Caçadora De Vingança escrita por A Granger


Capítulo 24
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Ok; sei q demorei séculos :/
Pequena crise de criatividade p essa fic eu admito :/
Tbm sei q o cap fico até pequeno, mas a conversa q começaria no fim dele ñ eh algo q eu deva cortar p separar cap's
De toda forma espero q gostem



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/377543/chapter/24

POV Ford

O caminho de volta foi muito calmo depois daquela conversa. Agora eu acho que entendo em parte os motivos dela se afastar; de não querer gostar de alguém. Ainda acho que no fundo, mesmo que Julia nunca admita isso, acredito que ela também tem medo das coisas não funcionarem, de se decepcionar ou decepcionar alguém, ainda não sei qual dos dois.

Eram quase 10 horas da manhã quando finalmente chegamos. Minha mãe e Lia estavam sentadas na varanda da frente nos esperando. As duas estavam muito sérias, mas não falaram nada quando desviamos para os estábulos. Tiramos os arreios e as celas, escovamos e limpamos um pouco nossas montarias antes de deixar os cavalos em suas baias e voltamos para a casa. Elas estavam na varanda da cozinha nos fundos dessa vez. Minha mãe sentada na velha cadeira de balanço e Lia em pé encostada a porta da cozinha.

Algo não estava certo, mas eu esperava que fosse o fato de termos passado a noite fora sem avisar. Julia não parecia ter estranhado nada, então resolvi que isso era paranoia minha e apenas caminhei ao lado dela até a varanda. Lia entrou quando subimos o degrau para a varanda.

–-Entrem – disse minha mãe e o tom que ela usou não permitiu discussão.

–-O que houve? – perguntou Julia seria olhando Lia que estava encostada a parede ao lado da porta – Qual é, foi mal não termos avisado. Sei que não devíamos ter passado a noite fora sem falar nada, mas você me conhece Lia; eu não queria ver nem falar com ninguém. Precisava ficar sozinha.

Julia parecia estar se justificando para ver se Lia mudava de expressão, mas isso não aconteceu. A primeira coisa que a loira falou acabou nos pegando de surpresa.

–-Krig achou Amélia – disse Lia encarando Julia de um jeito firme.

–-Sério? – Julia perguntou animada – Mas isso é ótimo agora podemos... – a voz dela foi morrendo conforme formava a frase, Julia então encarou Lia seria e pude ver preocupação nos olhos dela – Se a encontraram porque você esta com essa cara Lia?? O que realmente aconteceu??

Lia suspira e se senta colocando os cotovelos sobre a mesa e escondendo o rosto nas mãos por dois segundos antes de voltar a encarar Julia. Ela estava muito séria, mas agora pude notar o medo e a preocupação no olhar dela.

–-Segundo o que Krig descobriu a Am alugou um carro a uns dois estados daqui e veio dirigindo até as proximidades da cidade – começou Lia, mas Julia a interrompeu.

–-Sabia!! Eu falei que vir pra cá era a coisa certa.

–-Quer calar a maldita boca e me deixar falar – disse Lia num tom baixo e sério, não era o de repreensão como eu tinha visto ela usar com Julia quando chegou, era como se ela tivesse mesmo algo serio e ruim para contar e ainda não soubesse como falar – Senta, Juli – mandou ela e Julia obedeceu, soube que ela tinha notado o mesmo que eu por obedecer sem questionar nada; Lia nos encarou um pouco antes de continuar – Krig identificou onde Am alugo o carro e conseguiu rastrear por onde ela esteve desde então. E, sim, ela veio pra cá. O problema é que isso aconteceu a duas semanas.

–-Lia, vá direto ao ponto por favor – pediu Julia seria, algo não estava certo naquela conversa e eu sabia disso – O que aconteceu??

–-Isso aconteceu – disse Lia abrindo um notebook que estava em cima da mesa e virando a tela para Julia e para mim que estávamos do outro lado da mesa.

A tela do aparelho mostrava uma reportagem do minúsculo jornal da cidade vizinha. A data era de seis dias atrás e a manchete era sobre um grupo de laçadores que se apresentou a umas três noites, mas o que atraiu nossa atenção foi uma foto de uma nota menor que estava quase no final da pagina. A foto vinha acompanhada da seguinte legenda: “Carro abandonado em estrada rural preocupa e intriga autoridades”. Julia puxou o notebook virando as paginas até encontrar a matéria da capa. O texto era:

“Foi encontrado na tarde de ontem um automóvel duas portas preto estacionado em uma das estradas rurais menos movimentada das redondezas da cidade. O carro, segundo investigações, era alugado e possuía placas do estado de Nebrasca. A população local conta que o veiculo teria sido avistado naquela mesma manhã e que, depois de horas, o dono não havia sido localizado e por esse motivo a policia local teria sido acionada. Dentro do carro não foram encontradas digitais de ninguém, algo que esta deixando os investigadores com muitas dores de cabeças, já que não existe digital nenhuma no interior ou no exterior do carro que possam ser recolhidas para a identificação da pessoa que abandonou o veiculo. O que leva a crer que alguém não queria que a pessoa que alugou o carro fosse identificada. O que mais intriga o xerife e o esta deixando mais confuso é a ausência de pistas e indícios da presença de mais de uma pessoa no local. Segundo o que a pericia foi capaz de dizer não existem vestígios de que alguém tenha voltado ao lugar. Foram encontradas apenas algumas pegadas indicando a direção em que o motorista seguiu após sair do veículo. Esses rastros se perdem quando atravessam uma das cercas, a partir daí é impossível saber a direção do ocupante do carro. A policia no entanto afirma que não vai desistir e se prepara para realizar novas investigações no local. O carro foi recolhido e agora encontrasse no pátio da delegacia da cidade......”

O jornal seguiu fazendo especulações, mas eu parei de ler quando vi os olhos de Julia fixos na imagem do carro. Era uma única foto tirada através da janela do passageiro mostrando quase todo o interior do carro. No canto superior direito, sobre o painel, estava um boné, aparentemente bem velho; era azul e branco, mas o azul já estava bem desbotado e o branco encardido, havia uma inscrição na frente, mas a foto não era boa o bastante para se ler o que estava ali.

Quando olhei pra ela me assustei com o medo e o desespero nos olhos de Julia. Por algum motivo aquela foto a fez se sentir muito assustada e eu não sabia o motivo. Coloquei minha mão sobre o ombro dela para mostrar que estava ali e foi como se isso fosse o incentivo que ela precisava para começara falar.

–-É o boné do papai – sussurrou ela tão baixo que eu só ouvi porque estava do lado, mas Lia pareceu ter entendido que ela tinha dito aquilo – É o boné do meu pai – continuou Julia mais alto – O boné que ele deu pra minha mãe antes de sair do hospital. Ela sempre levava ele nas viagens. Sempre deixa no carro quando vai caçar como se para se obrigar a voltar aquele lugar. Se ele esta ali quer dizer que....que...

Julia não consegue terminar a frase e cobre a boca com as mãos. Mesmo estando de pé e ela sentada eu a abraço tendo que me abaixar um pouco para isso. Aquilo não podia ser verdade. A mãe dela não podia estar morta. Eu sei que ela estava viva em algum lugar e que iríamos descobrir o que havia acontecido. Queria dizer essas coisas a Julia, mas não conseguia falar. Tudo o que consegui fazer foi segurá-la em meus braços de um jeito firme para mostrar a ela que eu estava ali.

–-Juli você tem que ter calma – falou Lia se levantando, Julia se levantou também fazendo com que eu tivesse que soltá-la – Nós vamos descobrir o que aconteceu e vamos achar a Amélia. Eu sei que vamos, independente de qualquer coisa, mas você tem que ficar calma e não fazer nada precipitado. Temos que...

Julia se virou e saiu antes de Lia terminar deixando a loira parada encarando a porta que dava para fora com uma expressão preocupada.

–-Vai atrás dela – falou minha mãe seria me encarando – Ela precisa de alguém que a mantenha firme agora.

–-Não é disso que ela precisa agora – eu falo e começo a caminhar na direção em que Julia havia ido, quando passo pela porta continuo falando mais para mim mesmo – O que ela precisa é de alguém para por juízo naquela cabeça e a impedir de fazer besteira.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eh sério pessoas; comentem.
Além d gostar d responder os comentários de vcs eles me animam a continuar
Bjs p vcs



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Caçadora De Vingança" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.