Para Sempre. Ou Não... escrita por Suzy Cullen


Capítulo 6
Só preciso ficar sozinho...


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo de Para sempre. Ou não... Boa leitura!!
Quero agradecer a Erla Cullen que me ajudou muito na construção do capítulo com suas *preciosas* dicas! Ainda estou me adequando gente!!



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PDV Melissa

“Carlisle Cullen é meu. Desde 1640.”


- Então, ela ainda desconfia de mim? – perguntei me sentando no degrau da varanda.


– Ela está assustada. E muito, muito confusa. – Carlisle respondeu se sentando ao meu lado.


- Primo, você sabe que eu nunca seria capaz de uma coisa dessas, não é? – ele sorriu e me olhou.


- Claro que você não seria capaz de uma coisa dessas. – sorri.


Melhor assim. Ele confia em mim. E em Esme. Mas logo, logo isso mudará. Ele entenderá o que é melhor para ele, nem que para isso, eu tenha que jogar sujo. Se for para estar com Carlisle, vai valer a pena.


Ficamos em silêncio, até anoitecer de vez e tivemos que entrar.


- Onde eu vou ficar? – perguntei, inocente.


- Vou lhe mostrar seu quarto. – disse Esme me guiando até o andar de cima. Chegamos em um quarto confortável, móveis em madeira escura, tudo arrumado e organizado.


- Obrigada. – respondi e ela já estava saindo. – Esme. – ela se virou. – por que não acredita em mim?


- Melissa, eu sei o que vi naquela noite. Mas sei também que fiquei traumatizada e com medo. Medo das intenções de quem fez isso. – ela suspirou. – logo que lhe vi lembrei daquele acidente e seu olhar era... conhecido. Mas eu juro que quero acreditar que não foi você. Que a única pessoa que sobrou da família do Carlisle não tenha feito isso com ele.


- Também quero que você acredite que não fui eu. Eu amo o Carlisle. – pude vê-la engolir em seco. Vi Carlisle se aproximando da porta. – e só quero o melhor para ele. Talvez vir comigo... –


- Você não vai tira-lo de mim outra vez! – ela se alterou. Segurei o riso quando Carlisle continuou observando tudo em silêncio.


- Esme, só estou dizendo que talvez o Carlisle precise ficar comigo apenas porque eu sou sangue do sangue dele! – disse um pouco debochada.


- Você! Você é uma...


- Esme. – Carlisle disse atrás dela que se virou assustada. – a Melissa é uma o quê?


- Primo. Se acalme, ela só estava...


- Vamos, Esme. – ele a puxou pelo braço devagar para fora do quarto. – Desculpe. – ele disse antes de fechar a porta e sair.


Não conseguia me segurar. Realmente, dessa vez eu me superei. Consegui tirar a Esme do sério, fazer o Carlisle achar que ela está descontrolada e por fim, saí de coitadinha. Se eu continuar assim não vai demorar muito para que tudo entre nos eixos.



PDV Esme


Entrei no escritório de cabeça baixa. Ficamos de pé. Ela era pior do que eu pensava. Quando está tudo bem, Melissa me joga contra o Carlisle. Agora ele confia mais nela do que em mim.


– Por que você não acredita nela? – ele perguntou, a expressão séria e a testa franzida.


– Eu não sei. – respondi de cabeça baixa.


– Eu lhe pedi para ter calma. Melissa é a única que sobrou da minha família. – ele disse ainda sério.


– Você não consegue nos aceitar ainda não é? Não consegue nos ver como sua família! – disse irritada.


Por que era tão difícil dele acreditar de uma vez que ele era um de nós? Cansei desse joguinho! Ou ele fica comigo ou com ela. Não vou ficar mais chorosa, tristonha. Chega!


Se eu não explodir de uma vez, isso nunca vai acabar. Mas que coisa!


– Melissa é minha família! Se não pode aceita-la, então não pode me aceitar! – ele respondeu, se alterando também. Senti uma pontada e uma vontade de abrir um buraco para me esconder. – Você não consegue me dar um tempo?!


– Talvez eu devesse realmente te dar um tempo! Talvez quem sabe, seria melhor desistir de uma vez de você! – tapei minha boca assim que falei. Por favor, não. Eu não podia ter dito isso... Sou uma idiota.


– Eu não acredito que disse isso para mim. – ele abaixou a cabeça. – eu estava gostando de você, talvez até gostando demais...


– Carlisle, eu não queria ter dito isso... foi impulso... eu não... – antes que eu terminasse, ele foi em direção a porta, corri e me joguei em frente a ela, o impedindo de sair.


– Me deixa ir, Esme. – ele pediu sério.


– Não sem me ouvir.


– Eu já lhe ouvi. – ele deu um passo.


– Esquece o que eu lhe falei, eu só... cansei desse vai não vai...


– Você se cansou de mim.


– Nunca vou desistir de você. Nunca vou cansar de você. – desabafei. Ele parou por um minuto. Fechei os olhos.


– Você precisa me deixar ir, só isso. Eu prometo que vou voltar rápido. Só preciso ficar sozinho. – sua voz era calma, porém ainda séria.


– Ok. – sai da porta e ele se foi.


Me joguei no sofá, peguei uma almofada coloquei no colo e escondi meu rosto nela. Aquela não era eu.


– Esme porque o Carlisle saiu... – disse Alice entrando no escritório, levantei a cabeça. - algo não está bem aqui.


– Eu disse a pior coisa que se diz a alguém ao Carlisle. Eu disse que seria melhor se eu desistisse dele.


– Me diz que você não fez isso. – eu a olhei e ela abri a boca surpresa.


– Sem querer lhe desanimar, mas já lhe desanimando, faz ideia da pancada que deve ter sido ouvir isso? O Carlisle perdeu a memória, vamos tentar ver o lado dele. Vocês estão em um turbilhão de desencontros, cada passo tem que ser dado com calma.


– Até eu me magoei quando falei. Prometi a mim mesma quando ele me disse “sim” na igreja, que o faria feliz e nunca, nunca o machucaria. Mas eu estava irritada, disse sem pensar!


– O Edward ficou preocupado quando o Carlisle saiu daqui. Ele pareceu estar muito confuso. – ela sussurrou.


Olhei em volta e lembrei de todas as vezes que ele ficava aqui, lendo, até que eu chegava e o interrompia com uma desculpa qualquer apenas para ficar com ele, mas Carlisle já conhecia minhas intenções. Ficávamos horas aqui, nos beijando, conversando, qualquer coisa para que ficássemos juntos.


Lembrei também de quando ele quase me beijou e quando disse que confiava em mim. Quando disse que queria se lembrar. Eu fui injusta. Nunca me coloquei no lugar dele nessa loucura.


Ele nunca diria que desistiria de mim. Sempre esteve ali, seja onde fosse, lutando, se sacrificando por todos nós. Carlisle esteve por mim tantas vezes. Foi paciente com as minhas inseguranças e traumas. Por que eu não fui paciente quando ele pediu um tempo? Afinal, eu também precisei de tempo para confiar nele.


Eu só queria voltar no tempo. Poder me impedir de dizer aquela barbaridade.


– Esme! – Alice chamou.


– Desculpe, estava pensando. – respondi me virando para olha-la.


– Em...


– Em como o Carlisle sempre esteve comigo, lutou por mim, me esperou. E eu não consegui espera-lo. Ele disse para onde iria?


– Apenas saiu correndo. Mas o Emmet e o Jasper saíram atrás dele. Se não o encontrarmos, ele voltará. – ela apoiou a mão em meu ombro.


– Tomara. – sorri tristemente.


– Vamos descer. Talvez Jasper e Emmet tenham voltado. – assenti.


Assim que chegamos na sala, Jasper fechou a porta.


– Então? – perguntou Bella.


– Bom... – Jasper suspirou antes de continuar. – ele está em frente a praia de La Push.


– La Push? – indagou Jacob. – eu já estava mesmo indo para lá, talvez possa trazê-lo de volta.


– É que... – Emmet prosseguiu sério. Ok. A coisa realmente é importante. – não quisemos o interromper. Ele quer ficar sozinho, até eu acho que temos que dar um tempo.


– Tempo? – perguntei. – que tempo? E se ele não nos quiser mais? E se ele resolver ir sozinho? – me peguei de surpresa no tom desesperado de minha voz.


– Mãe. – chamou Rosalie. – ele te ama. Isso é fato, ele não vai embora nem pode, até porque acho que sem ele essa casa pega fogo. – ri desanimada.


Tentei acreditar nas palavras de Rosalie. Eu tinha que confiar, acreditar. “Prometo que volto rápido. Só preciso de um tempo sozinho” Se ele tinha dito que voltava, ele não iria mentir, não é?


– Eu nunca achei que seria tão estranho não o ver me dando sermão. – admitiu Emmet.


– Eu sinto falta dos conselhos dele sobre como lidar com a adolescência da Nessie. – lamentou Edward.


Não era só eu. Todos precisávamos dele. Sua voz responsável e calma. Sua personalidade compassiva, forte e amorosa. Seu amor por cada um. Sua presença era insubstituível.



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Notas finais do capítulo

O que estão achando da história? Estranha demais? Chata demais? Comentem o que acharam do capítulo!! Bjs, até o próximo!



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