Be Your Everything escrita por Rainy


Capítulo 7
Capítulo 6 - Lorde Niko


Notas iniciais do capítulo

Antes de tudo eu queria agradecer MUITO a Nanah Gilbert Mikaelson Cullen por ter recomendando a fic!!!!!!!! Você não tem ideia do quão feliz eu fiquei quando vi a sua recomendação. Tipo, eu fiquei encarando a tela do computador porque pra mim foi algo inacreditável. Juro! Sei lá, pela fic ter tão pouco tempo eu nunca imaginaria que já iria ver uma recomendação, então pulei de alegria aqui. Obrigada meeeeeesmo e esse capitulo vai em homenagem a você!
Atualização: 19/03



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Acordei me sentindo horrível. Parecia que aquele macaquinho de brinquedo que toca bateria estava fazendo justamente isso na minha cabeça. Meus olhos estavam pesados demais e a luz, que eu suponho ser da janela aberta, me incomodava.

Dava preguiça de até mexer o dedo do pé.

Respirei fundo, tentando me lembrar de alguma coisa. Acho que de noite o Fred veio aqui para me buscar, chegamos até aquela mansão, conversamos e depois... Nada. Parece que minha mente deu um branco e as memórias não vinham.

Ah, dane-se. Duvido que eu tenha feito algo demais.

Supus que estava deitada numa cama, já que a superfície era bem macia. Sentia um peso na minha cintura, mas, de novo, fiquei com preguiça demais para ver o que era. Me mexi um pouquinho, decidindo que ia voltar a dormir, mas meu bumbum foi de encontro a algo duro.

Espera. Duro?

Arregalei os olhos e me virei.

Ai. Meu. Deus.

— Niko! — exclamei e fui empurrando meu corpo para trás. Acabei caindo no chão, levando o cobertor comigo. Foi aí que vi Niko só de cueca e entendi o porquê de estar sentindo algo duro atrás de mim. Não acredito que nós estávamos dormindo de conchinha!

O moreno se levantou assustado, acho que não entendendo muito bem o que estava acontecendo. Seus olhos finalmente me encontraram.

— O que foi, idiota?

— Você... Você tá duro! — meus olhos ainda estavam arregalados e eu evitei olhar para aquela região.

Ele deu de ombros.

— Isso é normal, pirralha. Acontece de manhã.

— Não, isso não é normal! Você estava me tarando.

— Acredite pirralha, você é uma das ultimas pessoas que eu iria tarar.

Peguei uma almofada que estava caída no chão e joguei em seu rosto.

— Fala comigo direito, pedófilo. — resmunguei. — Será que você pode me explicar o porquê de estamos deitados na sua cama?

Niko coçou os olhos, espantando o sono e deu um sorriso.

— Pois bem. Vou te contar uma historinha, pirralha. Era uma vez...

— Sem palhaçadas, otário.

— Não me interrompa, gnomo! — retrucou. Maldito. — Era uma vez uma anã chamada Katherine. Katherine era uma menina muito chata, irritante, folgada, comilona, que só sabia desgraçar a vida dos outros. Num belo dia, Katherine decide ir a uma festa e acaba sendo convidada para participar de um campeonato de tequila. Sendo burra como é, Katherine aceita. O problema é que ela não conhece seus limites e acaba exagerando. Ela dança em cima de uma mesa, quase se agarra com um menino seminu e vomita nas calças de seu salvador, o jovem Lorde Niko. Quando ela finalmente chega a sua caverna, vomita em sua própria cama e o Lorde é obrigado a dividir seu colchão macio com a anã. Fim.

Ai meu Deus.

Ai. Meu. Deus.

Eu queria acreditar que aquilo era uma brincadeira, mas ver a expressão séria de Niko me tirava todas as esperanças.

Já fui capaz de fazer muitas coisas, mas nunca tinha feito nada parecido com aquilo. Queria bater minha cabeça na parede até perder a consciência de vez e nunca mais acordar.

— Foi um belo porre, pirralha. — disse Niko, em meio a umas risadas. O palhaço estava tirando uma com a minha cara.

— Isso não ajuda nem um pouco, sabia? — sai do chão e sentei-me na cama, encostando as costas na parede. Olhei para baixo e notei que estava usando uma camiseta grande demais para ser minha. Quis perguntar do porque de estar vestindo-a, mas acho que para o bem da minha sanidade era melhor eu não saber a resposta.

— Obrigada. — sussurrei tão baixinho que se o quarto não estivesse num total silêncio e Niko bem ao meu lado, não teria escutado nada.

Ele deu de ombros.

— Não tem de que. Além do mais, não pense que isso saiu de graça. — ele sorriu. Um sorriso maldoso e cheio de segundas intenções. — Você vai ter que fazer muita coisa para me recompensar, pirralha. Começando pelo meu café da manhã.

— Acredite você não vai querer comer algo que eu tenha feito. A não ser que goste de ser envenenado.

Ele estreitou os olhos, provavelmente pensando em outro castigo.

— Já sei. — estralou os dedos no ar. — Arrume meu quarto e coloque a roupa suja na lavanderia. E depois vá tomar um banho, porque você está fedendo. — se levantou antes que meu tapa pudesse acerta-lo.

— Vá para o inferno, Niko! — observei enquanto ele saia rindo do quarto.

(...)

Arrumar o quarto do Niko não foi tão difícil assim. Ele, por incrível que pareça, é bem organizado e limpo. Só ajeitei os lençóis da cama, coloquei as almofadas em seu devido lugar, organizei alguns livros, tirei pó do criado-mudo e peguei as roupas do chão, guardando-as no cesto.

Coloquei as mãos na cintura, satisfeita com aquilo tudo.

— Não é que eu me dou bem como dona de casa.

— Se for uma dona de casa retardada, até que você se dá bem sim. — olhei para a porta e Niko estava encostado no batente.

— É o que dizem. Assombração sempre volta para te atormentar. — resmunguei enquanto pegava o cesto de roupas.

Aquilo estava pesado demais, já que não coloquei somente as roupas do Niko e sim as minhas também. Notando minha dificuldade, o moreno pegou o cesto das minhas mãos com a maior facilidade do mundo e sumiu de novo pela porta.

Estranho. Ele me ajudando? Será que foi abduzido?

Ah, não vou nem reclamar. Vai que ele volta ao normal.

Minha barriga roncou um pouco e comecei a andar até a cozinha, na esperança de encontrar alguma comida. Senti o cheiro característico de bacon e quase chorei quando os vi em cima do balcão.

Niko apareceu mais uma vez, indo mexer em alguma coisa no fogão e só agora caiu a ficha de que ele ainda continua de cueca.

— Niko. — chamei-o, me sentando na cadeira alta.

— Que foi?

— Você não vai colocar uma roupa? — perguntei e peguei um bacon do prato, comendo-o.

— Minha nudez te incomoda?

— Para falar a verdade, sim.

— Então, a partir de hoje, só vou andar de cueca pela casa. — Niko desligou o fogão, pegou a frigideira e despejou os ovos em cima do prato ao lado do bacon.

Revirei os olhos.

— Nossa, como você é engraçado.

Ele deu a volta no balcão e se sentou ao meu lado. Juntos começamos a nos deliciar com a refeição. Eu mais que ele, claro, porque estava faminta.

— Às vezes me pergunto quanta comida cabe em alguém tão pequeno. — disse ao observar mais um pedaço de bacon ser ingerido por mim.

Virei o rosto a fim de ignora-lo. Mas as coisas com o Niko nunca eram tão fáceis.

Ele envolveu seus dedos com algumas mechas do meu cabelo, puxando-os para baixo.

— Será que você pode parar com isso?

— Seu cabelo parece um algodão-doce. — falou, puxando-os ainda mais.

— Niko! — dei um beliscão em sua barriga e ele, finalmente, se afastou. Vi um sorriso estúpido se formar em seu rosto. Aquilo me irritou ainda mais.

— Vou para o quarto. — falei, já me levantando.

Niko segurou meu pulso e me trouxe para perto de si. Fiquei tensa com aquilo, porque além de ser o Niko, ele também era um garoto seminu, mas fiz questão de disfarçar meu incômodo. E não reparei nem um pouquinho em seus lindos olhos verdes. Nadinha.

— Nós vamos sair mais tarde. Esteja pronta ás quatro horas e separe algumas roupas.

— E quem disse que eu vou sair com você? — ergui a sobrancelha, desafiando-o.

Ele sorriu, mostrando todos os dentes brancos e perfeitos.

— Você não tem escolha. Está me devendo essa, lembra? — ele me soltou e deu uns tapinhas nas minhas costas.

Cruzei os braços e fui marchando para o quarto, só ouvindo as gargalhadas estranhas do Niko.

Quero só ver aonde essa peste vai me levar.


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