The Big Four - The Rise of Darkness escrita por Nelly Black


Capítulo 29
"Nós tínhamos uma segunda chance."


Notas iniciais do capítulo

Oi galera! Sei que ando sumida, mas é que minha vida está meio corrida... O que importa é que eu NUNCA irei abandonar a fic, ok?

Para piorar a situação, meu pen drive pifou e eu perdi as fotos do TBF, incluindo um banner super maneiro do Jack no estilo Dark e o primeiro capítulo da 2 temporada...

Bom meus leitores amados, esse capítulo não foi betado, por isso contém vários erros de pontuação, mas acho o que importa mesmo é a história.

Enfim, leiam e divirtam-se!



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POV Rapunzel


Minha cabeça latejava, me impedindo de pensar.

Nunca havia sentindo uma dor tão profunda e tão aguda como essa, mas eu estava determinada a resistir o quanto pudesse. Braços frios me envolviam, o que indicava que Jack ainda estava ao meu lado. Se eu conseguisse falar, sussurraria um Eu te amo, mas minha garganta parecia ter sido arranhada por tigres.

Não sei dizer quando tempo se passou, só sei que num dado momento eu não conseguia mais sentir os braços frios, nem o corpo de Jack contra o meu. Na verdade, eu não conseguia sentir mais nada, além da dor que se tornou demais para mim. Tentei lutar inutilmente, mas não consegui. Fechei os olhos e dei um último suspiro, antes de me render e mergulhar de vez nas trevas.

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Abri meus olhos e uma luz amarela me cegou. Eu me sentia flutuando no ar, como se estivesse no espaço. A dor havia passado, assim como o vazio. E eu me vi preenchida por outras duas coisas: Vida e Esperança.

Num piscar de olhos, a luz amarela sumiu, dando lugar a um belíssimo céu estrelado. Contemplei aquela visão surreal, antes de ser sugada violentamente para baixo. O vento assoviou em meus ouvidos e senti o ar ser arrancado dos meus pulmões, ao mesmo tempo em que meus ossos e meu coração pareciam ser esmagados. Gritei desesperadamente, mas minha voz não saiu. Quando pensei que seria novamente meu fim, fui puxada para cima e a cena ao meu redor mudou.

Eu estava em um lugar frio, úmido e bastante escuro. Imediatamente reconheci aquele local, era o Covil do Breu. Senti algo em torno de mim e então percebi que era só o Jack, só que tinha um problema... Ele não era totalmente o Jack.

O moletom e a calça dele tinham assumido a cor preta, assim como seu cajado e seu cabelo. Sai de cima do colo dele, fazendo-o ficar sem apoio e cair no chão. Encolhi-me quando sua cabeça se chocou com a pedra fria. Jack grunhiu algo desconexo e abriu os olhos, que estavam totalmente negros.

Fiquei de pé e dei um passo para trás no mesmo momento em que ele se levantava e pegava seu cajado. O fitei em pânico. Jack agora estava do lado de Breu!

"Jack?" Minha voz estava trêmula e a minha garganta seca. "Jack, você ainda está ai?"

"Mas é claro que estou, Rapunzel!" A voz dele continuava com o mesmo tom leve de sempre. "Ora essa, por que não estaria?"

Meu estômago embrulhou e eu senti uma pontada de pânico. Aquele não era o meu Frost. Olhei para o meu cajado, que estava aos pés dele. Se eu ao menos eu pudesse pegá-lo...

"Eu sei o que está pensando e peço que por amor a mim, não faça isso." Jack me pediu atraindo minha atenção para ele. Seus olhos haviam voltado a sua cor normal, assim como o seu cajado e seu cabelo.

"Desculpe, mas isso é necessário." Disse olhando-o nos olhos.

Ergui minha mão e o cajado dourado voou até ela. Antes que Jack pudesse reagir, eu o acertei com minha areia dourada, lançando-o na direção da parede de pedra. Ele se chocou contra ela e caiu no chão desacordado.

Minha pele emanou um brilho dourado e eu voei até o Frost, pousando silenciosamente ao seu lado. Quando estendi minha mão para tocá-lo, ele abriu os olhos e ergueu o cajado, liberando uma rajada de gelo escuro que me lançou para o pedestal do globo.

Bati violentamente as costas nos degraus frios e duas de minhas costelas se quebraram. Senti uma dor aguda, que veio e se foi na mesma hora. Franzi a testa confusa.

"Você é a Flor Dourada, Rapunzel." Ouvi uma voz calorosa me dizer por pensamento. "O que faz com a dádiva da flor viva em você, apesar de tudo."

Quando eu iria responder aquela voz, Frost deu um grande salto, vindo na minha direção. Enquanto ele estava no ar, seu cajado se transformou numa lança com a ponta de ferro negro. Fiquei completamente imóvel. Jack parou em cima de mim e com um olhar desvairado e um sorriso assassino, penetrou meu coração com sua lança. Arfei e toquei o braço dele com minha mão esquerda.

Uma luz emanou debaixo de minha palma e as vestes do meu Frost voltaram a sua cor original. O brilho de rebeldia voltou aos seus olhos e suas feições tornaram-se tranquilas. Eu sorri, enquanto ele piscava e me fitava assustado.

"Punzie!" Jack exclamou tirando a lâmina do peito e jogando-a longe. "Ah... mas o que deu em mim!"

"Relaxa, Jack." Murmurei tocando sua face com as pontas do meu dedos. "Eu vou ficar bem."

"Ficar bem?" Ele esbravejou irritado. "Eu... eu... eu matei você."

"De novo." Comentei, olhando-o nos olhos dele.

"De novo?" Jack perguntou confuso. "Espera aí, a gente não tá morto?"

"Que eu saiba não." Respondi me aproximando e selando meus lábios nos dele.

Jack correspondeu de imediato o beijo, agarrando minha nuca para intensificar aquele momento. Diferente do nosso primeiro beijo, esse foi mais feroz e desesperado. Ele refletia a necessidade de ficarmos juntos daquela maneira.

Com certa dificuldade, me afastei de Jack em busca de ar. Fazendo-o resmungar irritado:

"Lembre-me de perguntar ao Homem da Lua, o porquê de ainda precisarmos respirar. A gente não come, não dorme, mas precisar respirar! Mas que palhaçada é essa."

Ri baixinho e dei um selinho nele, fazendo seus lábios se curvarem no sorriso torto que eu adorava.

"Adoro seu sorriso." Disse acariciando a face do meu Frost.

"E eu adoro sua risada." Jack sussurrou me fitando como se tivesse ganhado um baú com tesouros.

"E eu adoro picles, mas não dá para comer isso quando você está lutando com o mala do seu pai." A voz irritada de Lilith ecoou pela nossas mentes. "Andem logo, pombinhos. Tem uma guerra para terminar aqui."

"Sem um oi ou algo como: Que bom que vocês ressuscitaram?" Eu consegui ouvir Jack pensar.

"Oi, que bom que vocês ressuscitaram. Agora, adiantem!" Lilith esbravejou.

"Alguém está de mal humor..." Murmurei sorrindo e olhando com desejo para os lábios de Jack.

"Rapunzel, querida. Beije seu namorado outra hora. Agora vocês tem que..."

Antes que Lilith terminasse, eu já estava beijando Jack. O beijo foi uma mistura de incontinência com amenidade. Nós iríamos continuar, mas o grito de Lilith nos interrompeu:

"Parem de se agarrar e me ajudem, seus malditos!" A voz dela provocou uma dor aguda em nossas cabeças, o que fez afastarmos-nos e colocarmos as mãos nas têmporas.

"Mas que inferno Lilith, vai irritar outro." Jack pensou fechando a cara.

"Eu até poderia, porém no momento preciso que vocês me ajudem, seus paspalhos." A voz de Lilith ainda estava rude.

"Segura vela." Murmurei fazendo um beicinho.

"Pelo visto, você conseguiu levar a pequena para o mau caminho, não é Frost?" Lilith disse usando um tom de voz malicioso.

"Ah, não enche Li." Jack reclamou ficando de pé e estendendo a mão para me ajudar a levantar.

"Li?" Lilith perguntou num tom irônico.

"Apelido de cortesia, sinta-se honrada." Um sorriso travesso brincava nos lábios de Jack. Quando ele me puxou, nossos corpos se chocaram e nossos rostos ficaram a centímetros um do outro novamente.

"Nada de beijo, a não ser que vocês queiram que eu frite seus cérebros, ou o quer que seja que exista em suas cabeças." Lilith havia voltado a ficar irritada. Céus, ela era tão bipolar...

"Mal amada." Jack murmurou e Lilith grunhiu irritada.

"Já estamos indo Li, não precisa se aborrecer." Falei calmamente.

"Agradeço." Ela murmurou e a conexão das nossas mentes se desfez.

Jack e eu nos agachamos e pegamos nossos cajados do chão. Olhei para o globo negro e vi que ainda existiam cinco luzinhas amarelas que brilhavam intensamente.

"Jamie e sua família." Jack comentou aos sussurros. "Mas eles são apenas quatro, quem será o quinto?"

"Eu não sei, mas algo me diz que é um conhecido nosso." Respondi e fitei o cajado de Jack, que começava a assumir um tom prateado. Jack...

O guardião seguiu o meu olhar e arfou, ficando estupefato ao contemplar aquela transformação, que ocorria diante dos seus olhos. A madeira do cajado de pastor sumiu, dando lugar a prata reluzente. Jack passou a mão pela aquela superfície e sua boca se abriu em assombro.

"È tão macio..." Ele disse admirado. "Parece que estou tocando o pelo de um gato."

Confesso que também estava abismada. A transformação foi tão surreal, que nem se compara aos nossos cajados se transformando em lanças. O motivo daquele estranho fenômeno era um mistério, que nenhum de nós poderia resolver. Pelo menos não agora.

"Lilith..." Sussurrei tirando Jack do seu transe. Ele suspirou e agarrou minha mão dizendo:

"Vamos lá."

Seguimos até a porta da entrada e paramos, iríamos passar novamente pelo Corredor da Prova. Olhei para Jack e ele assentiu irradiando confiança. Dei um longo suspiro e entrei no corredor escuro. A medida em que andávamos nossas peles começaram irradiar uma estranha luz, sendo que a minha era dourada e a do Jack azul.

Franzi a testa e olhei para Jack que apesar de confuso, tinha um enorme sorriso no rosto. Eu não precisava ler mentes, para saber o que ele estava pensando naquele momento.

Nós tínhamos uma segunda chance.


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Notas finais do capítulo

Arrependidos por terem me matado? :D