cena do Wesley com Tominaga. Quem ficou confuso, por causa do comportamento dele, acostumem-se. Ele era um ser humano e a tendência é dele agir assim mesmo com o passar do tempo. E digimons sim fazem sexo e têm sexo (no caso os sexuados orgânicos), mas eles não precisam porque o digimundo faz o trabalho. mas já pararam para pensar que na verdade os digimons que nascem na verdade renascem? Ou seja, eles são os mesmo que morreram outrora, conclusão, não existe digimon novo mas sim reciclado. Apenas o Gary, filho do Gaia, foi o único a nascer de uma forma sexuada. Portanto, Wesley (na sua forma Beelzebumon disfarçada) continuará se encontrando com Tominaga, é daí pra pior kkkkk ou melhor!




Sim, Matsunaga voltou e com tudo! Ele matou dois personagens, mas não falarei aqui porque tem engraçadinho que prefere lê logo as notas finais à procura de spoilers. Leiam o capítulo hehhehehe



Agora este capítulo foi épico porque teve 3 cenas épicas. A cena do Wesley com Tominaga na pegação na cama de Márcia!! Slash entrando na Genetech e conhecemos com mais riqueza de detalhes. E por fim a morte desses personagens com o retorno de Matsunaga. Gostei pra caramba de fazer este capítulo.



Por isso, pupilos, deixem seus feedbacks logo aqui em baixo. Não custa nada. Há muitas cenas com muitos acontecimentos. Dá pra comentar muito agora ^^



Próximo episódio: Ryuu matsunaga ainda está dando o que falar. Seu próximo alvo será Kari Kamiya. Um personagem do bem morrerá, o que vai causar grande comoção. Não percam! Té mais, pupilos!

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Bora conversar mano, de boa. Lá vai ter coisas sobre mim que eu não diria aqui. Tem 5 curiosidades sobre as minhas fanfics, notícias, etc., pô vamo curtir ae galera.



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