A Herdeira Da Feiticeira Branca escrita por Stark


Capítulo 2
Véspera de Natal




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Capítulo II – Véspera de Natal

–Vamos nos atrasar sabia ? E por sua causa. Você demorou demais pra escolher o presente.

–Não enche Lúcia.

–Edmundo, acho que você poderia ser menos impaciente com ela.

–O que foi Susie ? Vai me dar lição de moral agora é? Quem estava brigando foi o Pedro não eu.

–Ei foi o Clarck que começou.

–Só acho que você poderia ser menos infantil sabia Pedro? Você não está em Nárnia, pra tudo você achar que é uma batalha.

–Eu já disse , eu não tenho culpa dele ter me provocado.

–Por todos esses anos de Nárnia achei que você aprenderia alguma coisa esquentadinho.

–Edmundo, não me provoque.

–E o que você vai fazer ,em Rei Pedro o Magnifico ?

–Parem os dois ! Não podemos brigar agora !- Lúcia berrou conseguindo cala-los .

Estavam todos no metrô, voltando pra casa. Era véspera de Natal, estavam muito atrasados para a ceia . Estava nevando muito, tinham ido comprar o presente para o professor Kirke com as suas economias dos últimos meses. Eles queriam agrada-lo. Só que Pedro havia brigado com o neto do dono da loja onde estavam. Pedro as vezes se esquentava e não tolerava provocações como qualquer outro ser humano, ele tinha seus defeitos, mas também suas qualidades.

–Vocês acham que ele vai gostar ?- perguntou Susana, tentando amenizar o clima.

–Acho que sim.- respondeu Lúcia sorrindo.

–O importante é a intenção. Se o velho não gostar, devolvemos pra loja.

–Quanta delicadeza Edmundo.- falava Pedro.

Edmundo revirou os olhos com a fala de Pedro e se sentou ao lado de Lúcia.

–Queria tanto passar o Natal em Nárnia.

–Eu também Lúcia ,eu também.- disse Pedro.

A viagem estava tranquila, o metro estava quase vazio. Afinal que iria comprar presente na noite de natal? Claro ,só podiam ser os Pevensie.

–Chegamos. Vamos desçam.- indicava Susana.

Andaram até a casa um grudado no outro, estava nevando mais do que antes. Chegando a porta se consertaram antes de entrar, eles sabiam se estivessem desarrumados a Sr. Marta ia arrancar suas cabeças. E eles não queriam isso.

–Até que enfim vocês chegaram ! Eu já estava preocupada crianças. –berrou a Sr. Marta

–É que fomos comprar um presente pra alguém. –do jeito que as crianças falaram parecia uma indireta para a Sr. Marta , que logo abriu um sorriso, achando que o presente era seu.

–Ah meninos ! Não precisava !- dizia ela sorridente indo em direção a Edmundo que segurava a caixa.

–Aí está ele ! –disse Pedro olhando em direção às escadas, fazendo a Sr. Marta parar no caminho.

E lá estava ele descendo as escadas lentamente, com um sorriso simpático no rosto.

–Crianças ! Que bom que chegaram a Marta já estava querendo arrancar o fígado de vocês.- ele riu e deu uma piscadela para todos.

–Trouxemos uma coisa pro senhor professor Kirke.

–Estou curioso. –respondeu.

E lá ia Edmundo entregar a caixa com o tal presente. Edmundo como todos sabem é meio...”na dele”. Foi surpreendido por um abraço do professor Kirke, o que fez a cara amarrada dele se desmanchar.

–Vamos ver o que vocês andaram aprontando.- dizia o professor abrindo o presente. O que fez a senhorita sair dali com despeito.

–Ora, ora uma cartola ! –dizia o professor sorridente.

–O senhor gostou ?

–Claro que sim Susana, estava precisando.

–Ai que alívio ! Estávamos preocupados, por que foi o Ed que escolheu.- brincou Lúcia.

–Há! Há! Há! Morrendo de rir Lúcia.- disse Edmundo com sarcasmo.

–Ah venham cá , quero dar um abraço em todos.

E assim as crianças abraçaram o professor, sentindo-se todos felizes por ter alguém, que os escutava como o professor.

–Hun ! Hun ! Vamos parar com o melodrama e fazer a ceia.- disse a Sr. Marta, ciumenta.


–Não esquecemos da senhora, se é o que está pensando.- falou Susie lhe entregando uma caixinha branca.


–Ah Santo Deus ! Que lindo!- exclamava a Sr. Marta com tamanha felicidade por ter ganhado um presente, um par de brincos magníficos. Era de latão, mas ela não precisava saber.

–Sabia que a Senhora iria gostar.- falou Pedro olhando para seus irmãos.

–Ah crianças muito obrigada mesmo. Vamos jantar. Vou usa-los agora mesmo!

–Nossa como ela é tola.- sussurrava Ed para Pedro.

–Xii, fala mais baixo, ela pode escutar.- respondeu rindo.

–Sentem-se e sirvam –se !

E foi o que as crianças fizeram. Nunca tinham permissão para eles mesmo se servirem, mas como a Sr. Marta  estava muito feliz pelo presente, a exceção que tanto sonharam foi dada. Todos riam à mesa, celebrando como uma verdadeira família o nascimento do menino Jesus.

Na neve , próximo à casa ,olhos negros os observavam. Olhos de um espírito de um mundo diferente , que agora podia transitar nesse mundo. Sua fúria pelas crianças só aumentava. O espírito podia fazer a neve que caia fracamente se transformar numa nevasca do nada. Um espírito do gelo. Jadis. Ela ainda guardava o rancor de sua derrota por todos, mas principalmente por Edmundo. Que ajudou a lhe destruir duas vezes.

–Miseráveis ! Vocês não perdem por esperar. Minha herdeira vai tomar o trono de Nárnia novamente. E vocês vão ter o destino que merecem.- dizia Jadis com ódio.-Filhas de Eva e filhos de Adão estão com os dias contados.

E ela se foi ,sumindo na nevasca.

–Eu também tenho presentes para vocês.

–Professor Kirke não precisava.- dizia Susana.

–Precisam sim , esperem aqui.- disse subindo as escadas em busca dos presentes.

–O que será que ele comprou ? –perguntava Lúcia à mesa para seus irmãos. Ela estava eufórica.

– Um pônei ?- ironizou Edmundo.

–Ed é véspera de Natal, dá pra parar?

–Ok tia Susana.- respondeu fazendo Susie ficar vermelha, o que fez Pedro também rir.

–Aqui está ! O presente de vocês !- exclamou o professor agora descendo as escadas com 4 caixas.

–Estou na cozinha, se precisarem de mim.- Sr. Marta saía namorando os brincos que elas ganhara.

Todos saíram da mesa e foram para a sala e sentaram-se num sofá antigo.

–Para você minha pequena rainha Destemida.- entregou a Lúcia uma diadema que brilhava como um cristal, ela sorriu.

–Para você rainha Susana, a gentileza em pessoa.- a entregou uma flecha com a ponta de ouro, seus olhos brilharam.

–Para você meu jovem , uma capa magnífica como o rei Pedro.- o entregou, e logo ele vestiu com um sorriso de gratidão.

–E para você Edmundo algo tão justo como você.- entregou a Ed, um colar com um pingente de sol.

–Justo ? Por que o sol seria justo ?- perguntou Edmundo pegando o colar.

–O Sol tem seu brilho majestoso. Ele poderia simplesmente guardar seu brilho para si, mas ele vê que todos precisam da sua luz, e com o senso justo ele ilumina a todos, igual por igual. Um belo ato de justiça ,não ?- o professor desafiou-o.

–“O brilho majestoso do sol, derreterá o gelo dos corações.”- Edmundo leu o que estava gravado no pingente usando-o logo em seguida.- Obrigada professor.- agradeceu.

O professor assentiu, e todos foram dormir; todos contentes por sua véspera de Natal ser agradável. Estavam todos felizes pelos presentes, especialmente Edmundo, que estava com uma leve sensação de que aquele colar ainda significaria muito pra ele.


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