The Big Four - The Rise of Darkness escrita por Nelly Black


Capítulo 23
"Folkvang me espere."


Notas iniciais do capítulo

Oi galera! Estou super feliz! Nossa fic tem oito recomendações, não é demais?

Eu digo que a fic é nossa, por que não é a autora que deixa a fic famosa e sim vcs. Obrigado a todos meus leitores, sejam eles fantasmas ou não.

Pelo titulo, vocês já eram para perceber que o capitulo vai ter forte emoções. Só peço que não me matem ok?



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/376546/chapter/23

POV Merida

Eu iria arrancar a cabeça do Breu! Meu Soluço estava cara a cara com a morte e era tudo culpa dele.

Não estava com raiva, é claro que não; eu explodia em raiva.

“Tudo bem com você?” Jack me perguntou pela milésima vez.

“Se você me perguntar isso de novo eu mato você!” Bradei irritada.

“Ei, eu só fiz uma pergunta!” Jack disse erguendo as mãos em rendição. “Não precisa me incinerar por isso.”

Suspirei desgostosa comigo mesma. A geleira só queria me ajudar, não era uma atitude legal descontar minha raiva nele.

“Desculpa picolé. Mas é que meu desejo assassino está no máximo.” Falei fitando os degraus a minha frente.

“Sem problema tochinha.” Jack disse com um sorriso torto. “Só desconte esse desejo no Breu ou na Gothel.” Sorri um pouco, aquela era uma ótima ideia.

Seguimos em silêncio pelas escadarias até que eu parei na frente de uma parede. Parecia estranho, mas ali era a saída disfarçada. Jack me olhou como se estivesse falando com uma louca e sorri com isso, me esquecendo um pouco da minha raiva.

“Por que paramos aqui?” Jack perguntou franzindo a testa.

“A saída é aqui.” Respondi tocando a parede.

O lugar tremeu e a parede se deslocou para o lado, abrindo uma passagem para o corredor escuro a nossa frente. Entrei sem hesitar nele e Jack me seguiu.

A parede voltou ao seu lugar de origem e eu peguei meu cajado em forma de flecha. Assim que eu o tirei da aljava ele voltou a sua forma original. A pedra amarela brilhou iluminando o caminho.

“Tem certeza que é seguro? Para mim parece suspeito.” Jack comentou olhando receoso para o corredor. O que não era suspeito naquele lugar?

“Esse corredor não é macabro. Mas o lugar que ele leva sim.” Respondi começando a andar. Jack correu para me acompanhar.

“Quando chegarmos à sala do globo, eu acabo com Breu e você com a Gothel.” Ele disse usando um tom sério.

“Mas e o Soluço?” Perguntei elevando minha voz.

“Certo, novo plano.” Jack falou me olhando enquanto andava. “Eu acabo com o Breu e a Rapunzel com a Gothel. Você usa o globo de neve que eu tenho para abrir um portal até o Soluço.”

“Por que eu não posso abrir o portal agora?” Perguntei parando de andar.

“Por que não sabemos como a loira está. E se ela estiver desacordada?” Jack especulou parando de andar também.

“Você tem razão.” Concordei suspirando e nós voltamos a andar.

O silêncio reinou durante alguns minutos, até que Jack sorriu e me perguntou curioso:

“Como você sabe o que é um picolé? Isso não existe no seu tempo.”

“Mas existe no seu.” Rebati sorrindo um pouco. “Um yeti me ofereceu um e eu acabei experimentando. Gostei mais do sorvete, do que do picolé.”

Jack revirou os olhos.

“Eu poderia começar a discutir com você sobre como o picolé é delicioso, mas eu tenho que salvar minha namorada.”

“Até que fim admitiu.” Falei sorrindo abertamente e erguendo os braços para cima.

“E você não vai admitir que é a namorada do Solucinho?” Jack perguntou rindo em deboche.

“Cala a boca, estalagmite!” Bradei ficando vermelha “E não chame meu viking de Soluçinho.”.

“Por que não? È um apelido tão Soluço!” Jack questionou rindo alto.

“Pode até ser, mas não o chame assim. Ele vai ficar constrangido.” Disse com a voz firme, mesmo sentindo minhas bochechas ardendo.

“E você vai defender seu namorado, me socando com força.” Jack deduziu sorrindo feito idiota.

“Sim!” Confirmei um tanto alterada.

“Admitiu, que ele é seu namorado!” Jack comemorou jogando as mãos para o alto. “Nossa ruiva, você me fez ficar emocionado.”

“Não enche.” Pedi fazendo uma careta, mas sorrindo um pouco.

Jack riu alto, mas do nada sua face ficou séria.

“O que foi?” Perguntei olhando ao redor, tentando achar algum problema.

“Não é nada. Só estava pensando em uma coisa.” Jack respondeu suspirando desanimado.

“Se for em Rapunzel, não se preocupe, ela vai ficar bem.” Afirmei sorrindo para anima-lo.

“Eu sei que ela vai ficar bem, mas eu estava pensando no Soluço.” Jack disse franzindo a testa. “Nós só conseguimos matar Mor’du por que o acertamos com nossos cajados.”

“Sim.” Concordei confusa. “Mas aonde quer chegar com isso?”

“Soluço não tem um cajado.” Jack respondeu sem expressão.

Congelei onde estava. O Frost tinha razão; Mesmo que eu fosse ajudar o viking, Morte Vermelha só seria morto se fosse atingindo por dois cajados.

Senti o ar escapando dos meus pulmões rapidamente e tudo rodou. Minhas pernas fraquejaram e cai sentada sobre elas. O que seria de Soluço? Como nós sobreviveríamos a isso? Mordi o lábio inferior, pois sentia que lágrimas rebeldes estavam vindo.

Eu odiava chorar; era um sinal de fraqueza e não queria que me achassem fraca. Inspirei e suspirei duas vezes. Olhei para Jack que estava parado ao meu lado, ele estendeu sua mão e eu a peguei. Com um movimento rápido, ele me puxou para cima.

“Você está... legal?” Jack perguntou sem usar a palavra “bem” que me deixava irritada.

“Sim, eu estou legal.” Respondi sorrindo fraco e soltando a mão dele. “Melhor continuarmos.”

Jack assentiu e continuamos a andar pelo corredor. Mal tínhamos andado dez metros, quando pudemos avistar uma abertura. Seguimos cautelosos e nos deparamos com sala do globo. Meus olhos varreram a sala e vi uma cena que me deixou chocada.

Rapunzel estava caída no chão do outro lado da sala, Gothel estava em sua frente e parecia protegê-la. A bruxa lançava uma espécie de fumaça negra para cima de Breu, que revidava com sua areia negra. Havia um lança dourada jogada no chão ao lado do cara de camisola.

Olhei confusa para Jack e ele assentiu. Hora do plano A. Disparei uma rajada de fogo na direção de Gothel,enquanto Jack disparava uma rajada de gelo na direção de Breu. Ambos interromperam sua luta para se defenderem. Aumentei a densidade da rajada. Quanto mais rápido eu acabasse com a bruxa, mas rápido veria meu Solucinho, quer dizer... meu viking.

Que droga de apelido, fica grudado na mente da pessoa.

“Transformus fearlingus!” Gothel gritou um feitiço.

Imediatamente meu fogo se transformou em fumaça e avançou para cima de mim. Não pude me defender do movimento repentino e cai de costas. Minha cabeça bateu violentamente no chão e a fumaça que inalei começou a corroer meu interior.

“Merida!” Jack gritou olhando para mim preocupado.

Gothel olhou para Jack e sorriu. Ela desembainhou uma adaga e começou a andar na direção dele. Eu tossi e me apoie nos meus cotovelos. Eu precisava me levantar e ajudar Jack. Ignorei a sensação de queimação que havia em minha garganta e levantei um pouco meu cajado. Uma rajada de lava vulcânica acertou Gothel que caiu de joelhos no chão.

Do outro lado da sala, Rapunzel começou a se mexer e todos nós percebemos isso. Um cavalo de areia negra surgiu ao lado da loira. Ele relinchou e levantou as patas dianteiras, pronto para pisoteá-la. Rapidamente fiquei de pé e lancei uma rajada de faíscas na direção do cavalo.

Ao entrar em contanto com as faíscas o cavalo se desfez em poeira. Rapunzel se sentou e a rajada que Jack lançava na direção de Breu explodiu. A sala se tornou um mar branco, impedindo a visão de todos. Ouvi um vidro se quebrar perto de mim.

“Boa Sorte!” Ouvi Jack desejar e senti mãos frias me empurrarem.

Cai de lado e gemi de dor. Eu tinha caído em pedregulhos! Respirei fundo e acabei tossindo. Cobri a boca com uma das minhas mãos e me sentei, olhando para meu redor.

Era noite e eu me encontrava à beira de uma praia. A costa era coberta por pedras e seixos. Havia montanhas atrás de mim, que eram cobertas por uma estranha névoa. Ouvi rugidos ao longe e rapidamente me levantei um tanto dolorida.

Algo agarrou meus ombros e me tirou do chão. Eu gritei desesperada, enquanto a coisa subia cada vez mais.

“Relaxa, sou eu.” A voz de Soluço soou em acima de mim.

Olhei para cima, mas só vi algo preto. Banguela.

“Onde estamos?” Perguntei num tom elevado para que o viking ouvisse.

“Na Ilha dos Dra...” Soluço começou a dizer, mas um rugido distante o silenciou.

Fechei os olhos e tentei normalizar minha respiração. Eu sabia a quem pertencia aquele rugido. Um aperto tomou conta do meu coração. Como iríamos derrotar aquela besta?

“Eu vou pousar naquele penhasco.” O viking me avisou e eu abri os olhos.

Estávamos do outro lado da ilha. A névoa era densa, mas eu pude localizar o penhasco facilmente. O mar agitado se chocava nele, deixando à mostra as pedras pontiagudas que existiam embaixo.

Banguela planou sobre a rocha e assim que meus pés tocaram o chão ele me soltou. Tropecei duas vezes seguidas, mas consegui rapidamente recuperar meu equilíbrio. O dragão fez uma curva no ar e posou um pouco mais a frente.

Olhei para Soluço e engoli em seco; Ele estava irritado. Torci nervosamente os dedos no meu cajado, enquanto o viking descia do dragão. Sem dizer uma palavra, ele andou até mim e parou na minha frente.

“O que você faz aqui?” Soluço perguntou exasperado. Seu tom de voz me irritou e tive que contar mentalmente até dez para me acalmar.

“Eu vim te ajudar.” Respondi com a voz calma. “Jack me contou que você estava aqui junto com o Morte Vermelha.”

Soluço nada disse, apenas me fitou ainda irritado. Resolvi continuar:

“Mor’du foi morto, por que foi atingido pelo cajado meu e de Jack. Deduzimos que o Grande Dragão, só poderá ser morto dessa forma. Assim como todos aliados do Breu.”

A tristeza tomou conta da face do viking, que entendeu de imediato o que aquilo significava. Eu odiava vê-lo para baixo. Não podendo meu conter larguei meu cajado no chão e o abracei com força. Depois de alguns segundos ele retribui o abraço, com a mesma intensidade que eu.

“Já ouviu falar de Folkvang?” Soluço perguntou com a voz rouca.

Eu assenti começando a chorar.

“Nós vamos juntos para lá, não é?” Perguntei tentando controlar minha lagrimas.

Soluço pôs a mão no meu queixo, me fazendo virar para olha-lo. Os olhos deles estavam ensopados por lagrimas que caiam silenciosamente.

“Sim.” Ele respondeu e uma cascata de lagrimas começou a sair pelos meus olhos.

Sai do abraço do viking e virei de costas andando para longe dele.

“Merida!” Soluço me chamou, agarrando meu braço.

Relutante me virei para ele e a expressão confusa no rosto do meu viking se desfez. Uma máscara de pesar tomou conta de sua face.

“O que foi?” Ele perguntou me envolvendo em seus braços e olhando no fundo dos meus olhos.

Eu me perdi no seu olhar penetrante. Seus lindos olhos verdes me diziam que eu podia confiar nele. Algo em dentro de mim gritava para que eu me abrisse com Soluço. Uma briga interna começou. Meu coração vs. Minha mente.

“Eu...” Comecei a dizer ainda chorando. “... não gosto de chorar. Isso faz eu me sentir fraca.”

Meu viking sorriu um pouco e colocou uma mexa do meu cabelo atrás de minha orelha.

“Algumas pessoas não choram porque são fracas. E sim porque foram fortes por muito tempo.” Soluço disse tranquilizando. Seu hálito morno banhou meu rosto e eu senti vontade de beijá-lo.

Coloquei meus braços em volta do pescoço dele e lentamente comecei a me inclinar em direção a ele que sorriu e começou a se inclinar na minha direção também. Nossos narizes se tocaram e a terra começou a tremer abaixo dos nossos pés. E acredite. Não foi por causa do quase beijo.

Nos separamos e olhamos para baixo. Uma fenda começou a se abrir no meio de nós dois eu olhei em pânico para Soluço. O viking me puxou para o lado dele e o lugar que eu estava há poucos minutos começou a desmoronar.

Fitei assustada aquela cena e vi a terra começar a ser engolida pelo mar. Voltei a olhar para Soluço que tinha as mãos na minha cintura e olhou para mim, eu senti um aperto no meu coração, mas não foi por causa daquele olhar.

Olhei novamente a cena e vi a origem da minha dor. O meu cajado estava indo para o fundo do mar junto com aquela terra. Arregalei os olhos.

“Chama!” Gritei me lançando na direção do cajado.

As mãos de Soluço me puxaram de volta. Debati-me em seus braços, tentando me libertar. Voltei a chorar; O nosso fim estava próximo. Sem meu cajado, não iríamos derrotar aquele dragão.

E como se pudesse ler meus pensamentos. Morte Vermelha apareceu na nossa frente. Ele rugiu ferozmente e eu apenas o fitei assustada.

Folkvang me espere. Eu chegarei logo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Preciso da ajuda de vcs, para escolher a capa da segunda temporada. Qual vcs acham que é a melhor?

1-http://4.bp.blogspot.com/-YUQXSWbaqK8/Uc8iWv6q0-I/AAAAAAAABI8/Boma-oDPIo4/s400/tbf.png

2-http://4.bp.blogspot.com/-WIT1PwEVY-A/Uc8cBqQ6PZI/AAAAAAAABIg/BmgY8V5gzLU/s400/tbf+2.jpg

3-http://2.bp.blogspot.com/-jpbPfuZRLkc/Uc8cCYZC89I/AAAAAAAABIo/aYzHTU1SCFg/s400/tumblr_mob5qwfb1D1s5o3m8o1_500.jpg

4-http://3.bp.blogspot.com/-PZ7eyovWk3U/Uc8cBvcjNYI/AAAAAAAABIU/n6tfP6sqwnE/s400/tbf2.jpg

5-http://2.bp.blogspot.com/-SwBunnfvf6A/Uc8cBi5_9SI/AAAAAAAABIY/qreaEw49w0I/s400/tbf-trd2-serios.jpg

Para quem não sabe a Fada do Dente e o Flynn Rider vão fazer parte do núcleo principal da temporada.
O cabelo da Rapunzel meio que vai voltar a ficar loiro do decorrer da trama, mas o motivo disso vocês só saberão quando ler.