Contos do Escritor Anônimo escrita por Queen Vee


Capítulo 10
Professora de biologia /10#


Notas iniciais do capítulo

ALOOOOKA, CAPÍTULO 10, GALERA!
Estou ficando sem idéias já.
ZOEIRA, TUDO QUE EU VEJO DÁ IDEIA.
♥ Beijocassss, espero que gostem, flws?
Até as notas finais! ~



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Não ficamos por muito tempo na tal cafeteria. Na porta da minha casa, Simmone se despediu e saiu, como sempre foi. Preferi não estragar meu astral dando de cara com aquele inferno que eu chamo de apartamento e fui dar uma volta pelo bairro.

O primeiro estabelecimento que vi foi a tal livraria da moça que tinha um papagaio. Quando passei na porta, juro que o papagaio ficou me encarando! Sério, foi muito estranho. Como se estivesse me vigiando.

Poderia ter me dado calafrios, mas estou acostumado à coisas bizarras.

Andei mais um pouco e aquela roupa social já estava me matando de calor. Tirei o blazer, joguei-o sobre meu ombro e andei um pouco mais, sem cansar. Parei na frente de um letreiro enorme de um curso de biologia.

Biologia. Matéria legal, eu acho. Estudar a vida...a ciência dos seres. Sooa tão mágico. Sempre gostei de biologia, até um certo dia. Acho que eu tinha 17 na época, mas dessa vez não me recordo tão bem assim.

Era mais um dia cansativo para quem era do terceiro ano do ensino médio. Os dois últimos horários se aproximavam e grande parte da sala (que deveria estar contentes por estarem perto de sair) estavam morrendo de tédio. Os horários eram de biologia.

Para grande parte da minha sala, não era só a matéria chata. A professora também era completamente doida. Falava de tudo com uma animação maluca que ninguém enxergava...ah, bem...só eu.

Sim, Christopher, o escritor anônimo, era uma pessoa feliz quando entrava na sala de biologia. Deixava de ser Chris e virava o verdadeiro “Candy” de tão alegre. Eu e a professora trocávamos informações animadamente no meio da aula.

Cara, admito, era muito estranho. Não sou muito de usar palavrões, mas...estranho para caralho. A forma que nos ligávamos me assusta hoje. Pouco antes da aula acabar, ela disse que queria falar comigo. Não achei estranho nem nada, afinal minhas notas eram ótimas na matéria, mas nem de todos eram também. Pensei que ela viesse me pedir para ser tutor ou algo assim.

Não, nada ao menos parecido com isso.

Esperamos todos saírem da sala para ela poder finalmente dizer o que queria comigo. Então, as janelas estavam fechadas e as cortinas também, pois tínhamos ar-condiconado. Jennie (a professora) começou me elogiando. Disse que era um bom aluno e essas coisas...

Ela deu a volta atrás da minha cadeira e abriu seu armário, calmamente. Nem dei a mínima, afinal ela era uma professora de biologia. Deveria estar conferindo materiais antes de ir embora ou coisa assim.

Até que ela começou à vestir suas luvas.

E...por esses mesmos motivos, Christopher...”, quando me virei, já era ligeiramente tarde. A mulher, já tinha um bisturi em mãos. “...que eu quero ver como você é por dentro”.

Depois de tantas vezes na vida em que tentaram me matar, admito que quis gritar “VOCÊ TAMBÉM?!”, mas preferi só defender minha vida. Jennie veio na minha direção e ela era muito rápida.

Pulei para trás da mesa e me bati no quadro, mas continuei correndo. Ela arremessou uma das misturas que fizemos na aula em mim e desviei, fazendo o líquido pegajoso ser derramado sobre a cortina, que começou à fumaçar.

Sujo de fuligem, fugindo da sua professora preferida e com o cardarço desamarrado. Que malditas chances eu tinha de escapar?! Ah, claro, eu sou Christopher, o escritor anônimo, e isso me basta para fugir nos últimos minutos do segundo tempo.

Tentei prender a respiração e a cada golpe que ela me investia era um desvio arriscado que fazia. Meus pés se moviam sem saber para onde. Deixei-me ser empurrado para a parede e antes que ela me perfurasse, inverti nossas posições.

Jennie, por favor, para de surtar.”, disse calmo, sabendo que apenas falar não adiantaria. Mesmo que eu segurasse seus pulsos, ela ainda se debatia e acabou fazendo um pequeno corte na minha mão.

CALADO, CHRISTOPHER! Você deve ser lindo por dentro!

Ardeu. Mas, não a soltei pois não sou idiota. Tirei o bisturi de suas mãos e não sei como à amarrei com a cortina. A diretora chegou, a maluca foi levada à delegacia e quando sai da sala, os meus amigos me esperavam sem entender nada.

Ahn...e o que aconteceu lá?”, Alex disse, com uma cara de paisagem. Dei de ombros e abanei as mãos.

Nada, esqueçam. Conto depois.”, como essas coisas bizarras sempre nos aconteciam, o pessoal voltou à conversar e sairam muito felizes na minha frente. Passei do lado do carro da polícia e...BAM!

Aquela mulher, descabelada e algemada, me encarando como se dissesse “vai ter troco, Chris”. Arregalei os olhos e me afastei, andando para perto de Marion, que bebia seu suco de cenoura com sei-lá-o-que.

Ela é maluca.”, Marion me encarou e deu de ombros.

É, biologia é tão chato que enlouquece a gente. E olha que eu adoro estudar sobre plantas, mas...”, ri e ignorei o fato de estar sujo de fuligem.

Sim, chegou uma época da minha vida que coisas como rituais satânicos, pessoas matando outras ou tentando me matar e envenenamentos não eram mais raridades. Nem sei o que aconteceu com Jennie, mas sempre me disseram que ela era órfã desde os 13 anos.

Arrepio-me só de olhar para o anúncio e saio o mais rápido possível, sem parecer um doido. Ah, o dia está até bonito hoje, sabe? Pena que tanta poluição apaga isso.

Sento em um banco no parque e assisto crianças brincando com plantas e areia. Sorrio. Sim, a ciência da vida é maravilhosa mesmo. Mas...agora que eu parei para pensar...algumas pessoas tem gosto por isso desde pequenas, como Marion...

Uh. Será que foi bom estudar os corpos dos próprios pais? Qualquer dia desses eu posso perguntar para Jennie. Uma ótima professora aquela.


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Notas finais do capítulo

*uuu* Curtiram, lindocos?!?!?!
Whatever, até mais! ♥



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