Prostituta Do Governo escrita por Peregrino das Palavras


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

A história de Bed com Carlos só continuam, mas a medida que portas se fecham, outras se abrem.



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Enfim aquela noite acabou, mas não o romantismo. Carlos só fez eu me apaixonar por ele mais ainda. O dia começou com o sol entrando no meu rosto, estava na cama. Deduzi que Carlos me carregou até la, não me lembro de ter ido dormir na cama, e sim no "estúdio" com telas e rádio. Estava sozinha, e o sol já estava aquecendo demais a minha pele, ela é sensível e não pode ficar exposta assim, sem protetor. Resolvi "levantar", estava que nem uma morta. E cansada, mesmo que no dia anterior não tenha ocorrido nada. Depois de longos minutos ligando os fatos da noite anterior, levantei-me e fui até a sala, graças a abertura na parede consegui ver Carlos de costas para mim.
–Bom dia Val. - Disse sem olhar para mim, não sei como ele soube que eu estava ali, estava sem sapato, e minha meia-calça abafava o som dos meus pés.
–Bom dia...Ca...Ca?
Ele deu uma pequena risada
–Ca? - Perguntou
–Vou te chamar de Carlos mesmo. - decidi
–Me chame do que quiser - Virou, revelando dois pratos, com pães, frios e panquecas. E um lindo sorriso fechado, é claro
Só ai percebi que a mesa estava posta, suco, café, pães, frusta e frios. Fazia tempo que não vejo uma mesa tão farta
–O que é isso?
–Café da manhã - Já estava na sala - Você não vai aceitar? - Disse puxando uma mesa para eu sentar.
–Bem, tenho que trabalhar porque ontem já me...
–Não faça essa desfeita comigo - Disse me cortando
Hesitei um pouco, mas depois aceitei o convite. Comemos em silêncio, tomei suco de laranja - de caixa -comi uma banda de pão com manteiga e queijo e depois recusei tudo. Em todo café trocamos olhares, até que bebi um copo de água e vi o relógio. Meio dia e meio. Quase cuspi todo o liquido na mesa, em meia hora tinha que estar no salão. Levantei sem pedir licença e fui no "estúdio" onde minha bota estava, vestia-a. Voltei para a sala, Carlos estava com o rosto de "Mas o quê?"
–Carlos tenho que ir pro salão, mas tenho que passar na minha casa para me vestir, prostitutas não recepcionam salões. Bem eu sim, o que eu quero dizer é que pessoas vestidas de prostitutas não recepcionam em salões.
–Ah entendo, vem, eu levo você
Foi muita gentileza dele. Na viagem conversamos sobre o me emprego no salão e cantamos Florence + the Machine e Rolling Stones
Chegando em "casa" , senti vergonha um pouco, era uma casa toda esburacada, vidros sujos ou quebrados, o jardim era a parte mais cuidadosa de toda a casa, eu tinha uma plantação de morangos nele, e muitas rosas também, adorava rosas. Entrei me vesti, blusa branca, calça jeans e uma sapatilha, no salão eu vestia um avental escrito "Pru-Hair" aproveitei e peguei minha bolsa. Ao voltar vi Carlos conversando encostado no carro. Não queria mas deu para ouvir uma parte da conversa.
–...não, não! - disse compreensivamente - Tudo bem, eu vou te ver, não se preocupe, vai dar tudo certo com a gente...Não precisa gritar...eu não estava errado, precisava de alguém...O.K depois te vejo.
O que eu pensei? Que havia outra, que eu fui somente um passatempo, um consolo. Puta que pariu, só me fodo. Enfim voltei para o carro. E sem dizer nada entrei no carro. Fui mal educada, tentei esconder a raiva.
–Desculpa, bati a porta
–Que nada... Esse carro já esta velho. - Respondeu
–Posso escolher a música? - perguntei
–Pode, os CD's estão no porta luvas
Abri o mesmo, e lá encontrei muito CD's ótimos. Red Hot Chilli Pappers, The Pretty Reckless, Capital Inicial, Engenheiros do Hawaii, e um CD pirata do The Lumineers, mas um me chamou atenção, o CD In Concert da Janis Joplin. Meu Deus, quanto tempo eu não ouvia J.J.
–Posso por esse?
–Claro! Amo Janis
Para de ser assim Carlos, tão perfeito. Pensei.
Pulei diretamente para Piece of My Heart, e cantaria muito alto na parte


Eu quero que você venha, venha, venha,

Leve-o!

Oh, oh, quebre-o!

querido, sim, sim, sim.

Possua outro pedacinho do meu coração agora, baby,


http://www.youtube.com/watch?v=iJb7cBfrxbo




Mas estaria fazendo muito drama. Nem namorava ele, nem havia nada estabelecido, nem transamos, sendo que eu era uma prostituta. Nem isso eu faço certo. Meu celular tocou, atendi, era Pru, me perguntou se estava tudo bem, ele se preocupava muito comigo. Respondi que sim e que já estava chegando.
–Era o Pru? - Carlos perguntou
–Sim, estou atrasada.
Chegamos no salão quando se passaram três musicas.
–Obrigado Carlos, e quero te perdoar por...
–Não, não. Não precisa se preocupar com nada. Desculpe a demora para chegar aqui.
Ah, perfeição!
–Que isso, você nem precisava me trazer aqui. Eu que durmo muito.
Ele soltou um sorriso.
–Bem então é isso. Eu...- hesitei - Eu realmente adorei a noite. Valeu.
–Eu que agradeço. Então...é isso.
–É....é isso. Até Carlos.

Quando cheguei na porta do salão - eram uma e meia, por ai - Pru correu e me abraçou.
–Tudo bem? Aconteceu alguma coisa? Nunca se atrasou tanto assim Bed.
–Tudo bem, mas tenho que te contar sobre a noite de ontem. Conheci um cara
Ele riu
–O.K depois você me conta, toma aqui seu avental.
Nesse momento o telefone da recepção tocou.
–Deixa que eu atendo! - Corri para a recepção vestindo o avental - Alô, boa tarde, salão Pru-Hair como posso ajudar?
–Alô? Valentina? É o Carlos, receio que você deixou seu celular no meu carro.
No mesmo instante congelei. E verifiquei minha bolsa. Nada lá.
–Alô Val? Va-al?
–Oi, oi Carlos. É acho que sim - voltei a realidade e vi Pru vendo minha conversa - Como vamos fazer?
–Bem, podemos marcar um encontro, você sempre vai naquela rua?
–Na minha rua? - Pru fez que não, com o rosto assustado -Não, não quero que você me veja daquele jeito - Pru atacou a mão na testa, como um "Meu Deus, você não disse isso"
–Quero dizer...Vamos marcar um encontro certo dessa vez, -Pru fez positivo com o polegar e um sorriso - afinal é só para pegar meu celular mesmo.
–É...O.K então. Que tal amanhã no "Cá de Fé" ?
–"Cá de Fé"? - Pru fez que sim com a cabeça - Pode ser
–Bem, então até...amanhã?
–Hm amanhã? -Pru pensou um instante e aceitou a oferta - pode ser.
–Meio dia e meio? - Ele riu
–Meio dia e meio? Deixa eu ver - Coloquei o telefone no ombro com a mão a fim de tampar a entrada de som. - Eai Pru? Posso? Vou me atrasar amanhã - Fiz com uma cara de pena
–Que dia você não se atrasa Bed? - Ele riu
Soltei um sorriso também
–O.K está marcado então. Até Carlos
Ganchei o telefone antes que ele respondesse. Mas e a outra? Bem de qualquer formar amanhã vou vê-lo.


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Notas finais do capítulo

Só esperamos o melhor para Bed, e vocês?



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