Cartas Para Alec Volturi escrita por Mel Valdez


Capítulo 2
Tentativas


Notas iniciais do capítulo

Segundo capítulo...



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PDV RENESMEE CULLEN

Eu estava despedaçada, cortada, machucada em todos os sentidos. Magoada com Jacob, por ter me deixado e magoada mais ainda, por sentir a falta dele.

Meus pais estavam perturbados com tal desolação. Tantas coisas que fizemos juntos, agora não faziam diferença. Meus momentos mais felizes eram com ELE, dedicados a ELE!

Meu pai, minha mãe, minha família inteira estava preocupada, mas ao mesmo tempo confiante em que Jacob voltasse. Como eu também estava.

A vontade era de dar na cara dele, se voltasse. Mas era como esperar um milagre. Todos sabiam no que ia dar. Eu sabia. Ia ser o tipo de tiazinha que fica solteira a vida inteira, reclamando que não têm filhos, que ninguém nunca quis casar com ela, porque é boa demais pra homens. Aff!!

Papai chegou ao meu lado. Eu estava sentada na frente da janela, olhando aquele dia frio, famoso em Forks, mas estava confiante em que o dia abrisse e trouxesse Jacob com ele.

 – Hã, Nessie? – Arriscou meu pai.

 – Hã?

 – Nós vamos caçar, você vai querer ir?

 – Não. – Tentei usar o mínimo de palavras possíveis.

 – Ness, você tem que se alimentar...

 – Ness... era assim que Jacob me chamava... – Choraminguei baixinho. Pude sentir as primeiras lágrimas chegando, mas empurrei-as para dentro evitando que elas saíssem. Mas, sem minha permissão, uma escorregou.

  – Renesmee Cullen, você vai ir conosco ou vai almoçar decentemente!! – a voz de papai pareceu irritada, mas não perdeu o controle de sempre.

  – Papai, seja caridoso comigo. Vi meu amor, meu imprint passar da minha linha de vista e sumir com alguém...

  – Mas um dia você vai ter que esquecer!! – Acho que ele se excedeu um pouco. Um pouquinho só  – Renesmee  – ele me olhou no mesmo instante que segurou no meu braço e me levantou com muita facilidade  – Me escute. Eu sei, mas você não vai se matar, só por causa que ele foi embora... Não é?

  – Você me deu uma grande ideia... – resmunguei.

  – Esme! – chamou papai e vovó surgiu ao meu lado.

  – Sim?

  – Temos um almoço bem reforçado e suficientemente urgente, para essa menina aqui.

  – Venha, querida.

Acompanhei vovó até a cozinha, onde em questão de minutos – que pareciam séculos de tédio – o almoço estava pronto. Sempre achamos que comida humana me sustentava mais que sangue.

  – Coma, meu anjo.

Olhei a comida, fiquei enjoada no mesmo instante. Parecia tão óbvio, mas sabe aquelas vezes quando experimentamos uma coisa nova e esquisita como scargot? Sushi? E etc..? É bom, mas estranho.

Não tinha nada de diferente na comida  – arroz, rosbife e salada  – nada de anormal; mas o fato de ter a sensação de desconforto diante da comida foi por lembrar que aquele era o prato favorito de Jacob.

Jacob, Jacob, Jacob!!!! Não aguento mais. Ele não merece isso! Não merece meu amor, minha espera... Mas eu nunca vou desistir dele... Nunca vou desistir de esperar na janela, e tentar imaginar ele voltando, eu nos seus braços, sentindo seu cheiro amadeirado...

É, parece que outra pessoa teve a mesma sorte.

E eu nunca perdoaria essa pessoa.

Nunca, jamais.

 – Renesmee? – Vovó me tirou dos devaneios impossíveis da volta de Jacob – você está bem querida?

 – Sim.

 – Algum problema com a comida, minha orquídea?

 – Orquídea? – ri por alguns segundos. Eu sabia que essa era a flor preferida de Esme.

 – Você é a minha flor preferida – Não falei?

 – E, respondendo sua pergunta, não. Não tem nenhum problema com a comida.

Vovó me analisou surpresa.

  – Pensei que ia falar NELE de novo.

  – Sabe, vó? Eu acho que chegou dessa bobagem de querê-lo aqui. Ele não me quis com ele.

  – Que bom que você sabe, agora.

  – Mas eu quero saber.

  – Saber? O que?

  – Com quem ele se foi.

  – Isso eu realmente não...

  – Vó, eu sei que você sabe. Por favor, me diz.

  – Acho que será apropriado que Edward, Bella e Alice te contassem. DEPOIS do seu almoço.

Vou um almoço pesado, longo e duramente irritante. Após ele, me despedi de Esme e fui até papai, mamãe e tia Alice, que estavam  juntos, me esperando.

  – Quem...?

  – Carrie.

  – Carrie? Eu conheço essa tal de “Carrie”?

 – Sophia Carrie, sua melhor amiga.

Aí desabou tudo. Meu papo de alto confiança ó... fiiiiuuuu... caiu e detonou. Levou meu coração junto.

  – Vadia – urrei baixo.

  – Foi isso que eu te ensinei? – disse mamãe irritada.

  – Desculpe, mamãe.

  – Filha, eu... – papai tentou, mas não ousou terminar.

  – Você não tem culpa, pai!

  – Sei que não, mas... tenho uma proposta.

  – Proposta?

  – O que acha de eu procurar outra pessoa pra você tentar, pelo menos amar.

  – Acha que vai funcionar?

  – Você vai tentar? – rebateu.

  – Sim, eu vou.

Soube que seria quase impossível amá-lo (esse alguém) como amava Jacob. Lutar... é o que se é possível quando você passa por algo assim...

“I remember when we broke up, the first time

Saying this is it I've had enough

Because like we hadn't seen each other in a month

When you said you needed space, what?

              We are never ever getting back together  - Taylor Swift


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Notas finais do capítulo

Desculpem a demora mesmo... Fiquei refém de várias outras fics, por isso demorei. Espero que tenham gostado... Agora comentem!!