Caçadora De Vingança escrita por A Granger


Capítulo 13
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

EU CONSEGUIIIIIII =D =D =D =D
Nossa, nem eu acredito hehe
Bem, aí esta a história da Julia, ou pelo menos o começo dela ;)
Esse cap em especial eu dedico a meu primeiro leitor; Eric
William pq ele é ótimo em criar passados "trágicos" pros personagens dele kkkkkkkkkkkkkkkk
Brincadeira, viu. Mas eu sempre me impressiono com o passado q vc dá p seus personagens ;) então quero sua opinião sobre como eu me saí com a Julia =]



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A sala tinha dois sofás de três lugares e duas poltronas, no centro havia uma mesinha baixa. Ford se sentou em um dos sofás e Jessica e Julia no sofá em frente a ele.

--Por onde começar, não? – disse a Sra. Johnson se sentando e sorrido ao ouvir o suspiro impaciente de Ford – Bem, presumo que você conheça a historia toda, não é Julia?

--Sim senhora, nos mínimos detalhes. Às vezes acho que detalhes até demais – disse Julia sorrindo.

--Muito bem. Foi quando eu tinha 16 pra 17 anos. Seu pai, Will, e eu – disse Jessica olhando o filho – éramos apenas vizinhos ainda e, pra falar a verdade, nos ignorávamos. Lucia, a mãe da Eliza, eu e Katerine éramos inseparáveis. O velho xerife Sr. Peterson era quem cuidava das duas, já que eram primas. Lucia estava namorando Bob, claro que apenas eu e Katerine sabíamos que os dois planejavam se casar logo. Will e Karl McClean eram melhores amigos. Na verdade todos nós éramos amigos. Naquela tarde estávamos ajudando Bob com a construção do seu futuro bar. Ele tinha se formado naquele ano e, com o dinheiro que ganhou do pai por ser o único dos três irmãos a se formar, ele tinha comprado a velha casa na entrada da cidade e começado a arrumá-la para montar seu próprio negocio.

--Mãe – interrompeu Ford – Por favor, direto ao ponto, sim?

--Seu apressado – brincou Julia rindo fazendo-o revirar os olhos e Jessica rir também.

--Ok, ok. Logo depois do meio-dia um carro entrou na cidade e parou em frente a casa do Stevens. Eles eram um casal de idosos, lá pelos 55 a 60 anos. Do carro desceu primeiro uma senhora de meia idade com roupas sociais, ela tinha um crachá, mas de longe não pudemos ler. Em seguida desceu uma garota, tinha aproximadamente a nossa idade e usava um moletom azul escuro com o capuz sobre a cabeça, uma calça jeans preta e velha, não podíamos ver mais muita coisa. A garota era Amélia Grenst.

--Minha mãe – disse Julia baixinho, quase num sussurro.

--Sim – concordou Jessica – Mais tarde ela tentou nos explicar a história que nem ela mesma entendia. Os pais dela haviam morrido em um acidente de carro do qual ela quase não escapou quando Amélia tinha 9 anos. Sem parentes próximos o juiz ordenou que encontrassem algum parente distante e o serviço social começou as buscas. Cinco anos depois, que Amélia passou em um orfanato eles descobriram que ela poderia ter parentes vivos, mais precisamente tios em sabe-se lá que grau. Na metade do ano anterior eles encontraram o Sr. e a Sra. Stevens, mas decidiram deixar Julia terminar o primeiro ano do colegial antes de trazê-la para cá. Todos nós passamos as férias inteiras nos perguntando quem seria aquela garota que veio morar com os Stevens. Não é a toa que no primeiro dia da volta as aulas o colégio inteiro estava a esperando aparecer. Amélia não era como nós, era o que chamávamos garota da cidade. Usava coturnos ao invés de botas e casacos de moletom no lugar de jaquetas. Karl foi o mais corajoso, ou eu deveria dizer o mais estúpido de todos ao ir até ela que estava sentada em um dos bancos no pátio antes da aula começar. Karl era...acho que posso dizer inconsequente. Nem os avisos de Will para deixá-la em paz ajudaram. Ele tentou puxar uma conversa e ela simplesmente levantou e saiu andando como se ele não existisse. Claro que ele não deixaria isso assim, ele não estava acostumado a ser rejeitado, então segurou a ponta da manga do casaco dela e no mesmo instante Amélia se virou acertando uma joelhada na parte interna da coxa dele. Acho que ele teve foi sorte de ser maior que ela ou aquela joelhada acertaria um lugar pior – com esse comentário até Ford teve que rir - Mas voltando a história. Depois descobrimos que aquela reação dela era porque no orfanato os garotos mais velhos aprontavam peças com ela e Amélia tinha se acostumado a se defender deles, sendo a reação dela a Karl apenas um reflexo. Lucia, Katerine e eu a trouxemos para nosso grupo e eu e ela nos tornamos melhores amigas. Julia, você gostaria de...

--Não – respondeu Julia rápido – Pode continuar. Eu não saberia como dizer – ela parecia um pouco triste.

--Certo, se você acha melhor. Com o tempo as pessoas foram se acertando. Eu e Will paramos de nos ignorar e eu notei que ele era um ótimo rapaz. Lucia e Bob se casaram antes de nos formarmos, Eliza nasceu logo depois. Katerine, bem, ela decidiu seguir os passos do avô. Karl; acho que devo dizer que ele mudou quando descobriu que estava apaixonado pela Amélia. Minha amiga também não demorou tanto assim para assumir que tinha se apaixonado por ele também. Os dois se casaram seis meses antes de mim e Will. Karl já tinha herdado as terras do pai, que faleceu alguns meses antes. Will já administrava o Rancho Johnson há alguns anos quando seus pais faleceram num acidente. Naquela época Cloud estava comprando terras. Ele fez inúmeras propostas tanto a Karl quanto a Will, mas os dois sempre recusaram. Três meses depois de você nascer, Ford, Amélia descobriu que estava grávida. Ela foi sua madrinha, Ford. Nós combinamos que seriamos as madrinhas dos filhos uma da outra. Perto do final da gravidez dela Cloud começou a pressionar Karl a vender. Ele sempre recusava; não posso afirmar com certeza porque os dois não nos contavam nada, mas eu e Will achávamos que Cloud os estava ameaçando. O parto de Julia foi complicado, demorou bastante. Quando acabou Karl entrou no quarto para onde as duas foram levadas. Ele tinha um sorriso bobo, eu entrei junto; Will estava vindo para o hospital ainda porque foi deixar você, Ford, com Lucia e Bob. Karl tinha trazido Amélia às pressas ao hospital, por isso não tinham as malas das duas. Lembro-me dele dar um beijo na testa de Julia e depois beijar Amélia. Ela não queria que ele fosse, não sei o porquê, mas não queria.

--Ela estava com um mau pressentimento – diz Julia se sentando mais reta no sofá – Mas o Pai não achou que fosse algo realmente serio, mesmo a Mãe pedindo pra ele não ir. Ele só...tirou o boné que estava usando e colocou na cabeça dela dizendo que logo voltaria para pegar o boné da sorte e saiu.

Julia tinha uma expressão triste, como se lembrando de outra pessoa, em outro lugar, contando a mesma história. Jessica percebeu isso e segurou uma das mãos da afilhada antes de continuar a história.

--Karl não voltou ao hospital. Depois de um tempo Amélia implorou para que Will fosse atrás dele. Will encontrou a casa deles em chamas. Haviam marcas de pneus de outro carro. Karl estava caído em frente as escadas da varanda. Will encontrou os pés e as mãos dele amarados. Aparentemente ele havia se arrastado entre as coisas em chamas de dentro da casa. Karl já não... Karl já estava morto quando Will chegou. A causa da morte foram múltiplas queimaduras e axficia pela inalação da fumaça.

Houve um silencio na metade do qual Julia se levantou e andou até a janela que dava para a frente da casa.

--Amélia dizia que o responsável era o Cloud. O mesmo veio atrás dela quando ela ainda estava no hospital propondo uma oferta pelas terras, mas Amélia não aceitou e ele saiu de lá muito irritado.

--Depois disso minha mãe decidiu que não era seguro ficarmos na cidade – disse Julia ainda de frente para a janela – Tia Jes, Lucia e Katerine a ajudaram a forjar um acidente de carro.  Lucia preparou todas as evidencias; Katerine, que estava trabalhado com o avô na delegacia, garantiu que o laudo atestasse a presença de uma mulher adulta e um bebê. Tia Jes deixou tudo pronto para que a Mãe pudesse sair sem ser vista comigo e ir para o mais longe possível.

--Foram os Cloud’s que... – começou Ford encarando as costas de Julia, mas não conseguiu terminar a pergunta.

--Nada pode provar que foram eles – respondeu Julia calma – Mas é óbvio que foram. Não sei se o fogo foi acidental ou não, mas haviam marcas de ferimentos recentes. Quem analisou o corpo do meu pai não colocou isso no laudo, mas minha mãe viu. Eles queriam as terras; minha mãe sabia que eles não iriam parar até consegui-las. Ela só não sabia o por quê.

--O que aconteceu com vocês depois, criança? – pergunta Jessica com um olhar triste.

Julia se vira pra ela com um sorriso meio triste meio brincalhão.

--Encontramos alguém que nos ajudou – responde ela voltando para seu lugar no sofá – Mas nessa parte a história deixa de ser só minha e da minha mãe. Só posso dizer que é uma grande amiga nossa até hoje e que nos ajudou muito.


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Notas finais do capítulo

E então pessoinhas; oq acharam????
Sera q a Julia tem motivos p odiar os Cloud's ou ñ??
Bem, deixem-me suas opiniões sobre o passado dela, e sobre quem voces acham q ajudou ela e a mãe =]
AVISO IMPORTANTE: Gente, não sei quando conseguirei postar outra vez :/ mas prometo que o proximo sera bem grande para compensar isso;)
Bjs e vejo vcs nos comentarios =]



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