PDV Esme

O fotografo chegou lá em casa. Eu estava em um dos quartos, Bella e Rosalie me arrumavam enquanto Carlisle estava no outro quarto, sendo arrumado por Alice e Nessie, já que segundo elas, o homem teria que ter cuidados “diferenciados”.

Elas terminaram de me arrumar e Alice entrou no quarto.

- Ah ótimo o Carlisle também está pronto! – ela comemorou. – você fique aí que o fotografo já vai vir. – então eu fiquei sozinha no quarto.

Hoje seria a sessão de fotos para o álbum do casamento e as melhores fariam parte da decoração, afinal, segundo meus filhos, esse casamento tem que “causar”. Me olhei no espelho e sorri. Não pelo vestido azul-marinho estilo “princesa” que batia um pouco acima do joelho. Nem pela maquiagem bem feita ou pelo cabelo macio, sedoso e arrumado. Mas por tudo o que estava a minha volta, metaforicamente falando, claro, afinal eu estava sozinha no quarto.

Num quarto próximo dali, a minha metade estava me esperando para as fotos que seriam a marca registrada desse dia. Rose disse lá de baixo para Carlisle vir para o quarto em que eu estava. Quando ele entrou, sorri alegremente.

Ele estava com uma blusa social marrom que estava dobrada na altura do cotovelo e pouco aberta, exibindo, mesmo que só um pouco, os músculos que formavam seu peito. Carlisle caminhou até mim e beijou minha bochecha.

- Ansiosa? – ele perguntou.

- Muito. E você?

- Também. Só um pouco nervoso.

- Porque?

- Está tão perfeita que parece que a qualquer hora pode desaparecer, como um sonho. – ri.

- Pareço um sonho? – quando ele estava para responder, a porta abriu.

- Esses são nossos pombinhos? – falou o homem de blusa de manga preta e calça jeans clara. Ele usava um chapéu branco e não era exatamente bonito, mas simpático. – que gata! – ele disse me olhando e Carlisle deu um passo a frente. – mas eu sou gay, então que homem hein? – eu ri e Carlisle ficou sem graça. – se vocês não fossem lindos juntos eu pegava ele pra mim!

- É simples. – disse Lice. – queremos um álbum de casamento. Você sabe. Fotos fofas, bonitas, produzidas e memoráveis. – ela falava como quem entendia do assunto e com certeza já deveria ter se dado super bem com o fotografo. – até porque as fotos mais bonitas faram parte da decoração.

- Entendi. O quarto está pronto? – ela assentiu e nos guiou a um do quarto de hospedes que havia sido esvaziado e, por sorte, era todo branco. – primeiro precisamos de algumas fotos convencionais.- ele se aproximou – Então você. – ele pegou o braço de Carlisle. – nossa que braço duro!

- Ei. Ele. Meu. – falei e os dois riram. Só então vi que Alice havia saído.

- Ok, não terei chance. Mas voltando para nossa foto. Carlisle não é?

- Isso.

- Sou Gavril. E você é a Esme?

- Eu mesma.

- Então, Carlisle, abrace a Esme por trás e sorriam para minha câmera.

Foi isso que fizemos. Depois do primeiro clique, espontaneamente, ele colocou o queixo no meu ombro, aconchegando-se mais.

- Perfeito. – elogiou Gavril.

Demos mais alguns cliques em poses simples. Até que Gavril anunciou a segunda parte da sessão: as fotos originais. Poses diferentes e criativas de nós dois. Primeiro, Gavril nos colocou de costas um para outro, encostados, como quem mede a altura e os dois rindo.

Depois, algumas almofadas foram jogadas no chão e nos sentamos, mas o clique veio no momento exato em que eu e meu noivo caímos juntos. E ficou lindo, espontâneo. Então Carlisle se sentou dentre as almofadas e eu me sentei em seu colo. Então nos deitamos e as fotos passaram a ser tiradas de cima para baixo. Aninhei a cabeça, como sempre faço, em seu peito. Trocamos de posição e ele aninhou a cabeça em mim.

Então nos beijamos e eu sabia que com as câmeras nas mãos, Gavril se derretia, pois não parava de clicar. Tivemos que nos levantar e nos encostar na parede branca. Primeiro, eu imprensei Carlisle contra ela e colamos nossas testas para a foto. Invertemos a posição e ele beijou minha bochecha, virei o rosto para a câmera e sorri. Muitas e muitas poses e então acabou.

-  Vocês foram perfeitos! Que fofos! – comemorava.

- Também adorei a sessão. – disse Carl.

- Como foi? – perguntou Nessie entrando no quarto. Começamos a sair e descer até a sala, onde todos estavam.

- Perfeito! Só preciso mostrar para vocês escolherem qual a melhor.

- Ei! – chamei. – quer dizer que são vocês que vão escolher nossas fotos?

- Temos que ter o direito de opinar. – completou Carl, pegando o espirito.

- Tudo bem. Olha, se tiver algo em especial que não querem que tenha no casamento, vocês nos falam e não botamos, mas ainda sim será surpresa. – disse Bella. 

- Assim tudo bem. – respondi.

(...)

PDV Carlisle

Era a ultima noite antes do meu casamento. E parecia demorar. Eu queria logo que amanhecesse, que Esme subisse no altar e me dissesse “sim”. Mas até lá, eu teria que passar pela despedida de solteiro.

- Pronto? – perguntou Edward.

- Desde que vocês não estraguem meu casamento...

- Relaxa, sem stripers. – disse Emmet.

Então saímos de casa, quando estávamos bem na frente de casa, as mulheres apareceram.

- Se eu souber de alguma sirigaita nessa despedida... – disse Esme.

- Calma, não terá mulheres. – garantiu Jasper.

- Até porque, se tivesse eu escolheria você, querida. – disse e ela veio até mim.

- Amanhã, nos encontramos no altar. – ela sussurrou.

- Estarei te esperando. – a beijei e quando nos afastamos, beijei sua testa.

Então fomos correndo. Os garotos na frente e eu os seguindo atrás. Correr daquela forma era bom para pensar. Com o vento frio do anoitecer acariciando nossa pele, eu podia sentir tudo.

Eu já imaginava: Eu estaria no altar, nervoso, com medo de que ela não aparecesse e todos ali a espera ansiosa pela noiva. Mas então Esme aparece, e a partir daquele momento não existiria mais ninguém no mundo senão ela. Ela era o meu mundo. E eu não consigo tirar os olhos da sua perfeição até ela chegar até mim e o padre começar a falar.

Chegamos a montanha a qual seria minha despedida.

- Viemos aqui não só para a sua despedida, mas para conversar e caçar. – disse Edward.

- Então o que vocês pretendem sa... – fui interrompido por um ruído nas árvores que rodeavam a montanha. – o que estão aprontando?

- Com certeza não este barulho. – disse Jacob. E começamos a investigar.

- Hey hey. – uma voz feminina apareceu entre as árvores e Melissa saiu do breu. Meus filhos se formaram em posição de ataque, Jacob se transformou. Fiquei na frente. Quem tinha que enfrenta-la era eu.

- O que quer? – perguntei.

- Você. – ela respondeu se aproximando.

- Já esclarecemos tudo.

- Ah, por favor. Vai mesmo se casar com a “sem sal nem salsa”?

- Vou, porque pra mim, ela é perfeita.

- Você ainda pode escolher. Vamos lá, eu sou linda. E tudo o que eu fiz de errado e de certo, foi porque te amo.

- Melissa.

- Pensa bem, Carli. Até porque, sua esposa e sua família podem sofrer com suas escolhas. Pelo o que eu sei, os Volturi não ficaram muito contentes por saber que vocês são “parentes” dos cachorros.

- Volturi? – Edward indignou-se. – como pode? Se ama tanto o Carlisle porque o colocou em risco?

- Ele não estará em risco. Se fizer a escolha certa, claro.

- Não acredito... – sussurrei.

- Mas vou te dar um tempo. Você se casa amanhã. Ou seja, terá até o “sim” para decidir. – e assim, desapareceu dentre a escuridão.

Nos entreolhamos e nos sentamos. A despedida de solteiro tinha virado reunião. Uma coisa era certa: não deixaria Melissa tocar em Esme. Eu iria me casar queira ela ou não. Naquela noite, apenas algumas horas para a cerimônia, bolaríamos nosso plano.

PDV Esme

- Alice?! – fiquei surpresa com o tamanho da camisola que ela me dera. – isso não dá em uma criança de 10 anos!

- Ah pare com isso! Você não vai nem se importar com o tamanho e só vai se vestir porque quer ter o prazer de senti-lo tirando sua roupa. – ela rebateu.

- Tudo bem. Mas é isso? Este está sendo meu chá de lingerie também?

- É, bom... Queremos falar de tudo antes do casamento! – anunciou Nessie.

- Vocês já...? – começou Bella.

- Não. Quer dizer, quase. Mas ele quer esperar porque quer que a noite seja especial.

- Oh, que romântico. – disse Rosalie. – mas quando vocês se casaram, pela primeira vez, já tinham...

- Ah não. – respondi rápido. – eu pedi para ele esperar. E ele esperou. E na lua de mel eu estava com medo e ai ele foi indo devagar, me fazendo confiar, então foi perfeita. – completei com um ar sonhador.

- O Carlisle... Já era... Você sabe... ”experiente” ? – perguntou Nessie, curiosa. Quando eu ia responder, elas se aproximaram, para ouvir cada detalhe.

- Ele já tinha se envolvido com algumas nômades, nada muito sério, mas de qualquer forma, já não era virgem. Mas ele diz que eu fui a única que realmente o fez querer casar, que o “pegou de jeito”. – rimos.

- Se ele não era virgem, porque agora quer esperar?

- Acho que é questão de respeito.

- Qual a melhor qualidade dele na cama? – perguntou Rosalie.

- Olha aqui, eu vou responder, mas nada de ficar animada, viu?

- Que é isso mãe? Eu tenho um urso, aqui só conversa tipo, de amiga para amiga. – ela riu e as outras assentiram.

- A qualidade do Carlisle na cama é que ele é carinhoso e romântico.

- Mas ele nunca perdeu esse romantismo?

- Assim, quando ele quer, ele perde um pouco, mas nunca é nada que vá fazer muito estrago, porque ele se preocupa muito comigo.

 A noite foi passando o elas continuaram a tira as dúvidas do casamento duradouro. Elas sabiam de tudo que eu estava falando, também eram casadas, afinal. Mas, ainda sim, eram adolescentes e eu, era uma adulta casada e mãe de todas ali, avó também, mas enfim.

 Apesar de eu me sentir feliz, eu estava nervosa. Era meio irracional sentir isso. Eu já era casada com ele e amanhã tudo o que eu faria era só subir no altar e dizer sim. Mas, de qualquer forma, com Carlisle parecia que toda vez era a primeira vez.

  E só uma mulher sabe o que é desfilar ao encontro do homem da sua vida.