Why So Serious, My Love? escrita por Rine


Capítulo 10
Capítulo 10 - O Projeto Destruição.


Notas iniciais do capítulo

Oi
desculpem por não postar semana passada e não ter avisado, eu tava passando mt mal D: fiquei 16 dias morreeeeeendo, até ja tinha avisado, e realmente tava incapacitada, então desculpem :( odeio passar imagem de sem compromisso com leitores ~beija~
ta aí o capítulo, com referencia a Fight Club (melhor filme do universo), espero que gostem :}
aliás, queria mandar um beijo e um MUITO OBRIGADA à linda perfeita gostosa cheirosa da Abby Quinzel que recomendou a história, MUITO OBRIGADA MESMO



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Hello, Sweetie! – Harley Quinn disse, anunciando sua entrada no quarto dos fundos do zoológico. Ela carregava uma bandeja com sanduíches, suco e cupcakes.

Harley? – Jack abriu os olhos e bocejou, sem lembrar direito onde estava. Quando se lembrou do ocorrido da noite passada, sorriu, mas quando a memória da madrugada veio à tona, seu sorriso quase alcançou suas orelhas. Oh, Harley... – O que é isso...?

Café da manhã para o Mr. J! – Ela usava uma camisola branca, que mesmo um pouco folgada, moldava seu corpo estrutural, e marias-chiquinhas. Não usava sua maquiagem comum de palhaço, mas usava lápis de olho e batom.

É bobagem eu perguntar se você comprou isso, não é?

Com certeza!

Mas, só pra garantir... Você roubou isso, não é?

Olha, Mr. J, é algo muito relativo. Pode-se dizer que roubei se você considerar que roubar é adquirir algo sem pagar. Mas nem fui violenta! Só aproveitei enquanto as pessoas da padaria estavam distraídas.

Harley, você sabe que...

Qual é, Joker? – Ela parecia desapontada. – Você é o meu Joker, ou o psiquiatra gostosão porém sem graça Jack Nickled?

A forma em que Harley deu ênfase no “meu” fez o coração de Jack bater mais rápido. Sua ficha ainda não tinha caído por completo. Ele simplesmente abandonara tudo, sua vida, trabalho, dignidade, identidade, para viver uma vida completamente errada com Harley Quinn. E ele não se arrependia de nada disso.

Jack se levantou e segurou a cintura da vilã, beijou-a rapidamente e sorriu, dizendo:

– Você é a melhor. Obrigado pelo café, mas não vai ser a mesma coisa sem você comer comigo.

Os dois fizeram o desjejum juntos, numa pequena mesa que ali tinha, como se fossem um casal comum. Tirando o fato de que ambos estavam sendo procurados pela polícia e que ela era uma psicopata em potencial, nada diferente do normal.

–----

– O que você quer fazer hoje, Puddin? – Harley perguntou.

– Ah, poderíamos almoçar em algum restaurante, e de noite poderíamos ir ao cinema...

– Mr. J, não! – Ela fez um beicinho. – Essa realidade não te pertence mais! Não podemos simplesmente fazer coisinhas de namoradinhos e viver como se nada tivesse acontecendo. Para ser sincera, eu preferiria morrer do que viver normalmente. Eu gosto de ação, de movimento. Claro que vamos almoçar, podemos ver algum filme, sim, mas quando perguntei o que você quer fazer, me referi a um assalto, um sequestro, algo assim!

– Não sei se já estou preparado para isso, Harley. Eu quero fazer essas coisas com você, mas não posso simplesmente começar como um especialista. Você tem que me ensinar passo-a-passo.

– Então você quer que eu seja sua professora? – Ela sorriu maliciosamente. – Professora criminal... Pega bem!

Ele sorriu com o canto da boca.

– Exatamente.

Quando, de repente, Harley teve um sobressalto e não parou de sorrir, como se tivesse se lembrado de algo. Quando perguntada por Joker, não respondeu de imediato, disse que era surpresa. E só revelou quando o Sol baixou, o zoológico fechou e a escuridão pairou.

–---

– Consegui alguns ingredientes caseiros capazes de criar bombas, o sr. vai me ajudar, não é? – Falou, empolgada, indicando as sacolas que trazia consigo.

– Eu não sei fazer essas coisas...

– E nem eu! Por isso consegui instruções! – E tirou papéis dos bolsos, que indicavam como deveria ser a produção das bombas caseiras.

– Seus contatos são bem versáteis...

– Na verdade, achei na internet.

– Tudo bem, eu te ajudo a montar as bombas... Mas para que isso?

– Na verdade é uma junção de coisas... Eu sempre quis cachorros, e bem, estamos morando num zoológico. E como queremos ver o circo pegar fogo, iniciaremos hoje o Projeto Destruição.

– O que é esse Projeto Destruição?

– Você não pergunta sobre o Projeto Destruição, senhor.

– O qu... – Jack se interrompeu, e parou para pensar. Ele já tinha ouvido isso em algum lugar. Demorou um pouco para se lembrar, mas conseguiu achar no fim das memórias dos sábados tediosos em que ele procurava filmes para assistir. – Isso é coisa do Clube de Luta, não é?

– A primeira regra do Clube de Luta é: Não fale sobre o Clube de Luta, senhor.

– Harley! – Joker sorriu. – Tudo bem então. Vamos destruir jaulas de zoológicos!

– - - - -

Bombas armadas, plano perfeitamente calculado com os intervalos dos guardas noturnos, só faltava o badalar do relógio indicando a meia noite. Harley era dramática.

Joker tremia de excitação. Mesmo que não fosse maléfico ou cruel, seria seu primeiro crime. Digo, ele libertou uma presa, destruiu vários patrimônios públicos e fugiu da polícia, mas foi tudo circunstancial, dessa vez foi um plano realmente armado que ele fez parte.

A primeira bomba a explodir foi a da jaula dos coiotes. Joker não sabia, mas Harley levava jeito com os animais, e conseguiu atraí-los para um quarto ao lado do esconderijo deles. Antes disso, ele não sabia que existia este quarto, mas percebeu que não era relevante, uma cama só era mais do que suficiente para o amor dos dois.

Não demorou muito para que os guardas aparecessem por causa do barulho, e logo após, as outras bombas explodiram, libertando os outros animais.

Foi um caos total, aves voando atrás de cobras, que corriam atrás de antílopes, que também tinham que se preocupar em fugir de leões. Harley e Joker estavam no topo do prédio de administração do zoológico, que tinha somente três andares. Era impossível serem vistos, já que estava tudo escuro e o plano tinha sido muito bem calculado.

Enquanto Jack se preocupava em tremer, temendo em o que poderia acontecer, Harley ria enquanto via os vigias tentando separar os animais (e se escondendo deles). Quando ela percebeu o nervosismo do Jack, segurou sua mão, o que o acalmou um pouco.

– Esqueça o que pode acontecer, puddin. Viva o presente. Sinta o momento.

Ele a olhou e viu que ela tinha fechado os olhos. Logo, ele também fechou e sentiu o vento bater em seu rosto e seu cabelo ser bagunçado. Apertou a mão da Harley e sorriu para os céus, praticamente se perdendo no tempo.

– Mr. J, é agora! – Harley interrompeu. – A jaula dos ursos e dos elefantes! – ela indicou o grande relógio do cento do zoológico.

Várias pequenas explosões encobriram a superfície do zoológico com um tom alaranjado misturado com fumaça.

Era uma grande explosão, uma grande tragédia. Pessoas comuns pensariam no prejuízo do zoológico, na segurança dos animais e se alguém teria ficado ferido. Mas Jack já não era mais uma pessoa comum. Ele sorriu, pois sentiu a adrenalina em seu corpo. Sentiu o prazer da destruição. Sua excitação foi tão grande, que impulsivamente beijou sua namorada. Se é que podia chama-la assim (ele agradeceria muito se pudesse). E ficaram os dois ali, no topo da noite, com o vento dançando com seus cabelos e suas bombas os mantendo aquecidos e encantados com aquela bela visão de discórdia.

– Isso é bom, Harley. Essa sensação é muito libertadora.

Ela sorriu.

– Você se saiu muito bem, querido. Amanhã podemos continuar o Projeto Destruição com sua casa, ou seu carro, não é?

– V-Você tem certeza? Digo, pode nos ser muito útil...

– Claro, claro, podemos pegar tudo o que for precioso, mas não se apegue a bens materiais. Como dizia Tyler Durden, “É apenas depois de perder tudo que somos livres para fazer qualquer coisa”. Não precisamos trabalhar para conseguir dinheiro e comprar casas bonitas, móveis bonitos, carros bonitos. Podemos simplesmente conseguir tudo.

– Entendi.

– Projeto Destruição, missão 2, casa do Jack, amanhã, combinado?

– Combinado... – Ele ainda parecia um pouco hesitante.

– Ei, confia em mim. Você vai se sentir bem melhor.

Ele fez o maior esforço possível para sorrir.

– Depois vemos isso direitinho, Harley. Mas, para mim, não importa o que vamos fazer, contanto que eu esteja com você, topo tudo. Nunca fui muito apegado à minha antiga vida mesmo.

Mesmo no escuro, Joker podia jurar que a viu corar.

– Q-que ótimo! –Ela parecia desconcertada, mas logo se recuperou e voltou a fitar o ambiente destruído abaixo deles. – Missão 1: Cumprida.

– Somos os novos Bonnie & Clyde, baby.


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Notas finais do capítulo

acho q vcs já perceberam que amo referências AUEHAUEH
falando nisso, pretendo assistir ao filme de Bonnie e Clyde só pra poder me basear nos crimes deles e continuar a fic por um tempinho
queria agradecer a todos os meus leitores, que me dão forças pra continuar a escrever, espero que vocês tenham gostado, vou tentar não vacilar de novo (pelo menos vou tentar avisar quando for vacilar qq)
desculpem pelo atraso de 1 semana, mais ma uma vez
beijos, amo voces