A Herdeira Da Feiticeira Branca escrita por Stark


Capítulo 1
Órfã




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Capítulo I – Órfã.




Longos cabelos loiros caiam sobre a pele pálida e gélida de Danielle . E caindo sobre seus olhos castanhos. Ela estava concentrada no que fazia. Estava com um copo d’água em uma das mãos e a outra ela passava por cima da borda do copo fazendo a água congelar. Estranho não é? Mesmo que ela fizesse isso sempre , ela se sentia apavorada, frustrada por ser tão diferente assim. As vezes se sentia um monstro ou até mesmo achava que estava ficando louca, que era tudo coisa da sua cabeça.









As meninas que moravam com ela no orfanato a chamavam de assombração, até mesmo contavam as freiras que eram suas responsáveis o que Danielle podia fazer.


Ela só tinha uma amiga, Maggie. Mas as freiras como qualquer outro adulto não acreditavam em histórias que crianças órfãs contavam .

–Danielle ? Você está ai ?

–Sim irmã Marie .

–O que faz criança ?

–Eu só estou pensando. –disse escondendo o copo com a água empedrada dentro dele atrás de si.

–Pensando? Em que uma criança tão jovem como você está pensando? –perguntou a irmã sentando-se ao seu lado.

–Em quando serei adotada.

–Tudo tem seu tempo minha criança. Se você ainda não encontrou sua família é por que ainda não chegou a hora.

Assim a Freira saiu do quarto onde estavam, um quarto escuro com pouca iluminação. Apesar da irmã ter chamado Danielle de Criança ou até ter dito que ela era muito jovem, ela não era tão nova assim , a freira era ,digamos...exagerada.

Danielle tinha 16 anos, está no orfanato desde que tinha meses de vida, e nunca foi adotada. Danielle as vezes se perguntava onde estava sua mãe ? , porque ela a abandonou?, e principalmente por que ela podia fazer tudo o que tocava congelar?

Muitas perguntas , nenhuma resposta, ela se sentia só ,sem saber que todas as suas perguntas seriam respondidas em breve.

Quando a Freira saiu do quarto ela pegou um colar que guardava em sua caixinha na escrivania. Tinha como pingente uma estrela de um material fino e transparente. Tipo um cristal de gelo. Toda vez que ela o tocava sentia seus poderes mais fortes, e ao mesmo tempo se sentia segura. Ela sabia que aquele colar foi sua mãe que lhe dera, as freiras a disseram que este colar veio junto com ela quando foi deixada na porta do orfanato.

–Dani está na hora do jantar, venha vamos começar a oração. –dizia a irmã Marie que voltara para chama-la.

–Estou indo irmã, só um segundo.- ela guardou o seu colar na caixinha de novo e saiu porta a fora indo ao refeitório.

Ave –Maria cheia de graça.... As freiras e as outras crianças já faziam a oração quando Dani chegava no local. Ela se sentou numa cadeira, antes que a irmã mais rabugenta a visse fora de seu lugar. A Irmã Carmem.

Quando todos acabaram de rezar, todos se sentaram e a sopa foi servida com um pão ao lado de cada prato.

–Onde você estava?- perguntou Maggie sussurrando ao lado de Danielle.

–Por que você está sussurrando ?- disse Dani num tom engraçado fazendo Maggie sorrir.

–Ah sei lá, mas me diga onde você estava ? A irmã Carmem quase nota a sua ausência.

–Eu estava no dormitório.

–Olhando o colar de novo ?- disse Maggie com pirraça.

–Ah não enche. –Danielle sorria enquanto empurrava o rosto da amiga com a mão fechada.

Maggie era a única naquele lugar que a entendia perfeitamente, ela sabia do que Dani podia fazer, e mesmo assim era sua amiga, não a achava uma aberração , apenas repetia todas as vezes que Dani estava se sentindo mal por as outras garotas a chamarem de esquisita , “você é diferente, isso não significa que você é uma aberração.” Uma amiga para todas as horas.

Maggie estava ali desde os dois anos . Mas ela não foi deixada na porta, a irmã Marie a encontrou vagando pelas ruas de Londres ao relento, ela estava muito doente, as freiras dizem que foi um milagre ela ter sobrevivido.

–Maggie eu vou voltar para o quarto, você vem comigo ?

–Mas você nem terminou sua sopa.

–Não estou com fome, vem comigo ou não?

–Eu vou terminar a minha e tomar a sua.

–Nossa você não explodiu ainda por que em? –ironizou Dani, as duas riram , e a mesma estava indo ao seu quarto novamente ficar com o seu colar e seus pensamentos.

Chegando ao quarto ela pegou novamente o colar e se jogou na cama examinando- o como ela havia feito tantas vezes.

–“Nárnia é o seu lar.”- ouviu uma voz falar. –Tá legal, agora eu to pirando de verdade. –dizia ela se levantando ao ouvir a voz.

–Danielle . Nárnia é o seu lar.- repetia a voz.

–Alguém está brincando comigo não é ? Vamos garotas apareçam !- ordenou Dani achando que as meninas do orfanato que estavam querendo brincar com ela. Mas ninguém apareceu.

Um vento frio entrou pela janela que ali havia ,passando por todo o corpo de Dani balançando seus cabelos.

–Ai meu Deus ! O que está acontecendo?! Será que a irmã Carmem tem razão o demônio veio me buscar ?

–Não Danielle, eu sou sua mãe.

–Mãe , a alma da minha mãe ?!

–Você tem que retornar a Nárnia, foi de lá que você veio.- a voz falava .

–Nárnia ? Onde é NÁRNIA? Como posso retornar a um lugar que nunca fui?

–Você é Rainha de Nárnia por direito, você tem que retomar um trono que foi meu. Você é filha de Jadis a Feiticeira Branca. Você é minha filha.

–Dani , a irmã Marie mandou você...- entrou Maggie no quarto tagarelando olhando os olhos arregalados da amiga. –O que aconteceu ? Você viu algum fantasma foi ?- perguntou.

–E-e-eu não sei .- a garota estava pasma com o fenômeno que acabara de acontecer com ela . Agora mil perguntas rodavam pela sua cabeça. Ela era filha de uma feiticeira ? Ela era uma princesa? Onde ficava Nárnia?

Ela estava mais confusa do que o de sempre .

–Fala Dani, o que aconteceu?

–Maggie senta ,você não vai acreditar .











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