A Estrangeira escrita por Paola_B_B


Capítulo 21
Capítulo 20. O Castelo Volturi


Notas iniciais do capítulo

Oi gente aí vai o cap e daqui a pouco posto o próximo ;)



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Capítulo 20. O Castelo Volturi

POV Edward

Bella ainda tinha lágrimas em seus olhos enquanto corríamos junto com o pequeno grupo Volturi. Éramos eu e Bella, Aro, seus seguranças pessoais e para a minha surpresa Jasper. Antes de sairmos de casa o Volturi decidiu que outro vampiro ficaria como sentinela de Alice e mandou, sem quaisquer explicações, que o loiro voltasse para Volterra conosco.

Eu segurava firme a mão de minha estrangeira tentando lhe passar confiança. Prendi a tristeza em meu peito e prometi a mim mesmo que faria daquela estadia em Volterra o menos pior possível tanto para mim quanto para Bella. Não poderíamos confiar em ninguém a não ser nós mesmos. Teríamos que cuidar com nossos pensamentos e nossas atitudes até arrumarmos uma maneira segura de nos livrar de Aro. Talvez Jasper pudesse nos ajudar, ele parecia tão descontente quanto nós em estar indo para Volterra e também demonstrou grande carinho pela minha irmã. Talvez ele fosse de confiança.

– Não chore querida, agora você faz parte de algo grandioso! Deveria sorrir. - falou uma vampira.

Sua voz soou amorosa e se eu não visse em seus olhos o quanto ela estava sendo irônica eu até poderia acreditar em suas palavras.

Bella soluçou antes de tentar segurar sua tristeza.

– Desculpe, você tem razão. - murmurou com amargura.

Assim como ela eu me recusava a pensar que agora éramos parte da guarda. Estava prestes a soltar um impropério quando senti um sutil toque em meu ombro. Era Jasper que discretamente levou a mão a sua testa em um pedido discreto que eu lesse sua mente.

"Não os afronte." - aconselhou. - "Muitos realmente acham que é uma honra trabalhar na guarda Volturi. Verá que lá dentro eles tentam implantar essa ideia em sua cabeça e muitos acabam a comprando. Aqueles que são obrigados a se submeter a Aro, assim como nós, e não acatam a essa 'ideia' têm um destino obscuro."

Jasper começou a lembrar de casos que viu durante os séculos que trabalhou para s Volturi. Mostrou-me os diversos vampiros que foram levados "discretamente" pelo alto escalam e nunca mais voltaram.

Engoli em seco assentindo discretamente.

"Terão que engolir o orgulho se quiserem sobreviver."

Instintivamente apertei a mão de Bella a puxando para mais perto.

A corrida continuou por mais algumas horas até chegarmos em um pequeno aeroporto clandestino e seguirmos de avião para Volterra. Sentei-me em minha poltrona com Bella ao meu lado. Ela se aconchegou em meu peito e antes mesmos do avião sair do chão ela já dormia em meus braços.

Ela estava exausta assim como eu. Porém não me permiti dormir. Apenas fechei meus olhos e aproveitei para invadir as mentes alheias. Eu estava entre inimigos agora e ignoraria qualquer conceito de privacidade. Meus poderes serviriam para nos proteger.

Os pensamentos estavam alheios e perdidos entre diversos assuntos. Nos primeiros minutos fiquei um pouco tonto com tanta falação, porém logo eu me acostumei. Os pensamentos de Aro não demoraram a me chamar a atenção. Ele estava sentado em uma das últimas poltronas e olhava fixamente para onde eu e Bella estávamos. Ele achava que estávamos dormindo e se permitiu vagar em seus próprios pensamentos e estratégias.

Ele já tinha um plano traçado de nos fazer aceitar suas ordens. Ele seria gentil no começo, deixaria pequenas ameaças subentendidas em suas palavras. Se fossemos rebeldes ele ameaçaria com mais afinco, de preferência separadamente, usando a vida de Bella como triunfo para cima de mim e a minha para cima de Bella.

Segurei meu rosnado e continuei infiltrado em sua mente perturbada. Seria uma longa viagem.

[...]

POV Bella

Definitivamente eu não esperava que o castelo dos Volturi fosse aquilo. Infelizmente tenho que confessar que fiquei fascinada. A entrada era uma casa relativamente normal. Luxuosa, mas normal. Então ao descer por um elevador havia literalmente um castelo subterrâneo. O lugar era imenso com diversos corredores, quartos e grandes salões. Fomos apresentados a cada canto por Rafaela uma vampira italiana muito simpática.

Permanecemos em silêncio apenas observando todos os cômodos. Eu estava fascinada, já Edward parecia entediado. Mandei-lhe uma piscadela e ele sorriu com a expressão um pouco mais leve.

É verdade que estamos em uma puta situação desconfortável, porém não adiantava ficar se estressando. Além do mais eu confiava na visão de Alice. Nós sairíamos de lá.

– Esse será o quarto de vocês. Fiquem a vontade. - a vampira indicou e desapareceu de nossa frente nos dando privacidade.

Edward abriu a porta dupla de mais de dois metros de altura e dois de largura. Aos meus olhos e pensamentos ainda humanos ela parecia extremamente pesada. Mas era bonita e imponente. Minha boca foi ao chão quando finalmente pude ver o quarto.

Era enorme fazendo jus a todos os cômodos do castelo. A grande cama de casal ficava no centro do quarto, havia duas poltronas perto de uma grande estante preenchida com livros. Também tinha uma mesa de xadrez com peças feitas de metal. Um grande tapete felpudo de cor bordô enfeitava o chão de madeira. Tinham duas porta igualmente enormes a porta de entrada tanto na parede esquerda quanto a parede direita. Minha curiosidade me guiou até a esquerda e me encantei com o enorme closet a outra porta era do banheiro. Tudo era luxuoso e extravagante.

– Estou me sentindo uma princesa. – murmurei perdida com tanto espaço.

– Enclausurada em um quarto sem janelas e protegida por dragões? É eu também me sinto uma. - ironizou Edward.

Suspirei sentando-me na cama.

– Pelo menos teremos conforto. - murmurei encolhendo meus ombros.

– Eu trocaria qualquer conforto pela nossa liberdade. - retrucou meu namorado sentando-se ao meu lado.

– Como sairemos dessa?

– Eu não sei querida, só sei que teremos que nos tornar ótimos atores.

– O que quer dizer?

– Todos nesse lugar são falsos como uma nota de três dólares. - ele ficou com o olhar perdido enquanto relatava o que ouviu. - As mentes são sufocantes... Ou são fiéis demais a Aro e ambiciosos por mais poder, ou possuem um medo de contrariar qualquer ordem, ou simplesmente querem fugir. Ninguém é feliz nesse lugar. Seus rostos dizem uma coisa enquanto seus pensamentos planejam atrocidades.

Estremeci segurando sua mão com força.

– Jasper me deu algumas dicas e eu li a mente de Aro durante o voo. Teremos que ser cuidadosos com o que dizemos. - me olhou seriamente. - Não podemos demonstrar insatisfação ou qualquer vontade de ir embora. Aro vai dar algumas semanas para nos adaptarmos, depois disso não tolerará qualquer lágrima ou pedido para voltar para casa. Se isso acontecer, se começarmos a nos recusar a seguir suas ordens ele ameaçara contra nossas vidas.

Engoli em seco.

– Acho que devemos tomar cuidado redobrado com que falamos. Sairemos daqui, mas nosso planejamento será feito somente entre essas paredes ou então por pensamento ok?

– Acho que é melhor só por pensamento, apesar dessas paredes serem bem grossas eu não confio.

– Tudo bem... - sorriu com uma expressão engraçada.

Franzi o cenho o observando. Sua expressão começou a mudar, sua testa encheu-se de rugas e ele me olhou espantado.

– Não consigo ler sua mente!

– O que? Por quê?

– Eu não sei...

Edward virou-se sentando com as pernas dobradas em cima da cama e segurou meu rosto entre suas mãos, fechou seus olhos e concentrou-se por alguns minutos para enfim abrir os olhos frustrado.

– Nada. - bufou.

– Tente mais uma vez. - pedi.

Novamente ele fechou seus olhos e concentrou-se. Respirei fundo e me concentrei também, vai que eu tinha que fazer uma forcinha né?

Mas algo diferente aconteceu. Meus olhos estavam fechados, mas minha visão estava branca.

– Mas o que... - minha exclamação silenciou quando uma sensação se apoderou da minha mente, era como se alguém a tocasse e todo aquele branco começou a se movimentar como uma rede de proteção em minha mente.

Experimentei tentar controlá-la e para o meu espanto e alegria eu consegui. Fiz força para expandi-la e o branco tornou-se translucido quando abri meus olhos. Lá estava a estranha rede. Cobrindo todo o meu corpo suavemente. Edward me olhava confuso enquanto eu observava fascinada aquele véu.

Tomada pela curiosidade eu o expandia mais um pouco até encostá-lo em Edward. Logo meu namorado estava dentro da rede.

– Tente agora. - pedi.

Seu sorriso mostrou que ele havia conseguido. Concentrei-me no véu e Edward mudou sua expressão de surpresa para de pura alegria. Então eu me desconcentrei e a rede voltou para mim com toda a força como um elástico muito esticado que arrebenta de repente.

– Ai! - soltei um gemido de dor ofegando.

– Bella! - Edward me abraçou preocupado.

– Estou bem... - murmurei, mas parecia que eu tinha sido espremida.

– Amor isso é incrível! Você descobriu o seu... - poder.

Sim eu havia o descoberto. Apesar de não saber muito bem para que ele servia além de não deixar que Edward lesse minha mente. Não era muito útil na situação em que estávamos.

– Mas como você conseguiu ler minha mente antes?

– Sangue. - respondeu simplesmente. - Você não se alimentava, então não era forte ou veloz, sua visão também não era boa. Tudo indica que o sangue desperta nossos poderes.

Seu sorriso era largo.

– Agora eu entendo a visão de Alice! Aro te temerá por seu poder! - Edward sussurrou empolgado e estalou um beijo em minha boca me derrubando completamente na cama.

Sobre o meu corpo ele sorria largamente.

– Como ele pode me temer por simplesmente não poder ler minha mente?

– Eu não sei... Além do mais seu poder está em desenvolvimento, o que mais ele poderá fazer? Ainda não sabemos! A tendência é a ficar cada vez mais poderoso.

– Talvez eu possa proteger a sua mente de Aro. - arrisquei confusa.

– Sim... Ou seu escudo mental pode ficar tão poderoso que se torne físico.

– Isso é possível?

– Quando o escudo diminuiu eu senti algo passando por mim.

– Jura?

– Sim! Você terá que treinar. Aos poucos controlará seus poderes. - beijou-me com alegria, mas então afastou-se preocupado. - Mas teremos que treinar aqui dentro longe de olhos curiosos. Na hora certa revelaremos seu poder.

Meu coração se encheu de alegria.

– E voltaremos para casa sem ninguém poder nos tocar!

– Sim! - exclamou alegre soltando seu peso sobre meu corpo e voltou a me beijar com alegria.

Desta vez o beijo foi profundo e o entusiasmo tornou-se desejo.

Suas mãos correram pela lateral do meu corpo entrando por baixo da minha camiseta. O toque de sua pele contra a minha demandava arrepios por todo o meu corpo. Seus beijos me tiravam de órbita e naquele momento eu esqueci-me completamente de todos os nossos problemas.

Tudo o que eu via era Edward. Tudo o que eu ouvia era Edward. Tudo o que eu sentia era Edward.

Nossas roupas viravam trapos em nossa ânsia de nos sentir plenamente unidos. Porém assim que nos tornamos apenas um a calmaria tomou conta. Nos amamos com lentidão e cuidado. Seus toques em minha pele eram delicados e firmes enquanto as minhas unhas arranhavam suas costas em completo deleite.

Meu coração batia de maneira tão forte que por um momento eu pensei que ele fosse explodir com tamanho sentimento. Eu o amava tanto que chegava a ser sufocante. Sua pele quente contra a minha, seus sussurros no pé de minha orelha, seus beijos molhados em meu corpo, seus dentes arranhando minha pele... Tudo me fazia delirar. Eu estava completamente tomada pelo momento. Minha mente em completo branco apenas abraçando aquela criatura tão amada.

Nossos suspiros preenchiam o quarto e nossos corpos serpenteavam pelos lençóis. Quando o prazer chegou ao seu máximo eu estava fitando os olhos de meu namorado e naquele momento tão íntimo eu tive a certeza que nada nos separaria, que aquilo não era apenas um romance adolescente, era amor. Amor de verdade, amor puro, amor para sempre.

Nossos movimentos não cessaram, a afirmação de nossos sentimentos apenas nos incentivou a continuar com ainda mais anseio. O amor não diminuía, apenas crescia mais e mais fazendo com que nossos toques se tornassem mais agressivos. Eu sentia seus dedos cravados na pele de minha cocha e em meu seio. Já minhas mãos o puxavam com toda a força possível para mais perto do meu corpo. Nossos quadris mexendo juntos, se distanciando minimamente nos movimentos. Parecia não ser suficiente, precisávamos de mais um do outro, muito mais.

Meus olhos já não eram conscientes, minha visão tornava-se escura e estrelas apareciam como se eu estivesse prestes a desmaiar. E quando Edward desgrudou da minha boca para descer para o meu pescoço e arranhá-lo com seus dentes eu cravei os meus em seu pescoço.

Antes de ser tomada pelo prazer absoluto eu senti meu namorado me morder também. O mundo poderia acabar lá fora que eu não me importava.


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Notas finais do capítulo

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