Be Your Everything escrita por Rainy


Capítulo 21
Capítulo 20 - Operação Recupera o Queijo


Notas iniciais do capítulo

OOOOOOOOOOI AMORES!
Sentiram minha falta??
*cri cri*
*barulho do vento*
brincadeira aushuahsua Bom, mil perdões por ter demorado tanto a postar, mas antes tarde do que nunca.
Eu sei que essa capítulo seria NiKath, mas mudei de ideia e aconteceu algumas coisas...
Não sei se ficou muito bom, até besta pra falar a verdade, mas okay.
Espero que gostem e, por favor, comentem >



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POV NIKO

– E depois que ela disse tudo isso, o que foi que você falou? – Fred perguntou enquanto se esgueirava pelo sofá.

Naquela tarde eu acabei me sentindo um tremendo babaca com a Katherine. É óbvio que eu devia ter feito alguma coisa. Ter ido atrás dela e impedido com que ela saísse com o meu irmão – falando nisso eu preciso quebrar a cara dele por ter chamado a minha garota pra sair –, mas alguma coisa grudou meus pés no chão e eu não conseguia me mover. Talvez fosse medo, ou até um receio de ir atrás dela. É como se minha cabeça dissesse: ''vai atrás dela agora, caralho'', mas meu corpo não correspondesse e no fim eu só a vi entrar no carro com o Iván.

Mas também, a Katherine é muito complicada e eu nunca fui muito fã de garota assim. Sempre são mais difíceis de lidar e nunca tem um manual de instruções para entendê-las. São sempre tão inconstantes e mutáveis que até dá medo de chegar perto.

Agora vocês se perguntam: Então por que você chegou perto dela?

E eu lhes respondo: Não sei.

Acho que nunca soube o que me fez aproximar da Katherine, mas de uma hora pra outra tudo aconteceu. Foi que nem a merda de uma bomba que você sabe que tá programada, mas não tem noção de quando ela vai explodir e quanto estrago ela vai fazer com as pessoas a sua volta. Ou quando você tá morrendo de sono, mas não percebe o exato momento em que você cai no sono. Quando viu, já foi. E mais uma vez eu considero essas coisas completamente inconstantes e inesperadas.

Fiquei pensando tanto nisso que só depois de um tempo me lembrei de que o Fred me fez uma pergunta.

– Nada. – sentei na poltrona. – Eu não disse nada.

– Mas você é um burro mesmo. Caralho Niko, tá me decepcionando, hein. Nem é mais meu brother e sim um viadão.

– Por que o Niko é um viadão? – dá onde essa menina surgiu?

– Ah, oi Anne. – Fred começou a sorrir pra ela de um jeito de ''to apaixonado''. – O Niko é viadão porque não declara o seu eterno amor maluco pela anã rosa.

– E você não se declara pra... -

– CALA A BOCA, DESGRAÇA! – numa questão de segundos o cara jogou uma almofada cheio de pelos, bem na minha cara. – Lembra que o assunto não sou eu, e sim você. – tá, consegui entender que ele não queria falar daquilo. O foda é que ele insiste pra que eu me ''declare'', mas não tem capacidade de dizer pra Anne que gosta dela. Acho que dessa vez eu e o Fred fomos pra merda.

– Tá bom, tá bom. Mas vocês queriam que eu fizesse o que?

– Ter ido atrás dela. – Anne comentou como se fosse a coisa mais óbvia e normal do mundo.

– O Niko não vai atrás de meninas. – Fred disse.

– Nossa, que machista.

– Viu, foi o que eu falei, Anne. O Niko é o maior viadão.

– Será que vocês podem parar de falar de mim como se eu não estivesse aqui? – perguntei, irritado.

Porra, que inferno. Agora virou complô contra mim, por acaso?

– Tá, mas você podia ser sido sensível com os sentimentos da pobre Kath. – quem é esse moleque e o que fizeram com o meu amigo?

Cara, o Fred não vale merda nenhuma. Ele bebe o suficiente pra não se lembrar de nada no dia seguinte, fica com dezenas de garotas numa noite só e metade ele leva pra cama, agora vai querer dar ''conselhos amorosos'' pra mim? Ou ele se drogou, ou tá gostando suficiente da Anne pra mudar. Ou só tá fazendo fachada pra conquistar ela, mas ainda sim é estranho. Mesmo assim, decidi entrar na onda dele.

– E você queria que eu tivesse feito o que?

– Sei lá, cara. Fosse romântico e carinhoso, sabe, as meninas gostam disso. Desse jeito que você tá é bem possível que vá perder seu queijo.

– Quê?! – eu e Anne perguntamos ao mesmo tempo.

– Seu queijo, cara.

– Fred, de que merda você tá falando?

– A Katherine é o queijo e você e o Iván são os ratos que querem o queijo. Você provou o queijo primeiro, mas se esqueceu de que existem outros ratos que também gostam do queijo. Por isso cara, se você não fizer nada, tu vai perder seu queijo. – só eu que não entendi merda nenhuma disso? Pior que o cara ainda diz como se fosse o rei do razão.

– Isso não faz sentido. – comentei, confuso.

– Faz sim. É que só pessoas com alto QI, como eu, conseguem compreender a magia desta simples sentença. – eu conheço o Fred há anos, mas admito que me surpreendi ao descobrir que o cara sabia o que era QI. Não que o considerasse burro ou coisa do tipo, só... Desligado.

– É verdade. O Fred tem razão. Niko, você vai acabar perdendo a Katherine se não fizer nada. Eu a conheço há anos e sei de cada menino que ela gostou, mas ela nunca olhou para outro garoto como olha pra você. Ela gosta mesmo de ti, e sei que gosta dela da mesma maneira. O ruim é que as vezes os meninos não percebem essas coisas... – a francesinha disse de um jeito todo sonhador e olhou o Fred.

– Tá, vamos supor que vocês estejam certos.

– Nós estamos certos.

– Não me interrompe, Fred. – falei, irritado. – Caso vocês estejam certos, o que eu devo fazer pra Kath entender que eu sou o rato do queijo dela?

– Bom... – fez uns minutos de silêncio, como se estivesse pensando, mas eu sabia que aquilo só era pra me tirar do sério. – Primeiro nós vamos descobrir aonde o Iván levou a Kath.

Je sais! *– Anne deu um pulo do sofá. – Ele a levou pra uma feira que tem hoje lá na praça da cidade.

– Perfeito. Então agora, Anne, eu preciso que você me arrume uma toalha, balões, chocolate, velas e comida.

Vous pouvez me laisser. – a francesa foi saltitando até o corredor, sumindo por ele.

– Vou considerar isso como um sim. E quanto a você – Fred se virou na minha direção. –, preciso que me arrume um carro, saco preto, violão e fita adesiva.

– Pra que essas merdas?

– Não é merda! – disse, parecendo ofendido. Criança... – Isso é a Operação Recupera o Queijo.

POV Kath

– E eu estava pensando em pedir transferência para Londres... – o Iván continuou falando e a verdade é eu não estava dando a mínima atenção a ele.

Tínhamos sentado em um pequeno restaurante da praça que servia uma batata com cheedar deliciosamente magnífica. Depois a conversa foi fluindo e nos primeiros momentos foi algo muito bom, mas ai eu comecei a ficar desinteressada no que Iván estava dizendo e passei a prestar atenção em alguns casais a minha volta.

O primeiro que avistei foi um casal de crianças. Eles deveriam ter, no máximo, uns oito anos. O menino era loirinho e tinha um sorriso sapeca estampado no rosto. A garotinha era tinha a pele bem clara, cabelos ruivos curtinhos e usava aqueles óculos fundo de garrafa, mas ainda sim ficava uma graça com o seu vestido florido. Eles estavam brincando e correndo de um lado para o outro, mal se preocupando se suas roupas estavam se sujando de terra. Depois de um tempo o garoto foi até um canteiro de rosas e entregou para a menina uma flor branca, bem pequena. Em contrapartida a menina de um tapa em seu ombro e lhe deu as costas, deixando o menino completamente atordoado. Ele foi correndo atrás dela e só pude vê-lo depositar um beijo em sua bochecha, antes de sair correndo com uma nanica enfezada atrás dele.

Fiquei pensando naquela cena e em como as coisas são engraçadas. De uma hora pra outra você gosta da pessoa e demonstra a ela por meio de gestos simples, o quanto você a ama. O ruim disso tudo é que nem sempre temos o nosso amor correspondido ou a pessoa até sente o mesmo, mas não faz questão de demonstrar. Acho que deve ser isso que acontece com a garotinha. Talvez ela gostasse tanto do menino que ficasse com vergonha ou até medo de revelar seus sentimentos. Ah, se ela ao menos soubesse o quão bom é dizer ''eu te amo'' para a pessoa querida. Se ela pelo menos tivesse a singela ideia da paixão, não correria atrás do garoto e sim caminharia ao lado dele.

Mas que merda eu to falando?

Nossa. Devo ter tomado muito sol.

– Kath? – Iván despertou-me dos devaneios. – Quer comer mais alguma coisa?

– Não. – respondi, desanimada. – Eu vou ao banheiro. – não esperei que Iván respondesse e me levantei, praticamente correndo para sair dali o mais rápido possível.

Eu devo ser o pior ser humano da face da Terra, ou pelo menos o mais burro. Como é que eu tive coragem de sair com o Iván? Estou praticamente o iludindo e ele mal percebe isso. Não que a minha intenção fosse essa, obviamente que não, mas eu só queria me distrair um pouco. Me Nikodesintoxicar e acho que já tá mais claro que a água que essa ideia estúpida não deu certo.

Eu odeio o Niko! O odeio por ter me feito apaixonar cegamente por ele. Ele é um imbecil, idiota, irritante e só pensa em si mesmo, mas ainda sim eu não consigo esquecê-lo. Parece que ele se penetrou na minha carne e eu não consigo sacudi-lo de lá. Tipo uma droga que entra no seu sistema e o efeito dela nunca passa.

Suspirei e continuei andando, na frustrada tentativa de achar o banheiro. Acabei me afastando da multidão e fui parar em uma rua sem saída, onde não tinha a mínima claridade. Era um beco parecido com aqueles de filmes de terror, onde o gato preto passa super rápido e assusta as pessoas a sua volta.

Só falta o Jason sair daqui pra me matar. Pior, o Fred Krueger vai aparecer com aquelas garras medonhas e acabar comigo.

Nossa, Katherine, não viaja.

Afastei aqueles pensamentos malucos e já estava pronta para voltar à praça, quando ouço alguns passos bem próximos de mim.

Senti todos os pelos da minha nuca se arrepiarem e um calafrio de medo transcorrer a minha espinha.

Estava prestes a correr, mas acabei esbarrando em algo duro e logo estava no chão.

Fuja – a minha mente dizia, mas não conseguia me movimentar.

Alguma coisa foi posta em minha cabeça, tampando a minha visão.

Estou encrencada. – foi a ultima coisa que pensei, antes de perder os sentidos.


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Notas finais do capítulo

E ai? Gostaram? Mereço reviews? Recomendações?
Prometo não demorar tanto pra postar o próximo XD

Tradução da Anne:

*Je sais! - Já sei.

*Vous pouvez me laisser. - Pode deixar comigo.



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