Para Sempre. Ou Não... escrita por Suzy Cullen


Capítulo 17
Ela não será a única que te amará para sempre


Notas iniciais do capítulo

Mais um e espero que tenha gostado já que este é o penúltimo capítulo da fic, então é muito especial. Boa leitura.



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PDV Carlisle

Chegamos a casa e logo a família veio nos receber com abraços e insinuações de Emmett. Tudo normal. Quando entramos em casa, eu e Esme subimos e colocamos nossas malas no canto do quarto para desfazer depois.

— No que está pensando? — perguntei a abraçando por trás. Ela estava olhando para a janela e estava muito calada desde que entramos no quarto.

— Nisso. — ela respondeu me entregando um pedaço de papel rasgado.

Logo vi o recado escrito à mão:

Oi primo,

Você deve estar na sua lua de mel e acredite desejo que você se divirta com a Esme. Sinto muito por tudo o que fiz a vocês e principalmente a você, já que sei que agora não nutre mais nenhum amor por mim e não tiro sua razão. Só quero lhe dar o meu adeus. Eu queria um adeus digno com um abraço, mas acho que não sou mais bem-vinda aí nem no seu coração. Antes de terminar também quero que saiba de uma coisa: Eu te amo. Da minha forma possesiva, agressiva e louca eu te amo. E por favor, acredite, pois é verdade. Essa é a última vez que terá alguma notícia minha primo. Quando estiver lendo isso será tarde. Mas não se preocupe. Porque mesmo não estando aqui, e estando agora no céu ou no inferno, eu te amarei para sempre, tá?

Beijos.

Meus olhos arderam. O papel caiu no chão. Minha visão escureceu por alguns instantes e levantei os olhos com dificuldade e Esme me olhava preocupada.

— Amor... — ela me abraçou e escondi meu rosto no seu ombro. A apertei mais forte, vendo que eu precisava dela naquele momento.

— Ela se foi... — sussurrei. — Melissa foi má, foi inconsequente, mas...

— Mas ela também um dia foi boa, e foi quem cuidou de você né? — Esme falou num tom pensativo.

— Sim. Ela, apesar de tudo, substituiu a mãe que eu nunca tive chance de ter.

PDV Esme


Quando Carlisle falou da mãe dele, eu tive vontade de chorar. Eu tive a minha mãe a vida inteira comigo e mesmo com nossos altos e baixos, eu não faço ideia da dor que deve ser perder a mãe. Carlisle era o homem mais bondoso e merecedor que já conheci e pensar o que ele passou quando era humano, pensar que nunca teve ninguém para abraça-lo, fazia meu peito afundar. Por isso, o abracei mais forte e beijei o topo da sua cabeça, para mostra-lo que eu estava ali.

Ele não teve chance de conhecer a mãe e Melissa, com todos os defeitos dela, tentou fazer esse papel, que hoje eu vejo que faz diferença na vida de alguém. Eu não gostava dela, mas eu não ia me chatear com meu marido por fazer isso. Só agora eu era capaz de entender o que ele sempre estava me dizendo: “Melissa é a única que sobrou da minha família” “Melissa cuidou de mim esse tempo todo”.

Sim, agora eu era capaz de entender que ele não queria dizer que a amava mais do que eu. Ele só estava dizendo que ela era importante para ele, como devia ser. Senti-me culpada por não ter aceitado isso antes e tê-lo magoado.

O puxei para a cama, ele se sentou e me coloquei de frente para ele, entre suas pernas, de pé.

— Eu realmente sinto muito amor. — ele me olhou e deitou a cabeça que se encaixou perfeitamente em meu peito devido a nossas posições. — ela não é única que te amará para sempre. Tem eu, tá? — ele riu um pouco e me senti feliz por tê-lo alegrado.

— Eu posso ficar sozinho? — o olhei confusa. Ele quase nunca me pedia isso, o que me deixou preocupada. — eu só quero um tempinho...

— Ok. — o beijei. — fica bem, tá? — ele assentiu e quando me dirigi a porta ele se ajeitou e se deitou.

Quando desci, foi impossível esconder a expressão de tristeza. Todos eles estavam na sala de TV. Jasper me olhou e sua expressão ficou triste também. Edward também me olhou e logo assentiu, depois de um rápido flashback que o deixei ver em minha mente.

— O que aconteceu? — perguntou Alice.

— A Melissa foi embora. — respondi.

— E você fica triste? Essa é uma ótima notícia! — disse Rosalie.

— Não Rose. — ela me olhou confusa. Respirei fundo e me coloquei em frente à TV desligada, ficando na mira do olhar deles. — a Melissa foi embora, embora mesmo, embora... Do mundo, da vida, entendeu?

— Meu Deus... — disse Bella, espantada. — o Carlisle...

— Tá arrasado. — completei. — vimos um bilhete que ela deixou no nosso quarto e nele ela deixou bem claro que o Carlisle nunca mais a veria, que ela não estava aqui, mas que estava no céu ou no inferno.

— Ela quase acabou com a família, não é? — concluiu Jacob.

— O Carlisle nunca teve mãe, porque a dele morreu bem depois que ele nasceu. E a Melissa de certa forma, tentou cuidar dele, por isso eu entendo a tristeza que ele deve tá sentindo. — falei.

— Pois é. — disse Jasper. — eu consigo sentir daqui e o clima nessa sala não é muito melhor.

— Espera. — falou Nessie, fazendo todos se virarem para ela. — como ela entrou aqui?

— Bom, não entramos no quarto do Carlisle e da Esme desde que eles foram pra lua de mel. — disse Rose.

— Quem sabe ela aproveitou uma das nossas noites de caça que a casa ficou vazia. — completou Emmett. — mas, eu acho que a gente podia tentar melhorar o animo do nosso patriarca.

— Tá aí uma coisa que saiu da sua boca e fez sentido, Emm. — provocou Edward.

— Como se da sua só saísse maravilha.

— Meninos. — repreendi-os.

— Enfim. A gente podia armar uma surpresa à lá Cullen para ele.

— Surpresa à lá Cullen... — pensou Alice.

Logo todos começaram a discutir sobre o que fazer, exceto eu, que olhei para a escada imaginando se Carlisle não estava precisando de um carinho, ou um beijo ou algo mais ousado...

— Mãe, ele está mal. — disse Ed. — não é hora de pensar nessas coisas. — ri um pouco e me juntei a minha família, sem deixar de pensar no meu marido.

A “surpresa” estava sendo preparada e de cinco em cinco minutos eu ia até o pé da escada e hesitava em subir, pensando se Carlisle não me quisesse lá ou se achasse que eu não ligava para sua dor e não subiria.

— Chega. — disse Edward se aproximando de mim. — precisa deixa-lo ter o espaço dele um pouco, mãe.

— Eu fui obrigada a dar espaço à ele desde que ele perdeu a memória. — o encarei. — é difícil vê-lo sofrer e não poder fazer nada.

— Eu sei, todo mundo sente isso quando ama, mas, acredite o Carlisle está com a cabeça tão carregada... Ele precisa pensar um pouco mais. — ele olhou para a escada pensativo e senti-me um pouco irritada.

— Você sabe que eu detesto quando fica lendo os pensamentos do seu pai em momentos como este e não me fala nada.

— Não é nada que você não saiba. — ele me olhou sorrindo um pouco.

— Mas eu quero saber, é o que eu mais quero. Desvenda-lo.

— É entendo. Consigo ler o que todos pensam, menos justamente o pensamento que eu mais desejo saber... — olhamos para Bella. — Então nem quando se tem o dom de ler pensamentos a quilômetros de distância, podemos invadir o espaço do outro e saber cada um de seus segredos de uma hora para outra, porque assim se perde o desafio de confiar.

— Nossa Ed... Que filosófico... — ele sorriu. — você que inventou agora?

— Não. Ouvi o Carlisle pensar nisso um dia desses. — ele voltou para a roda onde todos estavam reunidos, mas continuei ali, olhando para a porta do nosso quarto.


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Notas finais do capítulo

Tadinho do Carl, né? Mas não percam a surpresa no próximo capítulo, hein?



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