Sam:

Olhei novamente para o espelho. Sam preocupada com a própria imagem. O mundo estranho!

– Aonde você vai? – Mamãe adentrou o quarto escancarando a porta.

– Vernissage La luna? – respondi revirando os olhos para ela.

– Clair – Pamela corrigiu.

– Então a Senhora vai? – Se ela fosse veria o sósia de Spencer e seria bizarro.

– Sobre isso que preciso conversar! – peguei minha bolsa e coloquei o pen drive de coisas dos iCarly - vou viajar hoje para San Francisco!

– Como? – Não podia ser.

– Necessito que fique com Stellyan – como imaginei. Respirei forte tentando achar uma solução. - Não tenho como, eu preciso muito ir pra esse lugar e tudo mais! – argumentei.

– Desculpe Sam, mas é importante sou uma das curadoras – Pamela e seu emprego importante! Preferia a bêbada bancada por homens; não retiro que disse.

– Tá bom, sem explicações sobre arte moderna ou importância do emprego!

– Vai ficar com garotinho? – A loira sorriu e dei-lhe uma carranca em resposta.

– Já estou arrumada e vou sair, quero dizer tem alguém que preciso ver – tentei explicar sem detalhar a situação que estava.

– Um encontro feito uma menina normal?

– Jamais serei uma garota normal! – lembre-lhe.

– É importante ou pode cancelar? – Pamela agora verificava as roupas que havia jogado na cama para então escolher aquele vestido justo preto que me fazia uma mulher fatal. E não uma loira de atitudes desajeitadas e grosseiras.

– Quer saber? Sem chance, poderia pegar o voo de amanhã? – Questionei-lhe já colocando meu salto.

– Desculpe Melanie vai estar lá também para arrumarmos os detalhes com o artista – A olhei de mal humor.

– Neste caso posso pedir para Carly – falei a luz sobre o problema. - quero dizer ela cuida das crianças no hospital, deve ser uma boa babá! – comentei para uma Pamela que torcia a boca.

– Mas e o Coronel? – Obrigado mamãe por lembrar! Joguei uma bota na parede com raiva.

– Certo, droga, aquele bêbado dá mais trabalho que Stelly, essa é a verdade. – estava perdida olhei o relógio do despertador. Chegaria atrasada ou prestes a ter de faltar à oportunidade de colocar “Vinnie” em seu devido lugar como “Spencer”.

- Que tal Freddie? – Nova luz, desta vez vinda de Pamela.

– Aquele nerd nem sabe trocar fraldas a não serem as próprias – caçoei colocando produtos de beleza dos quais normalmente fazia uso na bolsa.

– Ele usa fraldas?

– Não, é quero dizer vai saber né? – Falei sem perder a piada sem graça. - Já estou atrasada pode resolver sobre Stellyan?

– Sério Sam? Vai deixar o garoto? Pensei que fosse mais responsável – Pamela jogou xale que peguei e devolvi com mais força do que necessário.

– Ei! Isso é importante para todos acredite – argumentei já impaciente.

– Se você desencalhar vai mudar a orbita do planeta tudo bem, ligo para o Benson - o comentário de minha mãe me fez ferver, mas respirei e coloquei a sair do quarto.

– Hum, sabe isso não foi legal! – falei sem jeito antes de passar pela porta.

– Dizer “Obrigada” seria bem legal! – ouvi a dizer então virei no calcanhar e a encarei. Um dia teria de dizer obrigada, mas não aquela noite ainda.

– Aham diga para babá que volto assim que possível – anunciei e corri para longe.

Ei! – a ouvi gritar antes de bater a porta da casa as minhas costas.

Freddie:

– Certo, esquentar leite no microondas, trocar de fraldas em uma hora depois do banho e após adormecer por uma noturna, remédio após última mamadeira e verificar temperatura do quarto, colocar pijama e... – olhei para cima onde Sra Puckett me observava.

– Tô esquecendo algo? - Questionei após reler minha notas no pad. Sra Puckett fez uma careta engraçada. Olhei novamente para lista com horários - Contendo meu constrangimento.

– Ah! Stellyan deixa tudo acontecer naturalmente não acho que precise marcar horários e...- Pamela começou a dizer.

– Sim é necessário – Interrompi levantando e a encarando de perto - ...para que a rotina dele não seja modificada, acredito que o banho seja em meia hora? – certifiquei o horário no relógio.

– Sim, desculpe Freddie, preciso arrumar a mala pode fazer isso por mim? – Pamela olhou com sorriso de bondade que não conhecia de longa data.

– Claro, trouxe alguns produtos para higienização de Stellyan, minha mamãe disse que não há possibilidades dele ser alérgico a eles, achei bem útil ... – comentei orgulhosos dando tapa em minha mochila sobre a mesa. Sra Puckett arregalou os olhos e riu alto.

– Não e bem, isso soa confuso, mas Stellyan usa produtos infantis normais é um garoto sem alergias e com germes básicos de bebê... – falou entre risos.

– Bem – engoli a ofensa daqueles risos - o uso continuo de um produto...- peguei a linha de raciocínio científico. – e germes nem sempre...

– FREDDIE PARE! – fui interrompido - sentir-me corar. - Apenas faça o básico! .

– Errr, é bem vou brincar um pouco com ele, e achei isso – tirei um trem da bolsa com tudo que minha mãe falou ser necessário, vinte minutos antes quando corri para farmácia próxima com a lista de tudo que é “necessário” para cuidar bem de uma criança por uma noite.

– Certo ele adora isso, agora preciso mesmo ir.

– Claro vou ver um vídeo mais alguns vídeio de como banhar uma criança – comecei a caçar no meu pad.

– Sr Benson!– Sra Puckett interrompeu novamente sem paciência - apenas brinque com garoto dê banho e troque fraldas e o alimente, simples assim! – A mulher segurou minha mão com força enquanto falava. Apenas arregalei os olhos com a dor das suas unhas cravadas em minha pele..

– Ah certo ! – concordei constrangido e ela largou o aperto.