Capítulo 3: Katherine (Warrior)

Dormiram e acordaram todos no colégio...

O dia passado foi cansativo pra cada um dos alunos, afinal eles estudaram dia e tarde.

O café da manhã não agradou á todos naquela terça-feira. Afinal, Geovanna odeia molho ranch. Ela diz que só gente de pouco nível pode comer aquilo. Marina comeu algumas frutas que trouxe de casa junto com tudo o que trouxe para a mudança de quarto. Geovanna pediu algumas uvas pra Marina e ela simplesmente deu.

Mais o dia estava não estava fácil pra todos. Katherine estava tentando ligar pro hospital onde sua mãe estava mais não conseguia, pois o hospital era um particular, e eles nunca receberam nenhuma ligação de fora de Ohio, então não tinha como receber informações. Katherine entrou no quarto e se sentou só, pensou que nada era tão ruim quanto aquilo, e se meteu a chorar. Então Nicole entra no quarto, pra pegar sua jaqueta, e ela vê Katherine chorando, então fala:

- Oi, tá triste?

- É... Um pouco. (Katherine)

- Um pouco? Nossa... Esse pouco é tão aflitivo...

- É, é um pouco sim. Mais é que... Estou me lembrando de meus pais (Katherine)

- Hm. Entendo sua aflição! Gosta muito de seu pai, não é?

- É que... Meu pai morreu. (Katherine)

- Há! Desculpe-me, eu pensei que você fosse mais uma dessas garotas patricinhas por aí que choram até por que os nossos pais se separam, sabe? Você com certeza já deve ter visto alguma de suas amigas ser assim.

- Não, eu não sei, não... Nunca tive nenhum amigo. (Katherine)

- Hm, meu caso é diferente.

- Como diferente? (Katherine)

- Todo mundo quer ser meu amigo, e eu tento me afastar entende? Eu não gosto muito de ficar toda hora com as pessoas. Sou antissocial, entende?

- Sim, eu entendo. Eu também tento me afastar das pessoas, mais eu tento ser feliz sem ninguém, eu gostaria de ter alguém um. Minha vida me deixa ainda mais confusa. Não consigo ser tão alegre, se não me tratarem de um jeito anormal. (Katherine)

- Oi?! Como de um jeito anormal?

- Assim, como você me trata. Conversa comigo. Trata-me de um jeito que quase ninguém nunca me tratou. Sabe... Eu sofro de dislexia, e isso acaba comigo. Eu não consigo enfrentar uma vida inteira sofrendo bullying só por que tenho dificuldades de ler e escrever. (Katherine)

- Mais como você tem dificuldade de ler e escrever? Você canta tão bem... Aquela música da Demi que você cantou parecia que você tinha lido centenas de vezes. Você é linda, e não precisa ter vergonha do que te faz diferente dos outros. Você é especial do jeito que é.

- É, você acha isso. Mais não são todos. Quando eu tinha 9 anos descobri que sou disléxica, e por isso tive que sair da escola cedo... As aulas eram péssimas, você sabe... Ensino de escola pública é horrível, ainda mais pra uma disléxica. Ohio é uma cidade muito sem estrutura, os orfanatos não são muito frequentados e do mesmo jeito são cheios de crianças. (Katherine)

- Você é adotada?

- Sim, fui largada na porta duma Igreja católica pouco frequentada em Ohio. (Katherine)

- Mais você é tão linda... E sua mãe?

- Minha mãe, após a morte de meu pai, ficou doente. Ficou quase louca, 97% de sua mente foi tomada ao passado, ela só consegui se lembrar de mim quando fui adotada. (Katherine)

- Nossa... Ashtrays.

- É... é bastante triste sim. (Katherine)

- Anda... Vamos sair!

- Sair pra onde? Com quem? Como? (Katherine)

- Vamos pegar umas roupas emprestadas da Geovanna pra você... Vai fiar linda!

 Algum tempo depois, chega Geovanna com uma mala de roupas. Algumas deram em Katherine, e Nicole resolveu deixa-la mais linda do que ela já era. Nicole agradece a Geovanna e elas saem, resolvem ir a aula de Artes arrumadas.

 Ao chegar na aula, Into observa muito Katherine. Ele á achou perfeita. Ele chegou perto dela e falou:

- Você está muito linda, hoje.

Ela sorriu, e disse “Obrigada!”. Ele achou incrível, ela sorriu pra ele. Ele saiu se sentindo tipo a última Coca-Cola do deserto, mais ele já era uma Coca-Cola comprada.

Katherine comentou com Nicole o que estava sentindo naquela hora. Ela percebeu naquela hora que o mundo não parava pra rir dela, o mundo parava apenas para elogiá-la, independentemente da roupa que estivesse usando.

- Finalmente estou me sentindo feliz.

- Você, Katherine. É uma verdadeira guerreira.